O que será
descrito nestas páginas, é bem mais que um estudo ou simples normas de conduta,
pois estaremos lendo e vivenciando a instrução direta pelas palavras de nosso
senhor e salvador Jesus Cristo, que ao descer de seu trono, nos deu a
oportunidade de salvação, e elegendo em nós seus colaboradores, para que outros
também alcancem o Reino de Deus. Demonstrando a sua preocupação e zelo para
encontrar e salvar o que havia se perdido, pois não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em preço de redenção por todos, para servir de
testemunho a seu tempo (I Timóteo 2.6).
“Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu
nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis
diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo,
para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da
sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção
pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, Que
ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o
mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude
dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Efésios
1.3-9).
Nele, digo, em quem também fomos
feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que
faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos
para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; em quem
também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo
da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão
adquirida, para louvor da sua glória (Efésios 1.10-14).
Nesta eleição, Deus nos escolhe como
família e nos convida a assumir uma herança de suas mãos simplesmente por sua
graça, mas também deixa claro que “Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo
o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do
Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para
que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente, antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do
qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas,
segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua
edificação em amor” (Efésios 4.11-16).
Agora, compreendemos, que somos
cooperadores de Deus e que as almas no mundo são lavoura e edifício de Deus (I
Coríntios 3.9), mas é preciso que cada um de nós que fora convocado para
milícia de Deus, não se deixe embaraçar com negócios dessa vida (II Timóteo
2.5), pois é necessário “que os homens nos considerem como ministros de Cristo,
e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros
que cada um se ache fiel” (I Coríntios 4.1-2).
Termos: Ceifa e trabalhadores
Ceifa
Segundo
o Dicionário Houaiss, a sua origem vem do árabe - Sayfa, que significa - Verão, colheita, cereal maduro.
Já de acordo com Francisco de
Saraiva Luiz, o termo tem origem no hebraico - Assif,
que traz o seguinte - Colheita, recolhimento. Que era o nome que os hebreus
davam à Festa da Colheita (Festa de Sukót ou Festa das Cabanas) - Hag Ha’Assif.
Porém, de acordo com o verbo Assaf, também do hebraico, significa -
Reunir, colher, juntar, recolher, amontoar.
Ceifar significa: abater com foice
ou outro instrumento apropriado as searas maduras, (cereais, uvas, etc.).
Cooperador
No novo Testamento, temos os termos
synergon
e leitourgon. Synergon, que significa trabalhar juntamente.
Enfatizado
o trabalho conjunto:
Ø (I
Coríntios 3.9) - Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de
Deus e edifício de Deus;
Ø (Romanos
16.3) - Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus;
Ø (I
Tessalonicenses 3.2) - E enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e
nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar
acerca da vossa fé.
E também, por último, temos o termo
leitourgos, A princípio, indicava o ato de fazer obras públicas a próprias
expensas; fazer serviço para o povo. A forma mais antiga do termo é composta de
laos (povo) e ergon (trabalho), dessa união veio o significado.
Ø (Romanos
15.16) - Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o
evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada
pelo Espírito Santo.
Ø (Filipenses
2.25) - Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e
cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas
necessidades.
Ministro
Vem do termo grego traduzido de hupêretas
(Dicionário VINE, p. 791, CPAD) e significa literalmente “remador” (da fileira
de baixo) (formado de hupo, “debaixo de”, e eretes, “remador”).
O
termo indica - Qualquer subordinado que age sob a direção de outra pessoa;
Ministro
– Quer dizer, o oficial de justiça;
Ø (Mateus
5.25) - Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho
com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz
te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão;
O
Serventuário:
Ø (Mateus
26.58) - E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando,
assentou-se entre os criados, para ver o fim.
O
assistente à serviço da sinagoga;
Ø (Lucas
4.20) – E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os
olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
Ø (João
7.32) - Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os
fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem.
Acerca
de João Marcos, é chamado de cooperador;
Ø (Atos
13.5) - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos
judeus; e tinham também a João como cooperador.
Referente
a Paulo, como ministro, é dito servo de Cristo no Evangelho;
Ø (Atos
26.16) - Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto,
para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como
daquelas pelas quais te aparecerei ainda;
Ministro era a tradução de hazzan ou chazen - Um assistente da sinagoga cuja responsabilidade era abrir
e fechar o prédio, cuidar dos livros usados no culto, e ajudar aos sacerdotes
ou mestre em tudo quanto fosse necessário (CHAMPLIM, 2001, p. 287, v. 4, HAGNOS).
O Dicionário Bíblico Wycliffe (2006,
p.1287, CPAD), nos informa que “No AT, a palavra comum para ministro é
mesharet. Este é um particípio do verbo Sharat. A expressão pode indicar aquele
que assiste uma pessoa de alto escalão, assim como no caso de Josué e Moisés;
Ø (Êxodo
24.13) - E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte
de Deus.
Ø (Josué
1.1) - E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que o Senhor falou
a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
Ø (I Reis
19.21) - Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com
os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se
levantou e seguiu a Elias, e o servia.
Nos
escritos mais recentes este termo se referia aos oficiais reais;
Ø (I Reis
10.5) - E a comida da sua mesa, e o assentar de seus servos, e o estar de seus
criados, e as vestes deles, e os seus copeiros, e os holocaustos que ele
oferecia na casa do Senhor, ficou fora de si.
Ø (II Crônicas
22.8) - E sucedeu que, executando Jeú juízo contra a casa de Acabe, achou os
príncipes de Judá e os filhos dos irmãos de Acazias, que serviam a Acazias, e
os matou.
Aos
anjos de Deus;
Ø (Salmo 91.11) - Porque aos seus anjos dará
ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Ø (Salmos
104.4) - Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.
Entretanto, o uso mais
característico estava relacionado à ministração dos sacerdotes no Templo;
Ø (Deuteronômio
10.8) - No mesmo tempo o Senhor separou a tribo de Levi, para levar a arca da
aliança do Senhor, para estar diante do Senhor, para o servir, e para abençoar
em seu nome até ao dia de hoje.
Ø (Deuteronômio
17.12) - O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao
sacerdote, que está ali para servir ao Senhor teu Deus, nem ao juiz, esse homem
morrerá; e tirarás o mal de Israel;
Ø (Deuteronômio
21.5) - Então se achegarão os
sacerdotes, filhos de Levi; pois o Senhor teu Deus os escolheu para o servirem,
e para abençoarem em nome do Senhor; e pela sua palavra se decidirá toda a
demanda e todo o ferimento;
Ø (II
Crônicas 29.11) - Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o Senhor vos
tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus
ministros e queimadores de incenso.
Ø (Esdras
8.17) – E enviei-os com mandado a Ido, chefe em Casifia; e falei a eles o que
deveriam dizer a Ido e aos seus irmãos, servidores do templo, em Casifia, que
nos trouxessem ministros para a casa do nosso Deus.
Ø (Neemias
10.36) - E os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso gado, como está
escrito na lei; e que os primogênitos do nosso gado e das nossas ovelhas
traríamos à casa do nosso Deus, aos sacerdotes, que ministram na casa do nosso
Deus.
Ø (Isaías
61.6) – Porém vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão
ministros de nosso Deus; comereis a riqueza dos gentios, e na sua glória vos
gloriareis.
Ø (Ezequiel
44.11) – Contudo serão ministros no meu santuário, nos ofícios das portas da
casa, e servirão à casa; eles matarão o holocausto, e o sacrifício para o povo,
e estarão perante eles, para os servir.
Ø (Joel
1.13) - Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai
e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus; porque a oferta de
alimentos, e a libação, foram cortadas da casa de vosso Deus.
Agora, vejamos a diferença entre as
palavras ministro e mestre.
Mestre
- Vem do termo da língua latina, magister – Que diz, magistério, magistrado,
designando alguém que era procurado por ter “algo a mais” (magis). Que tinha
com que contribuir.
