Deus
quer que sua obra seja feita com zelo e obediência, de acordo com seu propósito
e estratégia. Na construção do Tabernáculo o qual constitui um tipo da igreja,
a ordem de Deus a Moisés foi:
Ø (Êxodo
25.8-9) - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o
que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus
pertences, assim mesmo o fareis.
Maldição,
qual seu significado?
Dicionário Michaelis
- Ato ou efeito de amaldiçoar. Imprecação, praga. Desgraça, execração.
Maldição –
Em Latim, male, “mal” e dicere, “dizer, falar” formaram maledicere, que
inicialmente significava apenas “falar mal de alguém”. Foi com o cristianismo
que surgiu o significado de execração, de afastamento do que é sagrado e
correto. Por longo tempo, chamar alguém de “maldito” ou “amaldiçoado” era
ofensa muito grande.
Imprecação –
Vem do Latim precatio, “rogo, pedido, oração”. Se alguém está desejando o mal a
outra pessoa, talvez esse alguém faça uma imprecação, de in, “contra”, e
precari, “orar”. Pelo visto, orações podem servir a maus propósitos também.
Execração –
Vem do Latim exsecratio, “juramento, maldição, imprecação”. E esta palavra por
sua vez é composta de ex, “fora”, e sacer, “sagrado”. Tudo o que se afasta do
que é sagrado é considerado detestável, ruim.
Sintomas
de relaxamento
Ter
uma maldição sobre a própria vida não é nada bom ou aconselhável. Está aí uma
prova vinda da boca de Deus de como devemos levar a sério tudo aquilo que se
refere à Sua Obra.
Diante
de alguns comportamentos dentro da casa, da unidade, podemos detectar os
sintomas da falta de zelo com a Obra de Deus e seus ensinamentos, vejamos:
Membro
(Batizado,
participante da Ceia do Senhor e com oportunidades de realizar a Obra de Deus)
Ø Antes
- Chegava a igreja no horário determinado, fazia sua oração antes de qualquer
oportunidade de participar da reunião e pedia que o Espírito Santo falasse
naquele dia, lia a Bíblia e meditava, orava e jejuava, procurava agradar a Deus
em tudo o que fazia, era fiel nos dízimos e agia a fé em ofertas e propósitos.
Ø Depois
– Chega sentando para esperar começar a reunião, não leva a Bíblia quando vai a
igreja e nem lê em casa (e quando lê não entende nada), ora de vez ou outra,
jejua pouco ou nada e não fica em espírito, já não tem tanta preocupação em
fazer tudo de acordo com a Palavra de Deus, perdeu o temor, ás vezes toca no
dízimo, não age mais a fé e quando pega os envelopes não cumpre o voto com Deus.
Evangelista
(Membro,
separado para o Ministério, auxiliar o Pastor e responsável por 95% das almas
ganhas através da evangelização)
Ø Antes
– Preocupava com a Igreja e em ser bom exemplo, saia para ganhar almas, se
consagrava antes da evangelização, pois tinha a consciência de que ganhar almas
é mexer com o diabo, dava sua vida para levar consolo a quem sofria, fazia
jejuns para plantar a semente da fé no coração dos afastados.
Ø Depois –
Mais falta aos cultos na Igreja, reclama mais dos Irmãos do que evangeliza,
perdeu a consciência da santidade do trabalho da evangelização, já não passa
mais fé e acha que só convidar a pessoa e dizer o endereço da igreja é o
suficiente para pensar: “Estou com o dever cumprido” (sendo que o ato de ganhar
almas deve ser feito por amor e não por obrigação).
Responsáveis pelas
Crianças
Ø Antes –
Preocupada com o horário para organização das crianças e do exemplo para os
pais e mães, consciência que começaria ali uma guerra espiritual contra o mal
que aflige os pequeninos, fazia de tudo para as crianças entenderem o verdadeiro
sentido da fé, dava sua vida para que todos saíssem cheios do Espírito Santo,
orava pelas crianças antes e depois, tinha prazer e alegria em ser a
responsável.
Ø Depois –
Não cumpre horário nem dá satisfação, reúne com as crianças de qualquer jeito,
pois não passa de uma empregada sem salário e não aguenta mais o barulho de
todas ao mesmo tempo, perdeu a visão da fé acerca das crianças, acha que não
tem jeito e quem tem que cuidar são os pais, perdeu toda a paciência que tinha
para ensinar a Palavra de Deus a elas.
Obreiro ou Cooperador
(Membro,
separado para o Ministério, cooperando em tudo na Obra de Deus, desde a limpeza
da Igreja, seus utensílios até ao anunciar dar palavra).
Ø Antes –
Sempre preocupado com o horário, a abertura da Igreja, sua organização, limpeza
dos utensílios (microfones, bebedouros, copos, banheiros etc.), a preparação
para receber o Pastor, preocupava com as crianças que ficavam andando no salão,
orava pelo povo, fazia propósitos com pessoas que queriam ser batizadas com o
Espírito Santo, tinha sede de libertar as pessoas e orientá-las, falava de
Jesus para os oprimidos, jejuava com frequência, visitava as almas e vigiava em
absolutamente tudo.
Ø Depois –
Visitantes tem mais frequência na Igreja do que o Obreiro, não cumpre mais
horários, não se preocupa mais com a Igreja, quando aparece é sempre apressado
em sair e não permanece dentro da Igreja durante o Culto a Deus, não tem mais
interesse em aprender nos cultos de ensinamento (pois acha que já sabe de tudo),
vai embora correndo mais ainda, já não ora mais pedindo para ser usado(a) na
Obra de Deus, jejua pouco ou não jejua mais, não busca o Espírito Santo com
todo o coração e na vontade de ser renovado(a), não orienta mais as pessoas,
não se doa para o povo.
Pastor, Presbítero ou
Bispo
(Membro
separado para o Ministério da liderança e zelo da Obra de Deus e seu rebanho)
Ø Antes –
Orava constantemente (em casa, na Igreja e nos montes) e com horário específico,
clamava em alta voz pela causa do povo, comprava a briga do povo, fazia
desafios da fé para milagres acontecerem, cuidava dos obreiros como cuidava da
própria alma, dedicava todo seu amor e seu tempo para a Obra de Deus.
