O
que é a barba?
Barba
é o conjunto de pelos que cresce no queixo, nas faces e na frente do pescoço do
homem, e mais raramente em mulheres. O estudo da barba é chamado de
pogonologia.
Os
pelos que preenchem parte do rosto masculino não fogem do papel de protetores.
Barba bem aparada pode proteger o rosto dos raios UV, bloquear algumas
bactérias presentes na poeira, causadoras da asma, e auxilia na manutenção de
uma pele mais jovem, já que ela fica constantemente protegida do vento e se
mantém hidratada com os óleos naturais dos fios.
Ao
longo da história e de diferentes culturas do mundo, aos homens com barba se
atribuiu qualidades como sabedoria, potência sexual e status social.
Também
em determinadas épocas e culturas se atribuiu a ela falta de higiene,
refinamento e digna de excêntricos. Em algumas religiões, quem tem barba é
considerado importante.
Em
geral a barba tem textura mais crespa que o cabelo, mesmo em homens de cabelo
liso, tendo a mesma cor do cabelo variando em tonalidade, o crescimento da
barba surge durante a puberdade devido à ação da testosterona, o hormônio
masculino. Fisiologicamente, a função da barba é de aquecer e proteger o rosto
mecanicamente, filtrar o ar da respiração, além de funcionar como dimorfismo
sexual entre seres humanos.
Também
já eram utilizadas desde o começo dos tempos por povos árabes e também tem
muito uso por algumas religiões como o islamismo e judaísmo ortodoxo e existem
alguns casos onde homens envelhecem sem nunca terem cortado sequer uma vez suas
barbas. Em algumas religiões africanas, como a Uotmeit, homens incapazes de
crescer barba são dados como impróprios para reprodução.
Explicações
da psicologia evolucionista para a existência de barbas incluem sinalização de
maturidade sexual e sinalização de dominância aumentando o tamanho percebido
das mandíbulas, e rostos limpos raspados são classificados como menos dominante
do que aqueles que possuem barba.
Alguns
estudiosos afirmam que ainda não está estabelecido se a seleção sexual levando
a barba está enraizada na atratividade (seleção intersexual) ou dominância
(seleção intrasexual).
A
barba pode ser explicada como um indicador da condição geral de um macho. A
taxa de pilosidade facial parece influenciar atratividade do sexo masculino.
A
presença de uma barba torna o homem vulnerável em brigas, que é claro, por
isso, os biólogos têm especulado que deve haver outros benefícios
evolucionários que superam o inconveniente.
A
barba na história
O
indicador de que podemos estudar e analisar a história olhando simplesmente
para o aparecimento e desaparecimento da barba. A verdade histórica é
importante. Ela não é igual à verdade bíblica, porém toda a história é a
história de Deus, pois Ele é o Deus da história. A história revela a falta e a
ignorância, ou o conhecimento e a importância, que a verdade bíblica exerce
sobre uma civilização. Você pode olhar para uma civilização e observar que
quando a Palavra de Deus tem a supremacia, certas coisas transparecem; da mesma
forma, quando a razão humana tem a supremacia, outras coisas transparecem.
Egito
Uma
informação histórica interessante é que o Egito era o único país na antiguidade
que proibia que um homem deixasse sua barba crescer. Os egípcios não gostavam
dos pelos faciais, barbeavam-se e forçavam seus escravos a também se barbearem.
Qualquer
erudito bíblico reconhece que o Egito é um tipo do mundo. O Egito é um tipo de
tudo aquilo que é contrário a Deus, à Sua Lei e ao Seu povo. O Egito era em
grande parte uma nação de homens sem barba. Todavia, quando você olha para a
arte egípcia e para as esculturas que eles deixaram, pode observar que os
faraós (especialmente) usavam um cavanhaque pontudo que saia direto de seus
queixos. Entretanto, se você olhar com atenção, descobrirá que havia uma linha
que ia até a parte de trás das orelhas.
Você
sabe o porquê disto? A resposta é que aquilo era um cordão que segurava uma
barba postiça. Os homens e mulheres tinham uma aparência similar no Egito. Por
exemplo, a rainha Hatshepstut se vestia como um homem e é mostrada com uma
barba postiça. A barba postiça era usada em comemorações ou quando o faraó
aparecia diante do público. Havia também um significado religioso aqui; a barba
era considerada um atributo dos deuses pelos egípcios. Assim, o faraó
expressava seu status de um deus vivo quando se apresentava usando uma barba
postiça presa por um cordão.
Além
disso, fora de um contexto religioso, a barba na arte egípcia indica a
nacionalidade estrangeira de um indivíduo. Os inimigos do antigo Egito são
sempre retratados com barba. Dado o desdém dos antigos egípcios pelos
estrangeiros, isso pode explicar parte da popularidade da prática de se
barbear.
Grécia
Entre
os gregos o uso da barba era bastante comum. Prova disso é que muitas das
imagens que representavam os famosos filósofos gregos eram sempre acompanhadas
de uma farta rama de pêlos. Entretanto, durante a dominação macedônica essa
tradição grega foi severamente proibida pelo rei Alexandre, O Grande. Segundo o
famoso líder político e militar, a manutenção da barba poderia trazer
desvantagens aos seus soldados durante um confronto direto.
Roma
Na
civilização romana a barba integrava um importante ritual de passagem. Todos os
rapazes, antes de alcançarem a puberdade, não poderiam cortar nenhum fio de
cabelo ou barba. Quando atingiam o momento de passagem entre a infância e a
juventude, raspavam todos os pêlos do corpo e os ofereciam aos deuses. Os
senadores costumavam preservar a barba como símbolo de seu status político.
Nessa mesma sociedade surgiram os primeiros cremes de barbear, produzidos através
do óleo de oliva.
Outra
informação interessante: se você observar na mitologia grega e romana, sempre
que vir uma gravura de um falso deus, usualmente ele tem a face lisa. Quase
todos os deuses falsos são representados com faces lisas.
