O grande engano
Palavras como
disfarce, imitação ou cópia são conhecidas de todos. Também no cristianismo há
pessoas que se dizem “cristãs”, mas no fundo não o são.
Há muitas coisas
falsas, quase idênticas às verdadeiras, difíceis de distinguir das genuínas,
como roupas, relógios, joias, quadros, tapetes, etc. Precisamos de
especialistas que consigam diferenciar entre o verdadeiro e o falso com base em
detalhes mínimos.
Também no cristianismo há imitações,
disfarces, cópias, cristãos que parecem verdadeiros e, no entanto, são falsos.
Isso é ilustrado de forma clara na parábola das dez virgens (Mateus 25.1),
exteriormente, as cinco virgens néscias eram muito parecidas com as sábias,
exceto pelo fato de que lhes faltava o óleo (um símbolo do Espírito Santo que
habita nos salvos).
Muitos vivem uma vida cristã porque são levados pela
corrente do cristianismo que os cerca. Seu ambiente é cristão e por isso eles
também o são.
Não quero que esta
mensagem roube a certeza da salvação de ninguém que tenha no coração essa
convicção pelo testemunho do Espírito de Deus. Além disso, tenho certeza de que
um cristão espiritualmente renascido não pode se perder (Hebreus 10.10,14). Mas
também não quero que alguém ponha sua confiança em uma falsa segurança, em algo
que nem mesmo existe.
Às vezes
admiramo-nos quando pessoas, que eram consideradas cristãos autênticos, de
repente se desviam da fé e não querem ouvir mais nada a respeito de Jesus e da
obra que Ele realizou na cruz do Calvário, chegando até mesmo a negá-la. O
apóstolo João também passou por essa experiência dolorosa, descrita em sua
primeira carta:
“Eles saíram de
nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos
nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse
manifesto que nenhum deles é dos nossos” (I João 2.19).
A Bíblia não
esconde o fato de que além do cristianismo verdadeiro, legítimo, renascido da
“água e do espírito”, há também um cristianismo aparente, formado por
“cristãos” que não estão ligados a Jesus, não estão enraizados nEle, não vivem
nEle e por Ele. Mesmo que tudo pareça legítimo, eles não passam de uma
imitação. É desses “cristãos” que Paulo
fala ao escrever a Timóteo, em sua segunda carta:
“...tendo forma de
piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (II Timóteo
3.5).
A Edição Revista e
Corrigida diz: “...tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
Destes afasta-te”. Na Nova Versão Internacional lemos: “...tendo aparência de
piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também”.
Sendo cristão sem ser cristão
De acordo com
pesquisas nos EUA, quase metade dos americanos se dizem cristãos renascidos.
Mas uma análise mais aprofundada revelou que muitos confundem o novo nascimento
com uma sensação positiva a respeito de Deus e de Jesus.
Um levantamento
estatístico entre os cristãos praticantes nos EUA apresenta resultados
desanimadores, o que também é representativo em relação à Europa:
·
20%
nunca oram;
·
25%
nunca leem a Bíblia;
·
30%
nunca vão à igreja;
·
40%
não apoiam a “obra do Senhor” por meio de ofertas;
·
50%
nunca vão à Escola Bíblica Dominical (de todas as faixas etárias);
·
60%
nunca vão a um culto vespertino;
·
70%
nunca dão dinheiro para missões;
·
80%
nunca frequentam uma reunião de oração;
·
90%
nunca realizam culto em família.
Se a situação já é
assim na América marcada pela influência do puritanismo, quanto mais na
superficial Europa. O próprio Senhor Jesus advertiu a respeito da confissão
nominal, que carece de conteúdo verdadeiro, ou seja, que não está de acordo com
o que vai no coração:
“Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não
expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes
direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a
iniquidade” (Mateus 7.21-23).
Com isso, o Senhor
esclarece quatro pontos básicos: há duas coisas que não são de forma alguma
suficientes para que alguém seja salvo, e outras duas são imprescindíveis para
que alguém seja redimido.
