O
Chamado de Deus – Ministério e Escolha.
Sabemos
que no limiar Deus criou os céus e a terra (Gênesis 1.1) e tudo o que existe
neles, bem como criou também o homem e o fez a sua imagem e semelhança,
dando-lhe a honra de habitar no Éden e administrá-lo segundo sua direção e
conselhos.
Mas
o homem desobedeceu (Gênesis 3.6) e se afastou de Deus, da sua criação, da sua
paternidade e assim buscou trilhar seu próprio caminho, agindo conforme seu
próprio pensamento e entendimento, tornando-se assim um desgarrado (Gênesis
3.24).
Mas
para compreendermos toda a sua trajetória, precisamos entender primeiro o que é
o chamado de Deus para o homem que o abandonou e desviou-se de seu caminho e
plano.
O
que é o chamado?
· Dicionário
da língua portuguesa - adj. Convidado, escolhido, designado.
Denominado, apelidado:
s.m. Chamamento: atender ao chamado;
·
Hebraico
– Qara. Chamados.
· Grego
-
κλητος [klêtos, klêtoi] - adj. Chamado, convocado, convidado. Aparece 11 vezes
no Novo Testamento;
Estas
palavras, ambas em sua língua são usadas na Bíblia para Chamada:
Velho Testamento
- A palavra hebraica, como:
· Dar nome a uma coisa ou a uma pessoa (Gênesis
48.16);
· O ato de convidar ou solicitar (Êxodo 2.7);
· Nomear para algum ofício (Êxodo 31.2);
· Convidar alguém a assumir um dever, mediante a
palavra, ou através do poder impulsionador do Espirito Santo (Provérbios 1.24; Isaias
22.12);
· Criar, produzir coisas mediante o poder da
palavra, ou por um ato da vontade (Ezequiel 36.29)
Novo Testamento
– A palavra grega, como:
Convidar alguém a assumir um dever, mediante a
palavra, ou através do poder impulsionador do Espirito Santo (Mateus 20.16; 22.14;
Romanos 1.1; 1.6; 1.7; I Coríntios 1.24; Apocalipse 17.14);
·
Dar nome a uma coisa ou a uma pessoa (Atos 11.26);
·
Criar, produzir coisas mediante o poder da
palavra, ou por um ato da vontade (Romanos 4.17);
·
Convite feito aos pecadores para o estado de
graça, por meio da pregação do evangelho. (Romanos 8.28; II Timóteo 1.9).
Introdução
Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos
(Mateus 22.14).
O
versículo acima anuncia uma verdade espiritual muito séria: nem sempre aqueles
que conhecem a Cristo serão aprovados por ele. Desvendando o original grego e
hebraico, buscaremos meditar sobre o que é ser chamado e o que significa ser
escolhido.
Em
grego, o termo para “chamados” é “klêtos”, que está relacionado a “kello”, que
significa “dar uma ordem”. Assim, percebemos que neste primeiro momento de
encontro com Cristo, recebemos dele uma ordem. Todavia, muitos não dão ouvidos a
tais ordenanças, e por isso são apenas chamados, mas nunca escolhidos.
Jesus
faz a seguinte pergunta:
Ø E por
que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? (Lucas 6.46);
Isso é o que acontece com aquele que escuta o
chamado, mas não obedece, e assim não é escolhido.
Na
tradução hebraica do Novo Testamento, o termo usado para “chamados” é “qara”,
palavra que possui uma gama de derivações, cada uma trazendo uma verdade
espiritual surpreendente. Uma dessas derivações é “qar”, que significa “frio”.
Uma característica fundamental da presença de Deus é o fogo, que traz consigo o
calor. O próprio João Batista anunciou que ele batizava com água, mas Jesus
batizaria com o Espírito Santo e com fogo
Ø E eu,
em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após
mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos
batizará com o Espírito Santo, e com fogo (Mateus 3.11);
O
Antigo Testamento possui inúmeras passagens que também associam a presença de
Deus com o fogo. Quando Abraão fez um pacto com Deus, o Senhor se manifestou
através de uma chama de fogo:
Ø E
sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma
tocha de fogo, que passou por aquelas metades (Gênesis 15.17);
Assim
também Moisés teve um encontro com Deus na sarça através do fogo:
Ø E
apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou,
e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. (Êxodo 3.2);
No
deserto, saindo do Egito, o povo foi acompanhado por uma coluna de fogo:
Ø E o
Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo
caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem
de dia e de noite (Êxodo 13.21).
Assim
concluímos que aquele que é chamado por Jesus, mas não atende ao chamado,
permanece frio, pois não é aquecido pela presença de Deus, e acaba morrendo
espiritualmente. E não se purifica, pois em grego, a palavra para fogo é
“puros”, que origina o termo “purificar” (que significa literalmente “passar
pelo fogo”).
Outro
termo derivado de “qara” é “qeriy”, que significa “oposição”. O curioso é que
esta palavra aparece apenas no livro de Levítico, e sempre como uma condenação
para aqueles que iniciaram uma caminhada com o Senhor, mas não deram
continuidade, leiamos:
Ø Se
andardes contrariamente (“qeriy”) para comigo e não me quiserdes ouvir, trarei
sobre vós pragas sete vezes mais, segundo os vossos pecados” (Levítico 26.21).
Assim,
vemos que aqueles que são chamados (“qara”), mas não atendem ao chamado, acabam
sofrendo oposição (“qeriy”) do próprio Deus, pois se opuseram a Ele.
Infelizmente, a igreja acaba sofrendo com pessoas que escutaram a voz, o
chamado de Cristo, mas por não terem obedecido às coordenadas do mestre, acabam
por tonar-se adversários da causa do Evangelho, como ocorreu com Judas
Iscariotes. Na verdade, Iscariotes significa “homem de Queriote”. Em hebraico,
“qeriyoth” significa “cidades”, plural de “qiryah” (“cidade”), termo
relacionado com “qara”. Assim, o nome Iscariotes poderia significar “ish
qeriyoth”, ou seja, “homem das cidades”. Porém, se relacionarmos “qeriyoth” a
“qeriy”, poderemos traduzir o nome Iscariotes como “homem da oposição”. Assim é
todo aquele que escuta o chamado, mas não dá ouvidos a ele.
Uma
curiosidade é que a palavra hebraica geralmente usada para cidade é “iyr”, e
não “qiryah”. O termo “qiryah” é usado para se referir, por exemplo, à cidade
de Quiriate-Arba, também conhecida como Hebrom (Gênesis 23.2), local que era
governado pelo gigante Arba, que foi pai de Anaque (Josué 15.13) e antepassado
dos gigantes Aimã, Sesai e Talmai (Números 13.22 e Juízes 1.10). Pode ser que o
nome Iscariotes faça referência a Quiriate-Arba, cidade que abrigava os maiores
opositores ao povo de Deus: os gigantes. Na verdade, o nome “Hebrom”, que em
hebraico é “chebron”, vem de “cheber” que significa “encantamento”. O termo
“chaber” aparece, por exemplo, em Deuteronômio 18.11 quando se fala sobre
“encantador” e em Isaías 47.12, na palavra “encantamento”. Assim vemos que
Hebrom, além de cidade de gigantes, era também local de intensa prática de
feitiçaria.
Voltando
a Mateus 22.14, a palavra “escolhidos” é, por sua vez, em grego, “ekletktos”,
que significa “destacados”. O termo equivalente em hebraico é “bachar”, que
significa “testar”. Isso porque somente quem passa por uma prova pode ser
selecionado. Assim vemos que primeiro há o chamado, depois o teste, e então a
escolha.
Muitos
fogem do teste, outros são nele reprovados. Todavia, o Senhor sempre concede
uma nova chance, assim como fez com Abraão, que mentiu sobre sua esposa e que
engravidou a criada tentando agradar a Deus. Jacó também passou por diversos
testes. Sua prova definitiva foi a batalha no vau de Jaboque. Ali ele
reconheceu sua fraqueza, ao tornar-se manco, e reconheceu que Deus era seu
mestre. Naquele momento, Jacó foi escolhido.
Outro
termo derivado de “bachar” é “bachan”, que significa “sentinela”. Ou seja, o
escolhido é aquele que vigia, que está sempre alerta, constantemente guardando
os portões para que o inimigo não lhe imponha nenhum dano.
Esta
é a posição do escolhido: ele foi chamado para a obra maravilhosa, mas primeiro
deve passar por um teste. Se ele confiar em Deus e dedicar ao Senhor sua
vitória, vencerá a prova e se tornará um escolhido, uma sentinela, um atirador
de elite do Reino de Deus, recebendo ordens diretas do Senhor dos Exércitos.
Vimos
resumidamente, que há uma maneira definida do Senhor Jesus lidar com os
descrentes para os salvar, para os equipar para serviço e para os preparar para
a vida eterna no céu.
De
acordo com as normas fixas da Bíblia, a boa vontade e a total cooperação de
cada um de nós são necessárias, se quisermos evitar a tragédia de um falso
arrependimento.
Todos
nós podemos partilhar da maravilhosa experiência de sermos chamados pelo
Senhor, da escuridão do pecado para a Sua maravilhosa luz.
O
chamado de Deus para o homem
A
humanidade tem o problema comum de ser pecadora e de ter de enfrentar as
consequências da separação de Deus e do castigo eterno no inferno, se não se
arrepender e não aceitar Cristo como seu Salvador. “O pecado entrou no mundo
através de um homem, e a morte através do pecado, e assim a morte tornou-se o
destino de todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 3.9-12; 5.12).
O
pecado entrou no mundo através do pecado de Adão, e espalhou-se a toda a
humanidade, penetrando toda a raça humana. A razão porque a morte se espalhou é
que “todos pecaram”. E o castigo para o pecado é a morte tanto espiritual como
física: “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23; 7.13).
Todos
os seres humanos herdaram a natureza pecadora de Adão depois da Queda, vindo ao
mundo como pecadores (Salmo 51.5). O apóstolo Paulo afirma que nós estamos
“mortos em ofensas e pecados” e necessitamos de ser espiritualmente restaurados
e vivificados por Deus (Efésios 2.1).
O
próprio Deus mostra-nos o primeiro passo a dar para a conversão de pecadores. Ele
chama-nos ao arrependimento e providencia o caminho para a nossa salvação:
“Deus demonstrou o Seu próprio amor para conosco com a morte de Cristo por nós
enquanto éramos ainda pecadores (Romanos 5.8).
Uma
vez que o preço de todas as nossas transgressões foi pago, toda a gente em toda
a parte é convidada a vir ao Senhor Jesus, para receber d’Ele o perdão dos seus
pecados, vejamos:
Ø Vinde
então, e argui-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a
escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como
o carmesim, se tornarão como a branca lã. (Isaías 1.18).
Ø Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus
11.28);
Deus
chama-nos e mesmo “comanda-nos” (instrui-nos ou instiga-nos) em toda a parte, a
que nos arrependamos (Atos 17.30-31; II Pedro 3.9).
O
motivo do chamado de Deus para o homem
A
razão porque Jesus Cristo veio ao mundo foi para oferecer a remissão de pecados
à humanidade perdida (Lucas 24.46-47). Portanto, a Sua missão principal foi
chamar os pecadores ao arrependimento. Diz Ele:
Ø Eu
não vim chamar os justos ao arrependimento, mas sim os pecadores (Mateus 9.13);
Ø
Bem como o Filho do homem não veio para ser
servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus
20.28);
Ø
Porque o Filho do Homem veio para procurar e
salvar o que estava perdido (Lucas 19.10);
Ø O
qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de
testemunho a seu tempo (I Timóteo 2.6).