Durante
a Idade Média, a barba sinalizou a separação ocorrida na Igreja Cristã com a
realização do Cisma do Oriente. Muitos dos clérigos católicos eram aconselhados
a fazerem a barba para que não parecessem com os integrantes da igreja ortodoxa
ou até mesmo com os costumeiramente barbudos judeus ou muçulmanos. Além disso,
o uso dos bigodes gerava bastante polêmica entre os cristãos medievais, pois
estes eram ostentados pelas levas de germânicos que invadiam o decadente
Império Romano.
A
evolução da Barba – Século 18 até os dias atuais
As
barbas, cabelos e bigodes possuem uma importância muito grande no quesito
histórico, isso porque eles não representavam apenas uma questão estética, mas
significação de status. Cores, formas, texturas, passavam inúmeros significados
sociais; implicando diretamente no jeito que as pessoas se relacionam.
Em
determinados períodos, as barbas tinham prestígio aristocrático, na França
entre 1870 e 1910 a sociedade tentou proibir o uso de bigodes em profissionais
considerados inferiores. Já no período medieval as barbas foram trocadas pelos
rostos lisinhos, barbas ralas e pontiagudas.
No
século XIX, a moda masculina fez com que os homens abandonassem as gravatas
coloridas, casacos elegantes, calças justas e sapatilhas baixas, típico vestuário
de homens magros e românticos, para então, na Era Vitoriana, se tornarem
sólidos. Já o rosto limpo deu lugar às barbas cheias.
O
visual barbado denotava poderes financeiros em quase todas as culturas, fazendo
com que ele não demonstrasse status social e, ainda, dava abertura para dúvidas
em relação à sua virilidade, já que, na época, se tornou muito comum pensar que
esses eram indivíduos de costumes indecorosos e, entre outras coisas, optavam
pela prática homossexual.
Esse
visual era bastante favorável a aparência de maturidade. Enquanto os 150 anos
anteriores, nos quais grande parte dos homens ingleses e americanos se
barbeavam, a barba cheia era sinônimo de velhice, negligência, excentricidade e
até insanidade.
O
século XX chegou e baniu por, quase, completamente a barba da alta classe.
Durante boa parte desse período, o rosto liso virou sinônimo de civilidade e
higiene. Voltando com força nos anos 60 e 70, como um símbolo da cultura
hippie. Enquanto nos anos 80, o bigode ganhou o coração dos gays. Os anos 90
foram um retorno ao pré woodstock, fazendo com que os homens preferissem ficar
sem. Já, na atualidade, elas e eles estão de volta com tudo, não importando as
regras.
A
psicologia por trás da Barba na história
Por
muitos anos enquanto cresceu nos rostos dos homens da raça humana, a barba tem
sido orgulhosamente cultivada, incansavelmente difamada, oficialmente
encorajada, carinhosamente perfumada, publicamente criticada, consistentemente
amada, agressivamente denunciada, ou seja, decididamente polêmica. Acima de
tudo, orgulhosamente exibida e ardentemente admirada, se não por todos ou
alguns, ao menos pelos seus próprios portadores.
Evolução do Homem com Barba
O
acidente evolutivo que preservou os pêlos no maxilar, bochecha e sobre os
lábios masculinos não parece servir uma função biológica significativa no que
diz respeito a proteção a temperaturas baixas, ventos fortes, calor intenso ou
filtro de ar — embora estes benefícios existam, sua significância biológica é
mínima.
Apesar
disso, alguns estudos indicam que as vantagens da barba começam a se tornar
aparentes na seleção natural, principalmente na escolha de parceiros adequados
para reprodução, já que a existência de pêlo facial no homem, evolutivamente,
representa adequabilidade masculina, imunidade aumentada, agressividade (o que
pode ser útil competitivamente falando) e status social — estes em sua maioria
percepções psicológicas de origem subconsciente com embasamento biológico.
Apesar
de que pouco pode ser dito com certeza sobre as vantagens evolutivas ou
climáticas das barbas, muito pode ser explicado sobre os efeitos sociais e
psicológicos do pêlo facial masculino:
A marca na história
A
presença (ou falta) de barba no homem deixou sua marca na arte, literatura,
história, comercio e guerra. Em todas estas áreas temos claras evidências e
membros memoráveis da influência da barba em suas obras, ações e resultados.
Sem
a existência da barba através dos milênios, Michelangelo não teria esculpido o
esplêndido Moisés barbado, Rossini não teria escrito sua ópera Il Barbiere di
Seviglia, já que barbeiros não teriam existido. Até mesmo as contradições
dialéticas de Karl Marx teriam sido menos impactantes sem sua imponente barba
para apoia-lo. O mesmo se aplica também a boa parte dos grandes pensadores e
filósofos da antiguidade e da modernidade. Como adorno utilizado para
intimidação do oponente por alguns exércitos da antiguidade, sem a barba talvez
estes não teriam ganho batalhas, as quais resultariam em mudanças culturais e
políticas possivelmente drásticas considerando o efeito borboleta que pode(ria)
ter ocorrido.
Homens
de todas as idades, classes sociais e ideologias têm orgulhosamente feito
comparações entre suas barbas e os adornos dados pela natureza aos leões,
tigres e até mesmo bodes. E não é por menos: todos estes são símbolos de poder,
dominância, masculinidade, imponência, agressividade, status, força, ousadia e
coragem.
A psicologia por trás da barba na
criação
Historicamente
as barbas foram referenciadas como prova da chegada a maturidade masculina.
Segundo a tradição Judaico-Cristã, Adão, o primeiro membro masculino da raça
humana, é geralmente descrito (geralmente através da arte) como tendo um rosto
liso, sem barba nos períodos iniciais e então em sua saída do paraíso ele aparece
com uma barba cheia, sendo julgado por Deus (também com sua imponente barba)
após ter sido tentado a “comer o fruto proibido”, simbolizando assim uma
graduação onde o menino se torna homem.
Obviamente
não podemos desviar o olhar de que a cultura da barba através do globo e
história é frequentemente modificada por tendências culturais, religiosas,
regionais, políticas e, por que não, moda.
