Hipocrisia.
Definição:
(Do grego; hypocrisia e do latim:
hypocrise + sufixo ia) “demonstração de uma virtude, dum sentimento louvável,
que não se tem. Impostura, fingimento, simulação, falsidade. Falsa devoção.”
Novo
dicionário Aurélio da língua Portuguesa, Edição revista e ampliada, pág. 899 –
Editora Nova Fronteira. No passado, havia uma conotação diferente do
significado da palavra, cujo resultado era: Um apresentador de sonhos; Um
orador; Um recitador de Poemas ou Um ator”. Desta última definição, redundou no
significado da Palavra como a temos nos dias de hoje.
Significado:
Aquele que demonstra hipocrisia, qualidade do hipócrita, ação contrária àquilo
que o agente prega, acredita ou pensa.
Sinônimos:
Fingimento, dissimulação falsidade.
O que significa a palavra hipócrita?
O
hipócrita é um ator que representa um papel diferente daquilo que é na vida
real. Ele faz o papel de outra pessoa. Ele apresenta-se como uma pessoa
totalmente distinta da sua verdadeira personalidade. O hipócrita é o homem que
faz com que sua luz brilhe de tal forma diante dos outros que eles não possam
saber o que está acontecendo por detrás dela. O hipócrita vive de aparências.
Ele se protege atrás de máscaras. Vive uma mentira, uma farsa. Ele faz da vida
uma peça de teatro e olha os demais como uma plateia que precisa entreter, e
sob os efeitos das luzes artificiais, representa um papel comovente destinado a
arrancar os aplausos de seus admiradores.
Na
antiguidade os atores usavam máscaras (alegria e tristeza) quando atuavam. Os hipócritas
são mascarados.
Nos
dias de Jesus os religiosos fizeram jus a esta prática, porque haviam muitos
fariseus e hipócritas entre o povo.
Fariseu
– Era formado por um grupo religioso, político e social. Estes exerciam na
época do Senhor Jesus uma grande influência. Eles eram os “piedosos” da
religião. Toda esta capa aparente de servidores piedosos e inquiridores da lei,
não passava de uma fachada hipócrita.
Jesus
em seu discurso, chama-os diretamente de: Escribas, Fariseus e Hipócritas.
Dizia o Senhor acerca da atitude deles em fechar aos homens o direito ao Reino
dos céus, pois nem eles entravam e nem permitiam que os outros entrassem.
Observemos
(Mateus 23.13-29) - O senhor apresenta na sua tese, a diferença entre o ser
verdadeiramente e o dizer que é. O hipócrita faz o discurso mas não tem a
prática. Maiores detalhes dos aspectos de como funciona, opera e atua a
hipocrisia no meio da congregação.
Busquemos uma compreensão mais profunda do problema pois o Senhor tem colocado
os seus olhos sobre a igreja, a fim de que isto não venha a se tornar uma
doença crônica na congregação.
Como se manifesta a hipocrisia
Quando
lemos a Palavra de Deus, claramente entendemos que este mal vem se manifestando
desde os dias do Senhor entre nós. Não é algo novo que tenha surgido agora, mas
algo tão velho quanto a história e o homem.
A
hipocrisia é manifestada no meio da congregação pelo homem que publicamente se
apresenta como bondoso, como salvador, aquele que tem a solução pra o problema.
Na realidade quer que todos saibam que ele está ajudando ou dando esmolas
(Mateus 6.2).
Também
se manifesta através de atitudes de uma falsa consagração ou jejuam o que é
feito não para Deus mas para que os outros lhes dê louvor. (Mateus 6.16).
A
Hipocrisia, se manifesta também na vida de pessoas que usam o nome da religião
e o nome de Deus para esconder sua própria fraqueza. É aquele que se nega em
ajudar ao seu semelhante e até a seus próprios pais dizendo que já está com
seus bens comprometido com Deus e por esta razão já não pode ajudar (Marcos 7.10-13).