É
importante reconheceres pessoalmente o chamamento específico do Senhor Jesus,
pois isso determinará a maneira como vais responder à Sua chamada. É essencial
que uma pessoa compreenda a extensão total do seu problema, isto é, que a
pessoa, sem o Senhor Jesus, está a caminho do desastre. Não há lugar para
complacência ou auto justificação, no estado de escuridão espiritual em que uma
pessoa se encontre, porque não há ninguém justo, não, nem um só (Romanos 3.10;
Salmos 53.2-3).
Uma
pessoa deve compreender a totalidade da natureza do pecado e da sua gravidade
aos olhos de Deus – especialmente dos pecados de cada um de nós que nos separam
d’Ele (Isaías 59.2). Não deve haver a mínima dúvida na nossa mente que Deus
impôs a pena de morte para o pecado (Ezequiel 18.4, 31-32; Romanos 6.23).
Consequentemente, todas as pessoas não-salvas estão a caminho da condenação
eterna pelo Juiz justo. Se não estão salvas, a seguinte sentença cairá sobre as
suas cabeças a quando do julgamento do trono branco:
Ø Então
dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41).
Quando
Deus Pai nos chama através do Seu Filho Jesus Cristo, Ele não só identifica o
nosso problema do pecado e condenação, mas também nos oferece a solução para o
problema. A Boa Nova é que Deus ama todos nós e providenciou para o nosso
perdão por meio da morte apaziguadora de Jesus na cruz, vejamos:
Ø Nisto
há amor, não que nós tenhamos amado Deus, mas que Ele nos amou, e nos enviou o
Seu Filho para ser propiciação pelos nossos pecados (I João 4.10);
Ø
Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que
deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que n’Ele creia não pereça mas
tenha a vida eterna (João 3.16);
Ø
Porque Cristo também sofreu uma vez pelos
nossos pecados, o justo pelos injustos, para nos levar a Deus, mortificado na
carne mas vivificado pelo Espírito (I Pedro 3.18).
Ø
Imploramos-vos por Cristo, que vos
reconcilieis com Deus. Pois Àquele que não conhecia o pecado Ele O fez pecado
por nós, para que n’Ele fôssemos feitos justiça de Deus (II Coríntios 5.20-21);
Ø Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro (Gálatas 3.13).
O
chamamento de Deus aos não-salvos deve ser ouvido por eles com tanta clareza,
que compreendam inteiramente as suas implicações e o preço de se tornarem
cristãos. Jesus fez compreender a Nicodemos que os conhecimentos teológicos e
uma boa vida não são o suficiente para herdar o reino de Deus: Ele tinha de
nascer de novo. A condição para receber perdão e a vida eterna é a confissão e
abandono de todos os pecados conhecidos e acreditar em Jesus Cristo como
Salvador (Romanos 8.1).
O
Senhor Jesus disse ao jovem rico, que em primeiro lugar tinha de abandonar o
pecado do materialismo (Lucas 18.22). Este jovem que por outro lado era muito
religioso, foi muito difícil abandonar o seu pecado habitual, e portanto
afastou-se com tristeza. Muitas pessoas acham difícil arrependerem-se, porque
na realidade não desejam abandonar os seus pecados. Jesus Cristo diz a todas
elas: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois Eu digo-vos que muitos
procurarão entrar e não conseguirão” (Lucas 13.24).
Ø Existe
uma diferença em Escolher o caminho e Caminhar por Ele.
Ouvindo
o chamado de Deus
Vimos
que com o chamado, Deus nos tem mostrado o melhor e mais fácil caminho, mas nós
queremos sempre andar no caminho que achamos ser o mais simples, porém torna-se
o mais difícil e nos levar para muito longe de Deus.
Lembremo-nos
que o dom da vida eterna é algo que não merecemos ou podemos comprar. O
considerarmos o preço está relacionado com a nossa vontade de nos despirmos das
vestes nojentas da nossa velha vida, antes de podermos ser vestidos com o manto
da retidão de Cristo, vejamos:
Ø Que,
quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos
revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade (Efésios 4.22-24).
Os
pecadores que recebem o chamamento de Deus ao arrependimento, são acordados
para compreenderem a sua qualidade de perdidos – isto é, que não têm esperança
alguma ou futuro sem Deus. A sua consciência é avivada para reconhecerem a sua
qualidade de pecadores e a solução que Deus lhes oferece para o seu problema.
Os pecadores acordados ainda não estão salvos, mas ouviram o bater à porta dos
seus corações com a mensagem:
Ø Por
isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
esclarecerá (Efésios 5.14).
Aqueles
cujas consciências foram avivadas, podem reagir de duas maneiras à sua
convicção de pecadores:
1. Podem
obedecer ao convite do Espírito Santo que os convence do pecado, da retidão e
do julgamento (João 16.8), confessar os seus pecados e aceitar o sacrifício de
Cristo por si na cruz, sendo então perdoados e escapando assim aos julgamentos
de Deus.
2.
Para
sua eterna ruina, podem por outro lado resistir ao chamamento de Deus para a
sua salvação: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureceis os vossos corações”
(Hebreus 3.7-8). Se continuarmos a endurecer os nossos corações, a voz do
Espírito Santo será gradualmente silenciada, tornando-se mais difícil responder-Lhe.
Não permitamos que os nossos corações se endureçam a tal ponto, que voltemos as
costas a Deus, excluindo-O da nossa vida juntamente com a Sua Palavra, a
Bíblia.
Os
não-crentes que se encontram sob grande convicção do pecado e da sua condição
de perdidos, compreendem a necessidade de se reconciliarem com Deus. Sentem-se
acusados e condenados por causa do que fizeram. O seu remorso e sentimento de
culpa dirige-os a Cristo – Aquele que pagou o preço morrendo uma morte cruel
para a salvação dos pecadores. Já sentiste essa tristeza intensa que leva ao
arrependimento? Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a
salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte (II
Coríntios 7.10).
A
tristeza ou remorso a que a Bíblia se refere, é ter um coração arrependido, que
conduzirá a uma conversão verdadeira a Cristo:
Ø Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham
assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor (Atos 3.19).
Uma
paráfrase deste texto seria:
Arrepende-te portanto – sente culpa e tristeza genuína pelos teus
pecados – e converte-te – muda por completo – para que os teus pecados possam
ser perdoados e tenha alívio na sua alma.
Quando
Pedro negou Jesus Cristo, ele saiu e chorou amargamente (Mateus 26.75). Isso
foi verdadeiro arrependimento. Ele não teve pena de si próprio mas sim passou
por um terrível sentimento de remorso por causa da mágoa que causara ao Senhor
Jesus. Os não-cristãos devem compreender que através dos seus pecados ofendem
Deus ao pecar contra Ele. Isto é arrependimento divino e conduz a uma confissão
verdadeira, do coração, que constitui condição bíblica para o perdão.
Como
é que pessoas podem verdadeiramente confessar os seus pecados, antes de darem
ao Espírito Santo a oportunidade para as convencer das consequências
abomináveis do pecado? Esta convicção cresce nos nossos corações quando lemos
com atenção a Bíblia ou um livro cristão, ou escutamos um bom sermão. Quando o
Senhor Jesus nos chama ao arrependimento, Ele mostra-nos com exatidão a nossa
posição em relação à Sua pessoa. O remorso que então se verifica em nós, de acordo
com a Sua vontade, coloca-nos no caminho que conduz ao verdadeiro
arrependimento e renovação espiritual pelo Espírito Santo.
Não
há lugar para orgulho oculto e auto justificação quando nos aproximamos de Deus
para salvar as nossas almas, pois isso seria contrário à disposição de
quebranto e remorso do coração: “Deus resiste ao orgulhoso, mas concede graça
ao humilde” (Tiago 4.6). Nós devemos pôr fim à dependência de nós próprios e
admitir que fizemos um fracasso das nossas vidas. Apenas então podemos pôr
incondicionalmente a nossa confiança no Senhor Jesus para nos salvar. Nós não
merecemos o que quer que seja.
Arrependimento
ou conversão ao chamado de Deus
Quando
os pecadores arrependidos compreendem a necessidade de se reconciliarem com
Deus, eles devem abandonar os seus anteriores estilos de vida pecadores,
confessar-Lhe os pecados e pedir-Lhe perdão. Devem ardentemente pedir a Deus o
perdão dos seus pecados e aceitar a condição do perdão, confessando honesta e completamente
todos os pecados conhecidos:
Ø Se
dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em
nós. Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a
injustiça. Se dissermos que não pecamos,
fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós (I João 1.8-9).
O
Senhor Jesus espera de nós que confessemos os nossos pecados (no plural, o que
significa todos eles) e que lhes voltemos as costas. Nós devemos abandonar os
nossos pecados e decidir firmemente não os cometer de novo. A Bíblia diz:
Ø Aquele
que esconde os seus pecados não prosperará, mas quem quer que os confesse e os
abandone obterá misericórdia (Provérbios 28.13).
Pois
muitos de nós que recebemos o chamado de Deus e conhecemos sua vontade e
doutrina dentro da palavra, mas com o passar dos anos começamos a dar maior
importância para os apelos do mundo em suas luzes, em seus aromas e seus
convites e assim passamos a duvidar do que aprendemos e vivíamos com Deus,
então, fatalmente morreremos sem Deus e assim invalidamos o seu chamado e o
motivo pelo qual Jesus veio a terra.
Os
pecadores em arrependimento bem assim como os cristãos rebeldes que voltam de
novo a envolver-se em pecado e injustiça, devem estar preparados para abandonar
essas suas vidas anteriores, confessando e abandonando todos os seus pecados. O
filho pródigo da parábola resolveu em definitivo abandonar os seus pecados ao
dizer: Vou-me levantar e vou ter com meu pai, e dizer-lhe – Pai, eu pequei
contra os céus e perante ti (Lucas 15.18).
O
rei David disse: “Reconheço as minhas transgressões e o meu pecado está sempre
à minha frente. Contra Ti, Ti apenas, eu pequei e fiz este mal a Teus olhos…
lava-me e ficarei mais branco que a neve…apaga todas as minhas iniquidades.
Cria em mim um coração limpo” (Salmo 51.3-4,7,9-10).
Uma
confissão apressada, superficial e menos sincera dos pecados, não é suficiente.
Uma pessoa deve fazer mais do que simplesmente dizer “Perdoa todos os meus
pecados”. A confissão deve ser minuciosa e não apressada e confessar os pecados
um a um, conforme o Espírito Santo nos convence deles.
Outra
condição muito importante para a confissão dos pecados e recebimento de Jesus
Cristo como Salvador, é que tudo deve ser feito com fé. Os pecadores que ainda
não responderam ao chamamento de Deus, estão mortos em pecados e ainda não têm
fé, uma vez que continuam não-cristãos, de corações endurecidos. A mensagem do
evangelho é o que os acorda para reconhecerem a sua condição pecadora e
perdida. E então, Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a
todos os homens (Tito 2.11) entra nos seus corações, tornando-lhes possível pôr
a sua confiança em Jesus para os salvar. Como o penitente coletor de taxas,
então podem exclamar: “Deus, tem compaixão de mim um pecador!” (Lucas18.13).