Apesar disso, em cada época, cultura, religião e guilda, podemos
identificar o impacto da barba e seus portadores sobre os resultados de suas
intervenções. Não é a toa que muitos homens de negócios, lordes, barões e
outros homens de poder e influência utilizaram o termo “no fio da barba” não
apenas para designar simbolicamente o fechamento de um negócio ou acordo em substituição
a um contrato. Os mais fiéis à expressão em alguns casos literalmente
arrancavam um fio da barba e entregavam à outra parte para simbolizar de que
poderia dar plena confiança a este acordo pois ele seria cumprido pois foi
prometido pela barba do proponente.
Uma marca que perdura
Apesar
das mudanças em estilo, tendências, razões e portadores, uma coisa se percebe
entre todas elas e perdura na percepção psicológica através da cultura e dos
tempos: barba é sinônimo de masculinidade e este título não lhe poderá ser
tirado tão facilmente.
A
barba e a Igreja
O
Concílio de Cartago, que foi um concílio na igreja primitiva, em
aproximadamente 200 DC, se reuniu para discutir e tentar solucionar muitos
problemas na igreja. Um dos problemas que eles discutiram foi o uso de trajes
imodestos na igreja.
Veja,
eles já tinham naquele tempo problemas com os trajes imodestos, do mesmo modo
como temos hoje. Agora, eles não estavam discutindo minissaias, shorts,
decotes, camisetas e blusas regatas, que são sensuais e considerados vulgares
até mesmo nos dias de hoje. Aqui está uma citação do Concílio de Cartago sobre
o traje imodesto: "Qualquer homem que vier à igreja com cabelos longos e a
face barbeada e lisa, será excluído da comunhão, pois esse homem está vestido
de forma imodesta." [Crocker & Brewster, Nova York, 1832 pág. 154].
Se
um homem comparecesse à reunião da igreja com cabelos compridos e a face
barbeada e lisa, ele era considerado vestido de forma imodesta.
Tertuliano,
um dos pais da igreja primitiva escreveu um tratado sobre a barba; ele disse
que o propósito da barba era "reduzir a lascívia".
O
Quarto Concílio de Cartago, em 398, decretou: "O clérigo não deixará seu
cabelo crescer, nem removerá sua barba."
Muitos
dos antigos acreditavam e ensinavam que Deus deu ao homem a barba para
distingui-lo da mulher, de modo que era errado antagonizar a natureza e rapar a
barba.
Entre
os cristãos primitivos, Clemente de Alexandria provavelmente escreveu mais
sobre os males da remoção da barba do que todos os outros autores cristãos
primitivos juntos. Como os judeus, Clemente chamava a barba de "adorno
natural do homem" e dizia que "nunca era permissível" raspá-la.
(The Fathers of the Church, 218). "Os fios da barba estão contados",
Clemente adverte aos seus leitores: "Procurar beleza na face lisa e sem
pelos é pura efeminação, se feito por um homem." (The Fathers of the
Church, 215). "Deus planejou que a mulher tenha a pele suave e lisa,
orgulhando-se nas mechas naturais de seus cabelos, como um cavalo com sua
crista", escreveu Clemente. "Mas ao homem, Ele adornou como o leão,
com uma barba..." (The Fathers of the Church, 214).
"Esta,
então, é a marca do homem, a barba. Por ela, ele é reconhecido como um homem.
Ela é mais antiga do que Eva. É o símbolo da natureza superior.... Portanto, é
uma atitude ímpia profanar o símbolo da masculinidade, os pelos." —
Clemente de Alexandria (vol 2, pág. 276).
Quando
as hordas dos povos bárbaros invadiram e conquistaram Roma, os homens tinham
cabelos compridos e faces barbeadas e lisas. Foi por volta deste tempo que a
igreja foi romanizada. Ritos e rituais pagãos começaram a se infiltrar na
igreja e está literalmente cessou de ser uma igreja cristã e tornou-se misturada
com todos os pagãos.
Junto
com a multidão de outras contemporizações, naquele tempo praticamente todas as
barbas foram raspadas. Os homens passaram a manter a face lisa e os cabelos
compridos. Este foi o efeito da paganização que ocorreu na igreja.
Consequentemente, as gravuras e esculturas de Cristo O mostram com cabelos
compridos. Obviamente, nosso Senhor não usava cabelos compridos. Como podemos
saber? Primeiro, durante o tempo em que viveu na Terra, o estilo de César, ou o
corte de César, estava em voga. Veja qualquer gravura dos primeiros Césares e
você descobrirá que eles usavam os cabelos curtos, na altura das orelhas.
Em
segundo lugar, e mais importante ainda, existe a pergunta em:
o
(I Coríntios 11.14) - Ou não vos ensina a
mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?
A
palavra grega para vergonha é atimia, que se refere àquilo que é "vil,
vergonhoso, desonroso, ignomioso, que produz desgraça e reprovação".
Como
o Senhor Jesus era, e ainda é, o Filho de Deus imaculado, e como somos
instruídos:
o
(Isaías 42.21) - O Senhor se agradava dele por
amor da sua justiça; engrandeceu-o pela lei, e o fez glorioso.
Se
a Lei de Deus diz que cabelos compridos são desonrosos para o homem, posso
assegurar a vocês que Cristo nunca poderia usar cabelos compridos.
Cristo
é mostrado com barba nas obras de arte, pois as Escrituras dizem claramente que
Ele tinha barba.
Alguma vez você já
pensou na flagrante inconsistência das pessoas que literalmente adoram ao
Senhor Jesus, que tinha barba, mas depois dizem que é errado para um discípulo
de Cristo usar barba?
Foi
no século 16 que o Grande Despertar ocorreu e veio a ser conhecido como a
Reforma. Em 1517, Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da igreja do
castelo de Wittemberg, na Alemanha, e começou a pregar que "o justo viverá
pela fé".
É
muito observável que sempre que a Palavra de Deus ajudou a cativar os
pensamentos os pensamentos dos homens, especialmente durante a Reforma, os
homens usaram cabelos curtos e deixavam a barba crescer. Não é interessante?
Por
outro lado, sempre que o humanismo prevaleceu ou a supremacia foi atribuída à
razão humana, os homens usaram cabelos longos e a face lisa. Veja as gravuras
dos homens durante o tempo conhecido como Renascença. Além disso, observe a
aparência dos homens na França durante o período conhecido como Iluminismo.
