Sapatos de salto alto
Sapatos de salto
alto (frequentemente abreviado como salto-alto ou apenas salto) é calçado que
deixa o calcanhar da usuária significativamente mais elevado do que os dedos.
Quando tanto o
calcanhar quanto os dedos dos pés são levantados igualmente, como em um sapato
plataforma, não é considerado um "salto alto". Saltos-altos tendem a
dar a ilusão de pernas mais longas e mais finas. Esses sapatos podem ser
encontrados em uma ampla variedade de estilos, e os saltos são encontrados em
muitas formas diferentes, incluindo stiletto, bomba, bloco, cónica, lâmina, e
cunha.
De acordo com os
grandes estilistas de calçados, como Jimmy Choo e Gucci, um salto baixo é
aquele com menos de 6 centímetros, de 6 centímetros a 8.5 centímetros os saltos
são considerados saltos médios, e acima de 8,5 centímetros é considerado um
salto alto.
Salto alto na História
A origem dos sapatos
e sandálias de salto alto são muito mais antigos do que se possa imaginar e se
perdem em séculos de história.
No antigo Egito as
classes baixas andaram descalços, mas os números de murais que datam de 3500 a.
C retratam uma versão inicial de sapatos usados principalmente pelas classes
mais altas.
Já os primeiros
modelos de saltos altos foram encontrados em uma tumba do Antigo Egito e datam
do ano 1000 a. C. Estes eram peças de couro realizada em conjunto com laço que
foi muitas vezes organizado para aparentar o símbolo ankh, que representa a
vida. Há também algumas representações de ambos os de classe alta homens e mulheres
vestindo calcanhares, provavelmente para fins cerimoniais.
Açougueiros egípcios
também usavam saltos, para ajudá-los a caminhar sobre o sangue de animais
mortos.
O gosto por saltos
altos predominou também na Grécia Antiga. Ésquilo, o primeiro grande autor
trágico da história grega, fazia os atores de suas peças usarem sapatos
plataformas de diferentes alturas para, assim, indicar a posição social de cada
personagem. A mesma idéia existiu no Oriente.
Na Grécia e Roma
antigas, sandálias plataforma chamada kothorni, mais tarde conhecido como
coturnos na Renascença, eram sapatos com solas de madeira de alta ou de cortiça
que eram populares particularmente entre os atores que iria usar sapatos de
alturas diferentes para indicar diferentes status social ou a importância das
personagens.
Mas a história
também revela que saltos altos estão associados à sexualidade. As cortesãs
japonesas usavam tamancos com alturas entre 15 e 30 cm. Já as concubinas
chinesas e as odaliscas turcas eram obrigadas a usar sandálias altas
provavelmente para impedir que fugissem dos haréns. Na Roma antiga, o comércio
do sexo era legal, e prostitutas eram facilmente identificados por seus saltos altos.
Durante a Idade
Média, tanto homens como mulheres usavam patten, ou solas de madeira, que
foram, claramente, um precursor do salto alto. Pattens uniriam aos sapatos
frágil e caro para mantê-los fora da lama e detritos outra rua ao andar ao ar
livre.
Elizabeth Semmehack,
curador do Museu Bata Shoe, traça o salto alto para cavaleiros no Oriente Médio
que usou salto alto para a funcionalidade, porque eles ajudaram a segurar o pé
do ciclista em estribos. Ela afirma que esse calçado é retratado em uma tigela
de cerâmica do século IX da Pérsia.
No século XV, o
chapim, um tipo de sapatos de plataforma, foram criados na Turquia e eram
populares em toda a Europa até meados do século XVII. Chopines poderia ser 7-8
ou até 30 centímetros de altura, exigindo as mulheres a usar bengalas ou servos
para ajudá-los a pé. Como pattens, o chapim foram galochas, mas ao contrário do
pattens, o chapim foram usados quase exclusivamente por mulheres. Eles eram
geralmente projetados com cortiça ou madeira empilhada como o calcanhar.
Os venezianos
fizeram a chopine em um símbolo de status revelando riqueza e posição social
para as mulheres, e os turistas a Veneza, muitas vezes comentou com humor sobre
o chopines escandalosamente altos. Os
“chopines” italianos, variavam entre 15 e 42 cm. Algumas chegavam a alcançar 75
cm.
Que os sapatos
criados já haviam sido usados como uma declaração de moda na Itália, pelo
menos, é sugerido por leis suntuárias em Veneza, que proibiu o uso de calçados
chopine estilo plataforma tão cedo quanto o ano de 1430.
Um dos visitantes
notou que eles eram "inventados por maridos que esperavam o movimento
complicado que implica faria ligações ilícitas difícil. Já, podemos ver as
questões de dominação e submissão que está sendo associado com sapatos muito
parecido com os sapatos de lótus da China.
Sapatos estavam
começando a ser feita em duas partes durante o século 16, com um limite
superior flexível ligado a uma sola mais pesado, mais duro. Este sapato de duas
partes novo conduzido até o calcanhar como uma parte real do sapato ao invés de
apenas um anexo.
Às vezes é sugerido
que os calcanhares levantados foram uma resposta ao problema do pé do piloto
escorregar para a frente em estribos enquanto equitação. O "calcanhar de
cavaleiro", cerca de 1 ½ polegadas (4 cm) de altura, apareceu por volta de
1500. A ponta foi inclinada para a frente para ajudar a segurar o estribo, e o
bordo de fuga foi inclinada para a frente para impedir que o calcanhar
alongado, desde a captura em arbustos ou rocha durante o backup, como na on-pé
de combate. Estas características são evidentes hoje em botas de montaria,
nomeadamente botas de cowboy.
O calcanhar de
equitação simples deu lugar a um salto mais estilizado sobre suas três
primeiras décadas. Início com os franceses alturas, salto entre os homens
subiu, muitas vezes tornando-se mais alto e mais fino, até que eles não eram
mais úteis ao montar, mas foram relegados a "tribunal pony" desgaste.
No final do século XVII, os saltos dos homens eram comumente entre três e quatro
polegadas de altura.