Ø Depois –
Já não clama mais como antes, a causa do povo já não faz mais parte da sua
vida, dá uma palavra para os obreiros porém não passa mais aquele espírito de
fé, usa o tempo que lhe sobra para gastar com outras coisas que não fazem parte
da Obra de Deus como enriquecimento e amizades com políticos e alta sociedade.
Esposa
(Ajudadora
levantada por Deus)
Ø Antes
- Dava tudo de si para seu querido marido (membro, ministro), cuidava da casa e
dos filhos como se estivesse cuidando do Altar do Senhor Jesus, orava
constantemente pelo seu próprio ministério e pelo de seu esposo, participava
ativamente das reuniões de oração (círculo de oração e campanhas), sendo sempre
a primeira a chegar, procurava passar fé para as irmãs, falava somente aquilo
que edificava, sendo exemplo de comportamento, tanto na Igreja quanto fora.
Ø Depois
– Não dá mais atenção para o marido e menos para os filhos, não age mais com
tanta sabedoria, fala pelos cotovelos e ás vezes fala até o que não deve, não
passa mais fé para as irmãs, não aparece mais no círculo de oração e quando vai
reclama mais do que ora, não ora mais pelo ministério do marido com tanta
frequência e já não é exemplo em todos os lugares que frequenta.
Quando
Deus fala em Sua Palavra que não podemos fazer Sua Obra relaxadamente Ele quer
dizer que não devemos de jeito algum fazer a mesma por obrigação, imposição, ou
porque o pastor está vendo, ou porque pensa que os membros vão reparar em nossa
ausência.
A
Obra de Deus é voluntária, ninguém recebe nada em troca (humanamente falando),
a base dessa Obra é o amor pelo próximo e pelo Senhor Jesus, e sabemos
perfeitamente que a recompensa vem do próprio Deus.
Quando
fazemos essa Obra santa de qualquer jeito mostramos para Deus que não temos
temor algum, que o respeito, a admiração e a dedicação já se foram há muito
tempo. “Empurrar com a barriga” é fazer mal para a própria alma, é pedir para
perder a Salvação, é estar de braços abertos para receber a maldição.
Se
você não está feliz com suas responsabilidades na igreja, basta conversar seu
pastor. Ninguém vai te humilhar, te bater, te pressionar. Nada disso! É melhor
ser sincero(a) com você mesmo(a) do que continuar levando as coisas da maneira
errada e estar totalmente apto(a) a entrada do mal em sua vida.
O
texto de Jeremias, neste sentido é enfático:
Ø (Jeremias
48.10) – Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente
(relaxadamente); e maldito aquele que retém a sua espada do sangue.
O
sentido é de não ser honesto e diligente no trabalho do Senhor. O Senhor
condena o engano, a hipocrisia, a preguiça e a falta de zelo no serviço a ele. Antes,
porém, de aprofundarmos a questão, precisamos ter compreensão clara de duas
coisas:
1.
Como discípulos de Jesus Cristo
estamos debaixo da graça de Deus:
Não
existe maldição para o cristão fiel. A nova criatura não pode do ponto de vista
das escrituras estar debaixo de maldição.
Ø (II Coríntios
5.17) - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas
já passaram; eis que tudo se fez novo.
Ø (Romanos
10.4) – Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Como
filhos de Abraão, somos abençoados, pois Cristo nos resgatou da maldição da Lei
Ø (Gálatas
3.13-14) - Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que
a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé
nós recebamos a promessa do Espírito.
Ø (Genesis
12.2-3) - E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu
nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei
os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
2.
Como
falso discípulo, não estamos debaixo da graça de Deus:
Mesmo
sendo crentes, existe maldição, indica esta condicional.
Ø (Romanos
6.14) - Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da
lei, mas debaixo da graça.
Desta
forma, se alguém faz a obra do Senhor relaxadamente, imediatamente se coloca debaixo
da lei de Jeremias 48.10 (é maldito).
A
graça de Deus é um princípio operante na obediência
Ø (Filipenses
2.12-13) – De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na
minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a
vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
Quando
não estamos debaixo da graça de Deus, o diabo tem permissão para atuar.
Quem
não está debaixo da Graça de Deus
Analisemos
passo a passo o que nos revela o trecho descrito por Jeremias abaixo:
Ø (Jeremias
48.10) - Moabe esteve descansado desde a sua mocidade, e repousou nas suas
fezes, e não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por
isso conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou.
Este
capítulo está no meio de uma série de profecias contra as nações pagãs. Deus
explica seus motivos e planos para castigar nações como Egito, Filístia, Amom,
Edom, Babilônia e outras.
No
capítulo 48, o país condenado é Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló e,
por isso, parentes dos israelitas. Mas a sua longa história de desrespeito para
com Deus levou este povo a receber a condenação do Senhor. Como Deus tem feito
muitas vezes com outros povos e nações, ele decidiu usar mãos humanas para
punir os moabitas. Os homens usados para executar a sentença seriam
instrumentos de Deus, vingadores escolhidos pelo Senhor.
“Despreocupado
esteve Moabe...
Ø (Sofonias
1.6) – E os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao
SENHOR, nem perguntam por ele.
Estão
acomodados, néscios, insensatos, e não procuram compreender a vontade do Senhor
Ø (Efésios
5.15-17) – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como
sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais
insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
É
inconcebível pensar que a graça de Deus pode operar em pessoas com esta
concepção existencial de vida.
Não
foi mudado de vasilha para vasilha...” Isto significa uma vida que não sofre
transformação constante. O verdadeiro cristão debaixo da graça de Deus é aquele
que está sendo aperfeiçoado, crescendo na graça de Deus.
Ø (I
Pedro 1.13) – Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios,
e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus
Cristo;
Ø (Colossenses
2.12-13) – Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no
poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e, quando vós estáveis
mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente
com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Ø (II
Coríntios 3.18) – Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor.
Nem
foi para o cativeiro...” Deus tinha o propósito de disciplinar Israel no
cativeiro. Se, portanto, alguém não se submete à disciplina, ao tratamento de
Deus, está sem paternidade, se coloca sob maldição.
Ø (Hebreus
12.5-8) - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos:
Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele
fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que
recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque,
que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual
todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
Doutra
sorte seu testemunho fica prejudicado: “...e o seu aroma não se alterou.”