Ministro
- Vem de minister, procedente de minus, alguém que tem “algo de menos”, o
servo, diácono, servidor, serviçal, auxiliar, ajudante.
Diácono
- Diákonos é outra palavra largamente usada no NT para se referir ao ministério
do homem de Deus. Quando Jesus disse que veio para servir (Mateus 20.28), usa
um verbo que tem essa mesma raiz.
O
apóstolo Paulo emprega essa palavra para falar dos ministros do evangelho:
Ø (II
Coríntios 3.6) – O
qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da
letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
Ø (II
Coríntios 4.1) - Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que
nos foi feita, não desfalecemos;
Ø (II
Coríntios 5.18) - E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo
por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
Ø (I
Timóteo 1.12) - E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor
nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério;
No grego secular, o termo diákonos
significava servir à mesa. O trabalho envolvia sujeição pessoal, que era
considerada indigna e indecorosa para um homem livre.
Também poderia referir-se
simplesmente a cuidar das necessidades do lar e, às vezes, era também usado
para indicar qualquer trabalho num sentido mais genérico, como prestar serviço
a uma causa.
O termo também foi muito usado no
Novo Testamento para referir-se ao trabalho dos
diáconos na assistência social,
diáconos na assistência social,
Ø (Romanos
16.1) – Recomendo-vos,
pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia;
Ø (Filipenses
1.1) – Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo
Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
Ø (I
Timóteo 3.10) - E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem
irrepreensíveis.
Ø (I
Timóteo 3.13) – Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si
uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
Essas palavras, no sentido original,
estavam sempre voltadas para a idéia de serviço, de servir;
Ø (Lucas
17.8) - E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me até que
tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu?
Ø (Atos
6.2) - E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é
razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
Como já vimos acima, na Septuaginta,
tradução do Antigo Testamento para o grego, a palavra refere-se ao serviço dos
sacerdotes e levitas no templo.
No
Novo Testamento, em Hebreus, o termo é usado no sentido ritual sagrado:
Ø (Hebreus
8.2-3) – Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor
fundou, e não o homem, porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer
dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma
coisa que oferecer.
Já (Romanos 15.16), o apóstolo, utiliza,
onde parece ter um significado semelhante ao empregado no Antigo Testamento,
indicando um trabalho sacerdotal de sua parte, levando os gentios a Cristo, e
em (Filipenses 2.25-30) o termo indica cooperador, ajudador.
O ministro é um leitourgos porque
cabe a ele fazer discípulos, cuidar desses discípulos e levá-los ao crescimento
na fé, para que se tornem semelhantes a Jesus.
Ministro, atualmente, assumiu um
outro sentido. Refere-se àquele que é líder na comunidade cristã, diferente do
diácono propriamente dito, que, na prática é o obreiro que auxilia os
dirigentes.
Despenseiro
Conforme (VINE, p. 800), traduzido
do grego oikonómos, “denotava primariamente – O administrador de uma casa ou
propriedade (formado de oikos “casa”, e nemo, “arranjar, organizar”),
“mordomo”, que normalmente era um escravo ou liberto.
Ø (Gênesis
43.16) - Vendo, pois, José a Benjamim com eles, disse ao que estava sobre a sua
casa: Leva estes homens à casa, e mata reses, e prepara tudo; porque estes
homens comerão comigo ao meio-dia.
Ø (Lucas
12.42) - E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o
senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?
Rienecker e Rogers (1985, p. 293,
VIDA NOVA) apontam os seguintes significados - Administrador, mordomo,
dirigente de uma casa, frequentemente um escravo de confiança que era
encarregado de todos os negócios do lar. A palavra enfatiza que a pessoa recebe
uma grande responsabilidade, pela qual deve prestar contas.
Ø (Mateus
25.14-19) - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da
terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco
talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e
ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco
talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o
que recebera dois, granjeou também outros dois, mas o que recebera um, foi e cavou
na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o
senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
Depositário:
Ø (Gálatas
4.2) – Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo
pai.
Procurador
público, tesoureiro:
Ø (Romanos
16.23) - Saúda-vos Gaio, meu hospedeiro, e de toda a igreja. Saúda-vos Erasto,
procurador da cidade, e também o irmão Quarto.
Mordomo
espiritual - Aquele que é encarregado de uma comissão de servir o Evangelho:
Ø (Tito
1.7;) – Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa
de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem
cobiçoso de torpe ganância;
Ø (I
Pedro 4.10) - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus.
Mais uma vez a ideia de serviço é
destacada. O mordomo não é o proprietário dos bens, dos serviços ou das pessoas
que lhe são confiadas. Não é maior do que o seu Senhor. É alguém investido de
autoridade, com base na soberania, graça e confiança de quem o chamou.
O mordomo infiel
(Lucas 16.1-2) - E dizia também aos
seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi
acusado perante ele de dissipar os seus bens, e Ele, chamando-o, disse-lhe: Que
é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser
mais meu mordomo.
Este homem foi acusado de ter
administrado mal os bens do seu senhor, pelo que seria demitido e, portanto,
prestar contas de todas a suas atividades, sendo as mesmas boas ou más, o que
para ele na condição de um mordomo infiel, era um problema, e sua análise foi a
seguinte:
Ø E o
mordomo disse consigo: Que farei, pois que, o meu senhor, me tira a mordomia?
Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha. Eu sei o que hei de fazer, para
que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas (Lucas
16.1-4).
Depois de refletir, este mordomo criou
um plano para reduzir as dívidas que as pessoas tinham com o patrão. Ele usou o
pouco tempo que restava antes de entregar as contas para arrumar acordos com
cada um dos devedores.
E, chamando a si cada um dos
devedores do seu Senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? E ele
respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e
assentando-te já, escreve cinquenta. Disse depois a outro: E tu, quanto deves?
E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e
escreve oitenta (Lucas 16:5-7).
Agindo assim, mesmo perdendo a sua
condição de mordomo daquele poderoso Senhor, as pessoas com que negociou os
créditos que também não eram de sua propriedade, lhe manteriam durante seu
afastamento do trabalho. Desta maneira ele aproveitou o presente, embora de
modo desonesto, para providenciar pelo seu futuro.
Ø E
louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque
os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da
luz. (Lucas 16.8).
Mas como o Senhor daria louvores a
um trabalhador infiel e desonesto (sendo esse o motivo de sua exclusão), pois não
apoia desonestidade por parte dos seus servos? O que Ele observa é como o mundo
está melhor servido por seus servos, do que Jesus Cristo pelos que se declaram
servos Dele.
As metas são totalmente opostas, mas
os mundanos são mais diligentes em cuidar de seus corpos, planejarem o seu
futuro baseado em previsões financeiras, de mercado, climatológicas, não
medindo esforços, distâncias, perigos ou condições físicas, perseguem suas
metas e não se cansam em querer ganhar mais e mais o mundo do que os cristãos
em cuidar das suas almas e assim sua permanência no Reino eterno.
Ø E eu
vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas
vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos (Lucas 16.9).
A injustiça, a cobiça e o poder,
estão comumente envolvidos na acumulação e emprego das riquezas deste mundo,
porém, Jesus nos ensina a empregarmos nossos bens e recursos de modo a
promovermos os interesses de Deus e a salvação do próximo. Assim como o mordomo
infiel era detentor e administrador temporário dos recursos do patrão, também
Deus nos concede o uso por pouco tempo dos recursos dele, que são os talentos e
inclusive o tempo de vida.
Porém,
Ele nos prova e espera de nós um comportamento de:
Ø (Lucas
16.10-12) - Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no
pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de
confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as
verdadeiras riquezas? E se vocês não forem dignos de confiança em relação ao
que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?