No
século XVII, o parlamento inglês punia como feiticeiras todas as mulheres que
usassem sapatos de salto alto para seduzir ou atrair homens ao casamento. E por
falar em sedução, Giovanni Casanova, em sua biografia, declarou seu amor pelos
saltos altos que, segundo ele, levantavam as armações das saias-balão, usadas à
época, desta forma mostrando as pernas femininas.
Em 1533, depois que
os homens já começaram a usar saltos de novo, a esposa diminutivo italiano de
Henrique II, rei da França, Catarina de Medici Rainha ", encomendou um
sapateiro à moda dela um par de saltos, tanto para a moda e sugerir uma maior
altura. Eles foram uma adaptação do chapim e o pattens (solas de madeira
elevada com ambos calcanhares e nos dedos levantados, não muito diferente de
sapatos de plataforma moderna ou tamancos e tamancos), destinada a proteger os
pés do usuário de sujeira e lama, mas ao contrário chopines, o salto foi maior
do que o dedo do pé, e a "plataforma" foi feito para dobrar no meio
com o pé.
Sapatos de salto
alto rapidamente pegou com os homens conscientes da moda e as mulheres da corte
francesa e se espalhou para os bolsos de nobreza em outros países. O termo,
abastados, se tornou sinônimo de riqueza opulenta. Tanto homem como mulheres
continuaram usando saltos como uma questão de moda nobre ao longo dos séculos
XVII e XVIII.
Quando a Revolução
Francesa se aproximava, no final do século XVIII, a prática de saltos usando
caiu em declínio em França, devido à sua associação com a riqueza e
aristocracia. Durante a maior parte do século XIX, sapatos baixos e sandálias
eram habituais para ambos os sexos, mas o calcanhar ressurgiu na moda durante o
século XIX, quase que exclusivamente entre as mulheres.
O mais antigo dos sapatos com
imagens
Em notável estado de
preservação, os calçados têm cerca de 5,5 mil anos e foram encontrados em uma
caverna na Armênia. Feitos a partir de um corte único de couro, os sapatos
foram feitos no tamanho exato para envolver os pés do dono e empregam cadarços.
Com 24,5 centímetros
de comprimento (equivalente ao tamanho 36 no Brasil), as peças podem ter sido
usadas por mulheres ou mesmo homens, uma vez que se encaixam nos tamanhos dos
representantes do período Calcolítico, segundo o grupo internacional de arqueólogos
responsável pela análise.
Os cientistas
encontraram resíduos de grama no interior dos calçados, que poderiam ter
servido para que as peças não perdessem seu formato ou para manter os pés
aquecidos.
A caverna onde foram
encontrados está situada na província de Vayotz Dzor, próxima à fronteira com o
Irã e com a Turquia. As condições da caverna – seca, fria e com ambiente
estável – permitiram a conservação de diversos registros de interesse
arqueológico.
Além disso, o chão
da caverna foi coberto por uma camada espessa de fezes de ovelha, que “selaram”
as peças, ampliando ainda mais suas condições de preservação.
“Pensamos
inicialmente que os sapatos e outros objetos ali encontrados tivessem entre 600
e 700 anos, por conta de suas excelentes condições. Somente quando o material
foi datado por radiocarbono e espectrometria em dois laboratórios – em Oxford
(Reino Unido) e na Califórnia (Estados Unidos) – é que soubemos que eles eram
mais antigos até do que o Ötzi, o Homem de Gelo”, disse Ron Pinhasi, da Universidade
de Cork, primeiro autor do artigo.
Ötzi é uma múmia
masculina bem conservada, com cerca de 5,3 mil anos, encontrada em 1991 em uma
geleira dos Alpes de Ötztal perto do monte Similaun, na fronteira da Áustria
com a Itália.
Os sapatos foram
encontrados em 2008 por Diana Zardaryan, do Instituto de Arqueologia e
Etnologia da Armênia, quando fazia seu pós-doutorado. “Fiquei impressionada por
ver como até mesmo os laços estavam tão bem preservados”, disse Diana, outra
autora do artigo.
Outro detalhe
interessante, segundo os cientistas, é que os calçados de couro se assemelham
bastante aos modelos que eram usados comumente até a década de 1950 nas ilhas
Aran, no oeste da Irlanda.
Os designers de sapatos
Os designers de
sapatos não existiam como tais antes do século XX. A criação de sapatos de
salto alto era mais uma atividade, dentre muitas, dos modestos sapateiros. A
indústria de produção em massa de calçados teve início nos Estados Unidos, onde
começou como uma atividade familiar exclusiva de colonos do leste do país (Nova
Inglaterra) e acabou se tornando as primeiras grandes lojas por volta da metade
do século XVIII.
Mas a tradição dos
sapatos confeccionados à mão é em grande parte um fenômeno europeu,
especialmente em países como a Inglaterra, Itália e França, onde o design de
calçados estava intimamente associado ao design de moda. A indústria calçadista
parisiense foi fundada pelo inglês Charles Worth, em 1858. Worth foi o mais
destacado estilista do mundo da moda na época, a ponto de ter sido ele o
responsável por vestir toda a realeza da Europa.
Em torno de Worth
outros estilistas surgiram, como por exemplo, Paquin, Chernit e Doucet, o que
transformou Paris na capital mundial da moda. Alguns estilistas que trabalhavam
para estes estilistas, com o tempo foram se tornando independentes. Dentre
estes podemos citar Pinet que chegou em Paris em 1855 para trabalhar para Worth
e que acabou criando o salto que leva seu nome: o salto Pinet, que é mais fino
e mais reto que o popular salto Louis.
Outro importante
designer de renome a época foi Pietro Yanturni que se auto-denominava “o mais
caro estilista de calçados do mundo”, com uma clientela exclusiva de apenas 20
clientes e cujos sapatos atualmente se encontram expostos no Metropolitan
Museum of Art de Nova York. André Perugia seguiu os passos de Yanturni: seus
sapatos estão no Musee de La Chaussure, em Romans, França.