(Neemias
13.1-2) – Naquele dia leu-se no livro de Moisés, aos ouvidos do povo; e
achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na
congregação de Deus, porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de
Israel com pão e água; antes contra eles assalariaram a Balaão para os
amaldiçoar; porém o nosso Deus converteu a maldição em bênção.
Por
ocasião da operação limpeza feita na congregação de Israel, os Moabitas, assim
como os Amonitas foram excluídos.
(Deuteronômio
23.3-4) –Nenhum amonita nem moabita entrará na congregação do SENHOR; nem ainda
a sua décima geração entrará na congregação do SENHOR eternamente. Porquanto
não saíram com pão e água, a receber-vos no caminho, quando saíeis do Egito; e
porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, de Mesopotâmia,
para te amaldiçoar.
Consta
que eles não poderiam fazer parte da congregação do Senhor. Os Moabitas e
Amonitas tinham uma herança natural de prostituição por serem filhos de uma
relação incestuosa de Ló com suas filhas.
Ø (Gênesis
19.37-38) – E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o
pai dos moabitas até ao dia de hoje. E a menor também deu à luz um filho, e
chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje.
Os
Moabitas e Amonitas eram naturalmente bastardos. Deus, porém, na sua graça e
misericórdia queria acolhê-los.
Ø (Deuteronômio
23.5) - Porém o SENHOR teu Deus não quis ouvir Balaão; antes o SENHOR teu Deus
trocou em bênção a maldição; porquanto o SENHOR teu Deus te amava.
A
razão pela qual segundo a Lei não podiam fazer parte da congregação do Senhor
não era sua herança natural, sim o fato de não terem ido ao encontro do povo de
Israel com pão e água, no caminho quando este saiu do Egito, antes alugaram o
profeta Balaão para amaldiçoar o povo de Deus, se tivessem ao contrário,
socorrido o povo de Deus não estariam debaixo de maldição, mas sim da graça de
Deus.
Semelhantemente,
como cristãos, precisamos acolher e socorrer uns aos outros, se quisermos
permanecer debaixo da graça de Deus.
Ø (Mateus
10.40) – Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe
aquele que me enviou.
Ø (Romanos
15.7) – Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu
para glória de Deus.
Ø (I
João 3.17) – Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado,
lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?
Aquela
fora a oportunidade dos Amonitas e Moabitas. Eles a perderam. Não somente isto
contaminaram a Israel, tendo os seus filhos casados com as filhas dos Moabitas,
inclinando seus corações aos deuses deles, provocando assim a ira e juízo do Senhor,
Ø (Números
25.1) –E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as
filhas dos moabitas.
Somente
o zelo de Finéias, filho de Arão, pode desviar a ira de Deus sobre Israel (Números
25.7-11). Deus transformara a maldição em benção (Deuteronômio 23.5).
Israel,
por fazer relaxadamente a obra do Senhor, transformou a benção em maldição (Números
25.1-5). Finéias por seu zelo, novamente transforma a maldição em benção (Números
25.7-11).
Ø (Jeremias
48.12) - Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que lhe enviarei
derramadores que o derramarão; e despejarão as suas vasilhas, e romperão os
seus odres.
Os
Moabitas não se arrependeram, antes seguiram o curso da maldição. O espírito de
prostituição estava no meio deles. O procedimento de Efraim e Israel, não lhes permita
voltar para Deus, porque o espírito de prostituição estava no meio deles,
impedindo o conhecimento do Senhor. Desta forma, Moabe não foi para o cativeiro
conforme ordenara Deus através do profeta Jeremias. Deus tinha um duplo
propósito no cativeiro:
Ø Curar
a nação de Israel da idolatria;
Ø Preparar
um remanescente fiel, para através dele chamar todas as nações.
Isto
ocorreu nos tempos de Esdras e Neemias, na reconstrução do templo e dos muros
de Jerusalém. Se os Moabitas tivessem ido para o cativeiro, teriam tido a
oportunidade de ingressar no remanescente fiel e não estariam mais debaixo da
maldição da Lei.
No
dia de pentecostes, um remanescente fiel (140 discípulos), começou a chamar
todas as nações, começando em Jerusalém, para estarem debaixo do Senhorio de
Cristo.
Ø (Atos
2.1-5) - E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no
mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados, e foram vistas por
eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles, e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem, e em Jerusalém estavam habitando judeus, homens
religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
Construindo
o verdadeiro templo e a verdadeira cidade, onde não existe maldição.
Ø (Apocalipse
22.3) – E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono
de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
O
desleixo de Abner e seu destino
Abner
era comandante do exército de Israel sob o Rei Saul. Em I Samuel 26.1-16,
estavam no encalço de Davi. Saul e seu exército acamparam no outeiro de Haquilá
(vs. 3), Davi e Abisai foram para ali e tiveram oportunidade de matar Saul,
pois estavam todos dormindo (vss. 5-8). Davi, porém, respondendo à Abisai
disse: “...Nenhum
dano lhe faças; porque quem estendeu a sua mão contra o ungido do SENHOR, e
ficou inocente?” Precisamos tomar cuidado em não tocar nos
ungidos do Senhor (ministérios e irmãos), pois não seremos tidos como inocentes.
Davi
se retira daquele lugar (vs. 13) e bradou ao povo e a Abner (vs. 14). No vs. 15
Davi questiona à Abner: “... não és homem? E quem há em Israel como
tu? Por que, pois, não guardaste o rei, teu senhor?”
No vs. 16 temos a maldição: “...vive o SENHOR, que sois dignos de
morte, vós que não guardastes a vosso senhor, o ungido do SENHOR...”
Abisai não seria tido por inocente por matar o Rei Saul, assim como Abner por
permitir este acontecimento.
A
lição que devemos tirar aqui é que precisamos vigiar, honrar, socorrer,
proteger os ungidos do Senhor. Precisamos cooperar com Deus e Sua obra, para
não incorrermos em maldição. Leiamos:
Ø (Juízes
5.23) – Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do SENHOR, acremente amaldiçoai aos seus
moradores; porquanto não vieram ao socorro do SENHOR, ao socorro do SENHOR com
os valorosos.
Como
vive o Senhor, vosso Senhor, o ungido do Senhor (vs.16). Saul a cobertura
espiritual de Abner havia morrido na batalha como predissera Davi (I Samuel 26.10).
Desta forma Abner não poderia mais estar nela pois estava sem cobertura.