Duas coisas insuficientes para a
salvação
Nem a simples
confissão “Senhor, Senhor” nem as obras em nome de Jesus são suficientes para
alcançar a salvação eterna. Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs
as orações são meramente formais, os atos de caridade são feitos em nome de
Jesus sem que aqueles que os realizam pertençam a Ele ou sejam filhos de Deus.
Quantos indivíduos “cristãos” realizam atos cristãos sem pertencerem a Cristo!
É assustador que no fim Jesus até mesmo condena as suas ações como sendo
iníquas: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”.
Duas coisas imprescindíveis para
a salvação
Precisamos fazer a
vontade de Deus e precisamos ser conhecidos por Deus:
1)
Fazer
a vontade do Pai celeste não é realizar muitas boas ações, pequenas e grandes,
mas ter fé em Jesus Cristo, entregar conscientemente a vida a Ele e
obedecer-Lhe na prática.
O judaísmo da
época de Jesus tinha “boas ações” para apresentar: muitos eram fanáticos em
seguir a lei, lidavam com a Palavra de Deus, expulsavam maus espíritos e faziam
milagres. Mas uma coisa eles não queriam: crer em Jesus Cristo e, assim,
aceitar a misericórdia que recebemos por meio dEle Pensavam que chegariam ao
céu sem Ele, que Deus reconheceria as suas obras e lhes permitiria entrar.
Porém, foi justamente nesse ponto que Jesus tratou de contrariar seus planos.
Eles tinham de aprender e aceitar que a vontade de Deus era que reconhecessem
sua própria falência espiritual e cressem em Jesus.
Nós enfrentamos o
mesmo problema hoje. “Cristãos” nascidos em um ambiente cristão pensam que
conseguirão ir para o céu por meio de obras cristãs. Ao lhes dizermos que nada
disso serve, que no fim das contas as suas ações são iniquidades inaceitáveis
aos olhos de Deus e que eles continuam perdidos, a grande maioria reage de
forma irritada, por pensar que não precisam de Jesus pessoalmente. Quando Jesus
foi questionado:
“Que faremos para
realizar as obras de Deus?”, Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais
naquele que por ele foi enviado” (João 6.28-29).
2)
Precisamos ser conhecidos por Deus. Haverá
pessoas das quais Jesus dirá naquele dia: “Apartai-vos de mim, os que praticais
a iniquidade”.
Não é suficiente
crer em Jesus de forma superficial, reconhecê-lo, acreditar em Sua existência
ou aceitá-lo até certo ponto. Não – é preciso que haja um encontro pessoal com
Ele.
Posso dizer:
“Conheço o presidente do Brasil”. De onde o conheço? De suas aparições na
mídia. Mas será que ele me conhece? Claro que não! No entanto, se eu fosse
convidado a visitá-lo, teria a oportunidade de ser conhecido por ele.
O Senhor Jesus
convida cada ser humano, de forma pessoal, a entregar-se a Ele: Vinde a mim,
todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (Mateus
11.28).
Quem aceita esse
convite, quem se achega a Ele com todos os seus pecados, quem O aceita em seu
coração e em sua vida e crê em Seu nome (João 1.12), esse é conhecido por Ele.
Quem fez isso reconheceu o Pai e o Filho de Deus e entrará no céu:
“E a vida eterna é
esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste” (João 17.3).
“Tens nome de que
vives... ...e estás morto” (Apocalipse 3.1). Há muitos que se chamam de cristãos,
mas o são apenas nominalmente. O Senhor Jesus falou de pessoas que imaginariam
servir a Deus matando justamente Seus verdadeiros filhos:
“Eles vos expulsarão
das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso
tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim” (João
16.2-3).
