segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Salto alto - Elegância ou doenças e lascívia?

Sapatos de salto alto
Sapatos de salto alto (frequentemente abreviado como salto-alto ou apenas salto) é calçado que deixa o calcanhar da usuária significativamente mais elevado do que os dedos.

Quando tanto o calcanhar quanto os dedos dos pés são levantados igualmente, como em um sapato plataforma, não é considerado um "salto alto". Saltos-altos tendem a dar a ilusão de pernas mais longas e mais finas. Esses sapatos podem ser encontrados em uma ampla variedade de estilos, e os saltos são encontrados em muitas formas diferentes, incluindo stiletto, bomba, bloco, cónica, lâmina, e cunha.

De acordo com os grandes estilistas de calçados, como Jimmy Choo e Gucci, um salto baixo é aquele com menos de 6 centímetros, de 6 centímetros a 8.5 centímetros os saltos são considerados saltos médios, e acima de 8,5 centímetros é considerado um salto alto.

Salto alto na História
A origem dos sapatos e sandálias de salto alto são muito mais antigos do que se possa imaginar e se perdem em séculos de história.

No antigo Egito as classes baixas andaram descalços, mas os números de murais que datam de 3500 a. C retratam uma versão inicial de sapatos usados ​​principalmente pelas classes mais altas.

Já os primeiros modelos de saltos altos foram encontrados em uma tumba do Antigo Egito e datam do ano 1000 a. C. Estes eram peças de couro realizada em conjunto com laço que foi muitas vezes organizado para aparentar o símbolo ankh, que representa a vida. Há também algumas representações de ambos os de classe alta homens e mulheres vestindo calcanhares, provavelmente para fins cerimoniais.

Açougueiros egípcios também usavam saltos, para ajudá-los a caminhar sobre o sangue de animais mortos.

O gosto por saltos altos predominou também na Grécia Antiga. Ésquilo, o primeiro grande autor trágico da história grega, fazia os atores de suas peças usarem sapatos plataformas de diferentes alturas para, assim, indicar a posição social de cada personagem. A mesma idéia existiu no Oriente.

Na Grécia e Roma antigas, sandálias plataforma chamada kothorni, mais tarde conhecido como coturnos na Renascença, eram sapatos com solas de madeira de alta ou de cortiça que eram populares particularmente entre os atores que iria usar sapatos de alturas diferentes para indicar diferentes status social ou a importância das personagens.

Mas a história também revela que saltos altos estão associados à sexualidade. As cortesãs japonesas usavam tamancos com alturas entre 15 e 30 cm. Já as concubinas chinesas e as odaliscas turcas eram obrigadas a usar sandálias altas provavelmente para impedir que fugissem dos haréns. Na Roma antiga, o comércio do sexo era legal, e prostitutas eram facilmente identificados por seus saltos altos.

Durante a Idade Média, tanto homens como mulheres usavam patten, ou solas de madeira, que foram, claramente, um precursor do salto alto. Pattens uniriam aos sapatos frágil e caro para mantê-los fora da lama e detritos outra rua ao andar ao ar livre.

Elizabeth Semmehack, curador do Museu Bata Shoe, traça o salto alto para cavaleiros no Oriente Médio que usou salto alto para a funcionalidade, porque eles ajudaram a segurar o pé do ciclista em estribos. Ela afirma que esse calçado é retratado em uma tigela de cerâmica do século IX da Pérsia.

No século XV, o chapim, um tipo de sapatos de plataforma, foram criados na Turquia e eram populares em toda a Europa até meados do século XVII. Chopines poderia ser 7-8 ou até 30 centímetros de altura, exigindo as mulheres a usar bengalas ou servos para ajudá-los a pé. Como pattens, o chapim foram galochas, mas ao contrário do pattens, o chapim foram usados ​​quase exclusivamente por mulheres. Eles eram geralmente projetados com cortiça ou madeira empilhada como o calcanhar.

Os venezianos fizeram a chopine em um símbolo de status revelando riqueza e posição social para as mulheres, e os turistas a Veneza, muitas vezes comentou com humor sobre o chopines escandalosamente altos.  Os “chopines” italianos, variavam entre 15 e 42 cm. Algumas chegavam a alcançar 75 cm.

Que os sapatos criados já haviam sido usados como uma declaração de moda na Itália, pelo menos, é sugerido por leis suntuárias em Veneza, que proibiu o uso de calçados chopine estilo plataforma tão cedo quanto o ano de 1430.

Um dos visitantes notou que eles eram "inventados por maridos que esperavam o movimento complicado que implica faria ligações ilícitas difícil. Já, podemos ver as questões de dominação e submissão que está sendo associado com sapatos muito parecido com os sapatos de lótus da China.

Sapatos estavam começando a ser feita em duas partes durante o século 16, com um limite superior flexível ligado a uma sola mais pesado, mais duro. Este sapato de duas partes novo conduzido até o calcanhar como uma parte real do sapato ao invés de apenas um anexo.

Às vezes é sugerido que os calcanhares levantados foram uma resposta ao problema do pé do piloto escorregar para a frente em estribos enquanto equitação. O "calcanhar de cavaleiro", cerca de 1 ½ polegadas (4 cm) de altura, apareceu por volta de 1500. A ponta foi inclinada para a frente para ajudar a segurar o estribo, e o bordo de fuga foi inclinada para a frente para impedir que o calcanhar alongado, desde a captura em arbustos ou rocha durante o backup, como na on-pé de combate. Estas características são evidentes hoje em botas de montaria, nomeadamente botas de cowboy.