Reportemos
à Êxodo 17.1-13. Amaleque sai à peleja contra Israel. Enquanto Moisés tinha as
mãos levantadas, Israel prevalecia, porém, quando Moisés abaixava suas mãos Amaleque
prevalecia. Arão e Hur, representando o ministério de intercessão sustentaram
as mãos de Moisés levantadas, e desta forma Josué desbaratou todo o exército
dos Amalequitas.
Ø Precisamos
ter cobertura para estarmos na guerra espiritual.
No
texto de Jeremias, os Moabitas se julgavam valentes e fortes para a guerra (Jeremias
48.14). Entretanto, o veredicto do Senhor sobre eles é que seriam destruídos e
que perto estava sua perdição (Jeremias 48.15-16).
Ø (II
Samuel 2.8-11) - Porém Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saul, tomou
a Is-Bosete, filho de Saul, e o fez passar a Maanaim, e o constituiu rei sobre
Gileade, e sobre os assuritas, e sobre Jizreel, e sobre Efraim, e sobre
Benjamim, e sobre todo o Israel. Da idade de quarenta anos era Is-Bosete, filho
de Saul, quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos; mas os da
casa de Judá seguiam a Davi, e foi o número dos dias que Davi reinou em Hebrom,
sobre a casa de Judá, sete anos e seis meses.
Abner
usando de sua influência constitui Is-Bosete, filho de Saul, como Rei sobre
todo Israel, à revelia de Deus que já havia ungido Davi como sucessor no trono
de Israel. Desta forma, Abner era sua própria cobertura ao constituir um
herdeiro na forma institucional.
Neste
exemplo, vemos o perigo do institucionalismo e denominacionalismo como
coberturas humanas para a obra de Deus. Abner, entretanto, estava sob maldição
da lei enunciada por Davi em I Samuel 26.16.
O
curso desta maldição se expressa agora na forma de rebeldia contra a autoridade
por ele mesmo constituída, ao ser repreendido por Is-Bosete por coabitar com uma
concubina de seu pai, Abner se revoltou (II Samuel 3.6-12).
Em
II Samuel 3.7-13, Abner faz uma aliança com Davi. Davi não poderia fazer isto
pela condição de rebeldia de Abner.
Certamente
foi uma atitude política. Não podemos fazer aliança com rebeldes, para não
incorremos na maldição deles.
Todavia
esta aliança afetaria o destino de Abner. Em II Samuel 3.27, Joabe, comandante
do exército de Davi, mata Abner à traição. Joabe, no hebraico significa pai.
Joabe não tinha cobertura de Davi para isto. Entretanto, o coração e atitude de
Abner deram brecha para o juízo de Deus. Ele não estava fazendo a obra do
Senhor com zelo quando era comandante do exército de Saul, o ungido do Senhor.
Guerra
Espiritual, o que é?
Unidade
é o princípio básico para a guerra espiritual contra os agentes do mal, as
atrações do mundo e as inclinações da natureza caída do homem. Uma coisa fica
clara nas palavras de Jesus:
Ø (Mateus
12.25) - "... Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a
cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.".
O
texto a propósito, fala de reino, cidade, e casa, que nas escrituras são
aplicáveis à igreja:
Ø (Hebreus
3.6) – Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós,
se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao
fim;
Ø (Hebreus
11.10) –Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus;
Ø (I
Pedro 2.9) –Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.
Biblicamente
falando, a menor unidade da igreja no plano de Deus é a família, embora a salvação
seja individual.
Na
ordem criacional de Deus a família é o primeiro núcleo social, constituída de
marido, mulher e filhos:
Ø (Gênesis
1.27-28) - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do
mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Ø (Efésios
6.1-4) - ÓS, filhos, sede obedientes a
vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é
o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os
na doutrina e admoestação do Senhor. Vós, servos, obedecei a vossos senhores
segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a
Cristo;
Vemos
então a importância da unidade familiar.
Unidade
Familiar
A
vida da família não pode ser vivida relaxadamente fora da vontade e propósito
do Senhor. Muitos lares, inclusive cristãos, sofrem problemas de várias ordens
porque falham no comprometimento com o projeto divino. Daí nos dias modernos
muitas vezes não sabemos explicar a desintegração familiar e os males que isto
podem causar na igreja e sociedade em todas as esferas, quer sejam
institucionais ou relacionais.
Ø (I
Pedro 3.7) – Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com
discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais
frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma
graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.
O
texto acima dá algumas pistas para a relação na família:
A. “Maridos, vós, igualmente, vivei a
vida comum do lar, com discernimento” - Depois de se dirigir
as mulheres, orientando-as no que se refere ao comportamento pessoal e
relacional diante de Deus e de seus maridos (I Pedro 3.1-6), Pedro se dirige
agora a esses últimos de forma especial, dando lhes responsabilidade na vida
conjugal, quais sejam:
Vida
comum do lar com discernimento - No grego a expressão é synoikuntes kata gnōsin
literalmente “morando com discernimento”. A idéia é coabitação comum segundo a
sabedoria. Vamos por partes:
Synoikuntes -
Vivendo juntos na mesma casa. Certamente viver juntos inclui todos os
relacionamentos, inclusive aqueles que dizem respeito a sexualidade. Ao marido
é atribuída a iniciativa de tornar o lar um ambiente de relação amorosa e dialogal.
Kata gnōsin -
Com discernimento, isto é, sabedoria. Certamente isto inclui a responsabilidade
do marido de amar sua esposa como Cristo amou a igreja e deu sua vida por ela
(Efésios 5.25).
Gnōsin
- Conhecimento de mistérios. O casamento é um mistério que revela no plano
natural, a idéia que Paulo desenvolve em (Efésios 5.32), “Grande é
este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja”.
O homem deve tomar a iniciativa em relação a vida comum no lar. Tendo em vista
ser ele o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da igreja.
Ø (I
Coríntios 11.3) - Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem,
e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.
Sabedoria
no texto é ter revelação e conhecimento do propósito de Deus para a família e
aplicá-la nas relações
cotidianas.
B. “E, tendo consideração para com a
vossa mulher como parte mais frágil” - A consideração, isto
é, compreendendo-a como vaso mais frágil (no grego: “vaso mais fraco”).
Dificilmente o texto estaria fazendo uma avaliação depreciativa da mulher.