Nada do que temos é nosso, mas tudo
pertence ao Senhor. Somos apenas administradores. Quando alguém começa um
emprego, sempre sua capacidade e sua fidelidade são provadas nas coisas mínimas
primeiro. Se a pessoa se mostrar responsável no modo com que lida com estas
coisas sem importância, começa a receber cargas mais significativas. Nossa vida
aqui na terra é o mesmo tipo de prova.
Onde estão os ceifeiros?
Nós, como bons despenseiros de Deus,
ou seja, a pessoa encarregada da despensa (Gênesis 43.16), o bom administrador
dos seus dons (I Pedro 4.10) e o obreiro como responsável por cuidar das coisas
de Deus (Tito 1.7), devemos estar atentos aos sinais do tempo e nos apressarmos
ao trabalho, pois Jesus disse: “não dizeis vós que ainda há quatro meses até
que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as
terras, que já estão brancas para a ceifa, e o que ceifa recebe galardão, e
ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa,
ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia,
e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros
trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. (João 4.35-38).
Agora Jesus envia 70 discípulos para
preparar o caminho, pois depois deles, Jesus deveria passar pelas mesmas cidades,
aldeias e vilas, porém embora fosse um grande número de seguidores Ele
surpreende os tais com a seguinte afirmativa:
Ø (Lucas
10.2) - E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são
poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.
Na verdade, reconhecemos, os que se
prontificaram não seriam suficientes para atender ao labor da empreitada na
seara, e sim, Jesus era sempre acompanhado por grande número de pessoas
interessadas em muitas coisas, menos em trabalhar.
Ø (João
6.25-26) - E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando
chegaste aqui? Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo
que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes.
Ainda hoje, clamamos ao Senhor, embora
os ceifeiros estejam em maior número, eles não são suficientes diante do
crescimento da seara, pois se fizessem jus ao título, sem dúvida, dariam
contas, correspondendo às necessidades do labor, mas, como nos dias de Jesus
cada um buscam seus próprios interesses, e esses interesses sempre são
materiais, como comida, bens móveis e imóveis. Acerca disto Jesus também nos
deixou o ensinamento:
Ø (João
6.27) - Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece
para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai,
Deus, o selou.
Os púlpitos das Igrejas tornam o
refúgio ou o centro de treinamento dos ceifeiros nos dias de cultos, onde os
que o ocupam, poucos ou quase nenhum pratica um só ato do Ide de Jesus durante
a semana ou mesmo o ano inteiro, mas, o lugar no púlpito tem que está
garantido. Crendo erradamente que só é pregação a que se faz no púlpito.
Ø (Mateus
28.19-20) - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as
coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até
a consumação dos séculos. Amém.
Ainda vivemos tempos de crise
espiritual, moral e social, já não existem obreiros para atender à obra do Senhor,
poucos querem ser como os ceifeiros da Bíblia, pois muitos apesar de questionarem
como é. não aceitam receber o discipulado de Cristo.
Ø (João
6.28) - Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
Porém quando Jesus lhes traz a resposta
de como iniciariam no discipulado para o seu treinamento:
Ø (João
6.29) - Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais
naquele que ele enviou.
Imediatamente a incredulidade vos
preencheu e então pedem ao Senhor Jesus, provas como sinais da vossa fé:
Ø (João
6.30) - Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e
creiamos em ti? Que operas tu?
Agora, quando Jesus lhes fala acerca
dos sinais e fixa os seus ensinamentos da parte de Deus, os ouvintes o abandonam:
Ø (João
6.60) - Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este
discurso; quem o pode ouvir?
De todos os discípulos, restaram
apenas doze que acreditaram nas palavras de Jesus como sendo o ensinamento para
vida eterna.
Ø (João
6.68-69)) - Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu
tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivente.
Porém, dentro dessa realidade, como
formaremos novos convertidos, adoradores, membros, dizimistas, levitas,
líderes, cooperadores, evangelistas, diáconos, profetas, pastores, mestres ou
qualquer outro tipo de trabalhadores para a seara de Deus, se primeiro não
houver discípulos?
Bem sabemos que a grade da seara
deveria ser completa por um grande número de ceifeiros, mas, infelizmente a
ideia que temos aqui é que a grandeza da seara excluí o número necessário de
trabalhadores, dando a ideia de que embora o trabalho seja, ou será feito, o
será com mais dificuldades, as duras penas, no sacrifício, no muito esforço.
Mas,
onde estão os ceifeiros que são exemplos, como os que a Bíblia relata?
·
Noé
- Que foi justo em um mundo injusto;
·
Abraão
- Que saiu de sua parentela, crendo no invisível;
·
Jacó
- Que trabalhou duramente para obter sua riqueza;
·
Moisés
- Que levou o povo até onde foi possível levar;
·
Elias
–
Que em confiança a Deus, recebeu alimento servido por corvos;
·
Eliseu
- Que matou os bois e seguiu a Deus;
·
Mardoqueu
–
Que mesmo exaltado pelo rei, não negou a Deus;
·
Jeremias
–
Que não teve esposa para fazer cumprir a vontade de Deus;
·
Daniel
– Que se absteve da contaminação do manjar do rei;
· Oséias
–
Que não se importou com comentários mundanos, mas atentou a voz de Deus;
·
Pedro
- Que, mesmo tendo negado, não se apartou da fé;
·
Estêvão
- Que não negou falar a verdade diante dos homens;
·
Paulo
- Que não teve a sua vida por preciosa.
·
Escritor
aos Hebreus – Que viveu pela fé em Deus;
No livro do profeta Jeremias, lemos
que Deus ordenou o seu povo para plicar o castigo as nações ímpias, em especial
a Moabe, descendentes de Ló, resultado do incesto com suas filhas e assim
parentes dos israelitas, mas com uma longa história de total desrespeito a
Deus, o que culminou na sua condenação. Deus, como ao longo da história, usa a
mão dos homens para castigar os moabitas, sendo assim instrumentos escolhidos e
advertidos como malditos, caso não fizessem a obra com diligência.
Ø (Jeremias
48.10) - Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; e maldito
aquele que retém a sua espada do sangue.
Em outras versões da Bíblia, falam
de fazer a obra com negligência, relaxadamente ou de maneira fraudulenta.
Agora, trazendo para os nossos dias
e colocando diante do chamado para os Ceifeiros da atualidade, escolhidos como
instrumentos, resgatadores, ministros de Deus, temos o significado de engano,
omissão, sem cuidado, atenção, sem esforço, sem ação e preguiça.
Analisemos:
O verbo transitivo direto reter
(retém), significa guardar, conservar (algo), nesse caso a espada, e o que
temos como espada hoje?
Ø (Efésios
6.17) - Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus;
Ø (João
1.1) - "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.
No contexto religioso, o termo
"Verbo", quando escrito com inicial maiúscula, designa a palavra de
Deus ou o próprio Deus, tal como escrito na Bíblia Sagrada:
Esta palavra é usada no Novo
Testamento, mais concretamente no Evangelho de João, para qualificar Jesus, que
revela inteligência e sabedoria de Deus. Em algumas traduções da Bíblia, Verbo
é substituído pelo termo "Palavra". A designação de Verbo serve para
descrever o Filho, Jesus, que tem a essência de Deus e faz parte da Santíssima
Trindade.
Paulo
nos traz o seguinte:
Ø (Romanos
1.16) - Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Concluímos aqui, que a espada é a
palavra, e a palavra é Jesus Cristo, e muitos os Ceifeiros estão retendo a
espada do sangue.
O que é o sangue? Um substantivo
masculino, que é o líquido vermelho, viscoso, que circula nas artérias e veias
bombeado pelo coração, transportando gases, nutrientes e elementos necessários
à defesa do organismo ou, o viver, a existência.
