sábado, 10 de janeiro de 2015

Obrigado por você fazer parte!

Nada é mais belo e rico do que sentir agradecido e poder agradecer a todos os envolvidos pelo júbilo sentido.

Em Outubro de 2013, Jesus , o nosso Deus, me deu a inspiração e o a oportunidade de criar o Blog da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA), pois tenho um espinho na carne e um grande desejo de levar o Evangelho de Deus, que é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer", mas como alcançar a toda a humanidade?

Disseminando o Evangelho através da ferramenta que viaja através de todo o planeta na mais incrível velocidade e graças a Deus em 14 meses de postagens, o Blog foi visualizado por mais de 12.000 vezes em quase todos os
cantos do planeta Terra.

Os artigos começaram de uma forma e a cada dia tem sido aperfeiçoados e melhorados para um fácil entendimento e despertamento aos leitores que sentem a necessidade de aprender e ensinar.

Agradeço a todos, você leitor, você pastor, você irmão, aos sites que tenho pesquisado, aos evangelistas que também escrevem e tenho tomado como referências para os meus posts.

Ao nosso Deus e a sua palavra que nos foi presenteada para termos as instruções de como sobreviver nessa terra dominada pelo maligno, e nos preservarmos limpos e puro para podermos evangelizar e juntos chegarmos a nossa morada eterna com Deus, que é o Céu.

Além do evangelismo pelo Blog, a Igreja Pentecostal da Anunciação tem outros projetos.

Nossos Projetos:




Projeto Levitas - Projeto para despertar jovens talentos a dedicação da música que agrada a Deus. A Igreja paga escola de música para ensinar os jovens até gravarem Cd´s..










Vozes Celestes - Grupo de Levitas (cantores) formado em Igreja local para louvar a Deus e agregar mais valores.











Mesa Farta - Tem como objetivo instigar a caridade nas pessoas para que a cada dia que vão a Igreja, levem um pouco de alimento para doarem as pessoas carentes, independente de serem da própria Igreja ou não. O objetivo é dar a Igreja condições para repartir alimentos a todos que tem fome e assim, saciar a fome diariamente.








Voto da Caridade - O objetivo é estimular a caridade nos irmãos para que a cada dia de Culto de Santa Ceia,todos possam levar alimentos como voto e depositar na Igreja, para que logo imediatamente após o Culto, esse alimento é repartido e entregue a um ou mais irmãos carentes da Igreja.





Projeto Social - Onde a Igreja paga aluguel e luta por conseguir moradia para os menos favorecidos. E outros projetos de cunho religioso e social.

Caso você tenha o mesmo sentimento e desejo, poderá nos ajudar, basta entrar em contato comigo. Obrigado.




Jairzinho Viana
Apologista cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.

Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com






quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Obra de Deus - Relaxadamente ou com zelo

Deus quer que sua obra seja feita com zelo e obediência, de acordo com seu propósito e estratégia. Na construção do Tabernáculo o qual constitui um tipo da igreja, a ordem de Deus a Moisés foi: 

Ø  (Êxodo 25.8-9) - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis.

Maldição, qual seu significado?
Dicionário Michaelis - Ato ou efeito de amaldiçoar. Imprecação, praga. Desgraça, execração.

Maldição – Em Latim, male, “mal” e dicere, “dizer, falar” formaram maledicere, que inicialmente significava apenas “falar mal de alguém”. Foi com o cristianismo que surgiu o significado de execração, de afastamento do que é sagrado e correto. Por longo tempo, chamar alguém de “maldito” ou “amaldiçoado” era ofensa muito grande.

Imprecação – Vem do Latim precatio, “rogo, pedido, oração”. Se alguém está desejando o mal a outra pessoa, talvez esse alguém faça uma imprecação, de in, “contra”, e precari, “orar”. Pelo visto, orações podem servir a maus propósitos também.

Execração – Vem do Latim exsecratio, “juramento, maldição, imprecação”. E esta palavra por sua vez é composta de ex, “fora”, e sacer, “sagrado”. Tudo o que se afasta do que é sagrado é considerado detestável, ruim.

Sintomas de relaxamento
Ter uma maldição sobre a própria vida não é nada bom ou aconselhável. Está aí uma prova vinda da boca de Deus de como devemos levar a sério tudo aquilo que se refere à Sua Obra.

Diante de alguns comportamentos dentro da casa, da unidade, podemos detectar os sintomas da falta de zelo com a Obra de Deus e seus ensinamentos, vejamos:

Membro
(Batizado, participante da Ceia do Senhor e com oportunidades de realizar a Obra de Deus)
Ø  Antes - Chegava a igreja no horário determinado, fazia sua oração antes de qualquer oportunidade de participar da reunião e pedia que o Espírito Santo falasse naquele dia, lia a Bíblia e meditava, orava e jejuava, procurava agradar a Deus em tudo o que fazia, era fiel nos dízimos e agia a fé em ofertas e propósitos.

Ø  Depois – Chega sentando para esperar começar a reunião, não leva a Bíblia quando vai a igreja e nem lê em casa (e quando lê não entende nada), ora de vez ou outra, jejua pouco ou nada e não fica em espírito, já não tem tanta preocupação em fazer tudo de acordo com a Palavra de Deus, perdeu o temor, ás vezes toca no dízimo, não age mais a fé e quando pega os envelopes não cumpre o voto com Deus.

Evangelista
(Membro, separado para o Ministério, auxiliar o Pastor e responsável por 95% das almas ganhas através da evangelização)
Ø  Antes – Preocupava com a Igreja e em ser bom exemplo, saia para ganhar almas, se consagrava antes da evangelização, pois tinha a consciência de que ganhar almas é mexer com o diabo, dava sua vida para levar consolo a quem sofria, fazia jejuns para plantar a semente da fé no coração dos afastados.

Ø  Depois – Mais falta aos cultos na Igreja, reclama mais dos Irmãos do que evangeliza, perdeu a consciência da santidade do trabalho da evangelização, já não passa mais fé e acha que só convidar a pessoa e dizer o endereço da igreja é o suficiente para pensar: “Estou com o dever cumprido” (sendo que o ato de ganhar almas deve ser feito por amor e não por obrigação).