Aqueles homens eram ateístas, agnósticos, infiéis e deístas que colocavam a
razão humana acima da Palavra de Deus.
Durante
a Guerra Civil Americana, os homens tementes a Deus usava barba. Veja as
gravuras de Stonewall Jackson, Jeb Stuart, James Longstreet, Robert E. Lee e
diversos outros. Na verdade, é instrutivo ver as fotografias antigas dos
veteranos confederados e observar que 90% deles usavam barba. O uso de barba
continuou até a Primeira Guerra Mundial. A barba somente começou a cair em desuso
depois da infiltração do liberalismo alemão na sociedade deste país e então a
surgiu novamente a moda dos cabelos compridos e da face barbeada e lisa.
Houve
alguns poucos homens que falaram contra as faces lisas durante a história.
Em
1528, William Tyndale, falou contra aqueles que se barbeavam. Ele mostrava que
a prática de se barbear "foi copiada dos pagãos" e proclamava que
"a nação barbeada coloca Cristo para fora da sala" (Oxford English
Dictionary XV).
William
Shakespeare, em sua peça Muito Barulho Por Nada, Ato 2, Cena 1, diz:
"Aquele que tem barba é mais do que um jovem, e aquele que não tem barba é
menos do que um homem."
Em
1859, um inglês chamado James Ward escreveu Defence of the Beard (A Defesa da
Barba), um panfleto que listava 18 razões por que um homem "deveria deixar
a barba crescer, a não ser que fosse indiferente ao fato de ofender a Deus e ao
bom gosto". (Encyclopedia of Religion and Ethics, 442).
Um
ano mais tarde, uma obra mais extensa foi publicada, intitulada Shaving a Breach
of the Sabbath and a Hindrance to the Spread of the Gospel (Fazer a Barba — uma
Violação ao Dia de Descanso e uma Obstrução à Propagação do Evangelho). Neste
livro, o autor defendia a barba comprida com base no fato que ela era "uma
proteção para o peito, fornecida por Deus". "Estivesse ela em
qualquer outra posição", o escritor raciocinava, "seu benefício e
propósito poderiam ser duvidados". (Encyclopedia of Religion and Ethics,
442).
"A
Remoção da Barba e o Uso Comum da Navalha: uma Moda Não Natural, Irracional,
Não-Masculina e Ofensiva a Deus Entre os Cristãos", do livro Shaving — a
Break of the Sabbath and a Hindrance to the Spread of the Gospel — livro do
século 19, título citado em My Bearded Friend, de Keith Stewart.
Uma
das citações mais engraçadas que encontrei sobre a barba veio de Tom Robbins.
Ele disse: "Dos sete anões, somente Dunga tinha uma face lisa, de modo que
isso deve nos dizer alguma coisa sobre o costume de se barbear." — Tom
Robbins, Skinny Legs and All (1990).
Os
povos em que os homens desenvolvem barbas comumente as valorizam muito. Ela é o
sinal da masculinidade plena; o homem muito jovem ou o eunuco não possuem barba
e a mulher com pelos faciais era considerada bruxa. Adão, Deus e os profetas
eram tradicionalmente retratados com barbas, como também os reis, nobres e
dignatários.
A
Barba e os Hebreus
Os
povos semitas, descendentes de Sem, como os hebreus, sempre tiveram a barba em
alta estima. Ouça isto:
"Entre
eles é mais injurioso alguém ter sua barba rapada, do que é para nós ser
chicoteado publicamente, ou marcado com ferro quente. Muitos homens naquele
país prefeririam a morte a passar por essa punição.
As
esposas beijam as barbas de seus maridos e as crianças beijam a barba de seus
pais quando os saúdam.
Os
homens beijam a barba um dos outros reciprocamente, quando se cumprimentam nas
ruas ou quando chegam de uma viagem. Eles dizem que a barba é a perfeição da
face humana, que está ficaria mais desfigurada pela barba rapada, do que com a
perda do nariz.
Eles
admiram e invejam aqueles que têm as barbas mais bonitas. 'A simples visão
desta barba persuadiria qualquer um que aquele a quem ela pertence é um homem
honesto.' Se alguém que possui uma bela barba pratica um ato reprovável, eles
dizem: 'Que desgosto para aquela barba! O quanto aquela barba deve sofrer!'
Se
querem corrigir os erros de alguém, eles dizem: 'Que vergonha para a sua
barba!' Se fazem um juramento para afirmar ou negar alguma coisa, eles dizem:
'Eu o conjuro pela sua barba a me conceder isto.' Ou então: 'Eu o conjuro pela
sua barba, é isto assim?' Eles também dizem, ao agradecer um grande favor: 'Que
Deus preserve sua barba abençoada! Que Deus derrame bênçãos sobre sua barba!'
Em comparações, eles dizem: 'Isto é mais valioso do que a sua barba.'"
[Meurs des Arahes par M. D. Arvieux, cap. 7].
Esses
relatos podem contribuir para ilustrar várias passagens das Escrituras.
Primeiro, considere a desonra feita por Davi à sua própria barba, deixando a
saliva escorrer por ela.
o
(I Samuel 21.13) - Por isso se contrafez
diante dos olhos deles, e fez-se como doido entre as suas mãos, e esgravatava
nas portas de entrada, e deixava correr a saliva pela barba.
A
resposta do rei Aquis encontra-se:
o
(I Samuel 21.14-15) - Então disse Aquis aos
seus criados: Eis que bem vedes que este homem está louco; por que mo
trouxestes a mim? Faltam-me a mim doidos, para que trouxésseis a este para que
fizesse doidices diante de mim? Há de entrar este na minha casa?
As
ações de Davi parecem ter convencido Aquis que Davi estava louco. Aquis
raciocinou: "Nenhum homem de mente sã trataria assim aquilo que estimamos
com tanta honra, a nossa barba."
Se
a barba era assim venerada, podemos compreender a importância da atitude de
Mefibosete de não a aparar:
o
(II Samuel 19.24) - Também Mefibosete, filho
de Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não tinha lavado os pés, nem tinha
feito a barba, nem tinha lavado as suas vestes desde o dia em que o rei tinha
saído até ao dia em que voltou em paz.