Eles reivindicam
autoridade teológica, pensam servir a Deus, mas não conhecem nem o Pai nem
Jesus Cristo. Isso aconteceu, por exemplo, na época das Cruzadas e da
Inquisição. Hoje também existe uma teologia que reivindica toda autoridade para
si e rejeita os que se baseiam na Palavra de Deus. Basta lembrar das muitas
seitas e do islamismo, que afirmam que Deus não tem um Filho.
Já no século VII antes de Cristo, na época do
profeta Jeremias, havia dignitários religiosos meramente nominais. Ouvimos o
lamento de Jeremias:
“Os sacerdotes não
disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, os
pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram
atrás de coisas de nenhum proveito” (Jeremias 2.8).
Mesmo um cristão
meramente nominal pode apostatar da fé. Quem com sua boca confessa ser cristão,
mas não pratica o cristianismo no dia-a-dia, precisa aceitar que outros lhe
perguntem se não está enganando a si mesmo.
Não é exatamente
isso que vemos hoje? Muitos teólogos abandonaram a fé bíblica e correm atrás de
convicções que não servem para nada. Eles se abriram para religiões e correntes
espirituais que não têm absolutamente nada a ver com Jesus Cristo. Isso também
já aconteceu na época em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto. Depois
de ter louvado a grandeza e a soberania de Deus (Deuteronômio 32.3-4), Moisés
emendou uma declaração sobre os infiéis:
“Procederam
corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração
perversa e deformada” (Deuteronômio 32.5).
Portanto,
realmente é possível que aqueles que não são Seus filhos se tornem infiéis a
Ele.
É dito a respeito
dos filhos de Eli: Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se
importavam com o Senhor... Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante
o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor (I Samuel 2.12,17).
O testemunho do meio secular
sobre o crente
Jucilene Almeida é
uma garota de programa que atende nas esquinas da pequena cidade de São Bento,
interior do Maranhão - Brasil. Ela tem uma filosofia de trabalho diferente, se
recusando a atender homens que não são da religião evangélica, tal como ela. De
acordo com Jucilene, que tem 58 anos, pessoas mais próximas de Deus são mais
fáceis de lhe proporcionar prazer.
A maranhense, que
diz já ter atendido homens de diversas religiões no passado, garante que o
fator principal pra só atender crentes é que, segundo ela, “os ateus costumam
ser péssimos de cama e parecem não saber como satisfazer uma mulher”.
“Nos meus 40 anos
de carreira nunca vi um ateu bom de cama. E olha que já saí com mais de 200
ateus ao longo da minha profissão. Prefiro mesmo é um Varão do Senhor”, afirma
a garota de programa.
Ao ser questionada
se daria oportunidade para um ateu provar que ela está errada, Jucilene é
categórica: “Acredito na cura dos ateus. Se eles começaram a frequentar a
igreja e aceitar Deus como seu legítimo salvador, talvez uma luz até paire
sobre suas cabeças e faça com que seu desempenho sexual melhore bastante, mas
não sei se seja o ideal. Só quem já nasceu com Jesus no coração consegue ter a
chama do sexo acesa “.
Jucilene termina
dizendo que até o final do ano converterá todas as suas colegas de profissão da
cidade de São Bento em servas do Senhor. “Já está na hora das meninas daqui
evoluírem”, afirma (Fonte:
http://www.alertanoticias.com.br/noticia/index.php?id=8847).
Estes não
reconheceram ao Senhor porque desprezaram o sacrifício. Enquanto uma pessoa
(por mais cristã que se considere) desprezar o sacrifício de Jesus pelo pecado,
não reconhecerá o Senhor.
Todos os
israelitas saíram do Egito, mas da maior parte deles Deus não se agradou,
motivo pelo qual tiveram de morrer no deserto (I Coríntios 10.1-12).