Responsáveis pelas Crianças
Ø  Antes – Preocupada com o horário para organização das crianças e do exemplo para os pais e mães, consciência que começaria ali uma guerra espiritual contra o mal que aflige os pequeninos, fazia de tudo para as crianças entenderem o verdadeiro sentido da fé, dava sua vida para que todos saíssem cheios do Espírito Santo, orava pelas crianças antes e depois, tinha prazer e alegria em ser a responsável.

Ø  Depois – Não cumpre horário nem dá satisfação, reúne com as crianças de qualquer jeito, pois não passa de uma empregada sem salário e não aguenta mais o barulho de todas ao mesmo tempo, perdeu a visão da fé acerca das crianças, acha que não tem jeito e quem tem que cuidar são os pais, perdeu toda a paciência que tinha para ensinar a Palavra de Deus a elas.

Obreiro ou Cooperador
(Membro, separado para o Ministério, cooperando em tudo na Obra de Deus, desde a limpeza da Igreja, seus utensílios até ao anunciar dar palavra).
Ø  Antes – Sempre preocupado com o horário, a abertura da Igreja, sua organização, limpeza dos utensílios (microfones, bebedouros, copos, banheiros etc.), a preparação para receber o Pastor, preocupava com as crianças que ficavam andando no salão, orava pelo povo, fazia propósitos com pessoas que queriam ser batizadas com o Espírito Santo, tinha sede de libertar as pessoas e orientá-las, falava de Jesus para os oprimidos, jejuava com frequência, visitava as almas e vigiava em absolutamente tudo.

Ø  Depois – Visitantes tem mais frequência na Igreja do que o Obreiro, não cumpre mais horários, não se preocupa mais com a Igreja, quando aparece é sempre apressado em sair e não permanece dentro da Igreja durante o Culto a Deus, não tem mais interesse em aprender nos cultos de ensinamento (pois acha que já sabe de tudo), vai embora correndo mais ainda, já não ora mais pedindo para ser usado(a) na Obra de Deus, jejua pouco ou não jejua mais, não busca o Espírito Santo com todo o coração e na vontade de ser renovado(a), não orienta mais as pessoas, não se doa para o povo.

Pastor, Presbítero ou Bispo
(Membro separado para o Ministério da liderança e zelo da Obra de Deus e seu rebanho)
Ø  Antes – Orava constantemente (em casa, na Igreja e nos montes) e com horário específico, clamava em alta voz pela causa do povo, comprava a briga do povo, fazia desafios da fé para milagres acontecerem, cuidava dos obreiros como cuidava da própria alma, dedicava todo seu amor e seu tempo para a Obra de Deus.

Ø  Depois – Já não clama mais como antes, a causa do povo já não faz mais parte da sua vida, dá uma palavra para os obreiros porém não passa mais aquele espírito de fé, usa o tempo que lhe sobra para gastar com outras coisas que não fazem parte da Obra de Deus como enriquecimento e amizades com políticos e alta sociedade.

Esposa
(Ajudadora levantada por Deus)
Ø  Antes - Dava tudo de si para seu querido marido (membro, ministro), cuidava da casa e dos filhos como se estivesse cuidando do Altar do Senhor Jesus, orava constantemente pelo seu próprio ministério e pelo de seu esposo, participava ativamente das reuniões de oração (círculo de oração e campanhas), sendo sempre a primeira a chegar, procurava passar fé para as irmãs, falava somente aquilo que edificava, sendo exemplo de comportamento, tanto na Igreja quanto fora.

Ø  Depois – Não dá mais atenção para o marido e menos para os filhos, não age mais com tanta sabedoria, fala pelos cotovelos e ás vezes fala até o que não deve, não passa mais fé para as irmãs, não aparece mais no círculo de oração e quando vai reclama mais do que ora, não ora mais pelo ministério do marido com tanta frequência e já não é exemplo em todos os lugares que frequenta.

Quando Deus fala em Sua Palavra que não podemos fazer Sua Obra relaxadamente Ele quer dizer que não devemos de jeito algum fazer a mesma por obrigação, imposição, ou porque o pastor está vendo, ou porque pensa que os membros vão reparar em nossa ausência.

A Obra de Deus é voluntária, ninguém recebe nada em troca (humanamente falando), a base dessa Obra é o amor pelo próximo e pelo Senhor Jesus, e sabemos perfeitamente que a recompensa vem do próprio Deus.

Quando fazemos essa Obra santa de qualquer jeito mostramos para Deus que não temos temor algum, que o respeito, a admiração e a dedicação já se foram há muito tempo. “Empurrar com a barriga” é fazer mal para a própria alma, é pedir para perder a Salvação, é estar de braços abertos para receber a maldição.

Se você não está feliz com suas responsabilidades na igreja, basta conversar seu pastor. Ninguém vai te humilhar, te bater, te pressionar. Nada disso! É melhor ser sincero(a) com você mesmo(a) do que continuar levando as coisas da maneira errada e estar totalmente apto(a) a entrada do mal em sua vida.

O texto de Jeremias, neste sentido é enfático:

Ø  (Jeremias 48.10) – Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente (relaxadamente); e maldito aquele que retém a sua espada do sangue.

O sentido é de não ser honesto e diligente no trabalho do Senhor. O Senhor condena o engano, a hipocrisia, a preguiça e a falta de zelo no serviço a ele. Antes, porém, de aprofundarmos a questão, precisamos ter compreensão clara de duas coisas:
 1.   
   Como discípulos de Jesus Cristo estamos debaixo da graça de Deus:

Não existe maldição para o cristão fiel. A nova criatura não pode do ponto de vista das escrituras estar debaixo de maldição.

Ø  (II Coríntios 5.17) - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

Ø  (Romanos 10.4) – Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.