Mefibosete
esteve de luto por causa da injustiça feita a Davi por Absalão.
A
barba era amada e considerada sagrada. Os homens de Israel conseguiram manter
suas barbas mesmo durante o tempo de servidão no Egito, onde havia o costume
universal de raspar a barba.
A
barba é um sinal visível e exterior de um homem verdadeiro. Puxar rudemente a
barba de um homem era uma agressão cruel à sua dignidade. As crianças e outros
parentes tocavam gentilmente a barba de um homem como sinal de amor; um
fugitivo levantava reverentemente sua mão para ela ao pedir socorro e aquele
que punha sua mão sobre sua própria barba e jurasse por ela estava se
vinculando ao mais solene dos juramentos; violar esse juramento traria infâmia
para ele diante de seus conhecidos.
Tocar
a barba afetuosamente estabelecia paz e confiança entre as duas partes. Quando
Joabe se aproximou de Amasa, ele tocou na barba dele para beijá-la. Esse ato
fingido de amor e amizade enganou Amasa. Joabe tinha outras intenções:
o
(II Samuel 20.9-10) - E disse Joabe a Amasa:
Vai bem, meu irmão? E Joabe, com a mão direita, pegou da barba de Amasa, para o
beijar. E Amasa não se resguardou da espada que estava na mão de Joabe, de
sorte que este o feriu com ela na quinta costela, e lhe derramou por terra as
entranhas, e não o feriu segunda vez, e morreu; então Joabe e Abisai, seu
irmão, foram atrás de Seba, filho de Bicri.
Era
costumeiro nos tempos bíblicos beijar a barba como um ato de amizade, devoção e
respeito. A ação de Joabe de forma alguma foi um cumprimento suspeito ou
incomum. Amasa aceitou o cumprimento e se preparava para retribuí-lo com a
mesma gentileza quando recebeu o golpe mortal e inesperado de Joabe.
Preciso
lembrá-lo que Judas traiu nosso Senhor com um beijo? Nosso Senhor perguntou:
o
(Lucas 22.48) - E Jesus lhe disse: Judas, com
um beijo trais o Filho do homem?
Judas
indubitavelmente aprendeu o método com Joabe, que também era um traidor e um
enganador.
A
Barba é um Fato Assumido e uma Realidade nas Escrituras
Um
fato assumido é algo que é considerado evidente — é uma verdade pressuposta,
como a doutrina de Deus. A propósito, em parte alguma a Bíblia tenta provar a
existência de Deus — este é um fato assumido e uma realidade.
Assim,
Gênesis 1.1 inicia com a seguinte declaração: "No princípio criou Deus os
céus e a terra." Da mesma forma, não existe um mandamento específico para
que os homens deixem sua barba crescer; entretanto, esta é uma realidade
assumida, pois Deus criou o homem assim, com uma barba que cresce em sua face.
Consequentemente, existem na Bíblia regulamentações divinas específicas para a
barba.
A
palavra hebraica para barba é zakan e a palavra para ancião é zaken, que se
refere a "barbudo". Assim, o ancião hebraico recebia seu nome com
base em sua barba.
O
Valor da Barba
Os
hebreus viam a barba como a "glória e orgulho do homem". Eles diziam
que "a glória da face é a barba". (Calmet’s Dict. Of the Holy Bible — Crocker &
Brewster, Nova York 1832, pág. 154). A barba era um distintivo
de honra, de dignidade e de masculinidade.
Qualquer
um que desejasse expressar o valor de um objeto dizia: "— Isto tem mais
valor do que uma barba." (Encyclopedia of Religious Knowledge, pág. 207.
Uma mulher dizia simplesmente: "— Isto custa mais caro do que a barba do
meu marido."
O
ornamento do jovem é a sua força e a honra do homem idoso são seus cabelos
brancos (ou o tom grisalho de seu queixo — a barba no queixo).
o
(Provérbios 20.29) - A glória do jovem é a sua
força; e a beleza dos velhos são as cãs.
Sempre
que você vir um homem com barba, deve considerar os seguintes fatos:
·
Puxá-la é infligir indignidade.
·
Raspá-la ou mutilá-la à força é um símbolo
de desgraça (II Samuel 10.4-5);
·
Raspá-la voluntariamente é um sinal de
pranto (Jeremias 48.37-38);
·
Beijá-la é um sinal de grande respeito,
honra, amizade e amor fraternal.
·
Não é possível compreender diversos versos
no Novo Testamento sem antes compreender que a saudação normal entre os
primeiros cristãos era o ato de beijar a barba (I Coríntios 16.20).
A
barba era tão valorizada que guerras foram declaradas por causa dela. Uma
dessas guerras está registrada em:
o
(II Samuel 10.1-7) - E aconteceu depois disto
que morreu o rei dos filhos de Amom, e seu filho Hanum reinou em seu lugar.
Então disse Davi: Usarei de benevolência com Hanum, filho de Naás, como seu pai
usou de benevolência comigo. E enviou Davi os seus servos para consolá-lo
acerca de seu pai; e foram os servos de Davi à terra dos filhos de Amom. Então
disseram os príncipes dos filhos de Amom a seu senhor, Hanum: Porventura honra
Davi a teu pai aos teus olhos, porque te enviou consoladores? Não te enviou
antes Davi os seus servos para reconhecerem esta cidade, e para espiá-la, e
para transtorná-la? Então tomou Hanum os servos de Davi, e lhes raspou metade
da barba, e lhes cortou metade das vestes, até às nádegas, e os despediu.
Quando isso foi informado a Davi, enviou ele mensageiros a encontrá-los, porque
estavam aqueles homens sobremaneira envergonhados. Mandou o rei dizer-lhes:
Deixai-vos estar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba, e então
voltai. Vendo, pois, os filhos de Amom que se tinham feito abomináveis para com
Davi, enviaram os filhos de Amom, e alugaram dos sírios de Bete-Reobe e dos
sírios de Zobá vinte mil homens de pé, e do rei de Maaca mil homens e dos
homens de Tobe doze mil homens. E ouvindo Davi, enviou a Joabe e a todo o
exército dos valentes.
