Palmas
O
aplauso (do latim applausus derivado de applaudĕre) é uma expressão humana de
aprovação pelo ato de bater a palma de cada uma das mãos uma contra a outra com
o fim de produzir seu ruído característico. As plateias normalmente aplaudem
após o fim de espetáculos, como concertos musicais, discursos ou peças de
teatro.
Na
cultura ocidental, espetadores batem palmas para produzir um ruído constante,
tendendo à sincronização natural. Como forma da comunicação não-verbal, o
aplauso é um indicador simples da opinião média do grupo e, quanto mais intenso
e longo o ruído do aplauso, considera-se maior o sinal de aprovação expresso.
História
A origem das palmas é
incerta, mas os historiadores estimam que foram criadas a mais de 3.000 anos
por diversos povos como os Caldeus, Egípcios e Hititas, dentre outros como um
gesto essencialmente religioso e forma de obter favor dos deuses.
Anos
mais tarde, provavelmente em 500 a.C. na Antiga Grécia era utilizado como forma
de estímulo por parte da plateia nos espetáculos do Teatro clássico.
Durante
os combates entre os gladiadores gregos caso houvesse empate entre os
guerreiros estes eram condenados a darem cabeçadas um ao outro. O público de
forma a estimular o ato entre os guerreiros batia com as palmas das mãos de
forma a simular as cabeçadas.
O
hábito das palmas foi importado pelos romanos e tornaram-se comuns nos
discursos políticos, principalmente no final da república no século I a.C. O
Imperado Nero tinha grande preocupação com a aprovação do público em suas
representações artísticas como músico e cantor e para isso mantinha uma claque
de 5.000 soldados da infantaria e cavalaria em sua companhia, cuja função única
era a de aplaudi-lo.
Devido
as constantes movimentações da milícia romana pelo Velho Mundo, os aplausos
também os acompanharam por quase toda Europa, Norte da África e Oriente Médio.
Nos
séculos XVIII e XIX, quase todos os teatros de Paris contratavam pessoas que
tinham uma única função na platéia: aplaudir os atores no final do espetáculo.
O truque continua utilizado até hoje pelas emissoras de TV, especialmente em
programas de auditório que contratam platéia para aplaudir ou sorrir, mediante
placas erguidas pelos assistentes de produção para que os convidados se
manifestem.
O
que diz a Bíblia
As
ondas da religião têm se caracterizado, entre outras coisas, por introduzirem nas
igrejas formas litúrgicas que antes caracterizavam os espetáculos mundanos.
Estas mudanças têm sido tão tremendamente intensas, profundas, e militantes,
que parece que todas as igrejas já estão sob algum grau de influência das
mesmas ou, pelo menos, estão sob forte ataque e precisam clamar por sabedoria,
coragem e poder vindos de Deus, para enfrentarem o inimigo.
Vejamos
a luz do Evangelho:
Ø Palmas –
Acompanhar a música com sensual batido das mãos;
Palmas
na dança
Aparecem
no Velho Testamento, e em nenhum momento relacionadas com marcar o ritmo de
música dançante ou sensualizar-se em cultos ao Senhor, quer no Tabernáculo,
quer no Templo ou em qualquer lugar.
Vejamos
alguns termos em sua língua de origem com seus significados e referências na
Palavra de Deus:
Câphaq -
Bater as palmas das mãos em demonstração de desagrado (isto é, de dor, pesar,
indignação, zombaria, punição, etc.).
Ø (Jó
27-23) – Cada um baterá palmas contra ele e assobiará tirando-o do seu lugar;
Ø (Lamentações
de Jeremias 2-15) - Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e
meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém.
Tâqa
- Aplaudir com salva de palmas da mão rápida e forte (em sinal de aprovação).
Ø (Salmos
47-1) – Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo.
Ø (Naum
3-19) …Todos os que ouvirem a tua fama baterão as palmas sobre ti; porque,
sobre quem não passou continuamente a tua malícia?
Nâkâh
- Golpear as mãos. Pode ser em aplauso, ou esmurrando, (em sinal de aprovação e
reconhecimento).
Ø (II
Reis 11-12) - Então Joiada fez sair o filho do rei, e lhe pôs a coroa, e lhe
deu o testemunho; e o fizeram rei, e o ungiram, e bateram as palmas, e
disseram: Viva o rei!
Ø (Salmo
150.1) – Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento
do seu poder.
Mâchâ -
Esfregar ou bater as mãos em pura alegria.
Ø (Salmos
98-8) - Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas, perante a face do Senhor,
porque vem a julgar a terra; com justiça julgará o mundo, e o povo com equidade
(igualdade, imparcialidade);
Ø (Isaías
55-12) - Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os
outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão
palmas.
A
pergunta que precisa ser feita é se o bater de palmas é uma forma apropriada de
atividade na adoração e uma maneira apropriada de demonstrar apreciação quando
uma música especial é executada neste contexto.
O
ato de bater palmas, em si mesmo, certamente não é uma coisa negativa. Quando
utilizado de forma apropriada, no lugar correto e no momento certo, é
considerado uma forma apropriada de aplauso, elogio ou reconhecimento e nunca, jamais como marcar sensualmente o
ritmo de músicas dançáveis.
Além
disso, podemos realmente provar, a partir das ocasiões onde o bater de palmas é
mencionado nas Escrituras, que Deus aceita esta forma de expressão em conexão
com a adoração, agradecimento, alegria e aprovação a Ele e as suas atitudes.
Vejamos
o que diz o Dicionário Léxico Português:
Significado de Aplaudir
v.
t. Aprovar batendo palmas: O público aplaudiu os atores.
Louvar,
elogiar: aplaudir uma ação.
Significado de Elogio
s.m.
Discurso expresso de maneira favorável em louvor de alguém: elogio acadêmico.
Manifestação
discursiva em louvor de alguém; louvor: fazer elogios a alguém.
(Etm.
do latim: elogium.Ii, pelo grego: e + lógion.ou)
Significado de
Reconhecimento
s.m.
Ato ou efeito de reconhecer: reconhecimento de um direito.
Lembrança
de um benefício, gratidão por ele: testemunhar reconhecimento.
Declaração,
confissão: reconhecimento de uma falta.
Alguns
poderão dizer onde é mencionado o bater palmas por alegria nas Escrituras,
simplesmente como linguagem figurada atribuindo mãos as árvores, aos rios ou
apenas o quebrar das ondas no mar, não sendo de forma alguma obra de mãos
humanas.
Mas
estão vendo apenas parte de um texto sem o seu contexto, pois a Bíblia não é
para ser interpretada como um livro, mas sim espiritualmente, afinal, a boca de
Deus não é material e nem o seu julgamento e justiça com equidade será de ordem
figurada ou para as árvores ou as águas, mas sim e exclusivamente para a
humanidade que anda a margem ou dentro de seus preceitos.
Jairzinho Mateiro Viana
Apologista
cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel)
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Revista e Corrigida)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aplauso
solascriptura-tt.org