Ø (Deuteronômio
12.23) - Somente esforça-te para que não comas o sangue; pois o sangue é vida;
pelo que não comerás a vida com a carne;
Bem, o sangue é vida, mas que vida? O
termo traduzido em hebraico, é nephesh, significando - Também personalidade,
individualidade, instinto ou emoção. A tradução grega da Bíblia, Septuaginta,
traduziu nephesh (vida) para o grego com a expressão psyché, que deu psique. A
vulgata traduziu psyché por anima, que significa alma ou vida, ânimo, aquilo
que anima.
Jesus,
como o verbo, a palavra, a espada e principalmente o doador da vida, diz:
Ø (João
10.10) - O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância.
Mais uma vez, fica evidente a necessidade
do labor por parte dos ceifeiros, em levar a palavra para os que estão mortos
na carne e na operação do pecado, para que possam ressuscitar e viver
verdadeiramente.
Ø (Efésios
2.5-6) - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos
fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Mas, ao contrário dos obreiros de
que a Bíblia relata, os obreiros de hoje adotam uma postura diferente e suas
ações são de quem:
Querem
viver como o mundo vive:
Ø (Gênesis
6.9) - Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas
gerações; Noé andava com Deus.
Não
querem abandonar a idolatria de sua parentela pela obra de Deus:
Ø (Gênesis
12.1) - Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
Não
querem trabalhar "duramente", querem tudo facilmente:
Ø (Gênesis
30.43) - E cresceu o homem em grande maneira, e teve muitos rebanhos, e servas,
e servos, e camelos e jumentos.
Abandonam
o povo no deserto por qualquer motivo:
Ø (Deuteronômio
34.5) - Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a
palavra do Senhor.
Não
aceitam qualquer alimento e desprezam o que Deus lhes envia:
·
(I Reis 17.6) - E os corvos lhe traziam pão e
carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
Não
querem desapartar de seus altos e rendosos cargos:
Ø (I
Reis 19.20-21) - Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse:
Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. E ele lhe disse:
Vai, e volta; pois, que te fiz eu? Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta
de bois, e os matou, e com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao
povo, e comeram; então se levantou e seguiu a Elias, e o servia.
Ø (Ester
6.11) – E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a
cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a
quem o rei deseja honrar!
Negam
a Cristo, por segundos de prostituição e adultério:
·
(Jeremias 16.2) - Não tomarás para ti mulher,
nem terás filhos nem filhas neste lugar.
Preferem
a contaminação da carne pelo mundo, em vez da purificação pelo Espírito:
Ø (Daniel
1.8) - E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das
iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos
eunucos que lhe permitisse não se contaminar;
Abandonam
seus lares e família, para se banquetearem com as obras da carne:
Ø (Oséias
1.2b) - Disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições,
e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se
do Senhor.
Tem
negado a Cristo e se afastado da fé:
Ø (Mateus
26.75) - E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o
galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente;
Não
falam a verdade, abrigando-se debaixo do argumento - Não vivemos mais naqueles
dias:
Ø (Atos
7.59) - E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.
Visam
primeiro a sua vida e depois a do próximo;
Ø (Filipenses
1.21) - Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é ganho.
Ø (Hebreus
10.38) - Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem
prazer nele.
Qualificações, deveres e
responsabilidades dos Ceifeiros
Como ceifeiros, claro que temos
deveres e responsabilidades, o grande problema é: conhecemos verdadeiramente
quais são os nossos deveres, ou simplesmente ignoramos os mesmos e jogamos a
responsabilidade para terceiros?
Observemos agora alguns itens como
deveres, que devem ser aplicados em nossas vidas como cooperadores de Deus:
1. Estudar a Palavra
Ø (I
Timóteo 4.13-15) - Persiste em ler, exortar (animar, estimular) e ensinar, até
que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia,
com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas; ocupa-te nelas,
para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.
Estudar a Bíblia porque é a boca de
Deus a nós, e que é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para
redarguir (dar resposta), para corrigir, para instruir em justiça, para que o
homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra (II
Timóteo 3.16-17), e é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de
dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus
4.12).
Ø (Marcos
16.16) – E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura, quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado.
Pregar o evangelho porque é uma
convocação de Jesus Cristo para o crente fiel, liberto, resgatado e que tem
desejo que todos também possam ser alcançados pela Graça divina, pois de sorte
que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus, mas digo: Porventura não
ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, E as suas
palavras até aos confins do mundo (Romanos 10.17-18).
Ainda assim é necessário ao
cooperador de Deus, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos
ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas, mas tu, sê sóbrio em
tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério
(II Timóteo 4.2-5).
3. Ser Fiéis
Ø (II
Coríntios 6.4-10) - Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis
em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos
açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na
pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no
amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da
justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa
fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem
conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos;
como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos;
como nada tendo, e possuindo tudo.
Em inúmeras situações, Paulo e seus
auxiliares se portaram como verdadeiros ministros de Deus. Esta passagem
apresenta uma lista dos vários tipos de experiências que Paulo e seus colegas
de ministério tiveram, pois descrevem o sofrimento por que passaram; como se
portaram; e suas experiências paradoxais.
A expressão na muita paciência vem
seguida por situações específicas nas quais Paulo e seus auxiliares
demonstraram perseverança e Vigílias indica que permaneciam acordados
voluntariamente para se dedicar por mais tempo ao ministério.
O conceito de fidelidade pode ser
definido como uma atitude de quem é fiel, de quem tem compromisso em tudo que
assume. Também envolve uma característica daquele que é leal e sincero, alguém
que é confiável, em quem se pode acreditar e depositar nossa inteira confiança.
No meio cristão todos deveriam ter essa característica, porém não é bem assim,
pois nem todos possuem essa característica tão importante e essencial de
fidelidade uns com os outros.
A bíblia revela em várias passagens
os personagens que se identificaram com uma fidelidade acima de qualquer
suspeita, assim como também expõe claramente todos os que demonstraram serem
infiéis no seu modo de viver e agir. Quando nos convertemos a Cristo, tínhamos
a ilusão que na Igreja todos são santos e perfeitos, mas com o tempo vamos
observando e entendendo que as coisas não são bem assim.
Assim como no mundo o que não falta são
pessoas infiéis, também na Igreja existem muitos com essa índole e não deveria
ser assim, pois a Igreja deve ser um lugar de fiéis. A fidelidade para ser
verdadeira deve ser constante em qualquer circunstância, seja nos momentos bons
ou nos momentos maus. O infiel revela um caráter extremamente nocivo e
prejudicial para com os outros e quando são identificados, poucos são os que
aceitam a sua amizade, ou seja, só aceitam aqueles que apresentam a mesma
índole. A fidelidade é uma observância rigorosa da verdade e o obreiro que não
se enquadra nesse perfil, está longe de ser um autêntico obreiro fiel do
Senhor.
Características
do Cooperador fiel e do infiel?
I - O fiel preocupa-se
com o bem-estar dos seus irmãos:
Ø (Filipenses
2.19) - E espero no Senhor Jesus que em breve vos mandarei Timóteo, para que
também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
O infiel não cuida das
ovelhas, ele quer que elas cuidem dele:
Ø (Provérbios
27.23-24) - Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre
os teus rebanhos, porque o tesouro não dura para sempre; e durará a coroa de
geração em geração?
O apóstolo Paulo preso em Roma havia
recebido através de um obreiro fiel chamado Epafrodito um relatório sobre a
Igreja de Filipos o qual descrevia várias situações e dificuldades que os
irmãos filipenses estavam passando. Embora estando preso, o apóstolo em
hipótese alguma ignorou este relatório, muito pelo contrário ele procurou
atender de imediato, a uma das dificuldades mais urgentes e isso envolveria
enviar alguém de confiança e capacitado para contornar o problema. E para essa
missão ninguém melhor do que Timóteo, um obreiro fiel e preparado para tal.
Aqui vemos que Paulo um grande
fundador de igrejas, jamais as abandonou as igrejas a qual fundou como é o caso
aqui da igreja dos filipenses. Paulo tinha vários obreiros fiéis em todas as
igrejas que havia fundado como é o caso aqui de Epafrodito, os quais
voluntariamente se dispunham a enfrentar grandes distâncias e perigos para
colocar o apóstolo a par de tudo que se passava nas igrejas.