É
aquele que quebra a lei de Deus e a sua Palavra, pois está escrito que: “Aquele
que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Quantos deixam de ajudar um
enfermo ou seu próximo por causa do descanso (sábado) julgando que isto agrada
a Deus. É aquele que faz sua própria religião ao invés da religião de Deus
(Lucas 13.5).
É
a pessoa que esconde os seus verdadeiros sentimentos sob a máscara do
fingimento. São iguais a aqueles que procuraram Jesus para embaraça-lo
inquirindo-o sobre o tributo. A resposta do Senhor é imediata (Marcos 12.15-17
e Mateus 22.18).
É
o homem mau escondido sob a máscara da piedade e Jesus condenando o fingimento
ou a hipocrisia (Mateus 23.27-28).
O
Hipócrita torna-se um cego em seus próprios desatinos. Tentou enganar aos
outros e acabou sendo por si mesmo enganado. Caiu na própria cilada. Deus
mostra o hipócrita debaixo da condenação (Mateus 24.50-51).
O Poder e a Hipocrisia.
Além
de corromper, o poder também aumenta a hipocrisia. É o que aponta uma pesquisa
da Tilburg University, nos Estados Unidos.
O
trabalho, publicado no periódico Psychological Science, pretendia descobrir se
o poder está diretamente ligado à falsidade e ao jogo-duplo por parte de
presidentes de empresas. O resultado não foi animador.
Os
estudiosos concluíram que autoridade e influência estão realmente relacionados
à hipocrisia, na qual os poderosos se encaixam no clichê "faça o que eu
digo, mas não faça o que eu faço" para com seus liderados.
O
experimento envolveu mais de 300 pessoas de diferentes níveis dentro das
organizações. Os participantes foram submetidos a diferentes tipos de dilemas
morais, como, por exemplo, a validade de burlar as leis de trânsito quando se
está atrasado.
Dois pesos
Os
executivos que tinham um cargo mais alto tendiam a avaliar as transgressões de
subalternos de forma muito dura, mas consideravam que essas regras eram mais
maleáveis consigo mesmos. Eles também condenavam severamente quem praticava
traições, mas eles próprios também assumiram trair.
Assim,
os estudiosos perceberam que, quanto maior o cargo, mais os participantes se
sentiam no direito de quebrar as regras, principalmente pela sensação de que
seu posto assim permitia e pela garantia de impunidade. Mas, de acordo com os
pesquisadores, esse caminho tem volta.
Nos casos em que o líder não se sente mais merecedor
ou capaz de preencher a posição que ocupa, a tendência é que ele se iguale aos
outros níveis e se auto avalie de forma parecida. E os pesquisadores alertam:
se o líder não tem essa consciência, seus subordinados podem colocar sua
reputação em risco, com fofocas e desrespeito, ao expor suas falhas de caráter.
Características dos hipócritas no Velho
Testamento!
Sua esperança perecerá (Jó
8.13);
Não terá salvação (Jó
13.16);
Seus intentos não
prosperarão (Jó 15.34);
Momentânea será sua
alegria (Jó 20.5);
Sem esperança na morte (Jó
27.8);
Levantam-se contra os
ungidos de Deus (Salmos 35.16);
São armas de destruição
para o próximo (Provérbios 11.9);
Contaminam toda uma
nação (Isaías 9.17);
Deixa as pessoas
famintas de Deus (Isaías 32.6) – O hipócrita se alimenta
da glória pessoal, muitas vezes para conseguir o prestigio que deseja, precisa
bajular e dizer sim para a injustiça. Um ato injusto é como uma pedra atirada
em um lago, suas ondas de consequências atingem lugares e pessoas que não
imaginamos. Por não ter o que dar da parte de Deus, deixa as pessoas famintas e
decepcionadas;
Características dos hipócritas no Novo
Testamento!