Em 1900, ainda havia
resquícios de proibição do século anterior. Muitas pessoas consideravam
indecentes mulheres que mostrassem suas extremidades desnudas, por isso, o
conforto prevaleceu em detrimento do estilo, que ficava relegado à privacidade
doméstica. Em público, botas e botinas apertadas e abotoadas prevaleciam.
A história mudou
após a Primeira Guerra Mundial. Com o desenvolvimento da economia, os calçados
de tiras entraram em cena: pontudos e com saltos altos modelo Louis. Havia uma
verdadeira profusão de cores e os saltos eram até mesmo utilizados para dançar.
A história continua
Mas os anos 30
trouxeram a Grande Depressão e isto teve repercussões na moda. Os saltos se
tornaram mais baixos e mais largos.
Nessa época muitas
mulheres condenavam os saltos altos, mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial
que os saltos passaram por uma fase de verdadeiro desprezo devido ao
racionamento do couro, mas o designer italiano Salvatore Ferragamo encontrou a
solução ao desenvolver um modelo de calçado com salto anabela em cortiça. Após
a guerra esse modelo tornou-se moda, quando muitos estilistas passaram a
copiá-lo.
Em 1914, Ferragamo
já exportava calçados femininos feitos à mão para os Estados Unidos, onde ficou
conhecido como o estilista dos calçados das estrelas do cinema. O inglês David
Evins, durante os anos 40, continuou o trabalho de Ferragamo criando coleções
para os mais famosos designers de Nova York (Bill Blass, Oscar de la Renta).
Por exemplo, no
Japão o imperador Hirohito foi coroado, em 1926, calçando sapatos com
plataforma de 30 cm de altura.
Ferragamo, André
Perugia e Charles Jourdan competiam entre si para desenvolver o mais refinado e
elegante salto, mas, no processo de produção não podiam utilizar materiais
frágeis como madeira que poderia não suportar o peso de uma mulher. Muitos
designers projetaram saltos em forma de pino de aço recobertos com material
plástico, buscando solucionar os problemas de resistência dos saltos. Os
italianos Del Co e Albanese criaram uma sandália para noite com duas minúsculas
tiras e um salto baixo sob o arco do pé. Roger Vivier, que então trabalhava
para Christian Dior, em Paris, aperfeiçoou este salto, dando-lhe a forma de uma
vírgula e acabou por receber todo crédito pela invenção do salto stiletto, em
1955.
Contudo, enquanto os
franceses, de fato, não tinham competidores à altura no que diz respeito a moda
de vestuário, os italianos, por sua vez, eram os mestres da produção em massa
da moda calçadista. Graças aos contatos de Ferragamo em Hollywood, esses
calçados italianos se tornaram muito populares entre as estrelas hollywoodianas
nos anos 50 (Jane Mansfield tinha mais de 200 pares). O salto stiletto era,
então, sinônimo de “sex appeal”.
v
Sex
appealé uma expressão em inglês que quer dizer "apelo sexual", na
tradução literal para a língua portuguesa. A palavra sex appeal é utilizada
para definir o poder de atração que um indivíduo possui, o seu charme e
sensualidade. As pessoas com sex appeal são consideradas não apenas bonitas,
mas também atrativas, despertando interesse ou desejo sexual em outras pessoas,
seja do mesmo sexo ou do oposto.
Enquanto isso, os
médicos responsabilizavam os sapatos de salto alto por todos os tipos de
problemas. E não só quanto à saúde da mulher. Muitos atribuíam o crescimento da
delinquência juvenil aos saltos altos.
Nos anos 60, teve
início a transferência da moda de Paris para Londres e a moda das ruas ditava o
que era para ser usado. Com o preço do couro em alta, os materiais sintéticos
entraram em cena. Vivier, Herbert Levine e Miller foram os pioneiros na
história da utilização de material plástico transparente.
No início dos anos
70 as plataformas retornaram por um breve período na história, especialmente
aquelas botas extravagantes de cano alto. Muitas destas botas tinham designs
psicodélicos. Era o estilo andrógino do “Glam Rock”.
v
O
Glam rock (abreviação de Glamour Rock) é um gênero musical criado na
Inglaterra, conhecido também como glitter rock. O Glam foi marcado pelos trajes
e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons,
lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da
androginia e do glamour e suas músicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam
energia sexual. A ênfase lírica abordava a "revolução adolescente"
(T. Rex - “Children of the Revolution “, Sweet - “Teenage Rampage “) assim como
uma ampla notoriedade na direção de temas heterossexuais, sobre a decadência e
fama.
v
Os
cantores de Glam freqüentemente vestem-se de forma andrógina, com maquiagem
vistosas, trajes extravagantes não diferentes ao que Liberace vestia quando
tocava em cabarés. Exemplos como Alice Cooper, Avril Lavigne, David Bowie,
Elton John, Nina Hagen, Queen, The Stooges, dentre outros.
Foi o designer Terry
de Havilland quem as popularizou e encontrou adeptos não apenas entre as
mulheres, mas também entre gays e lésbicas.
Nos anos 80,
mulheres executivas passaram a adotar o salto stiletto como um complemento aos
seus vestuários para projetarem uma imagem de eficiência e autoridade a la Manolo
Blahnik. Os saltos altos simbolizavam glamour e extravagância, além de um modo
de expressar feminilidade nunca antes vista na história dos saltos altos.
Na última década do
século XX, as plataformas reapareceram pelas mãos de Vivienne Westwood e
Jean-Paul Gaultier. Nos anos 90, conceitos antigos foram reciclados. Assim como
os estilistas de moda, os estilistas de calçados femininos passaram a ser
estrelas do mundo fashion, com Manolo Blahnik sendo, então, o seu maior
expoente. Como na década anterior, o nome de marca era a coisa mais importante.
Ao lado, sandálias de Blahnik.