O
rei amonita sabia exatamente o que estava fazendo quando mutilou as barbas dos
embaixadores hebreus. Cortar a barba de um homem era um insulto mortal entre os
antigos hebreus. Davi compreendeu o insulto e tratou de vingá-lo.
É
interessante observar que não foi a exposição de suas nádegas que envergonhou
aqueles homens, mas a mutilação de suas barbas. Eles podiam comprar novas
roupas, porém a barba não cresceria até o tamanho usual de um dia para o outro.
A instrução de Davi para eles foi que permanecessem em Jericó até que a barba
estivesse grande o suficiente, e depois retornassem para Jerusalém. Davi
derrotou os amonitas e os sírios; aquela guerra foi deflagrada por causa da mutilação
da barba de alguns homens.
No
ano 1764, um governante da Pérsia, chamado Kerim Khan, enviou embaixadores a
Mir Mahennam, príncipe de Bendervigk, no Golfo Pérsico, para exigir tributos;
porém este em resposta cortou as barbas dos embaixadores. Kerim Khan ficou tão
enfurecido que no ano seguinte conduziu um grande exército para guerrear contra
aquele príncipe, conquistar sua cidade e vingar o insulto.
Tocar
na barba de outro homem era um insulto, a não ser que fosse feito como um ato
de amizade e em sinal de respeito.
A
barba sempre foi valorizada desde o início dos tempos. É admirável olhar os
livros de história e ver as gravuras dos pregadores ao longo dos tempos; você
descobrirá que a maioria deles usava barba. Charles Spurgeon não somente tinha
uma bela barba, mas também exigia que todos os diáconos de sua igreja tivessem
barba.
O
Significado da Barba
Por
que Deus deu a barba ao homem? O que a barba significa?
I – A barba representa vida para Deus - Somente
os homens vivos é que podiam manter uma barba. Os leprosos tinham de ter a
barba rapada. A lepra na Bíblia não somente representa o pecado, mas também a
morte. A lepra é também um sinal do julgamento de Deus. Lembre-se que Deus
feriu Míriam com a lepra por causa da rebelião dela contra Moisés; Deus também
feriu Geazi, o servo de Eliseu, com a lepra por causa de seu pecado, falsidade
e rebelião.
Veja
a lei da lepra:
o
(Levítico 13.29-30, 33) - E, quando homem ou
mulher tiver chaga na cabeça ou na barba, e o sacerdote, examinando a chaga, e
eis que, se ela parece mais funda do que a pele, e pêlo amarelo fino há nela, o
sacerdote o declarará por imundo; é tinha, é lepra da cabeça ou da barba....
Então se rapará; mas não rapará a tinha; e o sacerdote segunda vez encerrará o
que tem a tinha por sete dias."
o
(Levítico 14.9) - E será que ao sétimo dia
rapará todo o seu pêlo, a sua cabeça, e a sua barba, e as sobrancelhas; sim,
rapará todo o pêlo, e lavará as suas vestes, e lavará a sua carne com água, e
será limpo.
Somente
depois que um homem ficava livre da lepra é que recebia a permissão de usar
barba — ela representava a liberdade da servidão do pecado, da morte e do
julgamento. Portanto, a barba significa primeiro de tudo, vida para Deus.
II - A barba significa submissão a Deus - Um
homem sem barba ou com a face barbeada e lisa indicava que era um escravo e que
estava em submissão a outro homem. Dito de outra forma, estar privado de uma
barba era, e ainda é em alguns lugares no Oriente, um distintivo de servidão —
uma marca de infâmia, que degradava o indivíduo no meio dos outros homens, para
o nível dos escravos e das mulheres.
José
usava sua barba enquanto estava na prisão. Ele tinha sido vendido como escravo
e depois foi lançado na prisão. Entretanto, quando o faraó o chamou para ir ao
palácio, José se barbeou, segundo o costume dos egípcios e em reconhecimento à
sua condição de escravo e em submissão ao faraó. Seria arriscado para ele
comparecer diante do faraó com barba, sendo um escravo; aquilo poderia ser
considerado um insulto.
o
(Gênesis 41.14) - Então mandou Faraó chamar a
José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e
apresentou-se a Faraó.
Assim,
ter o rosto barbeado e liso era marca de ser um escravo e servo de outro homem.
Portanto, José, como um escravo e em submissão ao faraó, rapou sua barba.
Depois que José interpretou os sonhos do faraó, este lhe disse:
o
(Gênesis 41.40) - Tu estarás sobre a minha
casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei
maior que tu.
Falando
biblicamente, a barba indica que o homem está em submissão a Deus. Não estou
dizendo que José não estava debaixo da vontade de Deus quando raspou sua barba,
porque Deus o colocou ali. Entretanto, estou dizendo que a remoção da barba no
contexto bíblico indica submissão ao homem, enquanto que a barba indica
submissão a Deus.
Não
estou implicando que apenas por que um homem usa barba ele está em submissão a
Deus. Infelizmente, existem multidões de homens barbudos que não estão em
submissão a Deus, porque milhões em todo o mundo estão perdidos em seus pecados
e sem Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.
Eles
podem usar barba, mas suas vidas estão em contradição com o símbolo. O símbolo
não significa coisa alguma sem a vida por trás dele. Da mesma forma, os cabelos
compridos na mulher simbolizam que ela é submissa ao seu marido.
o
(I Coríntios 11.3) – Mas quero que saibais que
Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a
cabeça de Cristo.
Mas,
conheço muitas mulheres de cabelos compridos que não estão em submissão aos
seus maridos, de modo que seus cabelos não significam coisa alguma.
III –
A barba indicava separação para Deus
- Nos tempos bíblicos, era possível olhar para a barba de um homem e
identificar qual era o deus de sua devoção. A barba basicamente dizia se aquele
homem era um pagão ou se era alguém que cria no único Deus vivo e verdadeiro.
Como?
Os pagãos normalmente arredondavam e desfiguravam suas barbas e os cabelos da
cabeça em honra ao sol, à lua, ou aos outros corpos celestes. Esse
arredondamento, ou desfiguração da barba, é aquilo que chamamos hoje de
cavanhaque. Os adoradores das estrelas e dos planetas cortavam seus cabelos
igualmente em volta, aparando as extremidades.