São famintos por glória
(Mateus 6.2);
Fazem questão de
mostrar uma espiritualidade que não possuem (Mateus 6.5);
Como celebridades,
querem que saibam que jejuam e sacrificam (Mateus 6.16);
Amam apontar o erro do
próximo (Mateus 7.5);
Demonstram com
palavras, mas não vivem (Mateus 15.7-8);
São mestres no que não
edifica, mas néscios quanto a vontade de Deus (Mateus 16.3);
Gostam de experimentar
o próximo (Mateus 22.18);
Tentam aparentar o que
não são (Mateus 23.5) -
Os fariseus, para terem uma aparência de santidade, usavam roupas compridas
e tampavam o rosto das mulheres. Os “fariseus” de hoje são líderes também, que
se preocupam mais com sua reputação de que com uma realidade vivida na presença
de Deus.
São trancas nas portas
dos céus (Mateus 23.13);
Instrumentos de engano
para os neófitos e necessitados (Mateus 23.14);
Desviam os fiéis na
Igreja (Mateus 23.15);
Não valorizam o mais
importante (Mateus 23.23);
Preocupam com vãs
cerimônias, mas desprezam o real sentido (Mateus 23.25);
Formosos por fora,
porém podres por dentro (Mateus 23.27);
Tem a aparência de
justo (Mateus 23.28) - Eles se vestem da mesma roupagem
do justo, aprendem os mesmos traços característicos e mesmo não possuindo,
apresentam uma defesa impar da moralidade e da ética;
Assassinos de profetas
(Mateus 23.29-34);
Sua habitação é o
inferno (Mateus 24.51);
Não são conhecidos
pelos homens (Lucas 11.44);
Jesus adverte seus
discípulos quanto a hipocrisia (Lucas 12.1);
Mortos espiritualmente
(I Timóteo 4.2) - Um hipócrita não nasce assim, ele é desenvolvido. Começa com
pequenos pecados que são submetidos ao perdão de Deus. Depois vem reincidências
e mais pedidos de perdão. Até que vira um hábito e necessita ser escondido pela
máscara da encenação. Se você perguntar para um hipócrita se ele vai para o
céu, ele lembrará de seus erros e pedidos de perdão e responderá que sim.
Quando não, visando se beneficiar de uma posição privilegiada (posição junto ao
pastor e ministério da igreja, influência e prestígio) faz de tudo: bajula, faz
vistas grossas para a verdade e exalta o que não é bíblico ou, quando pode,
suborna com presentes e elogios falsos.
A hipocrisia é abominável aos olhos de Deus?
Certamente
que o Senhor aborrece e não somente aborrece mas também abomina o pecado da
hipocrisia, pois esta; míngua, traumatiza e atrofia a obra que o Senhor deseja
realizar entre o seu polvo. O indivíduo que exerce a hipocrisia, por não ser
autêntico, também não é real e se não é real, será falso e o falso não tem
direito a sentar na mesa do Senhor (Mateus 23.33).
Como desmascarar a hipocrisia?
Muitos
crentes são como esses fariseus de quem Jesus falou. São pessoas falsas,
fingidas, mentirosas, com o coração cheio de maldade, ódio, inveja, rancor,
ressentimento, mas se fazem de pessoas boas, corretas e muitas vezes enganam as
pessoas com seu jeito de falar e sua maneira de agir, bajulando, se fazendo de
amiga e conselheira. “O hipócrita que odeia esconde o seu ódio atrás da
bajulação. Ele pode falar muito bem, mas não acredite no que ele diz porque o
seu coração está cheio de ódio. Ele pode disfarçar, mas todos acabarão vendo a
sua maldade (provérbios 26.24-26).
Muitos
falam de Deus e de Jesus, citam trechos da Bíblia, vão aos cultos, dão o
dízimo, fazem parte de ministérios na igreja, saem para evangelizar, fazem um
monte de coisas e tudo isso para quê? Para adorar e exaltar o nome de Deus?
Não, com certeza não. Muitos fazem essas coisas para se mostrarem para os
outros e para se acharem no direito de condenar os outros.
