quarta-feira, 2 de junho de 2021


Filhos – Herança ou fardo de Deus?

Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta (Salmos 127.3-5).

De acordo com o Antigo Testamento, as crianças são um dom precioso de Deus. Dar à luz crianças foi uma ordem de criação sob a bênção especial de Deus.

·     (Gênesis 1.28) - E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

As mulheres de muitas crianças foram chamadas abençoadas, enquanto a falta de filhos era considerada uma maldição. Este desejo de ter filhos veio da sua crença de ter sido escolhido e chamado por Deus para um propósito especial. Como filhos da Aliança, eles foram obrigados a continuar sua presença na terra. Sua alegria e amor pelas crianças era um reflexo do amor de Deus por elas.  

 

Palavra Hebraica para criança.

A ternura do vínculo que uniu os pais judeus a seus filhos encontra-se nas muitas palavras hebraicas para ‘Criança’. Há onze palavras diferentes que designam vários estágios de crescimento físico:

Zehrah: semente; Praticante de justiça (Isaías 44.3);

Bakar: primogênito (Jeremias 4.31);

Yanek: amamentação (Isaías 11.8);

Gamul: criança desmamada (Isaías 28.9);

Taph: criança agarrada à sua mãe (Ester 3.13);

‘Owlel: criança; menino (Salmo 8.2);

Elem: criança tornando-se firme (Isaías 7.14);

Naar: juventude; Servo (I Samuel 16.18);

Yathowm: criança órfã (Salmo 10.14);

Yeled: filho, jovem (Isaías 9.6);

Bachur: o amadurecido; Um jovem guerreiro (Isaías 31.9).


Os Filhos do Lar.

Todos os males da sociedade sejam financeiros, políticos, trabalhistas, escolares ou religiosos têm a sua origem no coração do homem. Sabemos como é o coração do homem:

Ø  (Jeremias 17.9) - Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?

 

A instituição que Deus estabeleceu, ainda no jardim do Éden, que ajuntou duas pessoas em maneiras especifica para ser uma unidade é o que chamamos de família. O ambiente que é formado pelo amor exercitado entre todos da família cria o que chamamos de “o lar”. O lar tem suma importância na vida humana, pois é o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser humano, seja no contexto mundial, nacional, municipal ou familiar.

 

Então, podemos dizer, como vai o lar vai o mundo, e também, o que é bom para a família é bom para o mundo.

 

Tal lar, tal mundo.

Reconhecendo a existência e influência do pecado, sabemos que todos os lares não estão operando com as mesmas regras e propósitos com os quais um lar cristão opera. Aprender o que a Bíblia ensina sobre o assunto do lar é uma garantia de que atingiremos o alvo o que Deus tem para nós na relação de família.

 

Os Filhos – Uma Bênção.

De acordo com a Bíblia, os filhos são uma benção que vem do Senhor:

Ø  (Salmos 127.3) - Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

 

Não somente os filhos que são uma benção, mas também os filhos dos filhos:

Ø  (Provérbios 17.6) - A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.

 

O fato de não ter filhos era uma vergonha:

Ø  (Gênesis 30.22-23) - E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre. E ela concebeu, e deu à luz um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha.

 

E opróbrio (desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame):

Ø  (Lucas 1.24-25) - E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.

Quando Deus queria abençoar um casal Ele dava filhos:


Abraão e Sara
(Gênesis 17.19), Ana (I Samuel 1.3-27), Isabel (Lucas 1), mas se vamos ter a mesma atitude que Deus tem deste assunto devemos já nos dobrar à ideia que filhos, em qualquer época, não são menos que uma bênção.

 

Para um estudo desta atitude, estude Gênesis. 30.1-24 e veja as reações das esposas de Jacó em terem filhos.

 

Muitas vezes, quando os filhos são menos que uma bênção para os pais, os pais reclamam que é um peso. É fato, que os, cujos atos são contrários ao bom senso, entristecem suas mães:

Ø  (Provérbios 10.1) – Provérbios de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.

