Lascívia!
Depois
de toda a exposição acerca da impureza, não resta muito a se falar sobre a
lascívia. Enquanto que a impureza se opera no plano abstrato, na imaginação, na
mente, no coração e nos pensamentos, a lascívia é a prática de atos sexuais sem
a pureza e a santidade colocadas na Bíblia para a consecução do "serão os
dois uma só carne" (Gênesis 2.24).
O
relacionamento sexual não tem sido muito bem compreendido pelos membros de
nossas igrejas. Em parte por causa de falta de preparo dos líderes das igrejas,
que não tem também um conhecimento suficiente para se sentirem seguros para
ministrar sobre o assunto. O relacionamento sexual não tem fins meramente
reprodutivos, como querem alguns, e não deve ser mera fonte de prazer como
muitos o consideram. O relacionamento sexual tem vários objetivos que foram
instituídos pelo próprio Deus. Este é um lado da moeda.
O
outro é a lascívia, a escravidão sexual, a degradação, o excesso, o mal-uso da
sexualidade. Isto é, se por um lado temos uma total condenação e repressão da
utilização de sexualidade humana, de outro, temos um excessivo e desregrado
uso, que é igualmente destrutivo e fonte de angústias e sofrimentos.
Num
relacionamento sexual, os pares devem se preocupar mais com o prazer que podem
proporcionar do que o prazer que querem e podem obter. A lascívia faz com que a
pessoa se preocupe somente com o próprio prazer, e isto de uma forma excessiva,
desregrada (sem regras, sem limites e sem medir as consequências). Pessoas há
que se relacionam com animais, com vários parceiros, com pessoas do mesmo sexo,
usando objetos, assistindo filmes e vendo revistas pornográficas. Tudo isto é
lascívia.
A
lascívia é uma água que não sacia, é uma água que dá mais sede, e cada vez que
as pessoas se entregam à lascívia, mais são envolvidas por ela, mais são
tragadas, são viciadas, controladas, dominadas, escravizadas. É uma escada que
leva as pessoas cada vez mais para baixo. A pessoa que é dominada pela lascívia
é aquela que está sempre "em busca de novas emoções", porque o que
tem logo perde o gosto e a graça... E nessa busca, deixa sua humanidade para se
tornar menos e pior do que os animais. Os filmes, as novelas, as propagandas
estão cheios de elementos que acalentam a lascívia, que sempre começa com um
"pequeno desvio" que descamba para longe da presença de Deus. O mundo
incentiva e alardeia o mal-uso de nossa sexualidade, e, em alguns atos, dá a
entender que seria uma forma de ser feliz. Mas são apenas umas flores que se
colocam sobre as correntes que prendem as pessoas que se tornam escravas da
lascívia. (O riso que vês em meus lábios apenas escondem a tristeza que carrego
no meu peito), assim é o mundo.
A
prática do relacionamento sexual do ser humano é uma benção, e uma obrigação.
Através do relacionamento sexual há a realização do "uma-só-carne"
que Deus determinou. E através dessa realização, temos o cumprimento da
obrigação: enchei toda a terra.
Contudo,
na maior parte dos animais, o relacionamento sexual não é algo prazeroso. No
mais das vezes, é doloroso ou, no mínimo, destituído de prazer. Os animais se
relacionam porque há um "programa pré-determinado" (instinto) pelo
próprio Deus, que eles têm reproduzido desde que foram criados.
Porque
no ser humano é diferente? Porque Deus quis que quando ele olhasse para seus
filhos, tivesse prazer em vê-los. E não dor. A Bíblia diz que todas as coisas
que foram criadas por Deus são boas. Então o relacionamento sexual, inato à
condição animal, também tem que ser uma coisa boa. Nesta linha de raciocínio,
não pode estar certa a corrente de pensamento que imagina e ensina que o
relacionamento sexual é uma coisa má, perversa, suja, imoral.
O
perigo está em não se encontrar, não se conhecer o fiel da balança. A linha
divisória entre o santo e o profano, o belo e o pervertido, o desejável e o
condenável por Deus na Bíblia. Infelizmente, essa linha divisória não é tão
visível (ou tão conhecido) como Deus esperava que fosse. Então, de um lado
temos gente que diz que o relacionamento sexual deve ser estritamente para a
perpetuação da espécie (reprodução). Uma coisa mecânica, fria, e dolorosa. De
outro, temos gente que pensa que Deus quer o coração. O corpo, não. Aí dá vazão
à devassidão e à sensualidade, praticando as orgias que a Bíblia condena.
Toda
vez que um ser humano se envolve num relacionamento sexual onde não é possível,
factível, os pares sexuais serem "uma-só-carne", estamos diante de
uma orgia. Assim, são orgias os relacionamentos sexuais de pessoas de mesmo
sexo, e de pessoas com animais ou mais de um parceiro.
A
Bíblia diz que quando nós nos unimos com uma prostituta, nos tornamos uma só
carne com ela (I Coríntios 6.15-16). Nada impede que uma prostituta se converta
e seja santificada no nome santo do Senhor Jesus. Contudo será impossível a
realização do "uma-só-carne" com vários parceiros ou com animais.
Gente
que se envolve com orgias é gente que foi envolvida por um espírito diabólico
de lascívia e devassidão. São pessoas que se rebaixam a um nível inferior ao de
animais irracionais, porque estes são guiados pelos instintos com os quais
nasceram. E quem se deixa dominar pelos espíritos diabólicos vai contra a
natureza que Deus implantou no animal "ser humano", sendo guiado
pelos desejos, pela busca do prazer em todas as suas formas, e em todos os
graus, de todas as maneiras.
São
pessoas enganadas, ludibriadas, trapaceadas pelo diabo, que oferece a proposta
de felicidade como sendo o prazer e a diversão. Levam ao extremo a enganosa e
destrutiva máxima de que "a felicidade não existe, o que existem são
momentos felizes". A
impureza é o começo da lascívia e o fim do caminho é a escuridão das trevas, a
frustração, a angústia, a dor e o sofrimento (Jó 20.12-14).
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