Como exemplo
especial de alguém que era crente nominal e que realizava obras, mas que ainda
assim estava espiritualmente morto, lembro de Balaão (Números 22-24):
·
Ele
era um homem a quem Deus se revelava, com quem Deus falava (Números 22.9);
·
No
começo ele foi obediente (Números 22.12-14);
·
Ele
afirmava conhecer o Senhor e O chamou de “meu Senhor” e “meu Deus” (Números
22.18);
·
Ele
adorava o Senhor (Números 22.31);
·
Ele
reconhecia a sua culpa (Números 22.34);
·
Ele
estava disposto a servir (Números 22.38);
·
Deus
colocou Suas próprias palavras na boca de Balaão (Números 23.5);
·
Balaão
abençoou Israel três vezes (Números 23 e 24);
·
Ele
testemunhou da sinceridade e da fidelidade de Deus (Números 23.19);
·
Ele
falou três vezes do Messias como Rei de Israel (Números 23.21; 24.7,17-19);
·
O
Espírito Santo veio sobre ele (Números 24.2);
·
Ele
testemunhava ser um profeta de Deus (Números 24.3-4);
· Balaão
confirmou a bênção e a maldição de Deus sobre os amigos e inimigos de Abraão
(Números 24.9; Gênesis 12.3);
·
Ele
colocou o mandamento de Deus acima de bens materiais (Números 24.13);
·
Ele
falou profeticamente a respeito do futuro dos povos, sobre a chegada do Messias
e chegou a mencionar o Império Mundial Romano [Quitim] (Números 24.14-24).
Apesar de tudo
isso, a Bíblia chama Balaão de falso profeta, vidente e sedutor (Números 31.16;
Josué 13.22; Neemias 13.1-3; II Pedro 2.15-16; Judas 11; Apocalipse 2.14-16).
Por quê? Porque Balaão fazia concessões e aceitava comprometimentos, e levou o
povo de Deus a se misturar com outros povos. Havia uma discrepância entre suas
palavras e ações.
“Habitando Israel
em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas
convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se
aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu
contra Israel” (Números 25.1-3).
Balaão havia
levado Israel a essa prostituição (Números 31.16; Neemias 13.1-3). Pedro chama
Balaão de alguém que “amou o prêmio da injustiça”. Na Epístola de Judas ele é
chamado até mesmo de enganador (“erro de Balaão”) e no Apocalipse ele é apresentado como alguém
que “armou ciladas”.
A Bíblia diz a respeito das pessoas nos
últimos tempos que: “os homens perversos e impostores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados” (II Timóteo 3.13).
Quem tende a
prostituir-se espiritualmente ou a comprometer sua fé e suporta, permite e
pratica essas coisas sem que sua consciência o acuse, tem motivo para crer que,
apesar das aparências, não é um cristão verdadeiro. Com isso não estou me
referindo à luta contra o pecado, que qualquer filho de Deus enfrenta. Não,
aqui não se trata de “derrotas” na fé e na obediência, mas de lidarmos com o
pecado de forma consciente e indiferente, de deliberadamente escolhermos a
prática pecaminosa.
Não somos salvos
por nossas próprias obras, mas somente pela fé em Jesus Cristo, pela conversão
a Ele. Só aqueles que O aceitam, ao Filho de Deus, em seu coração e em sua
vida, com fé infantil, poderão realizar obras que testemunhem a veracidade de
sua fé. Essa fé precisa estar “enraizada” na Palavra de Deus. Em Sua parábola
sobre o semeador, Jesus diz que há pessoas que aceitam a Palavra de Deus com
alegria, mas não criam raízes para ela e mais tarde a abandonam (Mateus
13.20-21).
A raiz liga a
planta à terra, da qual ela vive, lhe dá firmeza, extrai alimento e o conduz à
planta. A raiz é um símbolo do Espírito Santo, por meio do qual estamos
enraizados em Deus. O Espírito Santo nos traz a vida em Deus, à medida que
extrai alimento das Escrituras.
Podemos aceitar a
Palavra de Deus de forma superficial, podemos simpatizar com o Senhor, podemos
acompanhar os cristãos durante algum tempo, mas depois nos afastar novamente,
porque nunca nascemos realmente de novo e por isso nunca tivemos “raízes”.