 

Mas a maioria destes casos foram os pais quem deram causa a tal insensatez pelo descuido no treinamento do filho:

Ø  (Provérbios 22.15) – A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

 

Ø  (Provérbios 29.15) – A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.

 

Ø  (Provérbios 29.17) - Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.

 

Em relação a este aspecto. Pais, não culpem os seus filhos pela vossa desatenção. Assuma a responsabilidade e procure a graça de Deus para por a casa em ordem seguindo os princípios da Palavra de Deus tão claramente estipulados e por muito tempo ignorado.

 

Filhos – Obediência é a sua única virtude.

Examine a Bíblia toda e irá concluir que obediência aos pais não é só uma virtude; é a única virtude da criança.

 

A obediência inclui tudo que é bom que possa ser exigido ou esperado dele. (The Christian Family, p.61). É chamada a ‘única virtude’ porque é o único mandamento para as crianças guardarem:

Ø  (Êxodo 20.12) – Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

 

Ø  (Efésios 6.1-3) - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

 

Ø  (Colossenses 3.20) - Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.

 

Há o princípio de:

Ø  (1 Timóteo 5.4) – Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.

Mas isso não é nada menos que o cumprimento de Êxodo 20.12 (honra a teu pai e tua mãe). Jesus recebeu os meninos e disse, “dos tais é o reino de Deus.” (Marcos 10.14).

 

Se a obediência completa é a única virtude da criança, então pode saber que qualquer que queira ver o reino de Deus deve ter prontidão de espirito de obedecer em amor tudo que Deus mandou.

 

Temos estudado que o homem do lar tem responsabilidade de ensinar, ser exemplo, ser o cabeça, ter a iniciativa, e treinar os filhos, e que a mulher do lar tem a sua responsabilidade no lar de submeter-se o cabeça do lar e ser uma ajudadora idônea para ele.


Os filhos do lar tem a única responsabilidade de obedecer aos pais. Isso em si fornecerá para os filhos um ambiente no qual eles tenham o mínimo de estresse para que possam desenvolver bem em todos os sentidos. O filho que sai desta posição de bênção, quer dizer o rebelde ou a criança de natureza obstinada, traz para si uma multiplicidade de problemas à sua vida e às vidas ao redor dele.

 

A obediência aos pais pressupõe outras qualidades boas tanto quanto a desobediência pressupõe qualidades más. Comparando obediência e desobediência na Bíblia pode ver que tipo de companhia filhos obedientes ou filhos desobedientes têm e quais as expectativas podemos esperar de cada um.

 

Obediência ou desobediência?

Fé e salvação – Gênesis 7.7;

Prontidão em ouvir O Senhor – I Samuel 3.4;

Tenro – Provérbios 4.3;

Apreender a verdade – Provérbios 31.1;

Amor – João 14.15;

Sujeição, submissão, bom testemunho – I Timóteo 3.4;

Humildade, fidelidade – Filipenses 2.8;

Pronto para agradar, abençoado – Efésios 5.1;

Vá bem, vida longa – Efésios 6.3;

Tolice – Juízes 14.2;

Morte - “a glória se foi” – I Samuel 4.11;

Ódio, morte, fuga, desperdiço, dissolução – II Samuel 13.22, 28, 34;  

Desrespeito, morte – II Reis 2.23- 24;

Iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade - Romanos 1.29;

Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães - Romanos 1.30;

Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia - Romanos 1.31;

Homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te - 2 Timóteo 3.2-5.

 

Obediência – O Caminho Abençoado

Obediência traz consigo muitas outras bênçãos, pois submissão aos pais é submissão a Deus, quem mandou aos filhos obedecerem aos pais. Quando uma criança aprende submissão (e tem que ser aprendida, o mais cedo possível – Provérbios 22.15), ela aprende submeter-se a uma vontade mais alta que a sua. Sabendo submeter-se a uma autoridade mais alta pode treinar o filho pequeno a responder até ao chamado de Deus à salvação, pois salvação é uma resposta em obediência a chamado de Deus pela Palavra dEle.