A
fé é condição para o arrependimento ou conversão ao chamado de Deus
Paulo
explica como podemos receber fé – Lendo a Palavra de Deus, que nos leva ao
verdadeiro arrependimento: “Assim pois, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela
Palavra de Deus” (Romanos 10.17). Quando os não crentes leem, ou escutam boas
mensagens evangélicas sobre o arrependimento, o Espírito Santo coloca fé nos
seus corações para acreditarem na mensagem e reagirem bem à mesma. Contudo,
existem aquelas pessoas que insistem que simplesmente não podem acreditar.
A
solução para este problema não está na argumentação teológica, nem em convencer
as pessoas de que devem apenas aceitar os fatos com a mente. Essas pessoas
necessitam posterior exposição à Palavra de Deus, porque a fé vem pela Palavra
de Deus. Portanto, lendo longas seções
do Novo Testamento e escutando bons sermões bíblicos, a fé virá a essas
pessoas, na altura certa, ao receberem a Palavra viva de Deus nos seus
corações. O Senhor Jesus disse notavelmente: “As palavras que Eu vos falo são
espírito e são vida” (João 6.63).
Quando
a fé em Jesus como Salvador penetra os pecadores acordados e convictos, eles
podem ter a certeza de que Deus os receberá de braços abertos, como na parábola
do filho pródigo (Lucas 15.11-24), e que Deus é “justo e justifica aquele que
tem fé em Jesus” (Romanos 3.26). “Sem fé é impossível agradar-Lhe, porque
aquele que vem a Deus deve acreditar que Ele é e que Ele é Quem recompensa
aqueles que diligentemente O procuram” (Hebreus 11.6).
Uma
vez que “Deus demonstrou o Seu amor para conosco em que, enquanto éramos ainda
pecadores Cristo morreu por nós” (Romanos 5.8), podemos ter a certeza de que a
porta da graça de Deus está aberta para nós e que podemos entrar por ela em
arrependimento e fé! Jesus disse:
Ø Todo
o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora (João 6.37);
Ø Se
confessarmos os nossos pecados, (Deus) é fiel e justo para nos perdoar os nossos
pecados e nos limpar de toda a Injustiça (I João 1.9);
Acreditar
em Jesus (João 3.16; Atos 16.31) inclui mais que acreditar que Ele veio ao
mundo para morrer para a nossa salvação. Nós devemos ter um conhecimento básico
da Sua divindade, do plano de Deus para a salvação, da nossa responsabilidade e
também da promessa de santificação feita a todos os crentes. Devemos acreditar:
Ø
Que Ele
é o verdadeiro Deus e vida eterna, e o único Salvador do mundo (I João 5.20;
Lucas 19.10);
Ø Que
temos de nos arrepender, com a confissão dos nossos pecados para obter o Seu
perdão (Mateus 9.13; Atos 17.30);
Ø Que Ele
é capaz de fazer de nós novas criaturas, que as coisas velhas podem passar, e
que tudo pode ser feito novo (II Coríntios 5.17);
Ø Que Ele
nos comprou com o Seu sangue e que, se O recebermos como Salvador, daí em
diante Lhe pertencemos para sermos usados por Si (1 Coríntios 6.19-20; 1 Pedro
1.18-19);
Ø Que,
por causa do novo nascimento, nós iniciamos uma vida nova, que implica um
processo de crescimento para atingir a maturidade espiritual (Efésios 4.13-14;
Hebreus 5.12 – 6:1);
Ø Que
devemos estar cheios do Espírito Santo, estudar a Bíblia e dedicarmo-nos a uma
vida de serviço como testemunhas do Senhor (Atos 1.8; Efésios 5.18; II Pedro 3.18;
II Timóteo 3.16-17; 4.2).
Justificação
Há
dois aspectos na salvação de pecadores, isto é, o perdão e absolvição dos seus
pecados (justificação) e o receber de nova vida (novo nascimento). Estes dois
aspectos estão intimamente ligados, porque a humanidade caída está
espiritualmente morta devido ao pecado e ao seu afastamento de Deus. Ela
necessita de ser justificada e de ser reavivada.
A
justificação requere a obediência à lei de Deus, que decreta a pena de morte
para os pecadores (Romanos 6.23). Todos os pecadores necessitam de alguém para
morrer em seu lugar (uma morte substitutiva). E apenas alguém sem pecado pode
substituir uma humanidade pecadora, visto que os pecadores apenas podem morrer
(e perder-se para a eternidade) por causa dos seus próprios pecados – não pelos
pecados de outros. A única base para o perdão dos pecados é a morte
substitutiva de Jesus na cruz, “o Cordeiro de Deus que retira o pecado do
mundo” (João 1.29). Por meio deste supremo ato de amor, Ele aceitou o castigo
pelos nossos pecados para podermos obter um perdão livre, na condição de nos
arrependermos, confessarmos os nossos pecados e acreditarmos n’Ele:
Ø Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados
gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual
Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua
justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; (Romanos
3.23-25);
Ø
Mas
ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados (Isaías 53.5);
Ø Em
quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as
riquezas da sua graça (Efésios 1.7).
Todo
o pecador deste mundo possui uma lista quase infindável de pecados que o
condenam. As suas numerosas transgressões da lei do amor de Deus têm de ser
eliminadas, antes de uma pessoa poder ser reconciliada com Deus. A pergunta que
se põe é se nós tomamos a sério a lista dos nossos pecados considerando-os sistematicamente,
confessando-os e abandonando cada um deles, e aceitando o perdão de Deus pela
fé? Ele perdoará então os nossos pecados tornando-nos espiritualmente vivos:
Ø E,
quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos
vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a
cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. (Colossenses 2.13-14).
Novo
nascimento
A
clara exortação bíblica para nascermos de novo é do mais alto significado na
salvação dos pecadores. Com este conceito, Deus ensina-nos claramente:
Ø Que,
por causa do pecado e do nosso afastamento de Deus, estamos espiritualmente
mortos e necessitamos d’Ele para nos dar vida e que a nossa natureza do “Velho
Adão” é uma natureza caída e pecadora, que Deus afirma não poder ser melhorada
ou alterada, e que por conseguinte temos de nascer de novo para nos tornarmos
novas criaturas (II Coríntios 5.17);
Ø Jesus
disse a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de
novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3.3).
A
nova vida do crente, em Cristo, pode-se comparar espiritualmente à ressurreição
de Jesus Cristo. Com a Sua morte por nós, nós somos perdoados, e Deus vê-nos
como espiritualmente “crucificados com Cristo” (Gálatas 2.20), mas “vivos para
Deus” através d’Ele e capazes de “caminhar em novidade de vida (Romanos 6.4,11).
Ø
Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande
misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos, (I Pedro 1.3).
Deus
não só nos perdoa os nossos pecados – Ele também nos dá uma nova vida e uma
nova natureza. Nós devemos conhecer o Senhor Jesus como nosso Salvador e como a
ressurreição e a vida. Deus insufla a nova vida em todos os crentes através do
Espírito Santo: “…de acordo com a Sua compaixão, Ele salvou-nos através da
lavagem de regeneração e renovação do Espírito Santo, O qual Ele derramou
abundantemente sobre nós através de Jesus Cristo nosso Salvador” (Tito 3.5-6).
O
batismo de água dos crentes, por imersão, aponta simbolicamente para a
experiência acima, e constitui também uma declaração de fé no Senhor Jesus
(Marcos 16.16). O testemunho de fé em Jesus Cristo, é uma condição para o
batismo, visto que o batismo em si não pode salvar qualquer pessoa.
Notemos
o exemplo a seguir: “E quando eles desciam a estrada, encontraram alguma água.
E o eunuco disse – Vede, aqui temos água. Que é que me proíbe que eu seja
batizado? – Então Filipe disse – se acreditas com todo o teu coração podes ser.
E o eunuco respondeu dizendo – Eu acredito que Jesus Cristo é o Filho de Deus”
(Atos 8.36-37). E então ele foi batizado. Paulo e outros convertidos também
foram batizados pouco depois de terem sido salvos (Atos 9.18; 10.47-48; 16.31-33).
Na grande comissão, (Mateus 28.19), declara-se claramente que a salvação se
segue o batismo e depois a santificação e o crescimento cristão.
Santificação
Os
membros nascidos de novo da verdadeira igreja de Jesus Cristo são instruídos no
sentido de se negarem a si próprios, caminharem no Espírito e produzirem “o fruto do Espírito” (Gálatas 5.22-23).
Nós somos chamados a uma vida de sobriedade e verdadeira santidade. O primeiro
princípio da santificação e discipulado é nos- indicado claramente pelo próprio
Senhor Jesus, quando Ele disse:
Ø Se
alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e
siga-me (Lucas 9.23).
De
acordo com Lucas 14.27-33, a cruz da autonegação está relacionada com a
consideração cuidada do custo do discipulado. Deve-se fazer uma escolha
definitiva entre se querermos agradar aos desejos da carne (a velha natureza),
ou estarmos preparados para renunciar ao mundo e servir o Senhor com todo o
nosso coração e tudo quanto temos.
Nós
não podemos agarrar-nos à riqueza e à fama deste mundo e ao mesmo tempo seguir
e agradar verdadeiramente ao Senhor Jesus. Poderemos nós testemunhar como
Paulo, que bradou para o mundo ouvir:
Ø Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e
se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2.20).
Considerando-nos
através da Sua cruz mortos para o mundo e seus enganosos e passageiros
“prazeres do pecado?
Ø Escolhendo
antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o
gozo do pecado; (Hebreus 11.25);
Ø
De
modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
(Romanos 6.2);
Deus
me livre que me vanglorie a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela
qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6.14). Se
nós rejeitarmos as tendências pecadoras da velha natureza, Deus
recompensar-nos-á com uma vida de vitória e verdadeira felicidade. Paulo
exortou claramente os cristãos de Éfeso a:
Ø Que,
quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos
revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade (Efésios 4.22-24).
Nós
devemos carregar diariamente a cruz da autonegação. Apenas dessa maneira
podemos ser verdadeiros vencedores santificados na vida cristã, e capazes de
obedecer às seguintes exortações das Escrituras:
Ø Digo,
porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne (Gálatas 5.16);
Ø Mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver (I Pedro 1.15-16; Levíticos 11.44-45;);
Ø Porque
esta é a vontade de Deus – a vossa santificação… Porque não nos chamou Deus
para a imundícia, mas para a santificação, portanto, quem despreza isto não
despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo (I
Tessalonicenses 4.3, 7-8).
Através
da santificação e da fiel dedicação ao Senhor, que dela resulta, Ele pode
transformar-nos em instrumentos puros e eficazes, aptos para o Seu serviço. Ele
habilita-nos a produzir o fruto do Espírito, a fazermos frente aos ataques de
Satanás:
Ø No
demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as
astutas ciladas do diabo (Efésios 6.10-11).
A
obedecer a todas as exigências do discipulado, a manter- nos fiéis aos
princípios divinos perante a oposição e as tentações, e a perseverar no caminho
estreito até à vinda do Senhor Jesus:
Ø Portanto
nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos
com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz,
desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus (Hebreus 12.1-2).