Como filhos de Abraão, somos abençoados, pois Cristo nos resgatou da maldição da Lei

Ø  (Gálatas 3.13-14) - Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

Ø  (Genesis 12.2-3) - E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

2.      Como falso discípulo, não estamos debaixo da graça de Deus:
Mesmo sendo crentes, existe maldição, indica esta condicional.
Ø  (Romanos 6.14) - Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

Desta forma, se alguém faz a obra do Senhor relaxadamente, imediatamente se coloca debaixo da lei de Jeremias 48.10 (é maldito).

A graça de Deus é um princípio operante na obediência

Ø  (Filipenses 2.12-13) – De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.

Quando não estamos debaixo da graça de Deus, o diabo tem permissão para atuar.

Quem não está debaixo da Graça de Deus
Analisemos passo a passo o que nos revela o trecho descrito por Jeremias abaixo:
Ø  (Jeremias 48.10) - Moabe esteve descansado desde a sua mocidade, e repousou nas suas fezes, e não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou.

Este capítulo está no meio de uma série de profecias contra as nações pagãs. Deus explica seus motivos e planos para castigar nações como Egito, Filístia, Amom, Edom, Babilônia e outras.

No capítulo 48, o país condenado é Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló e, por isso, parentes dos israelitas. Mas a sua longa história de desrespeito para com Deus levou este povo a receber a condenação do Senhor. Como Deus tem feito muitas vezes com outros povos e nações, ele decidiu usar mãos humanas para punir os moabitas. Os homens usados para executar a sentença seriam instrumentos de Deus, vingadores escolhidos pelo Senhor.

“Despreocupado esteve Moabe...

Ø  (Sofonias 1.6) – E os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele.

Estão acomodados, néscios, insensatos, e não procuram compreender a vontade do Senhor

Ø  (Efésios 5.15-17) – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

É inconcebível pensar que a graça de Deus pode operar em pessoas com esta concepção existencial de vida.

Não foi mudado de vasilha para vasilha...” Isto significa uma vida que não sofre transformação constante. O verdadeiro cristão debaixo da graça de Deus é aquele que está sendo aperfeiçoado, crescendo na graça de Deus.

Ø  (I Pedro 1.13) – Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo;

Ø  (Colossenses 2.12-13) – Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,

Ø  (II Coríntios 3.18) – Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

Nem foi para o cativeiro...” Deus tinha o propósito de disciplinar Israel no cativeiro. Se, portanto, alguém não se submete à disciplina, ao tratamento de Deus, está sem paternidade, se coloca sob maldição.

Ø  (Hebreus 12.5-8) - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.

Doutra sorte seu testemunho fica prejudicado: “...e o seu aroma não se alterou.”

(Neemias 13.1-2) – Naquele dia leu-se no livro de Moisés, aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus, porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes contra eles assalariaram a Balaão para os amaldiçoar; porém o nosso Deus converteu a maldição em bênção.

Por ocasião da operação limpeza feita na congregação de Israel, os Moabitas, assim como os Amonitas foram excluídos.

(Deuteronômio 23.3-4) –Nenhum amonita nem moabita entrará na congregação do SENHOR; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do SENHOR eternamente. Porquanto não saíram com pão e água, a receber-vos no caminho, quando saíeis do Egito; e porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, de Mesopotâmia, para te amaldiçoar.

Consta que eles não poderiam fazer parte da congregação do Senhor. Os Moabitas e Amonitas tinham uma herança natural de prostituição por serem filhos de uma relação incestuosa de Ló com suas filhas.

Ø  (Gênesis 19.37-38) – E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje. E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje.

Os Moabitas e Amonitas eram naturalmente bastardos. Deus, porém, na sua graça e misericórdia queria acolhê-los.  

Ø  (Deuteronômio 23.5) - Porém o SENHOR teu Deus não quis ouvir Balaão; antes o SENHOR teu Deus trocou em bênção a maldição; porquanto o SENHOR teu Deus te amava.

A razão pela qual segundo a Lei não podiam fazer parte da congregação do Senhor não era sua herança natural, sim o fato de não terem ido ao encontro do povo de Israel com pão e água, no caminho quando este saiu do Egito, antes alugaram o profeta Balaão para amaldiçoar o povo de Deus, se tivessem ao contrário, socorrido o povo de Deus não estariam debaixo de maldição, mas sim da graça de Deus.

Semelhantemente, como cristãos, precisamos acolher e socorrer uns aos outros, se quisermos permanecer debaixo da graça de Deus.

Ø  (Mateus 10.40) – Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

Ø  (Romanos 15.7) – Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.

Ø  (I João 3.17) – Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?

Aquela fora a oportunidade dos Amonitas e Moabitas. Eles a perderam. Não somente isto contaminaram a Israel, tendo os seus filhos casados com as filhas dos Moabitas, inclinando seus corações aos deuses deles, provocando assim a ira e juízo do Senhor,

Ø  (Números 25.1) –E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.

Somente o zelo de Finéias, filho de Arão, pode desviar a ira de Deus sobre Israel (Números 25.7-11). Deus transformara a maldição em benção (Deuteronômio 23.5).

Israel, por fazer relaxadamente a obra do Senhor, transformou a benção em maldição (Números 25.1-5). Finéias por seu zelo, novamente transforma a maldição em benção (Números 25.7-11).

Ø  (Jeremias 48.12) - Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que lhe enviarei derramadores que o derramarão; e despejarão as suas vasilhas, e romperão os seus odres.

Os Moabitas não se arrependeram, antes seguiram o curso da maldição. O espírito de prostituição estava no meio deles. O procedimento de Efraim e Israel, não lhes permita voltar para Deus, porque o espírito de prostituição estava no meio deles, impedindo o conhecimento do Senhor. Desta forma, Moabe não foi para o cativeiro conforme ordenara Deus através do profeta Jeremias. Deus tinha um duplo propósito no cativeiro:
Ø  Curar a nação de Israel da idolatria;
Ø  Preparar um remanescente fiel, para através dele chamar todas as nações.

Isto ocorreu nos tempos de Esdras e Neemias, na reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém. Se os Moabitas tivessem ido para o cativeiro, teriam tido a oportunidade de ingressar no remanescente fiel e não estariam mais debaixo da maldição da Lei.