Ø  (Provérbios 23.13-14) – Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.

 

Veja o exemplo de Noé (Gênesis 7.1-7). O filho que sabe submeter-se aos pais sabe obedecer aos mandamentos de Deus “não de uma força externa, mas de uma consciência e impulso interno” (The Christian Family, p. 62).

 

Os Filhos e os Velhos

O mandamento de Êxodo 20.12, “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.” , e repetidos em Deuteronômio 5.16 e Efésios 6.2 não são só para a criança enquanto esteja no lar mas estão em efeito enquanto ela tenha pais.

 

Para que a igreja não tenha a responsabilidade de cuidar financeira, médica, emocional ou literalmente é constatada por Paulo que “os filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.” (I Timóteo 5.4). Isto relata que os filhos têm uma obrigação para com os pais e até outros parentes como avós.

Ø  (I Timóteo 5.8) - Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.

 

Ø  (I Timóteo 5.16) - Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas.

 

Como os pais ministraram incansavelmente, dia e noite, na conveniência e na inconveniência, no suor e no labor para com os filhos, os filhos devem “recompensar” os pais. Pode chegar o dia em que o filho, por um tempo indeterminado, precise ministrar incansavelmente, dia e noite, na conveniência e na inconveniência, no suor e no labor para com os pais. O filho retribuindo esta atenção e cuidado é “bom e agradável diante de Deus” e há de honrar os seus pais, pois ele “está mostrando respeito em consideração à sua excelência e superioridade” (Matthew Henry).

 

Quando os pais têm mais que um filho, esta responsabilidade pode ser distribuída entre todos os filhos sem que o peso total seja levado por só um ou dois. Mas, mesmo não tendo outros que levam a responsabilidade, o filho único, tendo recebido toda a atenção dos pais quando era criança, deve agora incansavelmente dar tudo que pode aos pais.

 

Os Filhos e a geração futura

    A continuidade das instruções de Deus para futuras gerações cabem aos filhos: (Salmos 78.4-7) - Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos; Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos.

 

Os filhos são os elos que fazem a ligação de agora para com o futuro. Os pais devem criai-os “na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios 6.4), e os filhos criados assim tenham uma responsabilidade também, “Para que a geração vindoura a soubesse”:

Ø  (Salmos 71.18) – Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.

 

Os filhos que guardam as instruções dos pais para as obedecerem levam uma prática e exemplo para as suas famílias futuras que influenciarão a sociedade que ainda virá. Não pode ser dada ênfase demais a importância dos filhos atentarem para os conselhos dos pais. É aqui que se pode ver o significado do ditado: como vai o lar, vai o mundo, pois os filhos levam as qualidades adquiridas no lar para sucessivas gerações.

Ø  (Malaquias 2.15) - E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.

 

Filhos e os Pais

Que filhos necessitam de pais é evidente pela criação de Deus. Só os filhos de seres humanos têm longo período de amadurecimento. Durante este tempo é necessário o cuidado, correção, exemplo e amor dos pais. Não sejam enganados, filhos, vocês precisam de pais, e pais que usam a autoridade para marcar os limites. Que filhos precisam de pais é evidente pelos versículos seguintes:

 

Ø  Provérbios 22.6 - Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

 

Ø  Provérbios 22.15 - A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

 

Ø  Provérbios 29.15 - A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.

 

Ø  Provérbios 31.1 - Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou a sua mãe.

 

Ø  I Coríntios 13.11 - Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

 

Ø  Efésios 4.14 - Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

 

Ø  II João 1.4 - Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai.