Isso mostra o cuidado de Paulo em
estar informado de tudo que envolvia os irmãos demonstrando e dando exemplos de
um verdadeiro Pastor.
Já com o obreiro infiel a situação é
completamente diferente, pois existem vários no meio evangélico onde tudo que
faz é em benefício próprio, pouco se importando com o estado espiritual do
rebanho, pois o seu objetivo maior é tirar proveitos do rebanho usando para
isso, todo tipo de enganos possíveis.
II - O fiel tem
sentimento sincero no cuidado com as almas:
Ø (Filipenses
2.20) - Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do
vosso estado;
O infiel é insensível
quanto ao cuidado que deve prestar ao rebanho:
Ø (I
Timóteo 5.8) - Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da
sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.
Paulo aqui demonstra a grande
confiança no seu cooperador chamado Timóteo, dando um testemunho sincero do
caráter integro e assim com essa recomendação os cristãos de Filipos não teria
qualquer restrição ou desconfiança em recebê-lo para cuidar deles, bem como
também aceitar a sua liderança.
O bom cooperador em contraste com o
mal cooperador tem consciência do que é cuidar do rebanho de Deus e isso a
própria Bíblia adverte dizendo assim:
Ø (I
Pedro 5.2) - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto;
Infelizmente em muitos segmentos evangélicos
não é isso que vemos, pois Jesus alertou dessa maneira:
Ø (Mateus
7.15) - Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos
como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
O cooperador infiel é desprovido de
qualquer sentimento pelo rebanho, pois o seu interesse principal não é cuidar
das ovelhas e sim agir dissimuladamente para se aproveitar das almas que são
preciosas para o Senhor.
O cooperador que tem
responsabilidade com o povo direta ou indiretamente, tem por dever cuidar como
a sua própria família, pois a igreja em si também é uma família, ou seja, a
nossa verdadeira família é constituída pelos irmãos na fé. Assim nessa condição
estabelecida pelo próprio Deus o cooperador que não assume essa
responsabilidade com total fidelidade é considerado pior que o maior dos
pecadores, pois aquele que conhece a palavra e a descumpre é indigno diante de
Deus.
Ø (Filipenses
2.21) - Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus.
O infiel usa as coisas de
Cristo para tirar vantagens próprias:
Ø (I
Coríntios 10.24) - Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de
outrem.
Pelo que Paulo revela já naqueles
tempos havia muitos cooperadores infiéis engajados na obra buscando os seus
próprios interesses. Assim podemos imaginar que se naqueles tempos já havia
muitos infiéis, imaginem em nossos tempos como está essa situação. E isso tem
sido notório em nossos tempos pelos inúmeros escândalos noticiados pela mídia
em relação à má conduta de muitos cooperadores que na realidade são pessoas
enganadoras.
É bom lembrar que Deus não usa esse
tipo de gente, pois Ele não é conivente com más condutas daqueles que dizem
serem homens de Deus e pelos seus atos são identificados por aqueles que têm
discernimento espiritual como sendo falsos cooperadores. Tem muita gente que se
deixa enganar por causa de supostos milagres que acontecem através desses cooperadores,
porém o próprio Jesus advertiu que nos últimos tempos surgiriam falsos cristos
e falsos profetas, que fariam tão grandes sinais e prodígios que, se possível
fora, enganariam até os escolhidos.
O
cooperador fiel não deve procurar seus próprios interesses, mas o bem-estar do
seu próximo, caso não aja dessa maneira está ferindo princípios bíblicos
importantes relacionados à lei do amor pelos outros, pois tem preocupações em
promover o bem-estar dos que estão sob a sua responsabilidade devendo agir de
maneira constante em ajudar os outros e não necessariamente a si próprio.
Ø (Filipenses
2.22) - Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no
evangelho, como filho ao pai.
O infiel é usurpador de
posição e ignora a vontade de Deus:
Ø (II Timóteo
2.2) - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens
fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
Timóteo era um cooperador
experimentado e sempre provou esse caráter íntegro no seu ministério e, além
disso, era fiel em tudo que fazia. Em todas as Igrejas por onde havia passado
tinha um ótimo referencial testificado por todos os irmãos. Esta era uma das
razões para Paulo recomenda-lo aos filipenses depositando nele toda sua
confiança, pois Timóteo era um homem genuíno quanto parecia ser, pois ele
servia fielmente a Cristo. Era o auxiliar de Paulo em muitos lugares onde
pregou e serviu com ele com toda dedicação de um cooperador fiel.
Na carta que Paulo escreve a Timóteo
recomendando a sua atenção quanto a separação de cooperadores para servirem na
igreja. Isso mostra que a separação de cooperadores deve obedecer a uma
rigorosa seleção para não escolher a revelia, parcialidade, ou seja, por que
tem laços familiares, por amizade, pelo dizimista e outros meios que não sejam
apoiados pela palavra direta de Deus.
Ø (I
Timóteo 5.22) - A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos
pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
Ø (Filipenses
2.23) - De sorte que espero vo-lo enviar logo que tenha provido a meus
negócios.
O infiel vive embaraçado
em negócios e não se preocupa com o povo:
Ø (II Timóteo
2.4) - Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar
àquele que o alistou para a guerra.
Paulo procura nessa situação de
prisioneiro em Roma tomar algumas providências para poder se comunicar com
Timóteo e enviá-lo aos filipenses o mais breve possível, pois uma coisa que
Paulo não fazia era retardar algo que precisava ser solucionado nas igrejas a qual
tinha responsabilidades.
Um cooperador fiel não deve se
embaraçar com os negócios deste mundo, pois quando nos entregamos a Cristo para
sermos seus discípulos, devemos nos desligar deste mundo no sentido de estarmos
envolvidos com coisas desnecessárias as quais venham ocupar o nosso tempo que
poderiam estar sendo dedicado a obra de Deus. É evidente que não podemos deixar
completamente os afazeres desta vida, o que não podemos é nos embaraçar com
eles a ponto de nos distrairmos e nos afastarmos de nossas obrigações para com
Deus e dos grandes interesses da sua obra.
Como filhos de Deus temos de cuidar
dos negócios do nosso Pai aqui nesta terra. Jesus disse que aquele que põe a
mão no arado e olha para trás, não pode ser seu discípulo. Por isso temos que
estar livres dos embaraços que nos impedem de estar envolvido em nossa guerra
com os poderes das trevas.
Já o obreiro infiel vive embaraçado
com vários negócios que impedem o de chegar e muitas vezes a tempo na Obra de
Deus, de observar, de zelar pela Igreja e o rebanho.
Ø (Filipenses
2.24) - Mas confio no Senhor, que também eu mesmo em breve irei ter convosco.
O infiel pouco se importa
com os outros e que um dia vai prestar contas:
Ø (Mateus
7.22) - Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em
teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos
muitas maravilhas?
Paulo também como um bom cooperador
disse que assim que pudesse iria pessoalmente visitar os filipenses mostrando
assim o zelo que tinha com as coisas de Deus. Ele esperava ser liberto logo e
ter condições de ir visitá-los. Paulo desejava a sua liberdade, não para o seu
bel-prazer, mas para que pudesse continuar militando com mais liberdade de ação
em suas missões em prol do evangelho e da igreja. Ele expressou uma grande
esperança e confiança de que iria até Filipos para ver os irmãos, porém com
dependência e submissão a vontade divina.
Já o infiel ao contrário de um bom cooperador
segue enganando e não sabe que está enganando a si mesmo, pois segundo a lei da
semeadura e da colheita tudo o que fizermos de bom colheremos o bem e tudo que
fizermos de mal, também colheremos o mal. Assim o cooperador que age desprovido
de escrúpulos terá um fim terrível assim como disse Jesus.