No dia de pentecostes, um remanescente fiel (140 discípulos), começou a chamar todas as nações, começando em Jerusalém, para estarem debaixo do Senhorio de Cristo.

Ø  (Atos 2.1-5) - E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados, e foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles, e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem, e  em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

Construindo o verdadeiro templo e a verdadeira cidade, onde não existe maldição.

Ø  (Apocalipse 22.3) – E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

O desleixo de Abner e seu destino
Abner era comandante do exército de Israel sob o Rei Saul. Em I Samuel 26.1-16, estavam no encalço de Davi. Saul e seu exército acamparam no outeiro de Haquilá (vs. 3), Davi e Abisai foram para ali e tiveram oportunidade de matar Saul, pois estavam todos dormindo (vss. 5-8). Davi, porém, respondendo à Abisai disse: “...Nenhum dano lhe faças; porque quem estendeu a sua mão contra o ungido do SENHOR, e ficou inocente?” Precisamos tomar cuidado em não tocar nos ungidos do Senhor (ministérios e irmãos), pois não seremos tidos como inocentes.

Davi se retira daquele lugar (vs. 13) e bradou ao povo e a Abner (vs. 14). No vs. 15 Davi questiona à Abner: “... não és homem? E quem há em Israel como tu? Por que, pois, não guardaste o rei, teu senhor?” No vs. 16 temos a maldição: “...vive o SENHOR, que sois dignos de morte, vós que não guardastes a vosso senhor, o ungido do SENHOR...” Abisai não seria tido por inocente por matar o Rei Saul, assim como Abner por permitir este acontecimento.

A lição que devemos tirar aqui é que precisamos vigiar, honrar, socorrer, proteger os ungidos do Senhor. Precisamos cooperar com Deus e Sua obra, para não incorrermos em maldição. Leiamos:

Ø  (Juízes 5.23) – Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do SENHOR, acremente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram ao socorro do SENHOR, ao socorro do SENHOR com os valorosos.

Como vive o Senhor, vosso Senhor, o ungido do Senhor (vs.16). Saul a cobertura espiritual de Abner havia morrido na batalha como predissera Davi (I Samuel 26.10). Desta forma Abner não poderia mais estar nela pois estava sem cobertura.

Reportemos à Êxodo 17.1-13. Amaleque sai à peleja contra Israel. Enquanto Moisés tinha as mãos levantadas, Israel prevalecia, porém, quando Moisés abaixava suas mãos Amaleque prevalecia. Arão e Hur, representando o ministério de intercessão sustentaram as mãos de Moisés levantadas, e desta forma Josué desbaratou todo o exército dos Amalequitas.

Ø  Precisamos ter cobertura para estarmos na guerra espiritual.
No texto de Jeremias, os Moabitas se julgavam valentes e fortes para a guerra (Jeremias 48.14). Entretanto, o veredicto do Senhor sobre eles é que seriam destruídos e que perto estava sua perdição (Jeremias 48.15-16).  

Ø  (II Samuel 2.8-11) - Porém Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saul, tomou a Is-Bosete, filho de Saul, e o fez passar a Maanaim, e o constituiu rei sobre Gileade, e sobre os assuritas, e sobre Jizreel, e sobre Efraim, e sobre Benjamim, e sobre todo o Israel. Da idade de quarenta anos era Is-Bosete, filho de Saul, quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos; mas os da casa de Judá seguiam a Davi, e foi o número dos dias que Davi reinou em Hebrom, sobre a casa de Judá, sete anos e seis meses.

Abner usando de sua influência constitui Is-Bosete, filho de Saul, como Rei sobre todo Israel, à revelia de Deus que já havia ungido Davi como sucessor no trono de Israel. Desta forma, Abner era sua própria cobertura ao constituir um herdeiro na forma institucional.

Neste exemplo, vemos o perigo do institucionalismo e denominacionalismo como coberturas humanas para a obra de Deus. Abner, entretanto, estava sob maldição da lei enunciada por Davi em I Samuel 26.16.

O curso desta maldição se expressa agora na forma de rebeldia contra a autoridade por ele mesmo constituída, ao ser repreendido por Is-Bosete por coabitar com uma concubina de seu pai, Abner se revoltou (II Samuel 3.6-12).

Em II Samuel 3.7-13, Abner faz uma aliança com Davi. Davi não poderia fazer isto pela condição de rebeldia de Abner.

Certamente foi uma atitude política. Não podemos fazer aliança com rebeldes, para não incorremos na maldição deles.

Todavia esta aliança afetaria o destino de Abner. Em II Samuel 3.27, Joabe, comandante do exército de Davi, mata Abner à traição. Joabe, no hebraico significa pai. Joabe não tinha cobertura de Davi para isto. Entretanto, o coração e atitude de Abner deram brecha para o juízo de Deus. Ele não estava fazendo a obra do Senhor com zelo quando era comandante do exército de Saul, o ungido do Senhor.  
 Guerra Espiritual, o que é?
Unidade é o princípio básico para a guerra espiritual contra os agentes do mal, as atrações do mundo e as inclinações da natureza caída do homem. Uma coisa fica clara nas palavras de Jesus:

Ø  (Mateus 12.25) - "... Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.".

O texto a propósito, fala de reino, cidade, e casa, que nas escrituras são aplicáveis à igreja:

Ø  (Hebreus 3.6) – Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim;

Ø  (Hebreus 11.10) –Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus;

Ø  (I Pedro 2.9) –Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

Biblicamente falando, a menor unidade da igreja no plano de Deus é a família, embora a salvação seja individual.

Na ordem criacional de Deus a família é o primeiro núcleo social, constituída de marido, mulher e filhos:

Ø  (Gênesis 1.27-28) - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Ø  (Efésios 6.1-4) -  ÓS, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo;

Vemos então a importância da unidade familiar.

Unidade Familiar
A vida da família não pode ser vivida relaxadamente fora da vontade e propósito do Senhor. Muitos lares, inclusive cristãos, sofrem problemas de várias ordens porque falham no comprometimento com o projeto divino. Daí nos dias modernos muitas vezes não sabemos explicar a desintegração familiar e os males que isto podem causar na igreja e sociedade em todas as esferas, quer sejam institucionais ou relacionais.