De
acordo com Heródoto, os povos árabes tinham o costume de raspar o cabelo em
volta da cabeça e deixar somente um cacho no alto, em honra ao deus Baco.
Voltando outra vez para Levítico, que já lemos anteriormente:
o
(Levítico 19.26-28) - Não comereis coisa
alguma com o sangue; não agourareis nem adivinhareis. Não cortareis o cabelo,
arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua
barba. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma
sobre vós. Eu sou o Senhor.
o
(Levítico 21.5-6) - Não farão calva (porção do
couro cabeludo onde os cabelos deixaram de crescer; careca) na sua cabeça, e
não raparão as extremidades da sua barba, nem darão golpes na sua carne. Santos
serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas
queimadas do Senhor, e o pão do seu Deus; portanto serão santos.
Por
que Deus deu essas instruções específicas para não desfigurar as extremidades
da barba?
Os
hebreus foram instruídos a usarem a barba completa, sem desfigurá-la de forma
alguma. A barba completa significa separação para Deus. Nos tempos bíblicos, os
homens que arredondavam suas barbas ou que usavam apenas cavanhaque eram
adoradores de Baco, Baal e de outras divindades pagãs.
É
importante observar que a barba na Bíblia representa vida, liberdade e
separação (dedicação) para Deus. Entretanto, o símbolo não é nada sem a
realidade. Quando o povo de Deus age como os ímpios, Deus pune Seu povo como
pune os ímpios. Deus indica essa punição quando ameaça "rapar ou
desfigurar" os cantos das barbas deles em julgamento. Dito de forma bem
simples: se eles quisessem parecer como os pagãos e viver como os pagãos, então
Deus os julgaria como aos pagãos.
o
(Jeremias 9.25-26) - Eis que vêm dias, diz o Senhor,
em que castigarei a todo o circuncidado com o incircunciso. Ao Egito, e a Judá,
e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do
seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e
toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
o
(Jeremias 49.32) - E os seus camelos serão
para presa, e a multidão dos seus gados para despojo; e os espalharei a todo o
vento, àqueles que estão nos lugares mais distantes, e de todos os seus lados
lhes trarei a sua ruína, diz o Senhor.
IV - A barba significa as
bênçãos de Deus sobre Seu povo.
o
(Salmos 133.1-3) - Oh! Quão bom e quão suave é
que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce
sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o
orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor
ordena a bênção e a vida para sempre.
As
bênçãos de Deus são como o óleo da unção, o unguento precioso que escorria pela
barba dos sacerdotes. Assim, uma barba bem crescida e bem cuidada indica as
bênçãos de Deus sobre a vida de um homem e sua dedicação ao serviço de Deus.
A
barba somente era arrancada, raspada ou deixada sem cuidados durante um tempo
de grande tristeza, luto ou calamidade. Portanto, raspar a barba ou deixá-la
sem cuidados significava a perda das bênçãos de Deus:
o
(II Samuel 19.24) - Também Mefibosete, filho
de Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não tinha lavado os pés, nem tinha
feito a barba, nem tinha lavado as suas vestes desde o dia em que o rei tinha
saído até ao dia em que voltou em paz.
o
(Jó 1.20) - Então Jó se levantou, e rasgou o
seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou."
o
(Esdras 9.3) - E, ouvindo eu tal coisa,
rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça e
da minha barba, e sentei-me atônito.
É
interessante que quando o povo de Deus peca e se recusa a se arrepender, Deus
usa a imagem da barba raspada para transmitir a mensagem do vindouro julgamento
sobre Seu povo. O profeta Isaías predisse que os assírios conquistariam o reino
do norte de Israel, rapando a barba de Israel com uma navalha e trazendo
julgamento sobre o povo. O profeta Ezequiel usou um quadro similar para
ilustrar a destruição de Jerusalém pelos babilônios.
o
(Isaías 7.20) - Naquele mesmo dia rapará o
SENHOR com uma navalha alugada, que está além do rio, isto é, com o rei da
Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; e até a barba totalmente tirará.
O
quadro do julgamento de Deus sobre Israel como uma navalha que é passada sobre
a barba de toda a nação é um retrato intencional de uma desgraça e de um
julgamento extremamente severo.
o
(Isaías 15.2) - Vai subindo a Bajite, e a
Dibom, aos lugares altos, para chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe;
todas as cabeças ficarão calvas, e toda a barba será rapada.
o
(Jeremias 48.37) - Porque toda a cabeça será
tosquiada, e toda a barba será diminuída; sobre todas as mãos haverá
sarjaduras, e sobre os lombos, sacos.
o
(Ezequiel 5.1) - E tu, ó filho do homem, toma
uma faca afiada, como navalha de barbeiro, e a farás passar pela tua cabeça e
pela tua barba; então tomarás uma balança de peso, e repartirás os cabelos.
Quando
Deus queria mostrar e indicar a severidade de Seu julgamento sobre Seu povo por
causa do pecado, Ele fazia isso usando a analogia de rapar o símbolo mais amado
deles — a barba. Portanto, a maior indignidade que poderia ser feita a um homem
era arrancar sua barba — um sinal seguro do julgamento de Deus é ter a barba
arrancada. Se você quiser entender o que foi feito com o Senhor Jesus Cristo, precisa
entender isto. Quando nosso Senhor foi feito nosso substituto e sofreu em nosso
lugar, lemos:
o
(Isaías 50.6) - As minhas costas ofereci aos
que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a
minha face dos que me afrontavam e me cuspiam.
Jesus
ofereceu Suas costas aos açoites, mas também deu Seu rosto para aqueles que
puxaram Sua barba de forma violenta e grosseira!
Preciso
dizer que aquilo não foi feito apenas para lhe causar mais dor, mas foi feito
segundo o costume de simbolicamente dizer: "Você está sob maldição, está
sob a ira de Deus, está sob o julgamento de Deus."
O
Propósito da Barba
Deus
deu a barba aos homens. A questão não é se é certo ou errado usar barba, mas,
ao revés, se é certo ou errado raspá-la! Por que Deus deu a barba aos homens? A
barba é a marca de distinção de um homem. Um homem com barba nunca pode ser
confundido com uma mulher.