Nascido em Santa
Cruz de la Palma, nas Ilhas Canárias, em 1942, Manolo Blahnik foi criado lá na
plantação de banana pertencente a seu pai checo e mãe espanhola. Ele e sua irmã
mais nova, Evangelina, foram educados em casa ao invés de ser mandado para a
escola. “Nossa propriedade não tinha vizinhos além da casa do meu avô”,
lembrou. “Foi apenas bananas, o mar e nós …. uma espécie de paraíso.” A família
muitas vezes viajou para Paris e Madrid, onde seus pais ordenaram roupas de
costureiros favoritos de sua mãe, como Cristobal Balenciaga e adaptar seu pai.
Uma vez sua mãe convenceu sapateiro para lhe ensinar como fazer alpercatas
catalã a partir de fitas e rendas. Manolo gostava de vê-la fazendo-os. “Tenho
certeza de que eu adquiri o meu interesse em sapatos geneticamente ou pelo
menos através dos meus dedos, quando eu estava autorizado a tocá-los como eles
foram feitos”, ele afirmou mais tarde. Sua mãe escrevia para revistas de moda,
como Vogue EUA, Glamour e Silhuetos.
Quando Carrie
Bradshaw, a personagem principal da série da HBO TV Sex And The City, apaixonada
por sapatos, tomou um rumo errado depois do almoço no SoHo ela encontrou-se
numa das ruas de Nova York cara-a-cara com um assaltante. “Por favor, senhor”,
ela implorou. “Você pode levar minha baguette Fendi, você pode tirar o meu anel
e meu relógio, mas não tirar meus Manolo Blahnik.”
Infelizmente para
Carrie, o assaltante fez exatamente isso e fugiu com seu par favorito de
sandálias de tiras. Graças a essa parte de Sex And The City, Manolo Blahnik
tornou-se um dos poucos designers cujo nome é sinônimo de seu produto. No caso
dele é o seu nome cristão, porque “Manolo” é agora usado como gíria para
descrever muito caro, sapatos muito bonitos: mesmo para os milhões de pessoas
que nunca realmente tenham visto um par de Manolo Blahnik e não poderia sonhar
em gastar $ 300 ou US $ 400 para comprá-los.
Atualmente, existe
uma nova geração de designers. Requisitados por clientes e por estilistas de
moda, os sapatos de salto alto de designers como Joan Halpern, Maud Frizon,
Beth e Herbert Levine, Andrea Pfister, Louboutin salto alto Jan Jansen, Patrick
Cox e Christian Louboutin.
A tecnologia tem
acrescentado novas opções de materiais (microfibras, tecidos elásticos etc) o
que otimiza o processo de produção, que parece indicar que os sapatos e
sandálias de salto alto continuarão a fazer muito sucesso na história da moda.
Tipos de salto alto
Cone - Um salto redondo que é largo
onde se encontra com a sola do sapato e visivelmente mais estreita no ponto de
contato com o solo.
Sabrina - Um salto curto e fino com altura
máxima com menos de 2 centímetros e diâmetro não superior a 0,4 polegadas no
ponto de contato com o solo;
Prisma - Três faces planas que formam um
triângulo no ponto de contato com o solo;
Cubano - Calcanhar bloco quadrado de
espessura de aproximadamente 2 polegadas de diâmetro e altura;
Carretel
- Largo onde se
encontra com a sola e no ponto de contato com o solo; visivelmente mais
estreita no ponto médio entre os dois;
Agulha - Um salto alto, magro, com altura
mínima de 2 polegadas e diâmetro não superior a 0,4 polegadas no ponto de
contato com o solo;
Anabela
- Ocupa todo o
espaço sob o arco e porções calcanhar do pé.
Os Perigos do Salto Alto
As amantes do salto
alto devem ficar atentas aos males que esse símbolo da elegância e da
sensualidade feminina pode provocar. Dores nos pés causadas por saltos são os
primeiros sinais de que problema grave, como lesões ósseas, tendinites,
torções, além de calos, estão bem próximos daquelas que preferem passar horas
de torturas a descer dos saltos.
O ortopedista Samir
Farah, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e
especialista em cirurgia do pé e tornozelo, explica que o salto alto é o
calçado menos adequado para o dia-a-dia. Ele provoca uma sobrecarga dos tendões
e ligamentos dos pés, tornozelos e pernas”, destaca.
Cada um dos pés
possui 28 ossos, que formam articulações sustentadas por centenas de ligamentos
e dezenas de músculos. Com saltos, a pessoa coloca praticamente todo o peso no
ante pé, nome dado à parte da frente do pé e aos dedos.
Quanto mais alto o
salto, maior o peso na região. Ao caminhar, aumenta ainda mais a pressão. Ao
correr na ponta dos pés, estar forças são multiplicadas várias vezes. Conforme
Farah, o ideal é usar salto alto o mínimo possível. O uso excessivo deste
sapato pode provocar entorse, ruptura dos ligamentos do tornozelo, calosidades,
unhas encravadas, joanetes e problemas sérios de joelho e coluna.
Para evitar que os
problemas que o salto alto pode provocar se alastrem pelo corpo todo, o médico
recomenda usar calçado com no máximo cinco centímetros de altura e com largura
suficiente para dar estabilidade ao calcanhar. Outro cuidado é observar a
largura do bico do calçado, que deve ser confortável e não apertar a metade
dianteira dos pés. .
Fonte: Revista
Bem-Estar. Ed.11
Salto alto pode ocasionar diversas
lesões
O uso de salto alto
altera inicialmente nosso eixo de equilíbrio, devido ao posicionamento do pé
para frente. Esta má posição, juntamente com o desconforto do próprio sapato
cujo bico fino aperta os dedos dos pés, provoca uma série de problemas em
seqüência, que podemos descrever de acordo com a anatomia do tornozelo e pé, de
distal para proximal.
Dedos - Como o pé fica sempre inclinado,
a força e a carga recaem sobre a região anterior do pé e dedos (antigamente
chamada de artelhos). Isso pode gerar dor pela compressão, calos e até mesmo
úlceras nos pés menos sensíveis (falanges).