Ø  (I Pedro 3.7) – Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.

O texto acima dá algumas pistas para a relação na família:

A.    “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento” - Depois de se dirigir as mulheres, orientando-as no que se refere ao comportamento pessoal e relacional diante de Deus e de seus maridos (I Pedro 3.1-6), Pedro se dirige agora a esses últimos de forma especial, dando lhes responsabilidade na vida conjugal, quais sejam:

Vida comum do lar com discernimento - No grego a expressão é synoikuntes kata gnōsin literalmente “morando com discernimento”. A idéia é coabitação comum segundo a sabedoria. Vamos por partes:

Synoikuntes - Vivendo juntos na mesma casa. Certamente viver juntos inclui todos os relacionamentos, inclusive aqueles que dizem respeito a sexualidade. Ao marido é atribuída a iniciativa de tornar o lar um ambiente de relação amorosa e dialogal.

Kata gnōsin - Com discernimento, isto é, sabedoria. Certamente isto inclui a responsabilidade do marido de amar sua esposa como Cristo amou a igreja e deu sua vida por ela (Efésios 5.25).

Gnōsin - Conhecimento de mistérios. O casamento é um mistério que revela no plano natural, a idéia que Paulo desenvolve em (Efésios 5.32), “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja”. O homem deve tomar a iniciativa em relação a vida comum no lar. Tendo em vista ser ele o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da igreja.

Ø  (I Coríntios 11.3) - Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.

Sabedoria no texto é ter revelação e conhecimento do propósito de Deus para a família e aplicá-la nas relações
cotidianas.

B.     “E, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil” - A consideração, isto é, compreendendo-a como vaso mais frágil (no grego: “vaso mais fraco”). Dificilmente o texto estaria fazendo uma avaliação depreciativa da mulher.

No que constituiria esta fragilidade? Alguns argumentos podem ser aventados, como o fato da mulher ser fisicamente mais frágil que o homem. Doutra sorte, ainda a mulher é mais delicada e sensível emocionalmente. Estas duas condições, não a diminuem pelo contrário, são qualidades que canalizadas na vida comum do lar, complementa o homem, tornando a mulher dependente e submissa no sentido bíblico para cumprir seu papel de ajudadora idônea.

Esta é a razão pela qual as escrituras ordenam a submissão das esposas a seus maridos.

Ø  (Efésios 5.22) – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR;

C.     “Tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida” - Homem e mulher foram abençoados para se multiplicarem e exercerem domínio sobre a criação. Portanto o propósito de Deus é abençoar todas as famílias da terra.

Ø  (Gênesis 12.3) – E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Ele é o propósito histórico e transcendente do casamento. A mulher cumpriria sua função de ajudadora idônea:

Ø  (Gênesis 2.20) – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.

“Aponemontes timēm” literalmente “conferindo honra” o qual lhe é devida, por sua função de auxiliadora idônea. Em sua obra redentora em Cristo a família tem um lugar especial.

Ø  (Malaquias 4.5-6) - Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR, e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.

Marido e mulher são herdeiros da mesma graça de vida. Não são diferentes diante de Deus. Todos os
cristãos homens e mulheres são co-herdeiros de Cristo.

Ø  (Gálatas 3.28-29) -  Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus, e, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.

Ø  (Romanos 8.17) – E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

“Synklēronomois” é co-herdeiros. A palavra syn = com, é suficiente para afirmar a igualdade entre homem e mulher, sendo a diferença entre eles, meramente funcionais. Na criação homem e mulher foram chamados de Adão.

Ø  (Genesis 5.2) – Homem e mulher os criou; e os abençoou e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados.

A mulher já estava no homem, assim como a igreja está em Cristo e d’Ele procede. Esta é a razão porque Paulo diz que quem ama sua esposa, a si mesmo se ama (Efésios 5.28). O contrário também é verdadeiro.

D.    “Para que não se interrompam as vossas orações” - Existem dois sentidos possíveis para este fato: Em primeiro lugar, as orações dos homens podem ser prejudicadas se a relação com a mulher não se dá na forma indicada no texto.

“Egkoptesthai” significa cortar, impedir. Desta forma o mau relacionamento dos conjugues pode levar ao corte completo das orações ou elas não serem ouvidas.

Em segundo lugar, as orações podem ser as do casal. Aqui é importante salientar a importância da concordância para que Deus responda nossas orações:

Ø  (Mateus 18.18-20) - Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus, porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

Se não houver unidade na família, abrem-se brechas para demônios, e consequentemente isto pode afetar os filhos. Vejamos a seqüência de Efésios 6.1-3:

Ø  Filhos obedientes aos pais no Senhor - Isto requer dos pais o mesmo para ser exemplo para os filhos;
Ø  Os filhos devem honrar pai e mãe, por sua condição diante do Senhor;
Ø  Promessa aos filhos obedientes no Senhor;
Ø  Necessidade dos pais ensinarem seus filhos na disciplina e admoestação do Senhor.

A unidade aqui é assaz importante. Não é por acaso que Efésios 6.10-20 diz respeito a batalha espiritual para a qual devemos estar preparados em todas as áreas de nossas vidas, incluindo a familiar.

Unidade dos Ministérios e da Igreja na Obra de Deus
No capítulo 3 do livro de Êxodo temos o chamado de Moisés para livrar o povo de Israel do jugo de Faraó. No verso 16 Moisés tinha que ajuntar os anciãos para cumprir este chamado. O propósito de Deus era que através dos anciãos o povo todo poderia ser ajuntado.

Por causa da relutância de Moisés:

Ø  (Êxodo 4.10-13) – Então disse Moisés ao SENHOR: Ah, meu Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua. E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar. Ele, porém, disse: Ah, meu Senhor! Envia pela mão daquele a quem tu hás de enviar.

Deus ordena que Moisés chame Arão para ajudá-lo. Desta forma Moisés seria Deus para Arão e este sua boca. Isto pode representar o ministério do Espírito e da palavra.