VII – O fiel é sempre
solidário:
Ø (Filipenses
2.25) - Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e
cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas
necessidades.
Ø (Provérbios
19.4) - As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo
o deixa.
Paulo também faz referência a
Epafrodito, seu irmão cristão, por quem tinha um carinho especial; era seu
companheiro de trabalho e sofrimentos pela causa do evangelho, e esteve muitas
vezes submetido aos mesmos trabalhos e miséria dele. Era um dos seus
mensageiros, ou seja, alguém que tinha sido enviado pelos filipenses até ele, levando
questões pertinentes aos problemas que a igreja enfrentava, tanto externamente
como internamente. Também nessa viagem a Roma, além do relatório enviado pela
Igreja de Filipos, Epafrodito trouxe ofertas enviadas pelos irmãos para alívio
de Paulo em prover suas necessidades.
Se Epafrodito fosse um cooperador
infiel certamente as coisas não chegariam certinho até Paulo, principalmente no
que envolvia as ofertas. Cooperador fiel é aquele que tem o mesmo caráter
quando a situação é boa ou quando a situação é difícil. O infiel nas horas
difíceis abandona os seus amigos, mas o fiel está sempre junto, aja o que
houver.
VIII – O fiel é
verdadeiro no relacionamento com os irmãos:
Ø (Filipenses
2.26) - Porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e estava muito angustiado
de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.
O infiel é amigo só de
aparência, pois por dentro é cheio de falsidade:
Ø (Provérbios
27.6) - Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são
enganosos.
Paulo nunca deixou de valorizar os
seus cooperadores fieis, tanto que ao saber que um deles como foi o caso de
Epafrodito esteve doente, ele não ignorou e muito pelo contrário se preocupou
com angústia profunda como se estivesse tomando as dores e os sofrimentos do
seu irmão. Paulo tinha um tratamento consciente para com todos tanto para
consolar com para repreender quem assim merecesse. As feridas feitas por um
amigo no sentido de repreensões a princípio podem parecer prejudiciais, mas na
realidade elas são curadoras. Este tipo de feridas podem ser marcas de
verdadeira amizade que na realidade trazem grandes benefícios a quem é
corrigido.
Já o infiel age contrariamente nada
fazendo por amor e sim por ódio, onde muitos que estão debaixo de um jugo dessa
espécie acabam sofrendo aquilo que não deveriam.
IX - O fiel não desampara
seus irmãos:
Ø (Filipenses
2.27) - E de fato esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e
não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre
tristeza.
O infiel quando chegam as
lutas foge para não ter que enfrentá-las:
Ø (II Timóteo
4.10) - Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para
Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia.
Paulo expressou sempre grande
misericórdia com os seus cooperadores fieis. Assim foi com Epafrodito na sua
doença onde Paulo ficou muito apreensivo temendo que seu amigo viesse a morrer.
Felizmente graças ao bom Deus isso não aconteceu para alívio do apóstolo,
principalmente quando teve a alegria de recebê-lo quando preso.
A maioria dos cooperadores de Paulo eram fieis, porém nem todos tinham essa característica, como foi o caso de Demas que desamparou Paulo em momento de grande necessidade. Ele abandonou a Paulo e sua missão, talvez por medo de sofrer os mesmos sofrimentos que Paulo constantemente enfrentava.
Seu primeiro amor por Cristo e pelo
evangelho foi renunciado e esquecido, e Demas acabou se deslumbrando com esse
mundo talvez para voltar aos negócios terrenos. Isso provocou em Paulo uma
grande decepção e indignação em ser abandonado por Demas.
Assim também é o sentimento de um
líder quando um cooperador subitamente se revela infiel tirando a máscara que
escondia a sua verdadeira personalidade.
X - O fiel se esforça em
oferecer alegria e bênçãos ao próximo:
Ø (Filipenses
2.28) - Por isso vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos
regozijeis, e eu tenha menos tristeza.
O infiel é insensível
quanto a demonstrar compaixão por alguém:
Ø (Jó
6.14) - Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que
deixasse o temor do Todo-Poderoso.
Paulo dá exemplos de que
verdadeiramente amava a Cristo sendo genuíno em tudo o que envolvia os
interesses do seu reino e não media esforços, mesmo arriscando a sua vida para servi-Lo
e contribuir para a edificação da sua Igreja. Assim também eram os companheiros
fieis que ajudavam o apóstolo na sua difícil missão, como era o caso aqui de
Epafrodito.
A prova da verdadeira religião jaz
na compaixão humana pelo seu próximo, atributo este que também deve ser
encontrado em todo cooperadoro considerado fiel, pois em se tratando dos
infiéis é evidente que esse atributo está completamente ausente. Mesmo para
quem esquece o temor de Deus não é normal alguém ignorar a situação de uma alma
em desespero que precisa da nossa atenção e cuidados.
Aprendemos
que Jó buscava algum consolo humano independente da sua condição espiritual no
momento crucial do seu sofrimento. Se alguém decepciona o seu próximo no
momento do desespero é porque perdeu todo o temor do Todo Poderoso.
XI - O fiel sempre
expressa amizade, tendo em honra o irmão:
Ø (Filipenses
2.29) - Recebei-o, pois, no Senhor com todo o gozo, e tende-o em honra;
O infiel é cheio de
soberba e busca honra para si próprio:
Ø (Romanos
12.10) - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros.
Paulo recomenda aos filipenses
através desse seu mensageiro, que recebessem a Timóteo com muita alegria. Os
filipenses deveriam entender que os seus anseios para uma solução dos problemas
que enfrentavam não poderiam ser resolvidos com facilidade em nem rapidamente.
Com Paulo preso em Roma e com os meios de comunicação feitos somente por alguém
enviado para isso e ainda tendo que enfrentar os perigos da viagem por terra e
por mar, tornava a missão extremamente perigosa e prolongada pelas grandes
distâncias. O que hoje uma mensagem é enviada em menos de segundos, naquele
tempo levava meses para que fosse entregue.
Porém a grande qualificação desses
homens de Deus é que não pensavam em si próprios e sim em priorizar e atender
as necessidades dos outros não importando as dificuldades a enfrentar. O
cuidado e o amor uns pelos outros nos impulsiona a expressarmos tanto em
palavras, mas principalmente em ações práticas tudo aquilo que podemos e
devemos fazer uns pelos outros.
Em vez de contendas por qualquer
tipo de disputa devemos estar dispostos a conceder aos outros a preeminência
como a bíblia recomenda para considerarmos os outros superiores a nós mesmos.
Precisamos estar dispostos a valorizar o empenho e trabalho dos outros sempre
dando honra por aquilo que faz. Não é o caso do cooperador infiel que
contrariamente a tudo isso abusa muitas vezes da sua posição, pondo os outros
para fazer tudo e ele sem fazer nada com o pretexto malicioso de que está com
isso honrando os outros, com elogios enquanto fica de braços cruzados no seu
sossego e preguiça.
4. Ser santos
Ø (I
Pedro 1.16) – Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.
Santo no grego hagios, no hebraico Kadosh,
quer dizer separado. É aquele que se separa do mal, e dedica-se ao serviço de
Deus, é o ato de santificar; tornar sagrado, santo; separado do mundo e do
pecado; dedicado exclusivamente para Deus; ter uma vida de santificação, ou
seja, ter qualidades específicas que nos mantenham ou nos levem à separação das
pessoas pecadoras que vivem longe da presença de Deus.
Santo do Latim Sanctitatem, quer
dizer perfeição moral. Estado de quem se destaca pela natureza.
Nas Sagradas Escrituras, a santidade
tem dois sentidos muito distintos.
·
Separação do mal e do pecado;
·
É a dedicação completa ao serviço do Reino
de Deus.