Essa pressão também
pode causar maiores deformidades, como dedos em garra, martelo, ou botoeira,
que podem se tornar rígidas e bastantes desconfortáveis.
Além disso, pode
haver alterações ósseas com lesões na cartilagem e nos ossos, como
osteocondroses, necroses ósseas e fratura por stress. O salto bico fino é o
responsável por outro problema comum entre mulheres que o adotam com alta frequência:
como os dedos são comprimidos e ficam sobrepostos um sobre os outros, cria-se o
quadro de hálux valgo, popularmente conhecido como joanete. Também pode haver
um desgaste, que conhecemos como halux rígidus, formando saliências ósseas e
dor na hora de movimentar a articulação.
Metatarso - Essa é aquela área que na hora
do impulso, na marcha ou corrida, recebe a maior carga. O pé fica inclinado, a
força recai sobre essa região e depois dali sai o impulso que causa a
sobrecarga (vide metatarso – figura do pé). Além da dor (metatarsalgia), também
podem ocorrer úlceras e diminuição do coxim gorduroso plantar, além da lesão da
placa plantar.
Além disso, o
aumento da pressão na cabeça do metatarso poderá gerar lesões ósseas, como
necroses e artroses; das partes moles (tendinopatias e lesões ligamentares) e o
conhecido Neuroma de Morton.
Mediopé
e retropé - Essas
regiões localizadas no meio e na porção posterior do pé recebem menos carga e
ficam encurtadas. Essa inclinação pode gerar um impacto na região posterior,
causando dor devido a proximidade do calcâneo, talus e tíbia, que podemos
verificar neste Raio X.
Acredita-se
erroneamente que o uso do salto alto fortalece a panturrilha, dando mais
firmeza e beleza à batata da perna. Isso na verdade é uma contratura as custas
do encurtamento e tensão constantes e não fortalecimento. Este deve ser feito
de forma orientada e na musculação ou corrida.
Os problemas não
ficam apenas nos pés, eles podem atingir também os joelhos, coluna e até mesmo
a circulação. Para qualquer um desses problemas e mais orientações, vale sempre
a pena procurar um especialista!
Fonte: www.webrun.com.br
Compressão dos dedos pode causar
lesões
Não é de hoje que os
saltos estão na moda. Na corte de Luís XIV, marco do absolutismo francês, o
charme era calçar chamativos sapatos com saltos vermelhos. Por muito tempo, os
calçados com salto foram privilégio da nobreza, e importante marca de status.
Infelizmente, muitas
vezes o uso frequente do salto traz alguns problemas. Nem toda mulher que usa
salto alto, porém, os terá. Mas muitas poderão sofrer dores nos pés,
tendinites, joanetes e dores na região lombar. Não se trata de condenar ou
defender o uso do salto alto. Ele é uma realidade dos nossos dias, um fator
estético. A mulher se sente mais bonita quando usa salto alto numa festa. E
muitas necessitam do seu uso por causa do trabalho.
Cada um dos pés
possui 28 ossos, que formam várias articulações sustentadas por centenas de
ligamentos e dezenas de músculos. Se a pessoa está descalça, o peso do corpo é
distribuído por toda essa estrutura. Mas se calça sapatos com saltos, ela
coloca praticamente todo o peso no ante pé, nome dado à parte da frente do pé e
aos dedos. Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Ao caminhar,
aumenta ainda mais a pressão. Ao correr na ponta dos pés então, estas forças
são multiplicadas várias vezes. A pressão é imensa.
Daí, surgirem dores
nos pés ou doenças como o neuroma de Morton, inflamação dos nervos da planta do
pé. A reação inflamatória é pior no sapato de bico fino. A compressão dos dedos
favorece ainda mais o surgimento de problemas. Exemplo típico é o joanete,
desvio angular do hállux (dedão), que, de tão comprimido, desvia sobre os
outros.
Se por um lado a
pressão é grande na ponta do pé, falta a mobilidade adequada da parte de trás
da perna. Com o calcanhar nas alturas, o tendão de Aquiles fica encurtado.
Habituado com a retração, pode surgir a tendinite. Os principais sintomas
básicos são a dor e a dificuldade para andar descalça.
Os problemas não
param nos pés. Podem comprometer até os joelhos que, por causa do salto, são
flexionados o tempo todo. Um caso habitual é a condromalácia patelar, dor nos
joelhos causada pelo desgaste articular provocado pela posição. Muitas vezes,
os problemas também alcançam a região lombar.
Ao alterar o centro
da gravidade corporal, o salto também aumenta a lordose. O mesmo efeito que faz
com que o salto empine o bumbum pode tornar-se gatilho de crises de problemas
na coluna, caso extremo com o aparecimento das hérnias de disco.
* André Pedrinelli é
cirurgião ortopedista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, e especialista
em medicina esportiva
Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/307/saude/
Danos à saúde da mulher
Danos
do salto alto: danos à coluna, problemas no joelho e até o encurtamento
dos músculos da panturrilha. O uso do salto aumenta a lordose e, com isso, a
dor nas costas e nos pés, as varizes, que são veias dilatadas, podendo provocar
dores insuportáveis, cansaço, inchaço, entre outras coisas.
Um estudo da Universidade do Iowa, nos Estados Unidos, indica que o
uso de sapatos de salto alto pode causar danos à saúde da mulher. Segundo o
estudo, os sapatos colocam muita pressão sobre o joelho, aumentando o
risco de degeneração articular e artrose.
"Todo mundo sabe
que o salto alto é ruim", afirma Danielle Barkema–, biomecânica
responsável pelo estudo. "Mas quanto maior o salto, maior é o risco de
desenvolvimento de artrose", afirmou a cientista, citada pelo site Discovery News.
Quando comparado a
andar sem sapatos, a pesquisa apontou que as mulheres que usam salto sofrem uma
maior compressão no interior do joelho. Na pesquisa de Barkema, foram usados
sapatos com saltos de 5 cm e 7,5 cm. No laboratório, os pesquisadores usaram
sensores, câmeras e outros equipamentos para medir as forças e ondas de choque
nos pés das mulheres, com idades entre 18 anos e 40 anos, enquanto elas
caminhavam em cada tipo de sapato.