Ø  (Êxodo 4.14-17) – Então se acendeu a ira do SENHOR contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele falará muito bem; e eis que ele também sai ao teu encontro; e, vendo-te, se alegrará em seu coração. E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele, ensinando-vos o que haveis de fazer. E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus. Toma, pois, esta vara na tua mão, com que farás os sinais.

Para que a obra de Deus seja perfeita o Espírito e a Palavra precisavam ser um nos ministérios de Moisés e Arão. Os sinais que eles deveriam fazer representam uma confirmação da autoridade de Moisés e Arão sobre o domínio de Faraó, que representa satanás.

Em Atos dos Apóstolos temos doutrina e orações (palavra e espírito), comunhão e partir do pão (unidade entre os cristãos) e a confirmação da autoridade dos apóstolos sobre o domínio de satanás com muitos prodígios e sinais.

Ø  (Atos 2.42-43) - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações, e em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

Na história da libertação do povo de Israel temos:

Unidade entre Moisés e Arão:
Ø  (Êxodo 6.27) - Estes são os que falaram a Faraó, rei do Egito, para que tirasse do Egito os filhos de Israel; estes são Moisés e Arão.

Unidade entre os anciãos:
Ø  (Êxodo 4.29) – Então foram Moisés e Arão, e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel.
                                                                         
Unidade do povo:
Ø  (Êxodo 4.30) –E Arão falou todas as palavras que o SENHOR falara a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.

Confronto com Faraó que representa satanás:
Ø  (Êxodo 5.1) – E depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.

Os sinais autenticando a autoridade de Moisés de Arão e libertação do povo de Israel do jugo de Faraó:
(Êxodo 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14).

Em o Novo Testamento a unidade dos cristãos:

Ø  (João 17.21) – Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

Tem como objetivo aperfeiçoar os santos a fim de que o mundo creia que o Pai enviou o filho, para dar vida eterna a todos os que n’Ele cressem (João 3.16). Nos versículos de Efésios abaixo, temos o processo:

Ø  (Efésios 4.7-16) – Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens, ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas, e ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente, antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

 Após a ascensão, o Espírito Santo concede ministérios: Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores mestres, com o objetivo de aperfeiçoar os santos (Efésios 4.11-12).

A palavra katartizar, do grego, tem o sentido de equipar como um todo para que a igreja alcance a unidade da fé e a estatura de Cristo (Efésios 4.13). Desta maneira não cairiam no engano e astúcia dos homens (Efésios 4.14). Consequentemente, seguindo a verdade em amor, todos cresceriam em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, como todo corpo bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte efetuaria seu próprio crescimento em amor (Efésios 4.15-16).

A Missão dos Servos Atuais
Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!” Deus chamou homens para castigar os moabitas, e falou que seriam malditos se não cumprissem sua tarefa com diligência.

Hoje, a missão dos servos de Deus não é aniquilar os rebeldes:

Ø  (Romanos 12.18-19) - Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens, não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

Deus tem dado aos servos dele, nos dias de hoje, uma missão de misericórdia e amor. Nós devemos anunciar as boas novas que oferecem a salvação aos homens perdidos, para que possam evitar a condenação eterna e participar do privilégio da comunhão eterna com Deus.

Se Deus condenou os servos negligentes na missão de vingança, quanto mais ele vai cobrar a falta de zelo na missão de misericórdia! Os obreiros hoje devem ser diligentes no trabalho do Senhor.

Os Obreiros no Novo Testamento
É interessante e triste observar como as descrições mais simples e humildes podem ser distorcidas pelos homens para criar cargas de importância nas igrejas. Algumas palavras são tão simples que seria difícil compreendê-las de forma errada, mas muitos religiosos conseguem!

Considere alguns exemplos do Novo Testamento, em contraste com os abusos dos dias atuais. A palavra ministro significa servo, e ministério significa serviço. Mas muitas igrejas usam tais palavras como títulos para engrandecer pessoas (colocando servos acima dos irmãos que devem ser servidos) e trabalhos (a palavra ministério assumiu, no entendimento de muitos, a idéia de alguma obra ou até organização de destaque).

Precisamos aprender que ministrar quer dizer servir. Ao invés de pensar em subir para uma carga de liderança e domínio sobre outros, deve lembrar-se do exemplo de Jesus quando ele pegou uma toalha e uma bacia de água e lavou os pés dos apóstolos (João 12.5). Do mesmo modo, as palavras traduzidas obreiro no Novo Testamento significam trabalhador, às vezes destacando a idéia do trabalho árduo e cansativo.

Evangelistas são obreiros:
Ø  (II Timóteo 2.15) – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

Não no sentido de serem líderes ou dominadores de igrejas, mas no sentido de trabalharem para pregar o evangelho de Jesus.

No Antigo Testamento e nas religiões pagãs, existiam classes de sacerdotes especiais. Mas no Novo Testamento, todos os cristãos são sacerdotes.

Ø  (1 Pedro 2.5) – Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

No contexto de uma congregação local, alguns serão escolhidos como pastores (chamados, também, de presbíteros ou bispos):

Ø  (Atos 20.28) - Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.

Estes homens especialmente qualificados:

Ø  (I Timóteo 3.1-7) -   Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja, Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo, convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.

Ø  (Tito 1.5-9) - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes, porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;  mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina,

Guiarão, mas não deverão dominar o rebanho:

Ø  (1 Pedro 5.1-3) – Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.

Cada discípulo – cada sacerdote – mantém a comunhão com Deus e não depende de mediador humano para servir ao Senhor.

Nas tentativas persistentes de implantar ou manter um sacerdócio especial nas igrejas hoje, até a simples palavra obreiro tem sido abusada. Em algumas igrejas, “obreiro” se tornou um título oficial para destacar alguns irmãos acima dos outros. Ao invés de reconhecer que todos nós devemos ser obreiros e cooperadores, algumas igrejas já chegaram ao ponto de nomear “O Obreiro” ou “Nosso Obreiro”, assim destacando uma pessoa como líder da congregação.