Como
pensar que Deus não vê o que estão fazendo? Acreditam que podem enganar as
pessoas com sua dissimulação, mas a Deus ninguém engana (Gálatas 6.7a). Ele
sabe que o coração está cheio de escuridão e que suas ações são dirigidas pela
sua natureza humana má e orgulhosa; que fala que é um servo de Deus, mas julga
as pessoas, discrimina, fala mal, ofende dizendo que elas vão para o inferno,
que elas não são de Deus porque não estão na igreja. Deus vê os desejos
reprimidos que estão dentro do coração e por isso sentem inveja dos outros, mas
para que as pessoas não percebam, condenam e falam mal das pessoas que fazem
aquilo que gostaria de fazer.
Muitos
se acham corretas e não enxergam quantas coisas erradas fazem e dizem, quantos
espíritos maus dominam suas vidas e seus corações. Não admitem para Deus que
são pessoas que têm desejos guardados, sentimentos escondidos, que têm todo
tipo de sentimento mau dentro delas. São lobos disfarçados de ovelhas:
reparam os outros, mas têm vontade de fazer o que eles fazem; falam mal dos
outros, mas no passado cometeram os mesmos erros; ofendem as pessoas e se acham
muito boas e caridosas (Mateus 7.15).
Muitos
fazem orações hipócritas, pois não dizem a verdade para Deus; não dizem o que
realmente estão sentindo, gostam de se exibir para os outros falando palavras difíceis.
Lembrem-se do que Jesus disse (Mateus 6.5-6).
Deus
não atende essas orações fingidas, pois Ele quer uma oração sincera onde a
pessoa não esconda seus sentimentos, seus desejos e suas vontades.
Muitos
desde novos convertidos a líderes atuam como atores, pois pregam doutrinas que não
cumpre. Muitos deles fazem o que é errado (adulteram, roubam, mentem, são
orgulhosos), mas na igreja agem como se fossem homens corretos e justos. Como
dizem as Escrituras Sagradas (II Coríntios 11.13-15).
É
por isso que muitos não mudam, não aprendem que para ser um servo de Deus
precisam primeiramente se arrepender dos pecados que cometeram e precisam se
libertar de toda imundície que existe dentro de seus corações. Ou vocês acham
que vão entrar no Reino de Deus se não se arrependerem? Não adianta ir à
igreja, dar o dízimo, ofertas, fazer jejum ou campanhas na igreja se você não
fizer o que Deus ensina (Lucas 9.23).
Já
foi dito que se o boi soubesse da força que tem jamais se deixaria ser
dominado. Infelizmente, o mesmo também tem acontecido com a maioria dos crentes.
Não conhecem o tamanho da sua força, quando estão na presença de Deus, caso
contrário, o diabo jamais teria vez neste planeta.
Temos
visto em todo o mundo, a Igreja do Senhor Jesus sendo escravizada como um boi,
sem se dar conta da sua verdadeira condição. É bem verdade que não lhe faltam
doutrinas, literatura ou reconhecimentos teológicos; entretanto, tudo isso não
tem significado muita coisa, pois, na prática, muitos dos seus membros são
oprimidos por espíritos enganadores que, muitas vezes, se apresentam com capa
religiosa.
Lembre-se
de quem você era antes de conhecer a Jesus, o que você fazia com os outros e de
quantas pessoas já fez sofrer por causa de sua ignorância. Lembre-se dos erros
que você cometeu e não se ache no direito de apontar o erro dos outros.
Alguns
dizem: “Nós somos de Jesus e não podemos nos comparar aos pecadores”. Agindo
desse jeito você se torna pior do que eles, porque você diz que é um servo de
Deus, mas age com hipocrisia, maldade, orgulho e envergonha o nome de Deus. Mas
sabem por que vocês agem assim? Por que não sabem de nada, não leem a Bíblia,
não sabem o significado de suas mensagens, não têm sabedoria divina e não
conhecem a Deus (Mateus 22.29).
Todas
as pessoas, crentes e não crentes, já cometeram muitos erros. Não há nenhum
justo, não há ninguém que faça sempre o que é certo. O grande problema é que as
pessoas cometem erros, mas quando entram para a igreja ou conseguem mudar de
vida, abrem a boca para falar dos outros que cometem os mesmos erros que elas
cometeram no passado. Meu irmão, se você errou, como pode querer condenar os
outros? “Não importa quem você seja, não tem desculpa de jeito nenhum.