Entre os resultados,
foi constatado que caminhar com salto alto altera a postura das mulheres,
causando a inclinação do tornozelo para dentro e desestabilizando a
articulação. Houve também carga significativamente maior no joelho,
especialmente quando o salto de 7,5 centímetros era testado.
Em outro estudo,
publicado em junho no Journal of
Experimental Biology,
cientistas do Reino Unido constataram que mulheres que usavam salto alto pelo
menos cinco vezes por semana tinham os músculos da panturrilha 13% menores que
as mulheres que usavam sapatos baixos ou tênis. Os cientistas também notaram
que o tendão de Aquiles das mulheres que usavam salto era mais rígido e grosso
que o das mulheres que não usavam.
O autor do estudo
britânico, o cientista Marco Narici, da Manchester
Metropolitan University,
afirma que os resultados explicam o motivo pelo qual mulheres que usam salto
sentem dor na panturrilha quando tentam caminhar sem sapatos. O uso regular de
salto alto, diz Narici, pode deixar a mulher "menos eficiente em
atividades que requerem sapatos planos.
Causador da doença de Xuxa
Um boletim médico
divulgado na última segunda-feira confirmou que a apresentadora Xuxa precisa se
afastar da televisão para tratar uma doença que atinge o seu pé esquerdo, a
sesamoidite, causada principalmente pelo uso prolongado de sapatos de salto
alto. A recuperação, que será de no mínimo seis meses, inclui repouso e
interdição do calçado.
O caso de Xuxa chama
a atenção para um fato muitas vezes ignorado pelas mulheres: os prejuízos do
salto alto à saúde. Os potenciais danos vão dos pés à coluna, passando pela
panturrilha e joelhos. Optar por modelos mais confortáveis e manter um bom
alongamento são formas de evitar ou atenuar problemas sem abdicar do salto
alto.
Um dos motivos pelos
quais esse calçado ameaça a saúde é o fato de ele mudar o centro de gravidade
do corpo. O peso de uma pessoa se concentra na parte de trás do pé. Com o salto
alto, essa carga é transferida para a frente. Quanto maior a inclinação do pé
sobre o sapato, maior o dano. Como forma de compensar esse desequilíbrio,
joelhos e colunas ficam sobrecarregados, havendo um risco de desgaste da
cartilagem nessas regiões.
Doença de Xuxa – A
sobrecarga causada pelo salto alto pode desencadear sesamoidite, a doença de
Xuxa, que é uma inflamação nos sesamoides, dois ossos localizados na sola de
cada pé, próximos ao dedão. "Esses ossos, com cerca de 1 centímetro de
diâmetro cada um, acabam tendo de trabalhar sob uma pressão muito maior do que
aguentam", diz Marcos Sakaki, ortopedista especialista em pés do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.
Os sintomas da
sesamoidite incluem dores na sola e na dianteira do pé, além de formação de
calos e inchaço na área. Fases avançadas da doença podem levar à necrose do
sesamoides – ou seja, o osso morre por falta de circulação sanguínea. De acordo
com Sakaki, se não houve necrose, é possível reverter a doença. Os tratamentos
iniciais consistem em abordagens que protegem o pé, diminuindo a pressão sobre
eles. Isso pode ser feito com a suspensão do salto alto, o uso de botas
ortopédicas que imobilizem os pés ou de tipos específicos de palmilha. Se os
resultados não forem positivos, ou se houver necrose dos ossos, recomenda-se a
cirurgia.
Outro problema
provocado pelo uso de salto alto é o encurtamento da musculatura posterior das
pernas. Uma pessoa com o problema pode sentir dores ao andar descalça ou usar
um sapato baixo, já que o músculo da perna terá de esticar muito. "Isso
gera um desequilíbrio e aumenta as chances de tendinite do tendão de
Aquiles", diz o ortopedista Fabiano Nunes Filho, do Hospital Beneficência
Portuguesa. Segundo o médico, fazer alongamentos pode aliviar a dor causada por
esse encurtamento da musculatura e evitar lesões. O ortopedista lembra que
sapatos de salto alto e modelo bico fino elevam o risco de joanetes e
deformidade dos dedos.
Cautela — Nem todas as mulheres que usam
sapatos de salto alto terão sesamoidite ou outro problema relacionado ao
calçado, mas tomar providências para evitar essas complicações é recomendado
para todas. A forma mais eficaz de prevenir dores e lesões causadas pelo salto
alto é, obviamente, deixar de usá-los. Outra maneira é usar saltos de até 3
centímetros, evitar saltos muito finos e optar por modelos em que o pé não
fique tão inclinado, como plataformas e anabela.
Ø
"Um
ortopedista nunca inventaria o salto alto", diz Sakaki. "Mas as
mulheres podem usá-lo desde que estejam atentas ao seu corpo. Se sentir dores,
é hora de deixá-los de lado." Segundo Nunes Filho, mulheres que precisam
trabalhar de salto alto podem minimizar os prejuízos alongando a perna e
ficando descalças sempre que possível, como quando estão sentadas.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/causador-da-doenca-da-xuxa-uso-de-salto-alto-exige-atencao
Problemas causados por tipos de
salto alto
Salto
Agulha - A área de
apoio dos calcanhares é muito pequena, o que provoca desequilíbrio e pode levar
à torção dos pés e queda. Além disso, o peso do corpo, que deveria se
concentrar na traseira dos pés, é transferida para a frente, elevando o risco
de sesamoidite e de lesões nos joelhos e na coluna. As chances desses problemas
são mais elevadas quanto maior for o salto. Além disso, saltos muito altos
podem levar ao encurtamento da musculatura posterior das pernas e problemas
como tendinite no tendão de Aquiles.
Salto
alto e bico fino -
Esse modelo, além de apresentar todos os riscos de um salto alto – como lesão
nos pés, joelhos e coluna —, também pode provocar outros problemas relacionados
ao bico fino. Com os pés pressionados pelo calçado, uma pessoa pode ter
joanetes e deformações nos dedos, que entortam.