Deixar
de obedecer ao comando de sermos santos, reduz muitos cristãos ao deplorável
baixo estado espiritual e moral evidente na igreja de Corinto:
Ø E eu,
irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos
em Cristo. Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem
tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós
inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais
segundo os homens? (I Coríntios 3.1-3).
Ø Carnal
é da carne e refere-se à velha natureza que deve ser crucificada.
No
mundo de hoje, muitas igrejas estão cheias de membros não-espirituais,
infrutíferos, sem poder, zaragateiros, mundanos, amantes de diversões, cujo
serviço se limita a problemas sociais – sem contarmos os membros que são apenas
crentes nominais tendo apenas uma semelhança de santidade.
Ø Tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (II Timóteo
3.5).
Ainda
pior é a reação de alguns membros de congregações decadentes e voltadas à
rebeldia, que até se exprimem abertamente contra a doutrina bíblica da
santidade.
Durante
períodos de reavivamento em que evangelistas como John Wesley proclamavam com zelo
o evangelho da salvação, do novo nascimento e da santificação, registou-se um
grande acordar espiritual. Muitos arrependeram-se do pecado, foram
verdadeiramente salvos e nascidos de novo, tornando-se testemunhas de Cristo e
levando o evangelho aos campos missionários do mundo.
Nestes
tempos do fim, o poder do Espírito Santo também está à nossa disposição, para
nos habilitar a fazer grandes coisas para o Senhor. Tudo depende da nossa
determinação em O servir com todo o coração. Nós devemos ser obedientes e estar
dispostos a dedicarmo-nos a servir Cristo. A pergunta é: Irá Ele encontrar-nos
ocupados na Grande Comissão, quando voltar para levar os Seus santos para as
suas mansões celestiais? Ou irá encontrar-nos na companhia de membros da igreja
preguiçosos, comprometedores, não espirituais e até não regenerados,
espiritualmente a dormir? (Mateus 25.1-13).
O
Senhor Jesus deseja discípulos que Lhe sejam verdadeiramente dedicados e ao Seu
trabalho na Terra, e não aqueles que afirmam acreditar n’Ele mas não Lhe dão
mais que magra atenção. Nós devemos ser testemunhas da Sua graça salvadora e
levar vidas santas marcadas pela oração e serviço. Os crentes nominais que
apenas Lhe dão uma aceitação mental sem dedicação do coração, hão de verificar
que se enganaram a si mesmos:
Ø
Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mateus 7.21).
Através
do poder do Espírito Santo é possível fazer a vontade do Pai e viver uma vida
agradável a Deus.
Ø Se
uma pessoa não se deleita em fazer a vontade de Deus na Terra, como é que essa
pessoa vai ser feliz no céu, onde apenas a vontade de Deus é feita?
O
trabalho que nós fazemos para o Senhor, não é feito como esforço para sermos
salvos, mas sim porque estamos salvos. Jesus disse:
Ø Paz
seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós (João 20.21).
Aqueles
que são capazes e estão dispostos a isso, Ele envia a todas as partes do mundo
a levar a boa nova do evangelho a todas as gentes. O Espírito Santo dá-nos o
poder para levar a cabo esta obra vitalmente importante.
Ø Você
que agora foi chamado, está pronto e disposto a isso?
O
chamado para o Ministério
Primeira
questão sobre o ministério: Você foi realmente chamado para pregar o evangelho
em tempo integral? Os
que não são chamados por Deus para o exercício do pastorado ou ministério
missionário farão grande males se quiserem entrar no ministério apenas por
vaidade, ou seja ensinando algo que não vivem e dando mau testemunho.
Todo
cristão capaz de pregar e disseminar o evangelho deve fazê-lo; Pregar o
evangelho é tanto um direito como um dever para todo verdadeiro cristão; Há,
porém um chamado específico para o ministério de ensinar, pastorear e liderar a
igreja de Deus, e esta honra ninguém toma para si mesmo, senão quando é chamado
(Hebreus 5.4).
Todo
cristão verdadeiro é chamado a pregar o evangelho (I Pedro 2.9), pois todo
crente é batizado no Espírito Santo e dele recebeu capacidade para testemunhar
(Atos 1.8). Cristo é o Senhor da Seara e da obra, ele coloca cada um em sua
função especifica, dando o dom certo para cumprir cada função na sua igreja
(Mateus 9.38; Efésios 4.11-16).
Homens
e mulheres recebem um chamado a servir no ministério em uma área específica e
cada um procure ser fiel naquilo em que foi chamado.
As
mulheres foram proibidas expressamente de ensinarem publicamente na igreja (I
Timóteo 2.12; I Coríntios 14.34) já seu ministério de ensino é com crianças e
outras senhoras (Provérbios 31.26; Tito 2.3-5).
Os
homens que têm capacidade para pregar, devem pregar sempre que lhe surgir
oportunidade. – Porém, este é um chamado para pregar ocasionalmente, diferente
do chamado do ministro que deve viver da pregação, sendo esta a sua obra
máxima, exclusiva e prioritária
Ø Assim
ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (I
Coríntios 9.14).
Este
é um estudo para aqueles que pregam e vivem do Evangelho, tendo sido chamados e
separados de todas as obras seculares para se consagrarem exclusivamente ao
ministério da Palavra.
O
ministro do evangelho (Pastor ou missionário) têm o dever de dar tempo integral
e exclusivo para o ministério da Palavra, para poder desempenhar bem o seu
ministério, dando bom testemunho, e é isso que Deus exige dele.
Ø Ninguém
que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o
alistou para a guerra (II Timóteo 2.4);
Ø Então,
os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que
nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas (Atos 6.2).
Por
isso Deus também exige das igrejas que cumpram com o seu papel de suprir
amorosa e corretamente as necessidades do ministro, aquele a quem Deus chamou
para servir de modo exclusivo e que não faz por outros interesses.
Ø Se
nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as
carnais (I Coríntios 9.11);
Ø Devem
ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem
bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a
Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O
trabalhador é digno do seu salário (I Timóteo 5.17-18).
São
a estes homens que Deus coloca um dos mais pesados encargos que existem na
terra, e diz através de Pedro:
Ø Apascentai
o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; (I Pedro 5.2).
Spurgeon,
um dos maiores pregadores e pastores Batista, se referindo a obra do ministério
disse:
Ø “Ora,
nem todos de uma igreja podem superintender ou governar; alguns têm que ser
dirigidos ou governados. E cremos que o Espírito Santo designa na igreja de
Deus alguns para agirem como superintendentes, e outros para se submeterem á
vigilância de outros, para o seu próprio bem. Nem todos são chamados para
trabalhar na palavra e na doutrina, ou para serem presbíteros, ou para
exercerem o cargo de bispo. Tampouco devem todos aspirar a essas obras, uma vez
que em parte nenhuma os dons necessários são prometidos a todos. Mas aqueles
que como o apostolo Paulo, crêem que receberam “este ministério” (II Coríntios
4.1-2), devem dedicar-se a essas importantes ocupações”.
Sobre
a insensatez de querer ser um pastor ou missionário sem ser chamado ou ter a
certeza do chamado divino, Spurgeon diz:
Ø “Homem
nenhum deve intrometer-se no rebanho como pastor; deve Ter os olhos postos no
Sumo Pastor, e esperar Seu sinal e Sua ordem. Antes que um assuma a posição de
embaixador de Deus, deve esperar pelo chamamento do alto. Se não o fizer, mas
se se lançar às pressas ao cargo sagrado, o Senhor dirá dele e de outros
semelhantes: “Eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito
nenhum a este povo, diz o Senhor” (Jeremias.23.32).
O
chamado para o Ministério no Velho Testamento
Os
profetas, que eram os ministros do Velho Testamento, todos baseavam seu
ministério na especifica chamada divina:
A chamada de Isaías:
“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir
por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim” (Isaias 6.8);
A chamada de Jeremias:
“Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que te formasse no ventre
te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por
profeta. Então disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda
sou um menino. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a
todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. Não temas
diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o
SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as
minhas palavras na tua boca; Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre
os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para
arruinares; e também para edificares e para plantares. (Jeremias 1.4-10);
A chamada de Ezequiel:
“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo... eu te envio aos
filhos de Israel, ás nações rebeldes que se rebelaram contra mim, até este
mesmo dia... Filho do homem dizei-lhe a minhas palavras” (Ezequiel 2.1-3;
3.1-4).
O
chamado para o Ministério no Novo Testamento
Os
pregadores do Novo Testamento devem estar tão certos de sua vocação e chamada
celestial assim como estavam os profetas do Velho Testamento.
Ninguém
pense que a chamada dos ministros atuais são pura ilusão ou imaginação deles
para a peculiar obra de ensino e direção da igreja.
Nomes
dados aos chamados para o Ministério
Embaixadores em nome de
Cristo – Um embaixador só passa a existir depois do
chamado do governo que ele representa, e se tentar fazer isto sem o devido
chamado ficará no ridículo (II Coríntios 5.18-19);
Despenseiros dos
mistérios de Cristo – Um despenseiro é alguém que toma
conta da propriedade de alguém, e se quiser tomar conta da propriedade de
alguém sem a devida chamada desagradará a dono da mesma (I Coríntios 4.1), por
isso deve haver chamada [autorização] antes de alguém poder tornar-se legítimo
bispo, “despenseiro da casa de Deus” (Tito 1.7);
Anjo que significa
mensageiro – E como os homens poderão ser arautos de Cristo,
senão por sua eleição e ordenação?
O
Ministro precisa provar que foi chamado para o Ministério
Não
basta dizer ministro (pastor ou missionário) tem de provar isto:
·
Tito recebeu a exigência de só reconhecer como
ministros aqueles que dessem provas de seu chamado (Tito 1.5);
·
A Timóteo foi exigida que não se precipitasse
a reconhecer alguém como ministro sem que antes houvesse provas de sua chamada
(I Timóteo 5.22);
·
Deus é soberano e decide o vaso que quer
utilizar, não escolhe qualquer vaso, ele mesmo descreve o tipo de vaso
escolhido por ele (II Timóteo 2.21);
·
O chamado de Paulo é um exemplo de como Deus
escolhe os vasos que usa (Atos 9.15);
·
A escolha é de Deus, é Ele quem determina o
papel de cada um na sua obra ou Seara (Efésios 4.11);
·
Ninguém determina para si mesmo se vai ou não
ser um pastor, Deus é quem chama e constitui pastores dando-os a suas igrejas
(Atos 20.28);
·
O verdadeiro ministério deve vir de deus e não
da parte dos homens – Cada pastor ou missionário deve poder dizer como Paulo
(Gálatas 1.1);
·
Que cada pastor ou missionário possa ver a si
mesmo como uma dádiva de Deus para a sua igreja (Jeremias 3.15).
Sinais
que identificam a chamada para o Ministério
Multidões
tem errado quanto a chamada para o ministério, isso pode ser observado no
número de pessoas que entram para o ministério pastoral ou missionário e
fracassam e também do número de igrejas que tem sofrido a ação danosas de
falsos pastores ou de pastores que se enganaram quanto a chamada e trouxeram
grandes prejuízos a obra de Deus.
É
preciso ter certeza da chamada de Deus, antes de se aventurar em tão importante
e exigente obra. De fato, a bíblia a tem como a obra mais excelente, porém a
que exigirá a maior responsabilidade, e que atrairá os maiores perigos.