Jesus disse aos
Seus discípulos, àqueles que O seguiam: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois
Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de
trair” (João 6.64).
De acordo com
Hebreus 6.4-6, há pessoas que foram “iluminadas”, que “provaram o dom
celestial”, e que até “se tornaram participantes do Espírito Santo” e ainda
assim caíram. Por quê?
Porque foram
iluminadas, mas elas mesmas nunca se tornaram luz. A luz pode se refletir em
mim, e então estou iluminado; mas é preciso mais para que eu mesmo seja luz.
Porque provaram,
mas não comeram (aceitaram). Posso sentir o cheiro do pão, provar o seu sabor
(assim como o enólogo, que toma um pouco de vinho na boca para testar seu
aroma, mas depois o cospe fora). Mas é preciso que aconteça mais: precisamos
comer o pão, ingeri-lo. Não basta “provar” Jesus, ou seja, experimentá-lo –
precisamos aceitá-lo em nós (João 6.53-56,63; João 1.12).
Porque
participaram do efeito do Espírito Santo, mas nunca O receberam pessoalmente.
Ao ler a Palavra de Deus, ao frequentar um culto, posso participar do efeito do
Espírito Santo. Mas isso não é suficiente. Não – é preciso que haja uma
renovação espiritual real.
É possível que
pessoas assim imitem o cristianismo durante algum tempo, acompanhem e
participem de uma igreja local. Mas um dia elas “cairão” e negarão a Jesus.
Então muitos se perguntam espantados: “Como isso é possível?”
Quando o Senhor
Jesus falou de comer Sua carne e beber Seu sangue para ganhar a vida eterna
(João 6.53-59), muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso; quem
o pode ouvir?”(v. 60) e se afastaram dEle (v. 66), apesar dEle ter lhe
explicado de antemão o que isso significava:
“O espírito é o
que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito
são espírito e são vida” (João 6. 63).
Tornar-se cristão apesar de ser
“cristão”
Enganam-se a si
mesmos os que pensam que todos são cristãos! Muitas vezes, quando questionei
pessoas que davam a entender isso, a resposta era: “Meus pais são cristãos”,
ou: “Minha família é cristã!” Um conhecido evangelista costumava responder a
essas afirmativas:
Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por
ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece
os teus irmãos” (Lucas 22.32).
Por um lado, o
Senhor confirmou a fé de Pedro. Por outro lado, porém, Ele falou da necessidade
de sua conversão futura. Pedro poderia ter retrucado: “Senhor, sou judeu, um
filho de Abraão. Cumpro os mandamentos, fui circuncidado ao oitavo dia, guardo
o sábado, oro três vezes ao dia, celebro a Páscoa e faço os sacrifícios. E já
Te sigo há três anos...”
Mesmo assim, ele
ainda precisava converter-se. Da mesma forma Paulo, o grande defensor da lei,
precisou se converter, assim como todos os outros apóstolos e discípulos.
Toda pessoa
precisa se converter se quiser ser salva – inclusive os “cristãos”, sejam eles
membros da igreja católica romana, protestantes, evangélicos ou de uma família
cristã. Não são poucos os que nascem no cristianismo, da mesma forma como os
judeus nascem no judaísmo. Mas, não é esse nascimento que dá a salvação,
alcançada somente através de um “novo nascimento”:
Em verdade, em
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus
(João 3.3).
Precisamos nos
converter mesmo que tenhamos sido batizados quando pequenos, frequentado aulas
de catecismo ou participado de cultos. Se não nascermos de novo, continuaremos
perdidos.
Mais tarde, quando
o apóstolo Pedro se converteu e experimentou o novo nascimento, ele escreveu em
sua primeira carta: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que,
segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (I
Pedro 1.3-4).