Plataforma
- O salto está
presente em todo o solado deste sapato, de modo que a inclinação dos pés não é
tão grande — e a sobrecarga na parte da frente do pé, pequena. Por esse motivo,
esse tipo de salto apresenta um menor risco de lesões como a sesamoidite, de
dores e problemas nos joelhos e coluna, além de tendinite no tendão de Aquiles.
O salto plataforma também é mais estável do que um salto fino. Ele dá mais
estabilidade e diminui - mas não elimina - as chances de torção ou de queda.
Anabela
- Assim como a
plataforma, esse tipo de sapato também dá mais estabilidade porque a área de
apoio é maior, o que reduz o risco de torção ou de quedas. No entanto, a frente
da planta do pé fica mais perto do chão, o que aumenta a sobrecarga nessa
região e eleva o risco de lesões como sesamoidite e problemas no joelho e na
coluna.
Salto
Quadrado - Embora
o salto não esteja presente em todo o solado, ele dá certa estabilidade, pois a
área de apoio dos calcanhares é maior do que a de um salto fino. Isso diminui o
risco de desequilíbrio, torção dos pés e queda. A intensidade da sobrecarga do
peso do corpo sobre a parte da frente dos pés, joelhos e coluna dependerá da
altura do salto: quanto maior, mais intenso o dano.
Sapatos
completamente planos
— as chamadas rasteirinhas — e sem nenhum tipo de amortecimento também podem
ser prejudiciais em alguns casos. Algumas pessoas apresentam um encurtamento da
musculatura anterior das pernas, principalmente mulheres que usaram muito salto
alto ou que cresceram rápido, fazendo com que o músculo não acompanhasse o
crescimento dos ossos. Nesses casos, andar descalço ou usar sapatos sem salto
faz com que a musculatura da perna estique muito, causando dores e aumentando o
risco de problemas como tendinite no tendão de Aquiles. Por isso, recomenda-se
que essas pessoas usem saltos pequenos, de preferência até 3 centímetros de
altura, que também podem ajudar a atenuar dores de mulheres que sofrem com
varizes, segundo Pedro Pablo Komlós, presidente da Sociedade Brasileira de
Angiologia e de Cirurgia Vascular.
A intenção do salto alto
Subir no salto já
deixa qualquer mulher com o ar mais provocante. Das alturas, elas ficam mais
sensuais e os pés, dependendo do modelo escolhido, ainda mais sexy.
A designer da marca
Guapa Loca, Janaína Gradvohl, explica que o poder de deixar a mulher mais sexy
não é invenção das adoradoras de Prada. “Quanto mais alto, mais os músculos da
perna ficam contraídos, deixando as pernas mais torneadas e sexy aos olhos”.
Fonte:
http://vilamulher.com.br/moda/estilo-e-tendencias/de-salto-bem-sexy-14-1-32-221.html
O que diz as Sagradas Escrituras
Todo aquele que
viola os preceitos de Deus, prepara o caminho para violar as reivindicações de
Deus com respeito a interesses eternos. Nosso corpo não nos pertence. Deus
requer que cuidemos da habitação que nos deu, a fim de que possamos apresentar
nosso corpo a Ele, como sacrifício vivo, santo e agradável.
Nosso corpo pertence
Àquele que o fez, e temos o dever de obter um conhecimento acerca da melhor
maneira de preservá-lo. Se entregarmos o corpo pela fraqueza de nossos
sentimentos, e voltar-nos a indumentária prejudicial a fim de estar em harmonia
com o mundo (moda, movimentos), tornamo-nos inimigos de Deus.
Ø
(I
Coríntios 6.20) - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
A sensualidade produzida pelo salto
alto
Pode-se dizer que o
apogeu da sensualidade veio nos anos 50, quando Roger Vivian desenhou o salto
agulha para Christian Dior. O resultado: bumbum empinado e seios para frente.
Elegância e sensualidade combinadas.
Significado
de Sensual - adj.
Relativo aos sentidos. Que satisfaz os sentidos: prazeres sensuais. Voluptuoso,
lascivo, lúbrico: vida sensual.s.m. e s.f. Pessoa sensual, libertina.
O salto alto é
supostamente o responsável por uma postura positiva e sensual esse é slogan
principal dos sapatos de salto alto; A Sensualidade, pois o salto alto levantam
as nádegas (bumbum) e os seios fazendo assim a mulher ser mais sensual.
Ø
(Gálatas
5.19) - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério,
prostituição, impureza, lascívia.
A palavra lascívia
sempre aparece na Bíblia referindo-se a pecados na área da sexualidade.
Lascívia - Significa sensualidade,
libidinagem, luxúria. É uma característica de quem tem despudor, quem tem modos
libertinos, libidinosos, quem tem propensão para a sensualidade.
Ø
(Ezequiel
16.15) - Mas confiaste na tua formosura e te entregaste à lascívia, graças à
tua fama; e te ofereceste a todo o que passava, para seres dele.
É importante lembrar
aqui que Deus fez a sensualidade do homem e da mulher. Deus fez todas as suas
áreas erógenas. Porém, Deus criou o tempo e o modo para o uso da sexualidade.
Ele criou a estrutura onde homem e mulher poderiam desfrutar do sexo e suas
nuances e chamou de casamento. Na essência sexo não é pecado se desfrutado
segundo a vontade de Deus.
O ser humano, porém,
como em todas as áreas da vida humana, com suas mãos cheias de mal e pecado,
deturpou a sexualidade. Inventou a traição, o adultério, a provocação, a
sensualidade desenfreada, a pornografia, o ficar, a cultura da exploração
sexual, a malícia, e coisas semelhantes.