No
que constituiria esta fragilidade? Alguns argumentos podem ser aventados, como
o fato da mulher ser fisicamente mais frágil que o homem. Doutra sorte, ainda a
mulher é mais delicada e sensível emocionalmente. Estas duas condições, não a diminuem
pelo contrário, são qualidades que canalizadas na vida comum do lar,
complementa o homem, tornando a mulher dependente e submissa no sentido bíblico
para cumprir seu papel de ajudadora idônea.
Esta
é a razão pela qual as escrituras ordenam a submissão das esposas a seus maridos.
Ø (Efésios
5.22) – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR;
C. “Tratai-a com dignidade, porque sois,
juntamente, herdeiros da mesma graça de vida” - Homem e mulher
foram abençoados para se multiplicarem e exercerem domínio sobre a criação.
Portanto o propósito de Deus é abençoar todas as famílias da terra.
Ø (Gênesis
12.3) – E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Ele
é o propósito histórico e transcendente do casamento. A mulher cumpriria sua
função de ajudadora idônea:
Ø (Gênesis
2.20) – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o
animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
“Aponemontes
timēm” literalmente “conferindo honra” o qual lhe é devida, por sua função de auxiliadora
idônea. Em sua obra redentora em Cristo a família tem um lugar especial.
Ø (Malaquias
4.5-6) - Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e
terrível dia do SENHOR, e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o
coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com
maldição.
Marido
e mulher são herdeiros da mesma graça de vida. Não são diferentes diante de
Deus. Todos os
cristãos homens e mulheres são co-herdeiros de Cristo.
Ø (Gálatas
3.28-29) - Nisto não há judeu nem grego;
não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus, e, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e
herdeiros conforme a promessa.
Ø (Romanos
8.17) – E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus,
e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com
ele sejamos glorificados.
“Synklēronomois”
é co-herdeiros. A palavra syn = com, é suficiente para afirmar a igualdade
entre homem e mulher, sendo a diferença entre eles, meramente funcionais. Na criação
homem e mulher foram chamados de Adão.
Ø (Genesis
5.2) – Homem e mulher os criou; e os abençoou e chamou o seu nome Adão, no dia
em que foram criados.
A
mulher já estava no homem, assim como a igreja está em Cristo e d’Ele procede.
Esta é a razão porque Paulo diz que quem ama sua esposa, a si mesmo se ama (Efésios
5.28). O contrário também é verdadeiro.
D. “Para que não se interrompam as
vossas orações” - Existem dois sentidos possíveis para
este fato: Em primeiro lugar, as orações dos homens podem ser prejudicadas se a
relação com a mulher não se dá na forma indicada no texto.
“Egkoptesthai”
significa cortar, impedir. Desta forma o mau relacionamento dos conjugues pode
levar ao corte completo das orações ou elas não serem ouvidas.
Em
segundo lugar, as orações podem ser as do casal. Aqui é importante salientar a importância
da concordância para que Deus responda nossas orações:
Ø (Mateus
18.18-20) - Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no
céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois
de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes
será feito por meu Pai, que está nos céus, porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Se
não houver unidade na família, abrem-se brechas para demônios, e consequentemente
isto pode afetar os filhos. Vejamos a seqüência de Efésios 6.1-3:
Ø Filhos
obedientes aos pais no Senhor - Isto
requer dos pais o mesmo para ser exemplo para os filhos;
Ø Os
filhos devem honrar pai e mãe, por sua condição diante do Senhor;
Ø Promessa
aos filhos obedientes no Senhor;
Ø Necessidade
dos pais ensinarem seus filhos na disciplina e admoestação do Senhor.
A
unidade aqui é assaz importante. Não é por acaso que Efésios 6.10-20 diz
respeito a batalha espiritual para a qual devemos estar preparados em todas as
áreas de nossas vidas, incluindo a familiar.
Unidade
dos Ministérios e da Igreja na Obra de Deus
No
capítulo 3 do livro de Êxodo temos o chamado de Moisés para livrar o povo de
Israel do jugo de Faraó. No verso 16 Moisés tinha que ajuntar os anciãos para
cumprir este chamado. O propósito de Deus era que através dos anciãos o povo
todo poderia ser ajuntado.
Por
causa da relutância de Moisés:
Ø (Êxodo
4.10-13) – Então disse Moisés ao SENHOR: Ah, meu Senhor! eu não sou homem
eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao
teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua. E disse-lhe o SENHOR:
Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o
cego? Não sou eu, o SENHOR? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te
ensinarei o que hás de falar. Ele, porém, disse: Ah, meu Senhor! Envia pela mão
daquele a quem tu hás de enviar.
Deus
ordena que Moisés chame Arão para ajudá-lo. Desta forma Moisés seria Deus para
Arão e este sua boca. Isto pode representar o ministério do Espírito e da palavra.
Ø (Êxodo
4.14-17) – Então se acendeu a ira do SENHOR contra Moisés, e disse: Não é Arão,
o levita, teu irmão? Eu sei que ele falará muito bem; e eis que ele também sai
ao teu encontro; e, vendo-te, se alegrará em seu coração. E tu lhe falarás, e
porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele,
ensinando-vos o que haveis de fazer.
E
ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe
serás por Deus. Toma, pois, esta vara na tua mão, com que farás os sinais.
Para
que a obra de Deus seja perfeita o Espírito e a Palavra precisavam ser um nos
ministérios de Moisés e Arão. Os sinais que eles deveriam fazer representam uma
confirmação da autoridade de Moisés e Arão sobre o domínio de Faraó, que
representa satanás.
Em
Atos dos Apóstolos temos doutrina e orações (palavra e espírito), comunhão e
partir do pão (unidade entre os cristãos) e a confirmação da autoridade dos
apóstolos sobre o domínio de satanás com muitos prodígios e sinais.
Ø (Atos
2.42-43) - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações, e em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e
sinais se faziam pelos apóstolos.
Na
história da libertação do povo de Israel temos:
Unidade
entre Moisés e Arão:
Ø (Êxodo
6.27) - Estes são os que falaram a Faraó, rei do Egito, para que tirasse do
Egito os filhos de Israel; estes são Moisés e Arão.
Unidade entre os anciãos:
Ø (Êxodo
4.29) – Então foram Moisés e Arão, e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de
Israel.
Unidade
do povo:
Ø (Êxodo
4.30) –E Arão falou todas as palavras que o SENHOR falara a Moisés e fez os
sinais perante os olhos do povo.