Um
desejo intenso de realizar a Obra.
Para
se constatar um verdadeiro chamamento para o ministério é preciso que haja uma
irresistível, incontrolável, ardente e violenta sede de contar aos outros o que
Deus fez por nossas almas. Joseph Alleine – Grande conquistador de almas,
alguém disse dele: “ele tinha infinita e insaciável avidez pela conversão de
almas”.
Charles
Haddon Spurgeon, disse:
Ø “Não
entre no ministério se puder passar sem ele “– “...A Palavra de Deus deve ser
um fogo em nossos ossos, do contrário, se nos aventurarmos ao ministério,
seremos infelizes nisso, seremos incapazes de suportar as diversas formas de
abnegação que lhe são próprias, e prestaremos pouco serviço àqueles aos quais
ministramos”
Este
desejo deve ser resultado de reflexão. Não deve ser um impulso repentino e
irrefletido; Este deve ser continuo, incondicional – que resista as tentadoras
ofertas de riquezas e vida fácil, as provações e mil armadilhas que o inimigo é
capaz de armar. Deve ser um desejo totalmente desinteressado – Visando só a
glória de Deus; Deve ser um desejo imorredouro e crescente– Deve ser de
natureza tal que permaneça conosco apesar de qualquer coisa.
Deve
haver aptidão para o ensino e certa medida de outras qualidades para o público
O
ministro só pode segurar-se e fortificar-se na graça (força) que lhe foi dada
na sua chamada e se não tem essa chamada do alto, não tem em que segurar-se (II
Timóteo 2.1; II Tessalonicenses 1.7-8).
Ninguém
deve considerar-se chamado para pregar enquanto não provar que pode falar em
público. Algumas pessoas simplesmente não têm o dom de ensinar e de pregar.
Pode-se melhorar muito estudando homilética para ser um pregador ocasional, mas
se tornar um pregador sem ter o dom de ensinar e pregar é querer desafiar o bom
senso.
Há
várias coisas que desabilitam alguém para pregar em público: Falta de voz,
gagueira, voz fina e fanhosa, medo e pavor do público, mente que não consegue
racionar de modo organizado, falta de coragem para dizer a verdade, dentre
outros. Sua personalidade deve ter algumas características indispensáveis,
como:
·
Inteligência e Piedade;
·
Maneiras gentis e qualidade amáveis;
·
Coragem e firmeza;
·
Dons para administrar a obra;
·
Deve ser um conselheiro e pai;
·
Deve ter todas as características de I Timóteo
3.2-7; Tito 1.6-9);
·
É preciso que o aspirante veja realizar-se
certo número de conversões sob seus esforços, ou poderá concluir que cometeu um
engano -- Daí poderá retornar pelo melhor caminho que encontrar.
Como
um obreiro cristão comum pode continuar trabalhando em seu ministério que
esteja tendo sucesso ou não;
Como
ministro não poderá Ter certeza de sua chamada enquanto não puder ver os frutos
de seu trabalho. É necessário que a sua pregação, seu comportamento e
testemunho seja aceitável pelo povo de deus que segue a sã doutrina.
·
É alguém que tem o chamado interior da parte
do Espírito Santo e o chamado ou reconhecimento exterior da igreja, e que foi
devidamente consagrado para proclamar o evangelho; (Atos 13.2-4);
·
Como Pastor (Administra, Edifica e Prepara o
Rebanho);
·
Ele é constituído Bispo (administrador),
Presbítero (conselheiro), Pastor (mestre) pelo Espírito Santo para pastorear a
igreja de Deus. (Atos 20.28; I Pedro 5.1-4; Efésios 4.11));
·
Ele tem uma comissão sublime e de alta
responsabilidade: Pastorear o rebanho de Deus (I Pedro 5.2);
·
Ele é o guia do rebanho, e o guia basicamente
através do testemunho e da pregação da Palavra (Hebreus 13.7);
·
Ele vela pelas almas, orientando-as e
alertando-as pela pregação da Palavra (Hebreus 13.17);
·
Em tem um alvo: Uma igreja plenamente madura
servindo de todo coração ao Senhor. Como pastor ele é um dom de Cristo à
igreja, cuja missão é equipar (preparar) os santos para o pleno amadurecimento
espiritual e para estarem plenamente capacitados (equipados) para exercerem o
ministério cristão. Ele faz isto sendo um pastor-mestre, ou seja, um mestre na
pregação da Palavra de Deus (Efésios 4.11-13).
Como
Missionário (fundador de igrejas) e Evangelista (pregador do evangelho de tempo
integral). Ele é um enviado (não é um autônomo, que se envia a si mesmo). Tem
um campo permanente, o "mundo", ou mais especificamente, "cada
criatura".
·
Primeiramente enviado por Cristo (João 20.21)
- "vos envio";
·
Em segundo lugar pelo Espírito Santo -
"enviados..."(Atos 13.2,3);
·
Em terceiro lugar pela igreja (Atos 13.2) -
"separai-me ...";
·
Tem um plano do qual não pode fugir -
"Ser testemunha"- (Atos 1.8);
·
Deve começar onde está e ir continuamente
avançando a medida que Deus abre as portas;
·
Tem um alvo: Fundar uma igreja missionária que
amadureça o suficiente para se tornar autônoma que cuide de si mesma e que
continue por si mesma a obra missionária de implantar novas igrejas.
Recompensas
para os que trabalham para o Senhor
Além
da salvação (para os escolhidos), receberemos recompensas pelos nossos serviços
pelo Senhor a quando do julgamento do assento de Cristo (II Coríntios 5.10).
A
Bíblia menciona as coroas seguintes, para nos encorajar a níveis mais altos de
serviço cristão:
·
A coroa incorruptível para uma vida santa e vitoriosa
(I Coríntios 9.24-25);
·
A coroa da alegria para os que ganham almas (I
Tessalonicenses 2.19);
·
A coroa de glória para os bons pastores (I Pedro
5.2-4);
·
A coroa da vida para os mártires cristãos (Apocalipse
2.10);
·
A coroa da justiça para os que amaram a vinda
do Senhor (II Timóteo 4.8).
Irá
o leitor apresentar-se de mãos vazias nesse dia, salvo como pelo fogo?
Ø Se a
obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia
como pelo fogo. (I Coríntios 3.15),
Ou
será declarado servo fiel do seu Mestre? Será digno nesse dia de palavras do
Senhor como estas:
Ø E o
seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel,
sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. (Mateus 25.21).
Torna-se
claro que o Senhor Jesus Cristo veio não só para nos salvar do inferno, como
também para fazer de nós Seus discípulos.
Ele
deseja ser o nosso Salvador e Messias, mas também o nosso Amigo, Pastor,
Mestre, Senhor, Rei e Noivo Celestial.
Ø Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz (I Pedro 2.9).
Depois
da nossa salvação, somos chamados e dedicados a servir Cristo, participando em
trabalho evangélico tanto em casa como no estrangeiro, para sermos membros
eficientes da Sua igreja na Terra e colaboradores de Deus e de Jesus Cristo:
Ø Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz (I Coríntios 3.9).
Durante
esta vida estamos também a ser preparados para o nosso papel futuro de governar
como reis com o Senhor Jesus no Seu próximo reino. A igreja glorificada cantará
ao Cordeiro:
Ø E
cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os
seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens
de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis
e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra (Apocalipse 5.9-10).
Em
antecipação deste papel, agora nós devemos sobrepor-nos ao pecado nas nossas
vidas. Devemos também travar batalha contra Satanás no vil mundo presente, e
obter vitórias em Nome de Jesus. Não devemos contentar-nos apenas com estar
salvos, mas devemos dedicar nos por inteiro à Sua causa e segui-Lo e servi-Lo
enquanto Ele permitir que aqui estejamos.
Glorificação
– A escolha de Deus para os Chamados
O
passo final na salvação completa é a glorificação. Ela tem lugar na primeira
ressurreição, quando todos os verdadeiros cristãos vão receber corpos
ressurretos, glorificados e imortais:
Ø Eis
aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e
nós seremos transformados. (I Coríntios 15.51-52).
Os
pormenores completos do nosso estado de glorificados no céu ainda não nos foram
revelados, mas nós sabemos que, quando Jesus aparecer em todo o Seu esplendor,
nós seremos como Ele. Ele é o Noivo da Sua igreja e o Rei dos Reis e nós
partilharemos da Sua glória e receberemos o que estar preparado apenas para os
que O amam (II Coríntios 2.9).
Ø Mas a
nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo
glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
(Filipenses 3.20-21).
Ø Amados,
agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos, e qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si
mesmo, como também ele é puro. (I João 3.2-3).
Em
antecipação da nossa glorificação, agora nós devemos estar preparados para a
próxima vida no céu, sendo puros e santos em toda a nossa conduta. O nosso
estado espiritual presente, determina a nossa futura posição. Além de sermos
nascidos de novo, devemos viver vidas de dedicação ao Senhor cheias do
Espírito.
Os
perigos apresentados pelo mundo na caminhada dos que atendem ao Chamado de Deus?
A
mentalidade mundana e a baixa espiritualidade de muitas igrejas modernas, estão
muito longe das normas de conduta e santidade do Senhor. A maior parte dos
cristãos mostra-se satisfeita com a sua pobre condição espiritual e não
consegue viver em harmonia com “o alto chamamento de Deus em Jesus Cristo”
Ø Prossigo
para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses
3.14).
A
razão deste estado de coisas, é que muitos de tais cristãos não são
verdadeiramente nascidos de novo, enquanto que alguns que são não vivem vidas
vitoriosas de vencedores no Espírito Santo:
Ø Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins
da terra. (Atos 1.8);
Ø No
demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as
astutas ciladas do diabo. (Efésios 6.10-11);
Ø Eis
que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A
quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e
escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova
Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.... Ao que vencer lhe concederei
que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu
Pai no seu trono. (Apocalipse 3.11-12, 21).
Os
cristãos cheios do Espírito devem servir o Senhor ativamente.
Produzimos
nós fruto próprio do arrependimento e usamos nós os talentos que Deus nos deu
ao serviço do Senhor?
Ø
Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (II Coríntios 13.5).
Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (II Coríntios 13.5).
Fundamentos
falsos para afastar o Escolhido da Presença de Deus
Há
várias fundações falsas que o inimigo das nossas almas e seus cúmplices
oferecem às pessoas, quando elas desejam tornar-se cristãs. O seu primeiro objetivo
é evitar que elas decidam acreditar no Senhor Jesus para nascerem
verdadeiramente de novo.
No
entanto, se não consegue bons resultados com o Plano A, ele não abandona os
seus esforços mas experimenta o Plano B, que inclui toda a espécie de espertamente
delineados estratagemas para enganar os novos convertidos com mundanismo e
ignorância das verdades bíblicas, que os impedem de se tornar cristãos maduros
cheios do Espírito.
O
que segue são algumas das fundações falsas à base das quais muitas pessoas constroem
as suas vidas, aderindo assim a uma forma de Cristianismo não-bíblico,
concebido pelo homem e que é destituído de verdadeira vida espiritual.