 

Os filhos, no nascimento, e pelos primeiros anos até que sejam adultos, não estão completos, física, experiência ou mentalmente. Não estão capacitados a exercerem todas as responsabilidades necessárias para lidar com uma vida adulta e equilibrada até que sejam de fato adultos. A vida verdadeira e real opera com princípios realísticos que são altamente desenvolvidos. Só quando a capacidade racional, lógica, emocional, experiência e física dos filhos estão maduras ao nível de desenvoltura da vida verdadeira é quando a responsabilidade da vida adulta deve mesmo tornar-se uma realidade.

 

Até aquele ponto em que os filhos podem andar responsáveis com os princípios que dirigem a vida, precisam de pais amorosos, cuidadosos, sábios e firmes.

Por causa dos limites que uma vida ainda não completamente madura requer, os pais precisam fixar os limites dos filhos. Estes limites dependem tanto da capacidade dos filhos quanto dos objetivos dos pais. Qualquer limite deve ser fixado amorosamente e explicado em primeira instância. Depois que estejam fixados, os limites deve ser mantido com sentimentos de firmeza e consideração para o bem dos que estão sendo treinados. Um sistema de fixar e manter limites que realmente merece consideração é a própria maneira que Deus nos ensina. Veja como a Bíblia inspirada é proveitosa para todos que a ela se submetem.

(II Timóteo 3.16) -  Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

 

A Escritura é proveitosa para 1) ensinar, 2) redarguir, 3) corrigir e 4) instruir em justiça. Veja esta ordem cuidadosamente:

Ensinar – instrução; a função dela ou a informação dada. (Strong’s #1319). – Isso é de levar o filho a ser ciente do que é certo ou errado. É a atividade de comunicar fatos. Note que a comunicação dos fatos vem primeiro. É necessário ensinar a criança do que é certo e errado antes de reprovar ou corrigir ela por fazer qualquer erro.

 

Redarguir – prova ou convicção (Strong’s #1650). – Uma vez que a instrução tenha sido dada é necessário dar provas dela. Quando a criança começa a afastar-se da obediência, da instrução já dada, os pais precisam chamar a atenção ao delito. É necessário que a criança entenda de que tal ação ou atitude está em conflito com a instrução dada.

 

Corrigir – colocar em dia; retificar; reformar (Strong’s #1882). – Se a ação ou atitude estiver repetida depois de chamar a atenção ao delito, é preciso que uma ação da parte dos pais seja exercitada que modifique o comportamento do filho. O objetivo da correção é de tornar retas as ações dos filhos e não de descaracterizar ninguém. Deve ser aplicado numa maneira firme e amorosa no mesmo tempo e nunca com cólera ou sentimentos de vingança.

 

Instruir – tutorar, como em educar ou treinar (Strong’s #3809). – Essa palavra é traduzida “doutrina” em Efésios 6.4.Quando há insistência na parte dos filhos a fazerem contrário aos limites fixados pela autoridade, mesmo depois da prova do delito e da tentativa de colocar em dia as ações deles, é necessário usar uma correção disciplinadora outra vez. Esta correção precisa de ser repetida tantas vezes quantas as ações não desejadas estejam repetidas até que tudo esteja em conformidade ao que foi ensinado.

 

A opção de usar um sistema firme como o da Bíblia é de aplicar filosofias humanas ou técnicas de persuasão emocional. Esta persuasão emocional vai de manipulação mental em um extremo, à de força brutal no outro extremo. Uma observação conservadora dos filhos que têm sido submetidos a estas ideias humanas deixa um comentário convincente que a maneira Bíblica é demasiadamente a melhor.


A opção de fixar limites para uma criança é de deixar a criança entregue às suas próprias forças imaturas. Isso certamente trará vergonha à sua mãe. Não só o coração do filho é ligado à estultícia, mas as capacidades dele não são ainda desenvolvidas ao ponto de equilibrar-se com o alto desenvolvimento dos princípios da vida real.

Ø   (Provérbios 6.20-23) - Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; Ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço, quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo, porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida.