Confronto
com Faraó que representa satanás:
Ø (Êxodo
5.1) – E depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus
de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Os
sinais autenticando a autoridade de Moisés de Arão e libertação do povo de
Israel do jugo de Faraó:
(Êxodo
7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14).
Em
o Novo Testamento a unidade dos cristãos:
Ø (João
17.21) – Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que
também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Tem
como objetivo aperfeiçoar os santos a fim de que o mundo creia que o Pai enviou
o filho, para dar vida eterna a todos os que n’Ele cressem (João 3.16). Nos
versículos de Efésios abaixo, temos o processo:
Ø (Efésios
4.7-16) – Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de
Cristo. Por
isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens,
ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais
baixas da terra? aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os
céus, para cumprir todas as coisas, e ele mesmo deu uns para apóstolos, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e
ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em
roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente, antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo
naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado
pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o
aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Após a ascensão, o Espírito Santo concede
ministérios: Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores mestres, com o objetivo
de aperfeiçoar os santos (Efésios 4.11-12).
A
palavra katartizar, do grego, tem o sentido de equipar como um todo para que a
igreja alcance a unidade da fé e a estatura de Cristo (Efésios 4.13). Desta
maneira não cairiam no engano e astúcia dos homens (Efésios 4.14). Consequentemente,
seguindo a verdade em amor, todos cresceriam em tudo naquele que é o cabeça, Cristo,
como todo corpo bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo
a justa cooperação de cada parte efetuaria seu próprio crescimento em amor (Efésios
4.15-16).
A
Missão dos Servos Atuais
Maldito
aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua
espada do sangue!” Deus chamou homens para castigar os moabitas, e falou que
seriam malditos se não cumprissem sua tarefa com diligência.
Hoje,
a missão dos servos de Deus não é aniquilar os rebeldes:
Ø (Romanos
12.18-19) - Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os
homens, não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira, porque está
escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Deus
tem dado aos servos dele, nos dias de hoje, uma missão de misericórdia e amor.
Nós devemos anunciar as boas novas que oferecem a salvação aos homens perdidos,
para que possam evitar a condenação eterna e participar do privilégio da
comunhão eterna com Deus.
Se
Deus condenou os servos negligentes na missão de vingança, quanto mais ele vai
cobrar a falta de zelo na missão de misericórdia! Os obreiros hoje devem ser
diligentes no trabalho do Senhor.
Os
Obreiros no Novo Testamento
É
interessante e triste observar como as descrições mais simples e humildes podem
ser distorcidas pelos homens para criar cargas de importância nas igrejas.
Algumas palavras são tão simples que seria difícil compreendê-las de forma
errada, mas muitos religiosos conseguem!
Considere
alguns exemplos do Novo Testamento, em contraste com os abusos dos dias atuais.
A palavra ministro significa servo, e ministério significa serviço.
Mas muitas igrejas usam tais palavras como títulos para engrandecer pessoas
(colocando servos acima dos irmãos que devem ser servidos) e trabalhos (a palavra
ministério assumiu, no entendimento de muitos, a idéia de alguma obra ou até
organização de destaque).
Precisamos
aprender que ministrar quer dizer servir. Ao invés de pensar em subir para uma
carga de liderança e domínio sobre outros, deve lembrar-se do exemplo de Jesus
quando ele pegou uma toalha e uma bacia de água e lavou os pés dos apóstolos
(João 12.5). Do mesmo modo, as palavras traduzidas obreiro no Novo Testamento
significam trabalhador, às vezes destacando a idéia do trabalho árduo e cansativo.
Evangelistas
são obreiros:
Ø (II
Timóteo 2.15) – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem
de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
Não
no sentido de serem líderes ou dominadores de igrejas, mas no sentido de trabalharem
para pregar o evangelho de Jesus.
No
Antigo Testamento e nas religiões pagãs, existiam classes de sacerdotes
especiais. Mas no Novo Testamento, todos os cristãos são sacerdotes.
Ø (1
Pedro 2.5) – Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por
Jesus Cristo.
No
contexto de uma congregação local, alguns serão escolhidos como pastores
(chamados, também, de presbíteros ou bispos):
Ø (Atos
20.28) - Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo
vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou
com seu próprio sangue.
Estes
homens especialmente qualificados:
Ø (I
Timóteo 3.1-7) - Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja, Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro,
apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe
ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua
própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se
alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo,
convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia
em afronta, e no laço do diabo.
Ø (Tito
1.5-9) - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as
coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como
já te mandei: aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha
filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes,
porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de
Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem
cobiçoso de torpe ganância; mas dado à
hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme
a fiel palavra, que é conforme a doutrina,
Guiarão,
mas não deverão dominar o rebanho:
Ø (1
Pedro 5.1-3) – Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou
também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante
da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus, que está entre
vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,
mas servindo de exemplo ao rebanho.
Cada
discípulo – cada sacerdote – mantém a comunhão com Deus e não depende de
mediador humano para servir ao Senhor.
Nas
tentativas persistentes de implantar ou manter um sacerdócio especial nas
igrejas hoje, até a simples palavra obreiro tem sido abusada. Em algumas
igrejas, “obreiro” se tornou um título oficial para destacar alguns irmãos
acima dos outros. Ao invés de reconhecer que todos nós devemos ser obreiros e
cooperadores, algumas igrejas já chegaram ao ponto de nomear “O Obreiro” ou
“Nosso Obreiro”, assim destacando uma pessoa como líder da congregação.
Neste
conceito errado de liderança, alguns discípulos acreditam que “O Obreiro” ocupe
uma posição abaixo de Jesus mas acima do rebanho, exercendo autoridade para
governar e tomar decisões pela congregação.
Para
defender tal autoridade de pregadores ou evangelistas, alguns buscam base no
Novo Testamento. Vamos examinar alguns versículos que são usados para
justificar este sistema anti-bíblico de liderança de igrejas:
Tito 2.15 – Paulo disse
ao evangelista Tito: “Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a
autoridade. Ninguém te despreze.”
O
trabalho de qualquer evangelista é pregar a palavra, que ele faz com a
autoridade da própria palavra:
Ø (II Timóteo
4.5) - Mas
tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre
o teu ministério.