1 - A ausência de um
chamamento claro - Como resultado de uma pregação
deficiente e de livros cheios de mensagens pobres, muitas pessoas não recebem
um chamamento claro para se reconciliarem com o Senhor. Os pregadores conduzem
as congregações a um estado de sonolência espiritual, deixando-as com a
impressão de que são cristãs por serem membros de uma igreja e por concordarem
com a sua profissão de fé. Os membros não são encorajados a desejar um
relacionamento pessoal com o Senhor, e contentam-se com uma semelhança de retidão
exterior.
2 – Moralização - É
muitas vezes instilada nas pessoas que vão à igreja, a ideia que são boas
pessoas por obedecerem a uma norma que se espera ser seguida por cristãos.
Sendo elogiadas por esta ideia, elas não sentem a convicção do pecado nem a
necessidade do arrependimento e da fé em Cristo como Salvador. Não compreendem
que estão perdidas. Agarram-se a crer nas suas vidas como moralmente
irrepreensíveis e por isso esforçam-se por fazer boas obras na esperança de
obter a aprovação da sociedade e de Deus. Tragicamente estas boas pessoas estão
a caminho do inferno se não se arrependerem.
3 - Regeneração
batismal - Muitos milhares de pessoas que vão à
igreja baseiam as suas vidas na fundação falsa da chamada “regeneração
batismal”. Elas acreditam que o batismo de infantes lhes garante a segurança
eterna. Agarram-se à ideia enganadora, que as cerimónias do batismo e da
confirmação numa igreja lhes garantem a salvação. Depois de tais ritos, é-lhes
dito que, com eles, estabelecem um acordo eterno com Deus. Pensam que através
do batismo nasceram de novo e estão a caminho do céu. A Bíblia afirma que a
religiosidade, não precedida do arrependimento e da fé na obra de redenção
culminada em Cristo, não nos livrará do julgamento de Deus e do inferno;
Ø Porque
também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da
pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles
que a ouviram. (Hebreus 4.2);
Ø Tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (II
Timóteo 3.5).
4 - Conceitos alterados
- A
religião de muitas pessoas consiste apenas numa mudança de conceitos. Muitas das
pregações é caracterizada por “palavras persuasivas de sabedoria humana” e não
em “demonstração do Espírito e de poder”:
Ø A
minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder (I Coríntios 2.4).
Como
resultado disso, a mentes dos que ouvem enchem-se de argumentos teológicos
frios, destituídos de algo que mova as suas almas em resposta ao Senhor Jesus.
Os ouvintes podem confessá-Lo com a boca, mas os seus corações estão longe d’Ele.
Ø Este
povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu
coração está longe de mim (Mateus 15.8).
Os
seus corações não sofreram alteração, mas sim apenas os seus conceitos mentais,
o que os confunde e os leva a pensar que são cristãos guiados pelo Espírito
Santo, o que pode não ser verdade. A auto retidão de nada vale:
Ø E
disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas
Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado,
perante Deus é abominação. (Lucas 16.15).
Tais
pessoas nunca sentiram a santa tristeza que leva ao arrependimento pelos seus
pecados, porque não podem verdadeiramente testemunhar que estão salvas e
nascidas de novo, pois registou-se apenas uma mudança superficial nas suas
vidas.
Ø Porque
a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém
se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte (II Coríntios7.10).
5 - O arrependimento
emocional - Muitas pessoas são tocadas pela mensagem
do evangelho apenas emocionalmente. Decidem-se por Cristo, não em fé e
arrependidas, mas movidas apenas pela emoção. Porque as emoções vêm e vão, tais
decisões muitas vezes não duram muito.
Ø O que
foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;
mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e
a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende; (Mateus 13.20-21).
Notemos
que a pessoa a que nos referimos recebeu a Palavra de Deus com alegria – uma
emoção que não se deve confundir com verdadeira fé. Uma resposta emocional e
superficial, não constitui verdadeiro e profundo arrependimento dos nossos
pecados, nem fé no Senhor Jesus como Salvador e como único caminho para a
salvação – pode ser um arrependimento falso. Algumas pessoas podem até
mencionar a data em que receberam o Senhor com alegria, mas sem arrependimento
e fé em Cristo não foram verdadeiramente salvas.
6 - Apenas acreditar - Outra
versão dos ensinamentos de uma graça barata, é que uma pessoa necessita apenas
de acreditar – e o céu está garantido, nada mais há a fazer! Franze-se o nariz
às obras incluindo ao arrependimento do pecado. Os professores falsos que tal
ensinam referem-se ao seguinte:
Ø Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Efésios 2.8-9).
Embora
isso seja verdade, continuamos a não poder ser salvos pela graça através da fé
sem que primeiro nos arrependamos profunda e genuinamente de todos os nossos
pecados conhecidos, confessando-os a Deus, abandonando o pecado e contando com
a Sua compaixão. Se fomos salvos pela graça, devemos começar prontamente a
viver uma vida de serviço a Deus com boas obras – não para obter a salvação,
pois já a temos – mas sim para agradar a Deus ao obedecermos à Sua Palavra. A
seguir ao verso acima mencionado, o verso seguinte frisa as boas obras que
devem seguir a salvação:
Ø Porque
somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus
preparou para que andássemos nelas. (Efésios 2.10).
A
vida cristã requer de nós a nossa cooperação consistente e dedicada com Deus,
na aplicação do Seu plano para as nossas vidas e para o mundo, tornando-nos
assim Seus colaboradores:
Ø Porque
nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus (I
Coríntios 3.9).
Isto
exige um ato disciplinado da nossa vontade, confiando ao mesmo tempo na força
abundante e graça de Deus através de Jesus Cristo. Paulo afirma que a graça do
Senhor lhe tornou possível trabalhar com ardor no cumprimento do seu ministério:
Ø Mas
pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes
trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus,
que está comigo (I Coríntios 15.10).
7 - Impróprias palavras
de conforto - Os pecadores acordados sob a convicção
do pecado, procuram muitas vezes conselho entre outros cristãos para o seu
profundo sentimento de culpa. É pouco sábio dizer a essas pessoas que não são
tão más como julgam. Membros de família fazem isso muitas vezes, para as ajudar
a diminuir tal sentimento. Tal atitude pode destruir o trabalho de convicção do
Espírito Santo sobre o pecado para as levar à salvação.
Elas
devem ser ajudadas a compreender que todo o pecado é tão mau, que merece o
castigo eterno no inferno. A Boa nova do evangelho, é que Deus providenciou a
solução ideal para o problema, isto é, que o Senhor Jesus foi castigado na cruz
pelos nossos pecados, e que, acreditando, podemos obter um perdão gratuito e a
dádiva da vida eterna. Ele veio para destruir as obras do diabo, e para nos
libertar de todos os nossos pecados e do castigo para eles.
Ø Quem
comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o
Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo (I João 3.8).
8 - Autocomiseração –
Ato de sentir pena de si próprio - Nós sentimos muitas
vezes pena de nós mesmos, quando graves acontecimentos ocorrem nas nossas vidas
e pensamos que não tivemos culpa disso. Nada de bom pode resultar de tal
sentimento, pois “a tristeza do mundo produz a morte” (II Coríntios 7.10).
A
tristeza que vem da convicção do pecado é a obra do Espírito Santo para nos
levar ao arrependimento e a acreditar na obra de redenção de Cristo ao morrer
por nós na cruz. A autocomiseração leva-nos a apresentar desculpas e a procurar
simpatia (e soluções humanas) para os nossos problemas. Isto leva-nos também
rua abaixo ao desastre e não ao arrependimento e à vitória sobre os nossos
pecados.
Devemos
ler a Bíblia e passar pela verdadeira convicção do Espírito Santo, que nos
levará por sua vez a pedir a Deus a Sua compaixão, perdão e ajuda. Os nossos
problemas são aliviados no Calvário, onde o preço pelos nossos pecados já foi
inteiramente pago.
9 - Sinais e maravilhas
- Uma
grave forma de decepção emergente em algumas igrejas, é a ideia que Deus
revela-se através de sinais e maravilhas pelas atividades do Espírito Santo.
Isto deu origem a uma teologia de manifestações físicas dramáticas em que se
acredita que, se os sinais não são evidentes, é sinal que Deus não está
presente.
Muitas
pessoas convencem-se que são cristãs, porque tiveram determinada experiência
dramática, e não por terem tido a convicção dos seus pecados e se terem
arrependido deles. Algumas caiem ao
chão e têm ataques de riso, uma visão, ou são curadas, e por isso
acreditam que Deus as tocou e salvou devido a tais experiências.
Milhões
de pessoas são enganadas desta maneira, alimentando a sua fé emocional em
serviços de viva adoração acompanhados de música rítmica, aliviando assim as
suas consciências e levantando os seus espíritos durante alguns dias, para
depois deles necessitarem de nova dose emocionalmente estimulante do mesmo.
Tais
pessoas deviam ler as suas Bíblias e compreender seriamente que, quando se
apresentarem diante do trono do Senhor, de nada lhes valerá dizer-Lhe: “Senhor,
Ø Muitos
me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em
teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas
maravilhas? E então lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mateus 7.22-23).
E
nessa altura será demasiado tarde para nos arrependermos e obtermos a
verdadeira e única vida que nos pode transformar em discípulos do Senhor Jesus.
10 - Todos os cristãos são cheios do Espírito - Há também fundações falsas para uma vida de Santidade. Uma presunção muito comum é que, uma vez que todos os cristãos são nascidos de novo pelo Espírito Santo, eles também estão cheios do Espírito. Muitos crentes afirmam que, porque o Espírito Santo é uma pessoa que não pode ser diminuída ou acrescentada, nós não necessitamos de ser cheios de novo com o Espírito à medida que crescemos em graça:
Ø Antes
crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele
seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. (II Pedro 3.18).
Esta
afirmação é contrária ao que a Bíblia ensina, e priva muitos cristãos de uma
vida vitoriosa e cheia do Espírito. O fato é que a nossa velha natureza deve
ser negada e crucificada, antes da completa autoridade do Espírito Santo ser
estabelecida nas nossas vidas. Os cristãos carnais de I Coríntios 3.1-3 por
certo que não eram cristãos cheios do Espírito, e tinham grande necessidade da
experiência da santificação.
Todos
os crentes necessitam saber que o Espírito Santo reside neles e que devem ser
guiados por Ele. O Senhor Jesus disse:
Ø Mas,
quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há de vir (João 16.13).
11 - O evangelho
não-ofensivo - Muitas das falsas fundações discutidas
acima convergem no movimento moderno para o crescimento da igreja. Os pastores
são encorajados por um espírito humanista de pensamento positivo e de sucesso,
que os leva a apresentar o evangelho
do Senhor Jesus como não-ofensivo, e tão agradável ao mundo quanto possível.
Isto é feito para atrair largas multidões de seguidores populares de Jesus
Cristo.
E,
nesta maneira positivista de apresentar o evangelho, não se faz qualquer menção
das coisas “negativas”, como por exemplo das pessoas não-salvas serem
pecadoras, do julgamento do pecado por Deus, da existência de falsos profetas,
do Anticristo etc. Tais pregadores também evitam falar da cruz e do sangue de
Cristo, por essas coisas estarem relacionadas com o julgamento de Deus sobre o
pecado.
É
um evangelho sem alma, em que se dizem muitas coisas boas acerca do Senhor
Jesus, mas em que se oferecem as Suas bênçãos a toda a gente sem se mencionarem
as consequências destruidoras do pecado e o futuro dos pecadores no contexto da
ira de Deus sobre eles, o que não traz qualquer benefício real.