Porque, quando julga os outros e faz as mesmas coisas que eles fazem, você está
condenando a você mesmo (Romanos 2.1).
Todos
estão completamente cegos e enganados a respeito do que é ser um servo de Deus.
A maioria dos crentes não o ama nem o respeita. Deveriam ser exemplos para os
descrentes, mas são maus exemplos por causa do orgulho que tomou conta dos corações.
Na presença dos descrentes sentem melhores do que eles e dizem com orgulho que
são de Jesus. Limpem esses corações, sejam humildes, respeitem e amem a todos
como Jesus ensinou. Lembrem-se do que Ele disse (Mateus 15.13).
Estes
não amam ao Pai, porque se amassem, amariam seus irmãos. As partes das
Escrituras Sagradas que deveriam colocar em prática não colocam, mas usam
trechos da Bíblia para julgar e condenar os outros (I João 4.21).
Infelizmente
muitos crentes são orgulhosos e se acham puros demais. A conduta de muitos que
se dizem servos de Deus é vergonhosa, pois trazem vergonha ao nome de Deus, e
por isso muitas pessoas que não conhecem a Palavra, não querem nem ouvir falar
de Deus (Mateus 23.13).
Jesus
pregou a bondade, a misericórdia, a humildade e o amor. Hoje muitos pregam o
orgulho, a discriminação e a cobiça.
Jesus
resumiu toda a Lei e os Profetas em apenas dois mandamentos, e os dois se
resumem em uma palavra o amor , amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a ti mesmo. O amor é algo esquecido pelos fariseus, já que como os
fariseus dos tempos de Jesus, estão preocupados apenas em receber status e
louvores humanos, trabalham para isto e vivem disto, contentando com o louvor
terreno.
Os
hipócritas estão longe de estar no centro da vontade de Deus, muito pelo
contrário Deus os abomina. Temem aos homens que que não tem poder nenhum sobre
suas almas, mas aborrecem ao Senhor, as escondidas praticam pecado onde não tem
homem olhando (Mateus 10.28).
A rebelião contra a hipocrisia
Três
homens rebelam-se contra a hipocrisia, mas diferem grandemente em suas reações.
O
primeiro homem se volta para o total abandono moral. Ele se livra de todas as
rédeas quando se entrega ao cumprimento de todo desejo carnal. Faz de "si
mesmo" o seu deus. Ele se endurece à vista das lágrimas de sua família
quando parte para fazer o que quer. Sua "justificativa" para sua
conduta vergonhosa: "Pelo menos não sou hipócrita!"
O
segundo homem vai a um extremo oposto. Ele está cheio das fraquezas e
hipocrisia que vê em todas as igrejas, e não quer ser como tais pessoas. Ele se
tornará um cristão e desde o começo "ele vai vivê-lo". Ele será um
exemplo do que um cristão realmente deveria ser. Para ele, a cura para a
hipocrisia é a perfeição.
O
terceiro homem quer evitar a hipocrisia em sua vida, mas ao mesmo tempo, tem um
profundo senso de sua própria imperfeição. Por isso ele não se dá ares de
infalibilidade, mas parte para ser genuíno. Sua autenticidade logo se torna
visível para os outros. Ele não declara sua perfeição, mas luta pela perfeição.
Quando adora a Deus, ele não se declara ser perfeito como adorador, mas quando
os cânticos começam, ele dá o seu coração ao que está fazendo; quando a oração
é dirigida, ele ouve e faz dela a sua oração; durante a ceia ele medita no
sofrimento de seu Senhor; e através de todo o sermão ele participa do estudo da
palavra de Deus; se seu pensamento se dispersa, ele o traz de volta; e quando o
período de adoração termina ele pede a Deus para perdoá-lo por seu fracasso e
para aceitar sua adoração apesar de sua imperfeição.