 

Os Filhos e a morte prematura

Mesmo que a Bíblia nos diz que “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos” (Salmos 90.10) a Bíblia também nos ensina que o Senhor pode dar e também pode tomar (Jó 1.21). Há os casos na Bíblia que os filhos pequenos dos filhos de Israel eram mortos várias vezes:

Ø  (Êxodo 1.22) - Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.

(Mateus 2.16) – Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.

 

Mesmo que o desejo é de viver, às vezes o desejo não é realizado. Não a garantia do dia de amanhã pois a nossa vida, de qualquer numero de anos, “é um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tiago 4.14).

 

O que acontece quando um filho morre pequeno?

A Bíblia não fala diretamente para onde vão os filhos que morrem. Pela comparação de um versículo com outro e procurando ser fiel com toda a verdade apresentada na Bíblia podemos achar algumas respostas desta pergunta. Os filhos que morrerem prematuros, antes da idade da razão, podem ir para o céu. Quando Davi perdeu a sua criança de poucos dias ele pronunciou, “Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (II Samuel 12.23). Davi dizendo, “irei a ela” nos dá uma razão de crer que as crianças vão ao céu onde Davi foi depois de morto. Que a criança “não voltará para mim” nos ensina que não há reencarnação ou outra chance de vida nem outra vida em qualquer forma na terra para as crianças que morrerem pequenas.

 

Qual é a idade de razão?

A Bíblia não conclui qual é a idade da razão. Os estudiosos acham que quando a criança pode entender o certo e o errado ela já chegou ao ponto de ser responsável diante de Deus pelas suas próprias ações. Deus tem compaixão dos que “não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda” (Jonas 4.11). Deus cuida dos pequeninos, dos quais Jesus disse:

Ø  (Mateus 18.10) – Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.

 

É fato que ninguém pode afirmar se a idade da razão é de três anos, dez anos, mais anos ou menos, pois a Bíblia não dá casos para consultarmos. Podemos saber que os pais devem criai-os “na doutrina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4) desde o berço para que quando vier o tempo de partirem, estarão preparados.

 

Qual deve ser a atitude sobre aborto?

Quando os filhos são abortados eles morrem prematuros. Os que consentem ao aborto ou praticam o aborto já são culpados de assassinato.

Ø      (Êxodo 20.13) - Não matarás.

 

Se o caso de Onã trouxe a repreensão do Senhor:

Ø    (Gênesis 38.8-10) – Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão, Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão, e o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.

 

Tanto mais os que desfazem o “fruto do ventre (Salmos 127.3). Bênçãos eram para as parteiras Egípcias que “conservavam os meninos com vida” que Faraó mandava matar. As parteiras agiram com uma atitude de temor a Deus (Êxodo 1.15-21). Todos que cuidam da vida que o SENHOR dá estão operando com o temor de Deus. De outra maneira é homicídio.

 

Do momento que há concepção, há vida:

Ø  (Mateus 1.18) – Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.

 

Ø  (Mateus 1.20) – E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;

 

Quando “no oculto”, dentre do ventre, o corpo existia “ainda informe” Deus notava e dava consideração como se fosse uma pessoa completa. Davi disse pela inspiração:

 

Ø  (Salmos 139.14-17) – Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles.

 

Se a criança, “ainda informe”, levava a atenção notável de Deus, os que temem a Deus darão atenção adequada a ela também.

Ø  (Isaías 66.9) - Abriria eu a madre, e não geraria? Diz o Senhor; geraria eu, e fecharia a madre? Diz o teu Deus.

 

O fruto do ventre o seu galardão.

Como um destruidor da vida, Satanás definitivamente não incentiva a procriação. Cada criança que nasce tem o potencial de contrariar seus propósitos ao receber a graça de Deus e tornar-se um súdito do reino de Deus. Desse modo, qualquer coisa que impeça ou desencoraje as mulheres de exercer seu chamado dado por Deus de serem portadoras e doadoras da vida promovem os esforços de Satanás.