Usando
a palavra de Deus, que tem a autoridade divina, um evangelista ensina, edifica,
repreende e põe em ordem as coisas que faltam nas igrejas onde ele prega
(Efésios 4.11-14; Tito 1.5). A autoridade está na palavra que ele prega, não
numa posição de domínio sobre a congregação.
·
I Coríntios 16:15-16 – Agora vos rogo, irmãos
(sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia, e que se tem
dedicado ao ministério dos santos), que também vos sujeiteis aos tais, e a todo
aquele que auxilia na obra e trabalha.
Depois
de comentar sobre a fidelidade da família de Estéfanas no serviço dos santos,
Paulo disse aos coríntios: “que também vos sujeiteis a esses tais, como também
a todo aquele que é cooperador e obreiro”. Se tivesse alguma passagem que
usasse as palavras “cooperador” ou “obreiro” como títulos de distinção, daria
para entender uma certa autoridade aqui. Mas a realidade é que todos os
cristãos devem trabalhar, e todos devem ser sujeitos uns aos outros.
Ø (Efésios
5.21) – Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
Ø (Romanos
12.10,16) - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros...
Sede
unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes;
não sejais sábios em vós mesmos;
Devemos
ajudar e apoiar aqueles que servem ao Senhor, sejam evangelistas ou outros
servos e servas.
Ø (III
João 1.5-8) - Amado, procedes fielmente
em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos, que em
presença da igreja testificaram do teu amor; aos quais, se conduzires como é
digno para com Deus, bem farás; porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos
gentios, portanto, aos tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da
verdade.
Ø (Romanos
16.1-2) – Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que
está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a
ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos,
como também a mim mesmo.
·
Hebreus 13:17 – Obedecei a vossos pastores, e
sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar
conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos
seria útil.
O
autor já falou de guias do passado (Hebreus 13.7), e agora fala sobre guias
vivos: “Obedecei
aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma...”.
Este versículo tem sido muito mal aplicado para justificar muitos abusos em
igrejas. Conforme o Novo Testamento, os homens autorizados por Deus para guiar
o rebanho são os bispos, homens escolhidos na base de qualificações rigorosas (I
Timóteo 3.1-7; Tito 1.5-9). Não temos direito de usar este versículo para
justificar autoridade de evangelistas, “discipuladores”, etc. Mesmo quando se
trata de bispos, este versículo não lhes dá autoridade absoluta (I Pedro 5.3).
A
palavra traduzida “obedecei” em Hebreus 13.17 significa “sejam persuadidos”.
Como ovelhas submissas, devemos permitir que os bispos nos mostrem os motivos,
segundo a vontade de Deus, para fazer o que eles indicam.
Quem
São os Obreiros Hoje?
Depois
de considerar vários trechos do Novo Testamento e o significado da palavra
“obreiro”, fica fácil entender a aplicação hoje. Todos os cristãos fiéis devem
trabalhar incansavelmente. Todos os discípulos de Cristo são obreiros,
cooperadores no trabalho dele. Uma vez que compreendemos o sacerdócio de todos
os cidadãos do reino de Cristo, entendemos que todos são obreiros (desde o novo
convertido até o Ministro propriamente dito).
Obreiros
Malditos ou Abençoados?
O
perigo de ser obreiros malditos não é apenas um problema de pastores e
evangelistas, como já vimos ao longo deste estudo. É um perigo que todos os
cristãos enfrentam! Se formos negligentes, desonestos ou preguiçosos no nosso
serviço a Deus, seremos condenados por ele.
As
palavras, contidas em Jeremias 48.10, são parte do texto referente a uma
profecia contra Moabe, mas servem também como um grave alerta a todos que
trabalham na obra do Senhor, independente do cargo que ocupam (pastores,
missionários, diáconos, presbíteros, ministrantes de louvor, recepcionistas,
professores de escola bíblica dominical, líderes de ministérios ou de pequenos
grupos, intercessores, etc). É pela boca do Deus vivo que todos estes estão
sendo exortados, sob pena de maldição!
Infelizmente,
sobram exemplos de pessoas fazendo a obra do Deus vivo relaxadamente, como:
Ø Presbíteros cujo
critério para tomada de decisões parece ser a simpatia ou antipatia que nutrem
pelas pessoas envolvidas;
Ø Diáconos
que por terem uma unção querem ser maiorais, tratando todos com ignorância e diferença,
se esquecendo que são despenseiros ou serviçais na Obra de Deus;
Ø Obreiros
que julgam e condenam membros e os tiram de ter oportunidades de testemunhar,
louvar e até participarem dos grupos de louvor, evangelização, oração, dentre
outros;
Ø Cooperadores
que se apossam das coisas da casa de Deus e as usam, emprestam, fazem doação,
presenteiam por conta própria sem autorização ou conhecimento do Pastor da
Igreja e ainda dizem “eu trabalho aqui, sou dizimista quando quero e por isso
tenho direito de fazer o que quiser”;
Ø Pregadores
que sobem ao púlpito sem ter sequer uma mensagem, ou que substituem o preparo
bíblico por técnicas motivacionais ou copiando pregações de pregadores
celebridades;
Ø Ministrantes de louvor
tocando ou cantando de má vontade e humilhando os demais irmãos e irmãs por
pensarem que tem talento e são melhores;
Ø Recepcionistas
que trazem seus problemas pessoais para o templo, recebendo mal os
participantes do culto;
Ø Professores de Escola Bíblica
ministrando lições de qualquer jeito ou usando sua interpretação pessoal para o
ensino e não a revelação de Deus;
Ø Membros
que se acham mais importantes do que o novo convertido e o congregado, porque
estão a mais tempo na Igreja e por isso pensam ter privilégios especiais,
desprezando e humilhando assim o seu próximo;
Ø Dizimistas
que administram o dízimo (a parte que não lhe pertence), e dão presentes a
Igreja, fazem cestas básicas para os necessitados, ajudam o carente e depois
fazem o abatimento na hora de devolver o dízimo a Casa do Tesouro para o seu
mantimento (não deixando de serem ladrões e malditos).
De
modo semelhante, tantos outros fazem a obra negligentemente, sem temor algum.
Ø (Levíticos
10.1-2) - E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário
e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho
perante o SENHOR, o que não lhes ordenara, Então saiu fogo de diante do SENHOR
e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
Nadabe
e Abiú, filhos de Arão, cometeram esse pecado, apresentando fogo estranho
perante a face do Senhor e dono da Obra, por causa disso foram consumidos.