Quando
vai para o seu trabalho, ele não declara sua perfeição entre seus companheiros
de trabalho, mas eles sabem que ele tentará dar oito horas de trabalho por oito
horas de pagamento; que ele é confiável; que ele é puro no falar e no viver; e
que se ele cair em tentação pelas pressões à sua volta para pecar, ele
humildemente pedirá desculpas às pessoas ofendidas.
Ele
é o mesmo no lar. Sua família respeita-o porque ele é genuíno e não declara ter
força e bondade além da realidade. Sua família vê suas faltas, mas uma
qualidade que lhe permite manter o respeito deles é sua capacidade de dizer,
"Desculpe". Em todas as áreas de sua vida ele anda humildemente
diante de Deus e de seus companheiros. Nosso terceiro homem encontrou a
verdadeira cura para a hipocrisia.
O
primeiro homem, se não se arrepender, um dia será um mísero infeliz, sua vida
completamente destruída. O segundo homem está a caminho da desilusão. Suas
metas são irreais; sua perspectiva é totalmente errada. Mas o homem que
"anda humildemente com seu Deus" e é totalmente livre de malícia é
verdadeiramente um homem abençoado. Ele é na vida e na atitude o que Deus
deseja que ele seja, e vive na esperança do céu.
É possível a libertação?
Deus
tem interesse em livrar o seu povo, a sua Igreja, desta praga que como a traça,
parece inofensiva, mas é devastadora entre o povo de Deus. Quantas pessoas, tiveram suas vidas serem
levadas ou engano pela vangloria dos homens, desprezando a glória do grande
Deus. O Desejo do Senhor, é que tenhamos entre nós pessoas que estejam atentas
para servir com retidão, com singeleza e com pureza diante do Senhor.
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. Observemos a
oração de Davi (I Crônicas 29.17).
Não
nos apressemos ao mal, não corramos para a prática da hipocrisia. Ao abrirmos
as nossas bocas, falemos o que é bom e reto perante o Senhor. A vida do
cristão, deve ser de louvor e gratidão ao Senhor. Fujamos urgentemente dessa
praga denominada “hipocrisia”, falemos a verdade uns com os outros e assim
seremos verdadeiros, autênticos e fieis servos do nosso Deus (Hebreus 10.22).
Conclusão
Jesus
foi mais duro em suas palavras com os hipócritas do que com os ladrões e
prostitutas. Esses tinham consciência de que eram desprezíveis. Aqueles também
o eram, mas procuravam impressionar com qualidades que não possuíam. Uma
prostituta maquiada é menos perigosa do que um hipócrita disfarçado.
Somos
quem somos, não o que apresentamos ser, mas na realidade, nos admiram e amam
pelo que aparentamos. Não é nossa personalidade que é amada, mas a máscara que
a encobre. O personagem que representamos no palco da vida, com os cosméticos
da vaidade e sob as luzes da auto glorificação, é diferente do “eu” que existe
no recesso da intimidade, sem as máscaras da hipocrisia. Nossa verdadeira
identidade surge quando estamos sozinhos, longe de casa, dos amigos, da igreja,
da vigilância.
Nada
há pior que sermos por fora aquilo que não somos por dentro.
No
intuito de surpreender Jesus em algum erro, fariseus e herodianos questionaram
a Cristo sobre o pagamento ou não de tributos ao Império Romano.
Percebendo
o intuito presente no coração daqueles homens, a Bíblia registra que Jesus
observou a hipocrisia por trás daquele ato.
Os
atores gregos faziam apresentações teatrais para multidões de diversas nações
naquela época, algumas apresentações reuniam até 4 mil pessoas num grande
teatro. Jesus toma emprestado o nome dado aqueles atores para definir os
fingidos religiosos da sua época.
O
mal não reside nos atos em si, mas naquilo que é a motivação para estes atos:
tomar para si a glória! Como os atores gregos, os fariseus apenas representavam
o papel de religiosos. A intenção que estava por trás das atitudes daqueles
homens era a de serem admirados, respeitados, honrados pelos cidadãos da sua
época.
Há
um ditado secular que diz “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Creio eu que este ditado deveria ser usado numa faixa na testa de muitas
pessoas que se dizem cristãs.