O substantivo hagiasmos, o mesmo que
santificação é usado em alusão a total separação do homem para com Deus:
Ø (II
Tessalonicenses 2.13) - Mas devemos
sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus
elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da
verdade;
E ao curso de vida adequado aos que
são separados.
Ø (I
Tessalonicenses 4.7) – Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a
santificação.
Porquê
ser santo, e o que significa?
É um imperativo de Deus -
(Levítico
11.45) - Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para que
eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.
É a vontade de Deus
– (I Tessalonicenses 4.3-5) - Porque esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação; que vos abstenhais da prostituição; Que cada um de vós saiba
possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência,
como os gentios, que não conhecem a Deus.
É prioridade de Deus para
Seu povo – (II Timóteo 2.21) - De sorte que, se alguém se
purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do
Senhor, e preparado para toda a boa obra.
Separado para Deus
– (João 17.19) - E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles
sejam santificados na verdade.
Uma separação do pecado
- (Levítico 20.26) - E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos
separei dos povos, para serdes meus.
Um revestimento da
plenitude de Cristo – (Efésios 3.19) - E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o
entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Ø (I
Pedro 2.9) - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz;
Porém, todos os Crentes são chamados
a exercer um sacerdócio real, oferecendo sua vida como um sacrifício santo e
agradável a Deus Pai, por meio de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote.
Ø (João
10.12-14) – Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas,
vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as
ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das
ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou
conhecido.
O sacerdote, no Antigo Testamento,
oferecia sacrifícios pelo povo e intercedia por eles; Jesus veio e ofereceu a
Si mesmo, na cruz do Calvário, como sacrifício, vivo, santo e agradável a Deus
para nos livrar da condenação eterna; também intercedeu por todos:
Ø (Isaías
53.12) - Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele
o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os
transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos
transgressores.
Hoje,
temos a Jesus Rei como nosso Sumo sacerdote, entretanto devemos exercer
sacerdócio por nossas vidas:
Ø (Romanos
12.1-2) - Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis
o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.
Também somos, Nação Santa, onde
nação significa País ou Reino, formado por um conjunto de indivíduos habituados
aos mesmos usos, costumes, língua e que se são governados por leis próprias.
Santa, significa pura, perfeita,
separada para Deus, que vive em obediência a Lei de Deus. Conforme a Bíblia,
Deus diz que somos uma Nação Santa, portanto diferente das demais nações. Uma
Nação Santa, um Rei, um Governo e um Povo diferentes. Estamos no mundo, mas não
somos do mundo, pois o mundo jaz no maligno; somos chamados para fazermos a
diferença no mundo.
Uma nação é caracterizada pelos seus
usos, costumes, idioma e pelas suas próprias leis que a governam. Nós, os
Crentes Cristãos, somos a Nação Santa, portanto necessitamos estar atentos para
que as "nações do mundo" (outras práticas, materiais e ou
espirituais) não interfiram ou infiltrem-se na Família de Deus e nem provoquem
alterações no nosso modo de vida, pois a verdadeira cidadania é caracterizada
pela obediência às Leis que regem a nação e seu povo.
Ø (I
Pedro 1.14-16) - Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que
tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo
aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso
procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
5. Vida de renúncia
Ø (Mateus
16.24-25) Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim,
renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que
quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim,
achá-la-á.
Andar, seguir após as pegadas de
Jesus, não é somente imitá-lo, mas viver conforme Ele viveu, andou, falou, se
comportou viveu e principalmente, morreu. Ele não viveu para si mesmo, não
buscou seus próprios interesses, não exigiu real superioridade, mesmo sendo Deus:
Ø (Filipenses
2.5-7) - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens;
Sofrimento:
Ø (I
Pedro 2.20-21) - Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e
sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a
Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós,
deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
Morte:
Ø (Atos
10.39) - E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da
Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
Vergonha:
Ø (Hebreus
12.2) - Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe
estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra
do trono de Deus.
Zombaria:
Ø (Mateus
27.39-40) - E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças, e dizendo:
Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se
és Filho de Deus, desce da cruz.
Rejeição:
Ø (I
Pedro 2.4) - E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
Ø (Marcos
8.34) - E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se
alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
Quando
tomamos a cruz e seguimos a Cristo, negamos a nós mesmos:
Ø (Lucas
14.26-27) - Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e
filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu
discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode
ser meu discípulo.
Decidimos de livre e espontânea
vontade, sem reclamar, sem murmurar, sem questionar ou exigir algo, abraçarmos
quatro classes de lutas e sofrimentos, as quais descreverei abaixo:
1. Lutar até o fim contra
o pecado:
Ø (I
Pedro 4.1-2) - Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos
também vós com este pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do
pecado; Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as
concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
E assim, crucificarmos as nossas
próprias concupiscências:
Ø (Gálatas
2.20) - Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive
em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual
me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
Ø (II
Coríntios 10.4-5) - Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim
poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e
toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo o entendimento à obediência de Cristo;
Enfrentando a hostilidade do
adversário e das hostes infernais,
Ø (I
Pedro 5.8-10) - Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em
derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti
firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos
no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna
glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará,
confirmará, fortificará e fortalecerá.
Bem como a perseguição que surge por
resistirmos aos falsos mestres que distorcem o verdadeiro evangelho:
Ø (Gálatas
1.8-10) - Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já
vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Porque, persuado eu agora a
homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos
homens, não seria servo de Cristo.
3. Sofrer o opróbrio, o
ódio e o escárnio do mundo:
Ø (Hebreus
11.25-26) - Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um
pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de
Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Ø (João
7.7) - O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia a mim, porquanto dele
testifico que as suas obras são más.
E separando-nos dele moral e
espiritualmente:
Ø (II
Coríntios 6.17-18) - Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E
não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós
sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.
4. Rejeitarmos seus
padrões e filosofias:
Ø (Mateus
11.25-27) - Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai,
Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e
as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as
coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai;
e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar.
Infelizmente, os cooperadores têm andado
não após Jesus, mas no seu próprio ego, não aceitando as lutas, as tribulações
e aflições, seguindo os desejos e na maioria das vezes os mais sombrios dos
desejos que são obras da fétida carne, ambicionando cada vez mais o mundo e
tudo o que ele oferece na mais vil das corrupções, em todas as suas
concupiscências, mesmo sabendo que jaz no maligno e que já foi vencido por
Jesus.
Ø (João
16.33) - Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
6. Pronto para sofrer
Ø (II
Timóteo 2.3) - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus
Cristo.
O ministro do evangelho que
permanecer leal a Cristo e ao evangelho, será conclamado a suportar
adversidades:
Ø (II
Timóteo 1.8) - Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem
de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho
segundo o poder de Deus.
Como o soldado, o cooperador, o crente, precisa estar disposto a enfrentar dificuldades, sofrimentos, e a lutar espiritualmente com total dedicação ao seu Senhor:
Ø (Efésios
6.10-13) - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes
contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e
o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais.
Como faz o atleta, o cooperador
precisa estar disposto a renúncia, e a viver uma vida cristã de rígida
disciplina:
Ø (II
Timóteo 2.4-5) - Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim
de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não
é coroado se não militar legitimamente.
Como o agricultor, deve assumir o
compromisso de trabalhar arduamente, e isso em horários prolongados:
Ø (II
Timóteo 2.6) - O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos.
A palavra “sofrer”, vem do grego
hupomeno:
Ø (II
Timóteo 2.12) - Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também
ele nos negará;
Nesse caso significa suportar.
Aqueles que perseverarem e permanecerem firmes na fé, até o fim, viverão.
Ø (II
Timóteo 2.11) - Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele
viveremos;
E reinarão com Cristo:
Ø (Apocalipse
20.4) - E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de
julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e
pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com
Cristo durante mil anos.
Cristo rejeitará, no dia do juízo,
aqueles que não perseveraram e os que o negaram por palavras e ações.