Quem carrega em si
o testemunho do Espírito Santo a respeito de seu novo nascimento (Romanos 8.16)
deve alegrar-se com essa certeza e agradecer a Jesus Cristo por ela. Mas quem
não possui esse testemunho inconfundível do Espírito Santo e ainda assim pensa
ser cristão, está sujeito a um grande engano. Mas hoje esses “cristãos”, e
qualquer pessoa que queira ser salva, pode alcançar a certeza da salvação, se
converter-se de forma muito séria a Jesus Cristo. Então, por que esperar mais?
O Legitimo Cristão
E chamando a si a
multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me (Marcos 8.34), descreve Jesus
Cristo chamando a si a multidão, com os seus discípulos.
Você já meditou na
profundidade das palavras do Senhor Jesus Cristo neste mandamento? Considere as
palavras do Senhor e responda a você mesmo, se já renunciou a tudo para seguir
as pegadas de Cristo, para que a sua fé não seja vã, mas seja fortalecida pela
obediência na palavra do Deus vivo e na esperança da vida eterna.
Negar a si mesmo,
tomar a sua cruz e seguir a Cristo: Estes são os princípios que verdadeiramente
nos conduz a salvação, porque são mandamentos daquele que, tão somente Ele, tem
poder para salvar, porque em nenhum outro há salvação.
Negue-se a si mesmo
Negar a si mesmo é
ser desprovido de todo sentimento faccioso como a inveja, vaidade, ciúmes,
avareza, soberba, concupiscência da carne, lascívia, ira, desejo de vingança,
vícios e outros sentimentos abomináveis ao Senhor.
Negar a si mesmo é
oferecer o outro lado da face, é perdoar e amar os vossos inimigos, bendizer os
que vos maldizem, fazer bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e
vos perseguem. Ter a mesma humildade de
Cristo, andar em santidade como Ele andou, guardando os seus mandamentos
fazendo a vontade do Pai. Isso é negar a si mesmo.
O mancebo rico
perguntou a Jesus o que deveria fazer para herdar a vida eterna, o Senhor lhe
disse que deveria guardar os mandamentos, ele respondeu a Jesus que já fazia
isso desde a sua mocidade. A palavra afirma que Cristo o amou e disse-lhe:
Falta-te uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás
um tesouro no céu; e vem e segue-me (Marcos 10.17-22). Mas ele, contrariado com essa palavra,
retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Aquele homem
sentia o desejo de ver a glória de Deus e buscou a Jesus Cristo, o qual lhe
tendo ensinado o caminho que leva a salvação e a renúncia que o seu desejo
exigia, recusou-se em negar-se a si mesmo, em abandonar os bens desta vida, à
esperança de um tesouro no céu, algo lhe infinitamente maior do que toda a
riqueza deste mundo. Porque negar-se a si mesmo para seguir as pegadas de Jesus
exige desapego, abdicação dos prazeres da carne para viver uma vida espiritual
sob a égide do Senhor.
Então disse Jesus:
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no
Reino de Deus. Que importa ao homem,
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Lamentavelmente,
hoje, muitos estão no mesmo caminho daquele mancebo rico, procuram servir a
Jesus com único interesse nas coisas deste mundo, querem viver na abundância
dos prazeres da carne, em regalia esplêndida, mas não querem compromisso com
Deus, não renunciam a si mesmo para servir o Senhor.
Abandonaram a graça do Senhor Jesus, pelas
prosperidades materiais que são coisas pequenas, inúteis e vãs, diante da
grandeza da glória do Senhor e da vida eterna no reino de Deus, juntamente com
Jesus Cristo e todos os seus santos anjos.
Tome a sua cruz
Disse Jesus: Quem
não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim (Mateus 10.38).
Tomar a sua cruz é
assumir o compromisso definitivo com o Evangelho de Cristo, é o arrependimento,
a conversão, o abandono do pecado, é entregar-se a inteira dispensação do
Senhor, cumprimento os mandamentos de Cristo e fazendo a vontade do Pai.