Ao
longo da caminhada aprendi que a vida cristã é transparente. O verdadeiro
cristão não precisa ficar escondendo os seus defeitos por trás das cortinas do
fingimento, vendendo uma imagem de infalível e acusando severamente os que
incorrem em erros.
Devemos
separar o pecado do pecador e não sair atirando pedras sobre pessoas porque
elas estavam erradas. Sei também, ao ler a Bíblia e enxergar a vida de Cristo,
que posso discordar de idéias, condenar o erro, mas amar as pessoas que
defendem pensamentos errôneos.
Há
pessoas no meio secular que dizem que a vida é um grande teatro, em que Deus é
o diretor e os homens apenas representam. Fingem-se de bons, de religiosos, de
caridosos, mas no fundo querem honra e glória pra si.
A
Igreja é o lugar no mundo que deveria ser livre de tais procedimentos por que a
Cabeça do Corpo que é Cristo nunca deixou de ser transparente,
independentemente do lugar onde estava, das pessoas com quem conversa, Ele era
justamente aquilo que dizia ser. E se andarmos como Cristo andou não faremos
propaganda enganosa daquilo que não somos.
Há
hoje a preocupação em se consertar a boca do crente, diz-se que ele tem que
falar coisas boas, positivas e declarar somente o bem. É verdade, deveria ser
assim o comportamento cristão, no entanto, não é com a preocupação com a boca
do cristão que chegaremos a este estágio.
A
Bíblia diz que “a boca fala do que o coração está cheio”, então o foco correto
é o coração que, passando pelo conserto do Evangelho, produzirá lábios que
falem coisas boas. Consertar só as palavras que falamos e, porém, continuar com
o coração impregnado de maldade e pecaminosidade nos levará somente a uma vida
hipócrita.
O
fato de fazermos parte de uma igreja que freqüentamos regularmente não assegura
a ninguém o nome de cristão, assegura sim o título de religioso, mas isso não
basta. Religiosos também foram os saduceus, os essênios, os fariseus, todos
eles muito preocupados em buscar manter a boa imagem, em promover os partidos
judaicos a que pertenciam, entretanto, sem nenhuma intimidade com Deus, amavam
mais os títulos do que as vidas que precisavam do Senhor.
Uma
coisa bem presente na vida daqueles homens era o fato de colocar sobre os
outros cargas que nem eles mesmos podiam carregar. Apressavam-se, em nome da
religião, em fechar as portas do céu para que pessoas consideradas pecadoras
não entrassem.
A
vida do Cristo provocou em todos eles arrepios diante de um homem que dizia ser
o Filho de Deus, mas andava com pecadores, com prostituas e cobradores de
impostos (na época, considerados uma péssima raça). É que o Amor do qual as
Escrituras falavam, e que eles propagam com incrível retórica, tinha saído dos
papiros e dos rolos dos escritos de Moisés e dos profetas e havia encarnado.
Em
Cristo, nenhuma sombra de hipocrisia. A Verdade deixou de ser apenas uma tese
da teologia judaica para tomar forma na vida daquele Galileu.
Como
está a nossa vida hoje, como reagiríamos se vivêssemos na mesma época dos
fariseus? Será que não rejeitaríamos também, em nome da tradição e da religião,
o Filho de Deus?
Seria
a nossa vida verdadeiramente compromissada com o Evangelho ou apenas dizemos
que é? Será que sou o mesmo em casa que sou na igreja? Ou apenas represento um
papel semelhante ao que faziam os atores gregos e os religiosos judeus?
Cristianismo
é muito mais que palavras, cristianismo é vida, vida que revela o Filho de
Deus, a Verdade encarnada (II Reis 16.7).
Fonte: Bíblia Sagrada e pesquisa virtual.
Jairzinho Viana
Apologista cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da
Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.
muitas vezes achamos que pelo fato de sermos ouvintes ou cumpridores parciais, somos superiores aos outros, mais tiago 1-26 nos repreende.
ResponderEliminaruma benção este estudo!