Esse
fato é notório no meio dos Cristãos, mas nem todos têm sido tocados pelo
exemplo deixado. O fato é que Deus não muda; por isso, a indignação que Lhe
causou a atitude daqueles dois sacerdotes é a mesma que Ele sente hoje, vendo a
preguiça, a desonestidade, o engano, a mentira e os maus tratos dos obreiros no
presente século.
Em
Seus ensinamentos, Jesus nos alertou reiteradamente sobre esse mesmo assunto.
Que o servo mau, o qual maltrata seus conservos, será pego de surpresa no
retorno do seu Senhor.
Ø (Mateus
24.45-51) - Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu
sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? bem-aventurado aquele servo
que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim, em verdade vos digo que o
porá sobre todos os seus bens, mas se aquele mau servo disser no seu coração: O
meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a
beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e
à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os
hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
O
servo preguiçoso, por enterrar o talento que lhe fora confiado, será lançado
fora.
Ø (Mateus
25.30) - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto
e ranger de dentes.
O
que não der fruto será cortado.
Ø (João
15.1-2) - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador, toda a vara em
mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais
fruto.
E
o que pratica a iniquidade, mesmo operando muitos sinais e prodígios, perecerá
Ø (Mateus
7.22-23) - Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em
teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos
muitas maravilhas? e então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
O
que, então, Deus quer dos servos dele hoje?
Seria
fácil fazer uma lista de obrigações principais, no mesmo estilo dos fariseus da
época de Jesus, para identificar os servos diligentes (zelosos) e fiéis. Mas a
verdadeira resposta não é tão fácil.
Jesus
orientou os apóstolos a ensinarem os discípulos a “guardar
todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28.20). Em
outra ocasião, ele disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”
(João 14.15).
O
verdadeiro discípulo é conhecido pela sua obediência. O apóstolo João disse que
sabemos que temos conhecido Cristo por isto: “se guardamos os seus
mandamentos” (I João 2.3).
Certamente
seria mais fácil se tivéssemos uma lista de cinco ou dez itens essenciais,
alguns atos externos e visíveis que garantiriam a nossa fidelidade como servos.
Muitos homens têm feito tais listas, ou oficial ou informalmente. Frequentemente
frisam questões como ofertas, frequência nas reuniões da igreja, cotas e metas
para a evangelização pessoal e a abstinência de determinados vícios e hábitos.
Podem acrescentar exigências em termos de roupas, saudações especiais, dentre
outras.
Nosso
comportamento, vestimenta e participação ativa da igreja do Senhor certamente
devem refletir a determinação de ser obreiros aprovados, mas, Jesus não abordou
a questão com uma simples lista de coisas que se deve ou não se deve fazer.
A
abordagem dele é mais exigente. Ele quer um coração voltado a ele, e sabe que a
pessoa assim dedicada ao Senhor buscará muito mais do que meras regras e normas
de comportamento. O verdadeiro obreiro buscará compreender e absorver a mente
do Senhor, deixando até seus pensamentos mais íntimos serem guiados pela
vontade de Deus.
E
esta busca não será fácil. Teremos que conhecer bem a palavra de Deus, dando
prioridade ao estudo cuidadoso das Escrituras. E com o conhecimento vem a
responsabilidade de aplicar o que aprendemos:
Ø (Tiago
1.22) - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos
com falsos discursos.
Os
servos fiéis não apenas seguem listas de regras, procuram andar como imitadores
de Deus.
Ø (Efésios
5.1) - Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
Como
Jesus reflete a plena perfeição do Pai, os discípulos devem refletir a
plenitude de Cristo.
Ø (Colossenses
1.19) – Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse.
Ø (Efésios
1.23) - Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
Escolhemos
entre dois caminhos. Podemos ser preguiçosos e negligentes, ou podemos nos
esforçar como servos diligentes e dedicados. O primeiro caminho leva à maldição
eterna. O segundo leva à bênção da comunhão eterna com Deus.
Conclusão
O
Senhor tem zelo pela sua casa que é a igreja, por ser ela casa de oração para
todos os povos:
Ø (Marcos
11.17) - E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada,
por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
Ø (João
2.17) - E os seus discípulos
lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.
Paulo
era cheio deste zelo:
Ø (II
Coríntios 11.2) – Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho
preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a
Cristo.
Aos
Romanos ele disse: “...no zelo não sejais remissos...” (Romanos 12.11).
Portanto, zelo, temor do Senhor, diligência, santidade de vida, amor, são
requisitos que podem ser resumidos na ação de buscar o reino de Deus e sua
justiça em primeiro lugar:
Ø (Mateus
6.33) – Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas.
São
absolutamente necessários para não fazer a obra de Deus relaxadamente, negligenciando
sua vontade, seus ensinos, seus mandamentos e propósito final de ser uma
família de muitos filhos iguais a Jesus Cristo.
Ø (Romanos
8.26-30) - E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós com gemidos inexprimíveis, e Aquele que examina os corações
sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos
santos, e sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito, porque os
que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes
também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou
a estes também glorificou.
Que
cada servo (novo convertido, congregado, membro, obreiro, ministro) atente,
receba, viva e compartilhe este estudo.
Porque
Deus poderia ter enviado seus anjos, que são muito mais fortes, poderosos e
obedientes que os homens, para fazer a Sua Obra, porém assim como teríamos as
recompensas que Deus já preparou para nós como a coroa da Vida?
Como
testemunhar para uma alma desviada, quem éramos e como fomos tocados pelo
Espírito de Deus e assim sermos exemplos de vida para outros, dizendo-lhes que
é possível ser nova criatura mesmo sendo carne fraca.
Ser
um semeador do Evangelho (que é o poder de Deus) é o maior de todos os
privilégios para pecadores como nós, mas requer algumas observações e mudanças
no nosso estilo de vida, como:
Oração
continua, leitura da Bíblia, meditação e estudo, humildade; sujeição a Deus, santificação
pessoal; vigilância, resistência ao mundo, a carne e a Satanás, amor
incondicional (amar sem esperar nada em troca), intercessão pelas almas,
respeito e sobre tudo colocar-se sempre como menor diante dos outros.
Ø (Lucas
9.23) - E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e
tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Jairzinho Viana
Apologista
cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel).
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