Ainda
mais, tal evangelho não conduz a uma apreciação sã da natureza da morte de
Cristo na cruz para perdão dos nossos pecados, e falta-lhe valor prático como diretiva
para a nossa vida, pois todos os aspectos negativos como a decepção espiritual
não são mencionados e são deliberadamente ignorados.
Desta
maneira, a mensagem verdadeira do evangelho é rebaixada e eventualmente
silenciada. Por meio de pregação desta natureza, incluindo programas de
dedicação de 40 dias, as pessoas são privadas das armas espirituais necessárias
a fazer frente às artimanhas do diabo.
Ø
No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Efésios 6.10-12).
No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Efésios 6.10-12).
Precisamos
crescer em Graça para vencermos
A
vida cristã deve ser uma peregrinação de santificação enquanto caminhamos na
luz da presença de Deus, comunicando com o Senhor Jesus e sendo continuamente
lavados de todo o pecado pelo Seu sangue
Ø Mas,
se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (I João 1.7);
Ø Mas a
vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser
dia perfeito (Provérbios 4.18).
Exige-se
dedicação: “… ponhamos de lado todo o peso e o pecado que tão facilmente nos
enreda, e corramos com perseverança a corrida que está à nossa frente” (Hebreus
12.1).
A
seguir até ao fim deste livrinho, damos um sumário de um guia para crescer em
graça, pelo conhecido pregador revivalista Charles Finney, tirado dos seus
livros “Preleções sobre reavivamento” e “Poder das alturas”. Estas diretivas
foram dadas a novos convertidos que aceitaram Cristo como Salvador, durante as
suas campanhas de reavivamento: “Mas crescei em graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 3.18).
O
que é a Graça?
O
vocábulo Graça provém do latim gratia, que deriva de gratus (grato, agradecido)
e que em sua primeira acepção designa a qualidade ou conjunto de qualidades que
fazem agradável a pessoa que as têm.
Graça
é favor. Na Bíblia, a palavra graça significa muitas vezes uma prenda gratuita.
Assim, a graça de Deus é um favor de Deus, a Sua prenda gratuita para nós.
O
comando para crescermos em graça não quere dizer que devemos abandonar
gradualmente o pecado. Estranhamente, algumas pessoas pensam que é esse o
significado.
Mas
a Bíblia em lugar algum nos comanda que abandonemos o pecado pouco a pouco.
Pelo contrário, cada palavra exige de nós que o abandonemos por completo e de
imediato. Nós devemos crescer no favor
de Deus, na Sua estima por nós, na Sua satisfação conosco e em procurar merecer
o Seu favor.
Condições
para o crescimento espiritual
O
que se segue são algumas das condições básicas a que devemos obedecer, se quisermos
crescer em graça:
Já devemos estar em
graça - Da mesma maneira que o crescimento ou aumento de
qualquer coisa implica um começo, o crescimento no favor de Deus implica que já
obtivemos favor a Seus olhos. Já estamos em dívida pela graça recebida; na
qualidade de um dos favoritos de Deus, já estamos em graça.
Os nossos pecados foram
abandonados e perdoados - O crescimento em graça pressupõe
que já nos arrependemos dos nossos pecados, que, na prática, já abandonámos
todo o pecado conhecido. Ser aprovado por Deus implica que fomos perdoados e
favorecidos por Ele por amor ao nosso Senhor, Jesus Cristo. O Seu favor
pressupõe que renunciámos à rebelião contra Deus. Nós nunca podemos manter-nos
no favor de Deus se conscientemente pecarmos contra Ele.
Crescimento contínuo
- Quando a graça começa, passa a haver lugar em nós para um crescimento eterno.
À medida que conhecermos melhor Deus, seremos capazes de O amar mais, mostrando
uma confiança mais vasta e profunda n’Ele. Deus revela-Se nos em Jesus Cristo,
e n’Ele descobrimos a verdadeira personalidade do Deus infinito. O texto diz
portanto: “Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo”. Quanto mais amarmos, acreditarmos e conhecermos Deus – se nos
conformarmos com este conhecimento – mais Deus se agradará de nós; e, quanto
mais nos elevarmos no Seu favor, mais Ele nos abençoará e usará ao Seu serviço.
Completa dedicação a
Deus
- Para crescer em graça devemos aumentar o conhecimento que temos do
significado de nos termos entregado completamente a Deus. A verdadeira
conversão inclui a nossa consagração a Deus com tudo quanto possuímos. Os novos
crentes não se apercebem de tudo quanto as mais elevadas formas de consagração
exigem: A entrega completa de tudo quanto somos, possuímos, desejamos e amamos
logo que qualquer destes elementos entre na nossa mente, e que é uma das
condições do crescimento no favor de Deus. À medida que recebemos nova luz, a
nossa consagração deve alargar-se cada dia e cada hora, para o nosso
crescimento não parar. Quando não colocamos tudo no altar da consagração, nesse
mesmo instante paramos de crescer. Que esta verdade entre fundo nos nossos
corações.
Conformidade com o
ensino do Espírito Santo - Uma nova condição para o
crescimento é a constante conformidade com os ensinamentos do Espírito Santo.
Nós temos de aprofundar a nossa prática cristã, procurando luz espiritual
através da iluminação do Espírito Santo. Não ganharemos qualquer conhecimento
espiritual efetivo, senão através do ensino interior do Espírito Santo. Devemos
orar constante e instantemente pelo Seu ensino, e evitarmos resistir-Lhe e
ofendê-Lo, continuando sempre na atitude de um discípulo de Cristo. Ele não nos
ensinará através do Espírito Santo, se não renunciarmos ao eu, não vivermos
sempre submetidos a Ele, e não seguirmos as Suas instruções na Bíblia.
Inabalável fé em Deus
- Uma fé em Deus cada vez mais implícita conduz ao crescimento. Nós
necessitamos de uma confiança tão profunda no carácter de Deus, que confiamos
n’Ele tanto nas trevas como na luz, tanto quando compreendemos os Seus caminhos
e exigências como quando não compreendemos. A fé implícita é uma fé firme e
inquestionável, um estado mental baseado em Deus, nas Suas promessas, na Sua
fidelidade e no Seu amor – independentemente do grau de dificuldade e aparente
falta de senso que os seus comandos e circunstâncias orientadoras nos possam
parecer.
Completa santificação
- Uma alma mais profundamente santificada – o centro dos nossos desejos,
amizades, emoções, sentimentos, apetites e paixões – é outra das condições para
o crescimento no favor de Deus. Na sua condição depravada, a natureza humana é
horrenda no todo. Embora a vontade esteja submetida a Deus, a alma pode
continuar a ser desagradável àqueles que podem ver o seu desejo, paixão e
concupiscência. E é através da alma que a tentação nos ataca.
A
vontade batalha contra estes apetites para os manter sujeitos à vontade de
Deus, e se a vontade humana mantiver a sua integridade e se agarrar à vontade
de Deus, o pecado não acontece. No entanto, estas tendências rebeldes
prejudicam a vontade, no serviço de Deus:
Ø Porque
a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se
um ao outro, para que não façais o que quereis (Gálatas 5.17).
Quando
a alma se torna cada vez mais entregue e em harmonia com a devoção da vontade a
Deus, nós ficamos livres para prestar serviço desimpedido a Deus. E assim,
quanto mais completa for a santificação da alma, mais completamente nós
estaremos no favor de Deus.
Cheios com o Espírito
Santo - Crescer em Deus depende de uma crescente presença
do Espírito Santo. Cada passo na vida do cristão deve ser dado sob a orientação
do Espírito Santo, de maneira a sermos guiados em todas as coisas pelo Espírito
de Deus.
Ø Digo,
porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. (Gálatas
5.16).
Lembremo-nos
que para crescer em graça devemos crescer na plenitude do Espírito Santo.
Um conhecimento mais
íntimo de Cristo - Antes do crescimento em graça,
devemos obter um conhecimento e experiência pessoais mais profundos de Cristo,
e da maneira como Ele opera e se relaciona conosco. A Bíblia apresenta-nos
Cristo como uma Pessoa viva. O que nos é dito sobre Ele deve levar-nos a
procurar intimidade com Ele, visto que com um relacionamento pessoal com
Cristo, Deus faz-nos como Ele. Conheçamo-Lo na Sua plenitude, apropriando-nos
pessoalmente de Cristo pela fé, em todas as áreas do nosso relacionamento com Ele.
Devemos
vestir-nos com Cristo, tomando-O como nosso, pois Ele é a nossa sabedoria, a
nossa retidão, santificação e redenção, o nosso Profeta para nos ensinar, o
nosso Rei para nos governar, o nosso Sumo Sacerdote para nos reconciliar, o
nosso Mediador, o nosso Advogado, a nossa força, o nosso Salvador, o nosso
esconderijo, a nossa torre alta, o nosso Capitão e Chefe, o nosso escudo, a
nossa defesa, o nosso prémio. Conheçamo-Lo pessoalmente em cada uma destas
áreas, apropriando-nos d’Ele pela fé. Isto é uma condição indispensável para o
crescimento no Seu favor.
Sinais
falsos de crescimento em graça
Há
um número de coisas que nos podem levar erradamente a pensar que estamos a
crescer em graça, quando não estamos. Tais coisas são sinais falsos de
progresso espiritual:
Crescer em
conhecimentos não constitui evidência conclusiva de crescimento em graça
- Os conhecimentos são indispensáveis para caminhar no favor de Deus e são uma
das condições para o crescimento em graça. Mas os conhecimentos em si não são
graça. Uma pessoa pode explodir em conhecimentos, e no entanto não estar de
fato em graça. O conhecimento da Bíblia deve levar a uma dedicação mais profunda
a Deus e ser assim transformado em riqueza espiritual.
O crescimento em dons
não é prova de que uma pessoa esteja a viver mais perto de Deus
- Uma pessoa que professa Cristo pode orar com mais fluência, pregar com mais
eloquência e exortar com mais poder, sem no entanto ser mais santa. É comum
acontecer pessoas que não têm qualquer favor de Deus, serem excelentes em
práticas religiosas exteriores.
Apenas por uma pessoa
pensar que está a crescer espiritualmente, não quere dizer que de fato esteja -
Uma
pessoa pode estar impressionada com o seu crescimento espiritual, ao passo que
outras pessoas estão a ver claramente o seu declínio. Uma pessoa que esteja a
apodrecer espiritualmente, raramente dá conta disso. Isso é natural. A
consciência de uma pessoa em declínio espiritual torna-se cada vez mais
endurecida à medida que resiste à luz. Essa pessoa pensa que está a progredir,
precisamente porque tem um menor sentido do pecado. E enquanto a sua
consciência dorme, ela pode continuar a ser vítima de fatal ilusão.
Provas
de crescimento em graça
Existem
também várias provas de que estamos a viver no favor de Deus e a progredir na
nossa vida espiritual:
1. Se
nós verificamos que estamos a exercer mais completa e mais infantil confiança
em Deus, isso prova que estamos a crescer em graça. Quando a nossa vida,
atitude e espírito manifestam esta sempre crescente fé em Deus, nós
demonstramos a toda gente que estamos a crescer no Seu favor;
2.
Se
estivermos separados do mundo e das suas tentações, crescemos em graça. Uma alma
crucificada para o mundo mostra progresso espiritual;
3.