Neste conceito errado de liderança, alguns discípulos acreditam que “O Obreiro” ocupe uma posição abaixo de Jesus mas acima do rebanho, exercendo autoridade para governar e tomar decisões pela congregação.

Para defender tal autoridade de pregadores ou evangelistas, alguns buscam base no Novo Testamento. Vamos examinar alguns versículos que são usados para justificar este sistema anti-bíblico de liderança de igrejas:

Tito 2.15 – Paulo disse ao evangelista Tito: “Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.”

O trabalho de qualquer evangelista é pregar a palavra, que ele faz com a autoridade da própria palavra:

Ø  (II Timóteo 4.5) - Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

Usando a palavra de Deus, que tem a autoridade divina, um evangelista ensina, edifica, repreende e põe em ordem as coisas que faltam nas igrejas onde ele prega (Efésios 4.11-14; Tito 1.5). A autoridade está na palavra que ele prega, não numa posição de domínio sobre a congregação.

·         I Coríntios 16:15-16 – Agora vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia, e que se tem dedicado ao ministério dos santos), que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha.

Depois de comentar sobre a fidelidade da família de Estéfanas no serviço dos santos, Paulo disse aos coríntios: “que também vos sujeiteis a esses tais, como também a todo aquele que é cooperador e obreiro”. Se tivesse alguma passagem que usasse as palavras “cooperador” ou “obreiro” como títulos de distinção, daria para entender uma certa autoridade aqui. Mas a realidade é que todos os cristãos devem trabalhar, e todos devem ser sujeitos uns aos outros.

Ø  (Efésios 5.21) – Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

Ø  (Romanos 12.10,16) - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros... Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;

Devemos ajudar e apoiar aqueles que servem ao Senhor, sejam evangelistas ou outros servos e servas.

Ø  (III João 1.5-8) -  Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos, que em presença da igreja testificaram do teu amor; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás; porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos gentios, portanto, aos tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da verdade.

Ø  (Romanos 16.1-2) – Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.

·         Hebreus 13:17 – Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.

O autor já falou de guias do passado (Hebreus 13.7), e agora fala sobre guias vivos: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma...”. Este versículo tem sido muito mal aplicado para justificar muitos abusos em igrejas. Conforme o Novo Testamento, os homens autorizados por Deus para guiar o rebanho são os bispos, homens escolhidos na base de qualificações rigorosas (I Timóteo 3.1-7; Tito 1.5-9). Não temos direito de usar este versículo para justificar autoridade de evangelistas, “discipuladores”, etc. Mesmo quando se trata de bispos, este versículo não lhes dá autoridade absoluta (I Pedro 5.3).

A palavra traduzida “obedecei” em Hebreus 13.17 significa “sejam persuadidos”. Como ovelhas submissas, devemos permitir que os bispos nos mostrem os motivos, segundo a vontade de Deus, para fazer o que eles indicam.

Quem São os Obreiros Hoje?
Depois de considerar vários trechos do Novo Testamento e o significado da palavra “obreiro”, fica fácil entender a aplicação hoje. Todos os cristãos fiéis devem trabalhar incansavelmente. Todos os discípulos de Cristo são obreiros, cooperadores no trabalho dele. Uma vez que compreendemos o sacerdócio de todos os cidadãos do reino de Cristo, entendemos que todos são obreiros (desde o novo convertido até o Ministro propriamente dito).

Obreiros Malditos ou Abençoados?
O perigo de ser obreiros malditos não é apenas um problema de pastores e evangelistas, como já vimos ao longo deste estudo. É um perigo que todos os cristãos enfrentam! Se formos negligentes, desonestos ou preguiçosos no nosso serviço a Deus, seremos condenados por ele.

As palavras, contidas em Jeremias 48.10, são parte do texto referente a uma profecia contra Moabe, mas servem também como um grave alerta a todos que trabalham na obra do Senhor, independente do cargo que ocupam (pastores, missionários, diáconos, presbíteros, ministrantes de louvor, recepcionistas, professores de escola bíblica dominical, líderes de ministérios ou de pequenos grupos, intercessores, etc). É pela boca do Deus vivo que todos estes estão sendo exortados, sob pena de maldição!

Infelizmente, sobram exemplos de pessoas fazendo a obra do Deus vivo relaxadamente, como:

Ø  Presbíteros cujo critério para tomada de decisões parece ser a simpatia ou antipatia que nutrem pelas pessoas envolvidas;

Ø  Diáconos que por terem uma unção querem ser maiorais, tratando todos com ignorância e diferença, se esquecendo que são despenseiros ou serviçais na Obra de Deus;

Ø  Obreiros que julgam e condenam membros e os tiram de ter oportunidades de testemunhar, louvar e até participarem dos grupos de louvor, evangelização, oração, dentre outros;

Ø  Cooperadores que se apossam das coisas da casa de Deus e as usam, emprestam, fazem doação, presenteiam por conta própria sem autorização ou conhecimento do Pastor da Igreja e ainda dizem “eu trabalho aqui, sou dizimista quando quero e por isso tenho direito de fazer o que quiser”;

Ø  Pregadores que sobem ao púlpito sem ter sequer uma mensagem, ou que substituem o preparo bíblico por técnicas motivacionais ou copiando pregações de pregadores celebridades;

Ø  Ministrantes de louvor tocando ou cantando de má vontade e humilhando os demais irmãos e irmãs por pensarem que tem talento e são melhores;


Ø  Recepcionistas que trazem seus problemas pessoais para o templo, recebendo mal os participantes do culto;

Ø  Professores de Escola Bíblica ministrando lições de qualquer jeito ou usando sua interpretação pessoal para o ensino e não a revelação de Deus;

Ø  Membros que se acham mais importantes do que o novo convertido e o congregado, porque estão a mais tempo na Igreja e por isso pensam ter privilégios especiais, desprezando e humilhando assim o seu próximo;

Ø  Dizimistas que administram o dízimo (a parte que não lhe pertence), e dão presentes a Igreja, fazem cestas básicas para os necessitados, ajudam o carente e depois fazem o abatimento na hora de devolver o dízimo a Casa do Tesouro para o seu mantimento (não deixando de serem ladrões e malditos).