Ø (Mateus
10.33) - Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também
diante de meu Pai, que está nos céus.
Cabe a todos os cooperadores, a
consciência de que somos dependentes de Jesus Cristo e precisamos viver crendo
em sua providência, sem jamais murmurarmos, ou questionarmos.
Ø (II
Timóteo 2.2) - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a
homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
Como igreja temos a responsabilidade
de guardar a genuína doutrina bíblica que nos foi entregue através das sagradas
escrituras, e assim, transmitirmos aos fiéis, sem transgredirmos nem a
corromper, baseados nas seguintes razões:
Semear
o evangelho que é Cristo aos crentes fiéis:
Ø (I
Timóteo 3.15) - Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de
Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.
Para
que guardem:
Ø (II
Timóteo 1.14) - Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.
E
ensinem a verdadeira fé bíblica:
Ø (I
Timóteo 4.6-7) - Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus
Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido, mas
rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade;
E
a santidade de vida:
Ø (Romanos
6.17-18) - Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de
coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado,
fostes feitos servos da justiça.
Demonstrar
aos estudantes a necessidade de batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos (Judas 1.3), e dar-lhes os meios pelos quais possam defendê-la contra
todas as falsas teologias:
Ø (Gálatas
1.9-12) - Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se
alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Porque,
persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse
ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo, mas faço-vos saber,
irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque
não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
Guiá-los
ao crescimento contínuo no caráter mediante a doutrina que é segundo a piedade:
Ø (I
Timóteo 6.3-5) - Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com
as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a
piedade. É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas
de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a
piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.
Prepará-los
para fortalecer outros crentes e levá-los a maturidade espiritual, de modo que
juntos possam refletir a imagem de Jesus onde estiverem:
Ø (Efésios
4.11-16) - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que
não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do
qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas,
segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua
edificação em amor.
Levá-los
a uma experiência e compreensão mais profunda do Reino de Deus na terra e seu
conflito contra o poder de Satanás:
Ø (Efésios
6.10-12) - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes
contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e
o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais.
Motivá-los
através das verdades eternas do evangelho, a dedicarem sem reservas à
evangelização dos perdidos e à pregação do evangelho a todas as nações no poder
do Espírito Santo:
Ø (Mateus
28.18-20) - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder
no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
Fazer
com que aprofundem suas experiências no amor de Cristo, na comunhão pessoal com
Ele e o dom do Espírito Santo:
Ø (Efésios
3.17-19) - Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de,
estando arraigados e fundados em amor,
poderdes
perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o
comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que
excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Exortando-os
a seguirem as orientações do Espírito Santo que neles habita:
Ø (Romanos
8.14) - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus.
Levá-los
ao batismo no Espírito Santo:
Ø (Atos
2.4) - E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Ø (Mateus
6.9) – Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado
seja o teu nome;
Ensinando-os
a jejuar:
Ø (Mateus
6.16-18) – E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os
hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que
jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando
jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens
que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto,
te recompensará publicamente.
Ensinando-os
a adorar enquanto aguardam o bendito aparecimento de Jesus Cristo com o fervor
espiritual dos santos:
Ø (II
Timóteo 4.8) - Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos os que amarem a sua vinda.
Ø (Tito
2.13-14) – Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós
para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial,
zeloso de boas obras.
Tarefas
dos cooperadores na Obra de Deus
Chegar
mais cedo ao Culto;
Desligar
e guardar os seus celulares;
Abrir
e no término do culto fechar as portas da Igreja;
Verificar
a limpeza da Igreja, caso não esteja bem, execute a limpeza:
Verificar
os banheiros, se limpos e providos de papel, toalha e sabão;
Cestos
de lixo, se estão devidamente acondicionados a sacos de coleta;
Verificar
o bebedouro, limpando, ligando e abastecendo com copos;
Limpar
microfones, efetuar cargas nas baterias, ligar o sistema de som, recolher e
guardar cabos;
Limpar,
ligar e desligar ventiladores e sistemas de ar condicionados;
Verificar
lâmpadas, fachadas e luminárias;
Permanecer
atento a porta de entrada, tanto para vigiar os veículos dos irmãos e
visitantes, quanto recebê-los com alegria para o Culto;
Em
casos de visitantes bêbados, drogados ou suspeitos, o cooperador deverá
colocá-lo no ultimo banco, para evitar tirar a atenção da igreja e permanecer ao
seu lado todo o tempo em que estiver na Igreja;
Os
cooperadores devem permanecer todo o culto em movimento e observação dentro da
nave da Igreja, não conversando nem se desviando de sua principal tarefa que é
cooperar na Igreja;
Todo
e qualquer assunto que o cooperador tiver realizar ou tratar com outros cooperadores
ou até mesmo com o Pastor, deverá ser antes ou depois do culto, nunca no
momento do mesmo;
Bilhetes
e avisos de última hora, deverão ser levados pelos cooperadores ao altar.
Receber
as pessoas que estão visitando levando-as aos bancos, pois os visitantes se
sentem perdidos na Igreja;
Caso
não tenha lugar para sentar, comece pedindo aos jovens homens para se colocarem
em pé e cederem lugar para os mesmos;
Coloque
Pastores, Presbíteros nos primeiros bancos, assim haverá mais espaço na nave da
Igreja;
Crianças
não podem e nem devem permanecer nos corredores, púlpitos ou fora da nave da
Igreja, os cooperadores devem promover a ordem no culto, ora direcionando as
crianças aos pais ora até mesmo colocando-as no colo;
As
pessoas que não acatarem as ordens dos cooperadores, este deverá anotar o nome
e conduzir ao Pastor para devido ensino e correção necessários;
No
horário do culto não deixe ninguém sair, a não ser casos de muita necessidade,
barre na porta, pergunte onde vai? Tem certeza que é urgente? Não dá para
esperar?
Nunca
esqueça de ser positivo mais educado, corrigir com respeito e educação sem ignorância
e mais flexão;
Púlpito
não é lugar de desabafo, de tirar satisfação, nem lugar de divulgar os
escândalos de pessoas que cometem e se dizem cristãos.
Lembre-se
na igreja existe todo tipo de pessoas, analfabetas e intelectuais, firmes e
delicadas, fracos e fortes, crentes e não crentes, sem contar as que estão
passando na rua e que ouvem o que falamos.
Conclusão:
Todos
esses propósitos de aprendizado e ensinamento bíblicos, deixam bem claros que
somente devem ser administrados por aqueles que em tudo são leais às Escrituras
como a palavra de Deus plenamente inspirada:
Ø (I
Timóteo 1.13) - A mim, que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas
alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.
Bem
como ao Espírito Santo e seu ministério de verdade, de justiça e de poder:
Ø (I
Timóteo 1.14) - A graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em
Jesus Cristo.
O
autêntico ensino bíblico enfatiza um viver santo (conhecer a santidade, ser
santo e proceder santamente), e não apenas ter uma mera compreensão das
verdades ou fatos bíblicos.
As
grandes verdades reveladas nas escrituras são verdades redentoras e não
acadêmicas; são questões que envolvem a vida ou a morte, exigem uma resposta e
decisão pessoal, tanto do mestre quanto do discípulo:
Ø (Filipenses
1.9-11) - E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo
o conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais
sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de
justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Apologista
cristão, ministro, líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e presidente da mesa diretora.
Contato:
redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel).
Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida (Revista e Corrigida).
http://www.etimologista.com
Pastor
Elias Ribas
http://www.estudosdabiblia.net
ograndedialogo.blogspot.com.br
tcassimiro.blogspot.com.br
jorgealbertacci.com.br
pastorguilhermel.com.br
mefibosete.com
euvivoabiblia.com
www.iprb.org.br
significados.com.br/verbo
fiquefirme.com.br
ministeriofogonoaltar.blogspot.com.br
ministeriofiel.com.br
bibliotecabiblica.blogspot.com.br