 

O processo pelo qual a maioria das pessoas – até mesmo os “crentes” – determina o tamanho da família geralmente é conduzido pelo medo, pelo egoísmo e pela racionalização  humanista e natural:

 

Justificativas influenciadas pelo maligno:

– “Como é que vamos sustentar mais filhos? Mal conseguimos pagar nossas despesas atuais. E as mensalidades da faculdade?”

 

– “Não posso lidar fisicamente com mais filhos. Estou exausta tentando tomar conta dos dois que já tenho”

 

– “Eu simplesmente não tenho paciência para lidar com um monte de crianças”

 

– “Se tivermos [mais] filhos, não teremos tempos para nós como casal”

 

– “Se tivermos que deixar o Senhor decidir quantos filhos deveríamos ter, teríamos duas dezenas de crianças”.

 

O mundo diz: “Os filhos são um fardo”. A Palavra de Deus diz que os filhos são uma das maiores bênçãos que ele pode dar a um casal:

Ø  (Salmos 127.3-5) - Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.

 

No entanto, olhamos para o céu e dizemos: “Deus, por favor, não envie mais nenhuma bênção ou na maioria das vezes fazemos uso de drogas para evitar a concepção ou assassiná-la!”

 

O mundo diz: “O propósito do casamento é fazer você feliz. Isso pode ou não incluir filhos”. A Palavra de Deus, por outro lado, ensina que um dos propósitos essenciais do casamento é ter filhos que temem e reverenciam o Senhor:

Ø  (Malaquias 2.15) - E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrasse o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.

 

Na primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo, somos lembrados de quer ter filhos é um papel básico dado por Deus Às mulheres. Paulo diz que às viúvas mais jovens que “se casem, tenham filhos, dirijam suas casas e evitem dar ao inimigo motivo para difamá-las” (I Timóteo 5.14). Ele afirma no último versículo do capítulo 2 “Todavia, ela será salva dando à luz filhos, desde que permaneça com domínio próprio na fé, no amor e na santificação”.

 

Claro, isso não quer dizer que a salvação da mulher é obtida por ela ter filhos. Esse versículo tem a mesma construção gramatical que o aviso de Paulo a Timóteo no capítulo 4, versículo 16: “Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nessas coisas. Dessa forma, salvarás a ti mesmo como os que te ouvem”.

 

Paulo está dizendo que a pregação era o papel de Timóteo e que a perseverança em seu chamado acompanharia a verdadeira conversão. A pregação não era um meio para a salvação de Timóteo, mas um fruto necessário dela. Da mesma forma, a vontade de uma mulher de abraçar seu papel e seu chamado dados por Deus (“ter filhos”), ao invés de se esquivar, é um fruto necessário que acompanhará a salvação verdadeira – é prova de que ela pertence a ele e segue os seus caminhos. (Isso não quer dizer que todas as mulheres são chamadas por Deus para se casar e ter filhos, mas simplesmente que, em geral, esse é o papel central que Deus estabeleceu para elas.)

 

Maria de Nazaré é um belo exemplo de uma mulher que demonstrou sua fé pela disposição de ter um filho, mesmo quando isso não estava em seus planos. Nem conseguimos imaginar todas as dúvidas que podem ter passado pelo coração dessa adolescente quando o anjo anunciou que ela daria à luz um filho:

 

– “Sou muito jovem! Não estou pronta para ter um filho.”

 

– “Não vou poder passar tempo com José e com minhas amigas, pois terei de me dedicar exclusivamente ao bebê.”

 

– “Quero me instalar na minha nova casa primeiro.”

 

– “O que todos vão dizer? Ninguém vai entender.”

 

– “Ainda não temos dinheiro para ter um filho. José está apenas começando seu negócio.”

 

– “O bebê vai nascer em meio ao censo de César, e nem mesmo estarei em casa.”