Tomar a sua cruz é
imitar o gesto do homem de Deus, o qual, sob o completo domínio de Cristo,
disse: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me
amou e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2.20).
Tomar a sua cruz é
amar a Deus acima de todas as coisas e ao seu próximo como Cristo nos amou, se
necessário, dar a sua vida por ele.
A palavra do
Senhor diz que se você não ama o seu irmão, o qual você vê, como poderá amar a
Deus o qual não vê? Quem assim procede é mentiroso, e os mentirosos não
herdarão o reino de Deus.
Tomar a sua cruz é
entrar pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que
conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a
porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Disse Jesus:
Assim, pois, qualquer de vós que não renunciar a tudo quanto tem não pode ser
meu discípulo (Lucas 14.33).
Como seguir a Jesus?
Seguir a Jesus é
andar no mesmo caminho que Ele andou em toda a sua boa maneira de viver. Andar
na humildade, na fé, na caridade, no amor ao próximo, na coragem de dar a sua
vida pelo seu semelhante, na confiança que Deus era com Ele e não O abandonaria
em nenhum momento da sua vida.
Na Carta do
Apóstolo Paulo aos a palavra do Senhor diz: Sede, pois, imitadores de Deus,
como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou
a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave (Efésios
5.1-2). E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências.
(Filipenses 2.5)
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois, Jesus
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos. É exatamente assim que o servo de Deus deve andar, como verdadeiro
imitador de Jesus Cristo em toda boa obra, seguindo o seu exemplo e testemunho
de vida, procurando imitá-lo em sua perfeição. Isto é seguir a Jesus.
E, assim, habite
Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor,
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos
outros em amor (Efésios 3.17 e 4.2).
Seguir a Jesus é
ser participante das suas aflições, alegrar-se nas provas e tribulações como
nos testemunhos dos nossos irmãos, que sofreram por amor ao nome do Senhor
Jesus Cristo, porque tinha a certeza da glória que lhes estava reservada.
Vejamos:
(II Coríntios 1.5)
Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa
consolação sobeja por meio de Cristo.
(Colossenses 1.24)
Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das
aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja.
(I Pedro 4.12-13)
Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como
se coisa estranha vos acontecesse. Mas alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua
glória vos regozijeis e alegreis.
(I Pedro 5.1) Aos
presbíteros que estão entre vós admoesto eu, que sou também presbítero com
eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há
de revelar:
Seguir a Jesus é
ouvir a sua voz e conhecê-lo: Disse Jesus: Eu sou o bom Pastor, e conheço as
minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. As minhas ovelhas ouvem a minha
voz, e eu conheço-as, e elas me seguem (João 10.14 e 27).
Ao contrário do
que imaginam aqueles que não conhecem a Deus, seguir a Jesus não é nenhum
martírio, exige sim a renúncia das coisas mundanas, o que nos faz muito mais
saudáveis tanto material como espiritualmente, antes é prazeroso e gratificante
servir ao Deus vivo verdadeiramente em espírito e em verdade.
Pois, só que
sentiu o ardume do Espírito Santo no coração, e o gozo de ser um servo de Deus,
é capaz de entender a alegria que pronunciamos, pois essas virtudes são
indescritíveis. Fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis;
antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (I
Coríntios 10.13).
(I João 5.3)
Porque esta é a caridade de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus
mandamentos não são pesados. Portanto
amados em Cristo, não há razão para nos inquietarmos, o Senhor não nos dará uma
prova acima daquilo que possamos suportar, porque o seu fardo é leve, o jugo
suave e os seus mandamentos não são pesados.
Jairzinho
Viana
Apologista
cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na
Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com
Referências:
Bíblia Sagrada
(João Ferreira de Almeida);
Norbert Lieth;
https://www.facebook.com/pages/As-religiosas-tamb%C3%A9m-s%C3%A3o-gostosas/457586467642282
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