De modo semelhante, tantos outros fazem a obra negligentemente, sem temor algum.

Ø  (Levíticos 10.1-2) - E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara, Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, cometeram esse pecado, apresentando fogo estranho perante a face do Senhor e dono da Obra, por causa disso foram consumidos.

Esse fato é notório no meio dos Cristãos, mas nem todos têm sido tocados pelo exemplo deixado. O fato é que Deus não muda; por isso, a indignação que Lhe causou a atitude daqueles dois sacerdotes é a mesma que Ele sente hoje, vendo a preguiça, a desonestidade, o engano, a mentira e os maus tratos dos obreiros no presente século.

Em Seus ensinamentos, Jesus nos alertou reiteradamente sobre esse mesmo assunto. Que o servo mau, o qual maltrata seus conservos, será pego de surpresa no retorno do seu Senhor.

Ø  (Mateus 24.45-51) - Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim, em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens, mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

O servo preguiçoso, por enterrar o talento que lhe fora confiado, será lançado fora.
Ø  (Mateus 25.30) - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.

O que não der fruto será cortado.
Ø  (João 15.1-2) - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador, toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

E o que pratica a iniquidade, mesmo operando muitos sinais e prodígios, perecerá
Ø  (Mateus 7.22-23) - Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? e então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

O que, então, Deus quer dos servos dele hoje?
Seria fácil fazer uma lista de obrigações principais, no mesmo estilo dos fariseus da época de Jesus, para identificar os servos diligentes (zelosos) e fiéis. Mas a verdadeira resposta não é tão fácil.

Jesus orientou os apóstolos a ensinarem os discípulos a “guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28.20). Em outra ocasião, ele disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14.15).

O verdadeiro discípulo é conhecido pela sua obediência. O apóstolo João disse que sabemos que temos conhecido Cristo por isto: “se guardamos os seus mandamentos” (I João 2.3).

Certamente seria mais fácil se tivéssemos uma lista de cinco ou dez itens essenciais, alguns atos externos e visíveis que garantiriam a nossa fidelidade como servos. Muitos homens têm feito tais listas, ou oficial ou informalmente. Frequentemente frisam questões como ofertas, frequência nas reuniões da igreja, cotas e metas para a evangelização pessoal e a abstinência de determinados vícios e hábitos. Podem acrescentar exigências em termos de roupas, saudações especiais, dentre outras.

Nosso comportamento, vestimenta e participação ativa da igreja do Senhor certamente devem refletir a determinação de ser obreiros aprovados, mas, Jesus não abordou a questão com uma simples lista de coisas que se deve ou não se deve fazer.

A abordagem dele é mais exigente. Ele quer um coração voltado a ele, e sabe que a pessoa assim dedicada ao Senhor buscará muito mais do que meras regras e normas de comportamento. O verdadeiro obreiro buscará compreender e absorver a mente do Senhor, deixando até seus pensamentos mais íntimos serem guiados pela vontade de Deus.

E esta busca não será fácil. Teremos que conhecer bem a palavra de Deus, dando prioridade ao estudo cuidadoso das Escrituras. E com o conhecimento vem a responsabilidade de aplicar o que aprendemos:

Ø  (Tiago 1.22) - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.

Os servos fiéis não apenas seguem listas de regras, procuram andar como imitadores de Deus.
Ø  (Efésios 5.1) - Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

Como Jesus reflete a plena perfeição do Pai, os discípulos devem refletir a plenitude de Cristo.

Ø  (Colossenses 1.19) – Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse.

Ø  (Efésios 1.23) - Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

Escolhemos entre dois caminhos. Podemos ser preguiçosos e negligentes, ou podemos nos esforçar como servos diligentes e dedicados. O primeiro caminho leva à maldição eterna. O segundo leva à bênção da comunhão eterna com Deus.

Conclusão
O Senhor tem zelo pela sua casa que é a igreja, por ser ela casa de oração para todos os povos:

Ø  (Marcos 11.17) - E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.

Ø  (João 2.17) -  E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.

Paulo era cheio deste zelo:

Ø  (II Coríntios 11.2) – Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

Aos Romanos ele disse: “...no zelo não sejais remissos...” (Romanos 12.11). Portanto, zelo, temor do Senhor, diligência, santidade de vida, amor, são requisitos que podem ser resumidos na ação de buscar o reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar:

Ø  (Mateus 6.33) – Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

São absolutamente necessários para não fazer a obra de Deus relaxadamente, negligenciando sua vontade, seus ensinos, seus mandamentos e propósito final de ser uma família de muitos filhos iguais a Jesus Cristo.

Ø  (Romanos 8.26-30) - E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis, e Aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos, e sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito, porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

Que cada servo (novo convertido, congregado, membro, obreiro, ministro) atente, receba, viva e compartilhe este estudo.

Porque Deus poderia ter enviado seus anjos, que são muito mais fortes, poderosos e obedientes que os homens, para fazer a Sua Obra, porém assim como teríamos as recompensas que Deus já preparou para nós como a coroa da Vida?

Como testemunhar para uma alma desviada, quem éramos e como fomos tocados pelo Espírito de Deus e assim sermos exemplos de vida para outros, dizendo-lhes que é possível ser nova criatura mesmo sendo carne fraca.

Ser um semeador do Evangelho (que é o poder de Deus) é o maior de todos os privilégios para pecadores como nós, mas requer algumas observações e mudanças no nosso estilo de vida, como:

Oração continua, leitura da Bíblia, meditação e estudo, humildade; sujeição a Deus, santificação pessoal; vigilância, resistência ao mundo, a carne e a Satanás, amor incondicional (amar sem esperar nada em troca), intercessão pelas almas, respeito e sobre tudo colocar-se sempre como menor diante dos outros.

Ø  (Lucas 9.23) - E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

Jairzinho Viana
Apologista cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.

Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com

Referências:
Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel).
Ademir Ifanger
Dennis Allan
http://perolasagrada.blogspot.com.br