A
barba era considerada "como um ornamento sagrado dado por Deus ao homem
para distingui-lo da mulher." [Calmet’s Dict. of the Bible, pág. 153].
o
(Deuteronômio 22.5) - Não haverá traje de
homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que
faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus.
Keil
& Delitisch dizem o seguinte em seu comentário sobre Deuteronômio 22.5 - "O
propósito imediato desta proibição não era evitar a licenciosidade, ou se opor
às práticas idólatras... mas manter a santidade da distinção entre os sexos,
que foi estabelecida na criação do homem e da mulher e deixar claro que em
relação a isto Israel não deveria pecar. Qualquer violação ou remoção dessa
distinção... era antinatural e, portanto, uma abominação aos olhos de
Deus."
Portanto,
esses comentaristas dizem que esse verso está dirigido contra qualquer um que
queira obliterar ou ofuscar a distinção entre os sexos. Frequentemente, a
idolatria está associada com o estilo unissex ou com o travestismo.
A
deusa Diana dos efésios era representada por uma escultura em que aparece com
um grande número de seios (a característica distintiva de uma mulher) e barba
no rosto — a característica de distinção de um homem. Muitas deusas pagãs
recebiam sacrifícios oferecidos por homens vestidos como mulheres e por
mulheres vestidas como homens. Muitos outros pagãos faziam o mesmo. No Egito,
na Grécia e em Roma havia um esforço deliberado de remover a distinção entre os
sexos.
Um
homem sem barba era considerado efeminado! Quando os pagãos criaram a imagem de
Diana, é aparente que até eles sabiam e compreendiam que a barba era uma
característica de distinção do homem!
Lange,
em seu comentário diz: "Destruir a distinção instituída por Deus entre os
sexos leva à licenciosidade, à imoralidade e à confusão. Qualquer coisa que
torne o sexo masculino efeminado e o sexo feminino masculinizado é prejudicial
a ambos."
Uma
coisa é certa: um homem com barba e cabelos curtos nunca será confundido com
uma mulher; por outro lado, um homem sem barba e de cabelos curtos pode,
algumas vezes, ser confundido com uma mulher, se seus traços faciais forem
suaves.
Heródoto,
o historiador do século 5 AC disse que os povos bárbaros de face lisa tinham
sido feridos por uma divindade e transformados em mulheres.
Considerações
Ao
longo da história e devido ao avanço da Teologia, surgiram muitas Denominações
levando placa de igrejas e criaram suas próprias regras, não considerando
necessariamente as Santas Escrituras, e quando Citadas são textos sempre fora
do contexto e os seus personagens e os ambientes em que se encontravam, também
fora dos usos e costumes dos povos que se relacionavam.
Não
podemos rejeitar, desprezar ou denegrir qualquer parte da Palavra de Deus. Toda
a Escritura é inspirada por Deus e foi dada para nossa instrução e edificação.
o
(II Timóteo 3.16-17) - Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.
Se
não houvesse significado na barba, por que há tanta preocupação com ela na
Bíblia e por que Deus usou a raspagem da barba para indicar julgamento?
A
barba deve representar nossa vida para Deus, submissão a Deus, separação para
Deus e as bênçãos de Deus sobre nós. Entretanto, como mencionei anteriormente,
o símbolo não é nada sem a realidade da vida. Como homens cristãos, nossas
barbas devem ser um testemunho privado e público. Cada vez que nós olhamos no
espelho, devemos nos lembrar da razão por que temos barba. Cada vez que alguém
perguntar por que usamos barba, temos uma oportunidade para testemunhar.
Esta
barba me diz que preciso estar em submissão ao único Deus vivo e verdadeiro. A
questão é: Estou? Preciso estar separado para Deus. Estou? Preciso ter as
bênçãos dEle sobre mim. Tenho?
A
barba é importante histórica e biblicamente e há uma razão para Deus ter dado a
barba ao homem, de modo que precisamos compreender e aplicar isto em nossas
vidas.
A
maioria das igrejas “protestantes” considera o uso da barba como matéria para
livre escolha de cada membro e muitos grandes verdadeiros ensinadores cristãos
do passado, como W. E. Vine eram bem barbudos; C. H. Spurgeon não somente
ostentava uma barba luxuriante, mas consta que encorajava os outros homens da
sua igreja a deixar crescer a barba porque "é um hábito muito natural,
bíblico, masculino e benéfico".
Voltando
ao ensino bíblico, o princípio geral que deve nos orientar foi dado pelo
apóstolo Paulo para resolver o que convém ao crente:
o
(Filipenses 4.8) - Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se
há algum louvor, nisso pensai.
O
uso ou não de barba realmente é matéria para livre escolha de cada membro de
uma congregação. Ele deve considerar se a maneira como se apresenta é condizente
com o seu testemunho cristão, que deve glorificar unicamente a Cristo e não a
sua própria vaidade, e ter cuidado para não se destacar como se pertencesse a
um grupo incongruente que se distingue por usar – ou não – a barba de uma certa
forma.
Não
cabe à igreja local estabelecer normas sobre aquilo em que a Bíblia não proíbe.
Eu
uso, e uso porque DEUS me disse que a me deu como símbolo de honra e
autoridade, porém uso a cheia “cerrada”, limpa, aparada e sem cortes ou
contornos arredondados conforme a instrução de Deus na sua Santa Palavra (Levítico 19.27).
Apologista
cristão, Ministro, líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato: redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia
Sagrada (João Ferreira de Almeida – Corrigida e Fiel)
Bíblia
Sagrada (João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada)
Bíblia
Sagrada (João Ferreira de Almeida – Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
John Weaver -
http://www.espada.eti.br/barba.asp
https://pt. m.wikipedia.org/wiki/Barba
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-da-barba.htm
http://blog.barbabrava.com.br/a-psicologia-por-tras-da-barba-na-historia/
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/incrivel-evolucao-da-barba-masculina-do-seculo-18-ate-os-anos-atuais/
http://www.bible-facts.info/artigos/barba.htm