Ø
(Isaías
3.16) - Diz ainda mais o Senhor: Porquanto as filhas de Sião se exaltam, e
andam com o pescoço erguido, lançando olhares impudentes; e quando andam,
caminham afetadamente, fazendo um tilintar com os seus pés;
O uso do salto alto,
como já vimos e por sua criação e finalidade, induz o homem ao adultério, pois
chama a atenção para o corpo, ao exibi-lo no rebolado de suas nádegas
levantadas e os seios empinados de forma voluptuosa e assim o desejo de possuir
no sexo ou pelo menos através da masturbação (que também não agrada a Deus).
Ø
(Mateus
5.28) - Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a
cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
A deturpação daquilo
que Deus fez puro é que é pecado e, diga-se de passagem, um pecado odioso aos
olhos de Deus. Vemos claramente isso pela quantidade de textos condenando as
práticas lascivas. E mesmo com toda essa condenação de Deus, é um pecado muito
presente em nossa sociedade.
(Gálatas 5.21b) - Como
já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de
Deus.
O templo do Espírito Santo
Nós fomos criados a
imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26). Somos feitura sua, criados para o
louvor da sua glória. Deus colocou em nós o fôlego de vida e fomos criados para
sermos sua habitação. Ele fez tudo isso para vir morar dentro de nós. Portanto,
nosso corpo deve refletir a santidade d'Ele. Para isso acontecer temos que
cuidar de nosso corpo com zelo.
Ø
(I
Coríntios 3.16-17) - Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito
de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá;
porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.
A Bíblia diz que,
Deus não habita em templo feito por mão de homem, (Atos 7.48). Todavia, pelo
que lemos o Altíssimo não rejeita habitar no próprio homem; isto é, porque o
homem é feitura das suas mãos. O apóstolo estava assim doutrinando os crentes
da igreja de Corínto para que eles soubessem analisar o que eram eles em relação
a Deus.
Os Coríntios antes
de serem cristãos tinham sido da religião pagã. No paganismo os deuses eram
adorados através de imagens que não tem espírito nem vida; mas Jesus disse:
“Deus é Espírito”, portanto o apóstolo estava dizendo aos Coríntios que eles
podiam ser morada de Deus em Espírito. Esta morada fazia referência à
existência da presença contínua de Deus na vida dos membros da igreja.
Você tem
vivido para os homens ou para Deus? Para chamar a atenção dos homens ou a de
Deus? Para agradar aos homens ou a Deus?
Não é certo fazer
propaganda de algo que não está a venda. O nosso corpo não é nosso, mas sim de
Deus; por isso precisamos cuidar bem dele, pois não é nosso. Quando alguém te
empresta algo, você faz todo o possível para cuidar desse algo, e devolve-lo no
mesmo estado quando te foi emprestado; isso porque esse algo não pertence a
você, mas a outra pessoa. Assim também temos de ser nós com o nosso corpo, pois
ele não pertence a nós, mas ao Espírito Santo!
Jesus Cristo nos
comprou, não com dinheiro, mas com o seu precioso sangue, e se ele nos comprou
pertencemos exclusivamente a Ele.
A nossa maneira de
viver deve ser santa. Não digo apenas uma parte do nosso viver que deve ser
santificada, mas todas! O nosso andar deve ser santo, o falar, o modo de vestir,
dentre outros, etc. Temos que glorificar a Deus com a nossa vida.
Conclusão
Concluímos diante do
exposto que o uso do salto não agrada a Deus, sendo portanto reprovado por Sua
Santa Palavra por vários motivos, como a lascívia (sensualidade), masturbação, adultério
e danos à saúde, uma vez que é feita de forma voluntária e rebelde.
Pois mesmo
conhecendo a verdade se recusa a ser liberto por Ela, assumindo assim o
princípio de autonomia do faça você mesmo como o movimento do Glam Rock, do Potro
Punk ou Glam Punk e rebelando-se contra Deus.
Ø
(I
Samuel 15.23) - Porque a rebelião é como
o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu
rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas
rei.
Você
pode estar se perguntando “então não posso usar nem quando estiver de vestido
longo em um evento de gala?”
Vejamos
que o intuito do salto é sensualizar, mas podemos verificar sandálias e sapatos
que não produz o efeito do rebolado e empinar de nádegas e seios descrito em
Isaías 3.16, como por exemplo os “saltos” que medem 3 centímetros.
Claro
que devemos considerar a nossa consciência para com Deus e não nos entregarmos
a liberdade do mundo e perder com a visão deturpada o discernimento do certo e
o errado, do santo e do profano, do justo e do ímpio.
Paulo
nos passa essa acepção da palavra quando escreve:
Ø (Efésios 4.19) – Os quais, havendo
perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez
cometerem toda a impureza.
São
aqueles que perderam a capacidade de "sentir" o grau da gravidade de
seu pecado. O pecado deles não os
incomoda mais, e pouco lhes importa quem tome conhecimento.
Claramente,
a pessoa não está pensando com clareza.
O discernimento entre o certo e o errado ficou escurecido e o pensamento
enganoso tomou o comando.
Isso no fim
resultará na incapacidade de enxergar o erro. Parecerá que está bem, e
aceitável “afinal de contas, todo o mundo faz! A igreja fulana permite e não
tem nenhum problema”.
A
palavra carrega a noção de "licença". Ela transmite a idéia de que
uma pessoa dissoluta é alguém que crê ter o direito de fazer o que faz. Paulo
levanta a questão da liberdade.
Ø (Gálatas 5.1) – Estai, pois, firmes na
liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do
jugo da servidão.
Mas
ele ainda adverte:
Ø (Gálatas 5.13) – Porque vós, irmãos,
fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à
carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.
Liberdade
não é devassidão, não é perversão. Liberdade implica em vigilância, onde
viveremos restringindo-nos, controlando-nos, dominando-nos, negando-nos e assim
seguiremos a Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, mesmo em um mundo dominado
pelo maligno.
Jairzinho Viana
Apologista
cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel).
http://emdefesadasadoutrina.blogspot.com.br/2011/09/desca-do-salto-alto.html
http://www.esbocandoideias.com/2011/07/o-que-significa-lascivia-lasciva.html
http://www.estudosdabiblia.net/a11_4.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salto-alto
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