Uma resistência menor ao sermos chamados a exercer autonegação, também revela crescimento em graça e isso mostra-nos que os sentimentos do crente são menos despóticos, que a sua vontade está a ganhar domínio sobre eles e que a alma está a harmonizar-se com a intenção da vontade e com os ditames da mente;
Uma resistência menor ao sermos chamados a exercer autonegação, também revela crescimento em graça e isso mostra-nos que os sentimentos do crente são menos despóticos, que a sua vontade está a ganhar domínio sobre eles e que a alma está a harmonizar-se com a intenção da vontade e com os ditames da mente;
4. Uma
menor tentação para pecar por omissão é outro sinal de crescimento. Uma menor
tentação para nos afastarmos da cruz, de responsabilidades desagradáveis, da
oração, da leitura das Escrituras, das devoções pessoais e em família, mostra
da mesma forma crescimento;
5. Uma
intensidade mais profunda e firmeza de zelo para com as causas de Deus, revelam
crescimento no favor de Deus. Às vezes o zelo de um cristão esfria, outras
vezes aumenta; umas vezes é dedicado, outras é instável e passageiro. À medida
que os cristãos crescem em devoção, o seu zelo torna-se profundo, intenso e
firme;
6. Uma
baixa na autoconsciência e respeito pelo “eu” em todas as ações da vida,
revelam crescimento no favor de Deus. Algumas pessoas mostram-se tão cheias de
si mesmas em tudo quanto dizem e fazem, que prejudicam a sua vida cristã. Os
novos cristãos, por exemplo, não podem falar, orar, ou fazer algo em público,
sem se sentirem ou orgulhosos ou envergonhados por terem agido na frente de
outros. Mas ao abandonarem o “eu” e consistentemente trabalharem para a glória
de Deus, crescem no Seu favor;
7. Impermeabilidade
à lisonja ou à condenação, significa crescimento em graça. Paulo considerou
coisa pouca o ser julgado por outros. Ele apenas procurava a aprovação de Deus.
Uma crescente e boa disposição na aceitação de toda a vontade de Deus, revela
crescimento espiritual. Algumas pessoas rebelam-se contra a Sua vontade ou o
Seu controle dos acontecimentos. Mas os cristãos que estão a crescer em graça
abraçam toda a Sua revelada vontade com um amor cada vez maior;
8. Calma
no meio das adversidades demonstra crescimento. Ela mostra que a alma está
firmemente ancorada em Cristo, e assim apta a fazer frente às tempestades da
vida;
9.
A tranquilidade perante súbitos e esmagadores desastres e perdas. Quanto mais tranquila está a alma quando as tempestades de circunstâncias repentinamente a assolam, levando os seus queridos e destruindo as suas esperanças terrenas, maior é a prova de que está no favor de Deus;
A tranquilidade perante súbitos e esmagadores desastres e perdas. Quanto mais tranquila está a alma quando as tempestades de circunstâncias repentinamente a assolam, levando os seus queridos e destruindo as suas esperanças terrenas, maior é a prova de que está no favor de Deus;
10. Paciência
perante a provocação e uma menor tendência para a preocupação;
11. Quando
não só toleramos mas aceitamos a vontade de Deus quando sofremos e
podemos aguentar pacientemente e com alegria, isso mostra que estamos a
crescer no favor de Deus;
12. Um
aumento na impermeabilidade a todas as coisas que o mundo nos oferece e a todas
as suas ameaças;
13. Uma
menor tendência para focar a atenção nos nossos problemas e falar deles aos
outros, mostra que pensamos menos em nós e aceitamos tais problemas com uma
maior submissão a Deus;
14. Pensarmos
menos nas faltas e incapacidades dos outros, virando-nos para as soluções bíblicas
dos problemas;
15. Uma
oratória amável em vez de sarcástica, severa ou menos caridosa e uma maior
delicadeza e ternura ao falarmos das faltas reais ou supostas dos outros;
16. Uma
maior relutância em tratar ou pensar em alguém como inimigo, a par de uma maior
facilidade em tratar esse alguém com bondade, orando do coração com essa pessoa
e fazendo-lhe bem;
17. Uma
habilidade para perdoar em vez de guardar ressentimentos, e não desejarmos vingar-nos
das injúrias recebidas;
18. A
conformidade com Deus e o crescimento na Sua graça, estão claramente patentes
num crescente ciúme pela honra de Deus e pelo desejo de ver a pureza da igreja
num mundo corrupto;
Fortalecermo-nos
na fé
Nós
podemos crescer em graça cumprindo as condições do crescimento espiritual
mencionadas nas discussões acima. Devemos lembrar-nos que cada passo no
crescimento espiritual deve ser dado pela fé e não pelas obras. Alguns bons
cristãos fizeram erros verdadeiramente espantosos a este respeito. Muitos
ensinam que o caminho para a santificação está em trabalharmos para isso,
chamam à santificação pela fé um absurdo e descrevem o crescimento em graça
como a formação de hábitos de obediência a Deus. Isto é surpreendente.
O
fato é que cada passo de progresso na vida cristã é dado por meio de una nova e
mais completa possessão de Cristo pela fé, um enchimento mais profundo do
Espírito Santo. Como as nossas fraquezas, enfermidades e renovados pecados são
revelados pelas circunstâncias que enfrentamos, o nosso único auxílio para lhes
fazermos frente está em Cristo. Nós só crescemos se passo a passo nos
apoderarmos d’Ele mais completamente e nos “vestirmos mais com Ele”. Nós só
amadurecemos quanto mais depressa nos despirmos da nossa auto dependência,
renunciarmos a qualquer esperança de formar hábitos santos através da nossa
obediência, se pela fé participarmos em cada vez mais fundos enchimentos do
Espírito Santo, e se mais completamente nos vestirmos com o Senhor Jesus
Cristo. Somos santificados pela fé, tão certo como somos justificados pela fé.
Digo-o
entristecido: Os ensinamentos de muitos pastores são uma pedra de tropeço para
a igreja. Sob a sua instrução, os convertidos nunca são estabelecidos em graça,
e nunca se tornam úteis ou vivem vidas que honrem Cristo. Tais professores não
sabem eles mesmos como crescer. Para instruir convertidos e manter a igreja a
caminhar em santidade, o próprio pastor deve caminhar em frente.
Ø Ele
deve ser um verdadeiro e vital cristão em crescimento. As igrejas deviam
recusar-se a ordenar ou chamar um pastor que não tenha mostrado progresso na
experiência cristã e que não possua a habilidade espiritual necessária a manter
a igreja acordada.
Ø
Muitas igrejas em muitas localidades lamentam-se por falta de devoção viva e crescimento nos seus pastores. Os seus ministérios são intelectuais, literários, filosóficos e teológicos no ensino, mas tristemente deficientes em unção, com pouco poder com Deus ou junto do povo. Ensinam o intelecto mas não o coração, porque pregam um evangelho intelectual e não espiritual.
Muitas igrejas em muitas localidades lamentam-se por falta de devoção viva e crescimento nos seus pastores. Os seus ministérios são intelectuais, literários, filosóficos e teológicos no ensino, mas tristemente deficientes em unção, com pouco poder com Deus ou junto do povo. Ensinam o intelecto mas não o coração, porque pregam um evangelho intelectual e não espiritual.
É
óbvio porque tantas pessoas se rebelam (voltam ao antigo). A razão de ser disto
é a falta de apropriada e oportuna instrução sobre a santificação e o
discipulado. Mas, para ser apropriada e oportuna, a instrução deve ser ungida
pelo Espírito Santo, de maneira a que as pessoas possam ser dotadas com poder
das alturas
Ø E eis
que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder (Lucas 24.49).
Os
novos convertidos devem ser guiados em coisas espirituais que os tornem
estáveis e eficientes no trabalho de Deus. E esta é a única maneira de ser
vestido com Cristo e de prestar serviço eficiente no Seu reino” (Fim da
contribuição de Finney).
O
término da caminhada
O
destino da peregrinação do cristão das trevas para a luz, é a nossa morada
eterna no céu – na Nova Jerusalém, onde o Senhor Jesus está a preparar um lugar
para nós
Ø Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (João
14.2-3).
Durante
os dias difíceis das nossas vidas na Terra, em que somos estrangeiros num mundo
vil, a fé em Deus e a garantia do nosso futuro maravilhoso dão-nos a força
necessária a resistir às tentações e a perseverar em santidade até ao fim.
A
esperança na vinda de Cristo e na nossa glorificação, constituem uma âncora
forte e digna de confiança para as nossas almas, ligando-nos a Deus no Seu
trono de graça (Hebreus 6.19). O próprio Senhor Jesus é a nossa âncora. Nós
sabemos que o nosso futuro está seguro nas Suas mãos, e que Ele nos guiará ao
longo da estrada.
Ø Por
isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia (II Coríntios 4.16).
Infelizmente,
há aqueles que perdem a coragem e arrefecem no seu amor:
Ø E,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mateus 24.12).
Em
Éfeso, a maior parte dos crentes abandonou o seu primeiro amor, mas
mantiveram-se membros devotos da congregação. Não é de forma alguma aceitável
ao Senhor Jesus, que a Sua igreja na Terra se transforme numa organização
apenas com uma semelhança de retidão, em que Ele é adorado não só de maneira
nominal, mas em que é de fato posto de lado por dirigentes, estruturas
eclesiásticas e organizações humanas. Ele claramente exprime o seu desagrado
com tal estado de coisas e afirma que se eles continuarem com a sua rebelião,
lhes retirará o candelabro do seu meio:
Ø Tenho,
porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde
caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a
ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Apocalipse
2.4-5).
Dispamos
as roupas sujas da retidão humana:
Ø Mas
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um
vento nos arrebatam. (Isaias 64.6);
Ajoelhemos
junto à cruz e confessemos toda a ação pecadora e atitude que nos separam do
Senhor Jesus. Renovemos a nossa confissão de fé e rendamo-nos
incondicionalmente ao Salvador, Àquele que nos ama com um amor eterno.
A
lavagem contínua com o sangue do Cordeiro e o poder sustentador do Espírito
Santo, levar-nos-ão a caminhar cada vez com mais ânimo no caminho do Senhor. Se
nos tornarmos fortes no Senhor, e no poder da Sua força (Efésios 6:10), nunca
seremos contados entre os cristãos carnais, fracos e retrógrados. Enquanto
crescermos em direção à estatura da plenitude de Cristo, aperfeiçoaremos
sentidos treinados no discernimento do bem e do mal
Ø Até
que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a
homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Efésios 4.13);
Ø Mas o
mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os
sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5.14).
E
então progrediremos rapidamente no caminho do Senhor, ao dedicarmo-nos a fazer
obras de valor eterno.
É
importante saber e acreditar na Palavra de Deus, uma vez que estamos a viver
numa época de apostasia espiritual e declínio moral em larga escala. A Palavra de Deus é a única verdade que nos
pode libertar
Ø E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8.32);
Ø Santifica-os
na tua verdade; a tua palavra é a verdade (João 17.17).
Ø E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1.14).
Ø Para
que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para
glória de Deus Pai (Filipenses 2.10-11).
Ø Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus
(Efésios 2.8).
Apologista
cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com
Bibliografia:
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel)
Professor Johan Malan -
www.bibleguidance.co.za
Pastor José Láerton