 

Mas nada indica algum tipo de hesitação ou restrição por parte de Maria. Sua resposta simplesmente foi: “Aqui está a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra” (Lucas 1.38). Ela disse, na verdade: Tu és o meu Senhor. Eu sou tua serva. Meu corpo é teu, e aceito qualquer inconveniência ou dificuldade que isso significará para mim. Tudo o que importa para mim é cumprir o propósito pelo qual tu me criaste. “Entrego-me alegremente para ser usado como desejares”.

 

O [próprio] Senhor Jesus, que acolheu as crianças em sua vida, teve tempo para elas e estimulou seus seguidores a fazer o mesmo.

Ø  (Mateus 19.13-14) - Trouxeram-lhe, então, alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.

 

Nossa tarefa não é criar filhos que se encaixem neste mundo ou que apenas sobrevivam a ele, mas criar filhos que serão usados por Deus para mudar nosso mundo.

Ø  (Romanos 12.2) - E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

 

Filhos e a Educação Sexual

Sendo muitas vezes um assunto constrangedor tanto para filhos quanto para os pais todos podem ficar sabendo que não é tão acadêmico quanto acham. Desde o fato que os pais passarem a terem filhos já tem iniciada a educação sexual para seus filhos. Desde que os filhos chegaram a ter consciência de si mesmos também já têm iniciado as lições da sua sexualidade. O assunto é honroso desde que esteja entre os contextos nos quais Deus o deu.

Ø  (Hebreus 13.4) - Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

 

Como o lar é o berço de caráter, costumes, morais e hábitos podemos entender que o lar é uma sala de aula também. Todas as atitudes de amor e respeito de um e outro no lar dão uma educação imperceptível nas atitudes que os filhos terão sobre sexo. As atitudes que os filhos desenvolvem sobre o assunto eles são vista primeiramente nas vidas dos pais.

 

O pai que é feliz de ser pai e que ama a sua esposa, já está dando aos filhos uma lição de sexualidade masculina. A mãe que é feliz nas suas tarefas de mãe e uma mulher que está em paz com a sua posição no lar já está dando às filhas uma aula particular de sexualidade feminina. Os pais que amam um ao outro e não têm medo de viver o seu amor publicamente dão aos filhos o alicerce de atitudes saudáveis. E tudo isso, sem nenhuma palavra dada “oficialmente” sobre o assunto.

 

Mesmo que a vida dos pais dão lições inesquecíveis aos filhos, palavras mais cedo ou tarde também devem ser dadas para treiná-los mais particularmente. Provérbios 5 é um exemplo de um pai cuidadosamente ensinando seu filho sobre os caminhos da vida. Que Rebeca tinha treinamento, por exemplo, e por palavra, é evidente quando ela encontrou o servo de Abraão, que buscava uma mulher para seu filho Isaque (Gên. 24). Há detalhes que devem ser dados sobre as características distintivas que Deus fez nas pessoas. O alvo de toda a instrução, seja pelo exemplo, seja pela palavra:

Ø  (I Tessalonicenses 4.4-5) – Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.

 

A hora certa de falar dos papéis expressos de cada filho é determinada pelos pais. Só deve ser enfatizado que este esclarecimento esteja feito mesmo pelos pais e antes que os filhos necessitem das informações.

 

Informado antes preparados estão. Preparado antes é ser maduro. Ser maduro é ser sábio quando a informação certa é necessária para dirigir a vida. Mas, mesmo assim, há certo mistério saudável sobre o assunto que só a realização de uma vida casada realmente desvendará.

Ø  (Provérbios 30.18-19) - Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço: O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem.


Jairzinho Viana

Apologista cristão, Ministro, líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.

 

Contato: redencaodasalmas@gmail.com


Referências:

Bíblia Sagrada Online - ACF - Almeida Corrigida Fiel;

Mentiras em que as Mulheres acreditam e a Verdade que as liberta, DEMOSS Nancy Leigh.

Eis que os filhos são herança do Senhor; IAVEC.

Filhos, herança do Senhor; GARDNER, Calvin.