O calcanhar de equitação simples deu lugar a um salto mais estilizado sobre suas três primeiras décadas. Início com os franceses alturas, salto entre os homens subiu, muitas vezes tornando-se mais alto e mais fino, até que eles não eram mais úteis ao montar, mas foram relegados a "tribunal pony" desgaste. No final do século XVII, os saltos dos homens eram comumente entre três e quatro polegadas de altura.

No século XVII, o parlamento inglês punia como feiticeiras todas as mulheres que usassem sapatos de salto alto para seduzir ou atrair homens ao casamento. E por falar em sedução, Giovanni Casanova, em sua biografia, declarou seu amor pelos saltos altos que, segundo ele, levantavam as armações das saias-balão, usadas à época, desta forma mostrando as pernas femininas.

Em 1533, depois que os homens já começaram a usar saltos de novo, a esposa diminutivo italiano de Henrique II, rei da França, Catarina de Medici Rainha ", encomendou um sapateiro à moda dela um par de saltos, tanto para a moda e sugerir uma maior altura. Eles foram uma adaptação do chapim e o pattens (solas de madeira elevada com ambos calcanhares e nos dedos levantados, não muito diferente de sapatos de plataforma moderna ou tamancos e tamancos), destinada a proteger os pés do usuário de sujeira e lama, mas ao contrário chopines, o salto foi maior do que o dedo do pé, e a "plataforma" foi feito para dobrar no meio com o pé.

Sapatos de salto alto rapidamente pegou com os homens conscientes da moda e as mulheres da corte francesa e se espalhou para os bolsos de nobreza em outros países. O termo, abastados, se tornou sinônimo de riqueza opulenta. Tanto homem como mulheres continuaram usando saltos como uma questão de moda nobre ao longo dos séculos XVII e XVIII.

Quando a Revolução Francesa se aproximava, no final do século XVIII, a prática de saltos usando caiu em declínio em França, devido à sua associação com a riqueza e aristocracia. Durante a maior parte do século XIX, sapatos baixos e sandálias eram habituais para ambos os sexos, mas o calcanhar ressurgiu na moda durante o século XIX, quase que exclusivamente entre as mulheres.

O mais antigo dos sapatos com imagens
Em notável estado de preservação, os calçados têm cerca de 5,5 mil anos e foram encontrados em uma caverna na Armênia. Feitos a partir de um corte único de couro, os sapatos foram feitos no tamanho exato para envolver os pés do dono e empregam cadarços.

Com 24,5 centímetros de comprimento (equivalente ao tamanho 36 no Brasil), as peças podem ter sido usadas por mulheres ou mesmo homens, uma vez que se encaixam nos tamanhos dos representantes do período Calcolítico, segundo o grupo internacional de arqueólogos responsável pela análise.

Os cientistas encontraram resíduos de grama no interior dos calçados, que poderiam ter servido para que as peças não perdessem seu formato ou para manter os pés aquecidos.

A caverna onde foram encontrados está situada na província de Vayotz Dzor, próxima à fronteira com o Irã e com a Turquia. As condições da caverna – seca, fria e com ambiente estável – permitiram a conservação de diversos registros de interesse arqueológico.

Além disso, o chão da caverna foi coberto por uma camada espessa de fezes de ovelha, que “selaram” as peças, ampliando ainda mais suas condições de preservação.

“Pensamos inicialmente que os sapatos e outros objetos ali encontrados tivessem entre 600 e 700 anos, por conta de suas excelentes condições. Somente quando o material foi datado por radiocarbono e espectrometria em dois laboratórios – em Oxford (Reino Unido) e na Califórnia (Estados Unidos) – é que soubemos que eles eram mais antigos até do que o Ötzi, o Homem de Gelo”, disse Ron Pinhasi, da Universidade de Cork, primeiro autor do artigo.

Ötzi é uma múmia masculina bem conservada, com cerca de 5,3 mil anos, encontrada em 1991 em uma geleira dos Alpes de Ötztal perto do monte Similaun, na fronteira da Áustria com a Itália.

Os sapatos foram encontrados em 2008 por Diana Zardaryan, do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Armênia, quando fazia seu pós-doutorado. “Fiquei impressionada por ver como até mesmo os laços estavam tão bem preservados”, disse Diana, outra autora do artigo.

Outro detalhe interessante, segundo os cientistas, é que os calçados de couro se assemelham bastante aos modelos que eram usados comumente até a década de 1950 nas ilhas Aran, no oeste da Irlanda.

Os designers de sapatos
Os designers de sapatos não existiam como tais antes do século XX. A criação de sapatos de salto alto era mais uma atividade, dentre muitas, dos modestos sapateiros. A indústria de produção em massa de calçados teve início nos Estados Unidos, onde começou como uma atividade familiar exclusiva de colonos do leste do país (Nova Inglaterra) e acabou se tornando as primeiras grandes lojas por volta da metade do século XVIII.

Mas a tradição dos sapatos confeccionados à mão é em grande parte um fenômeno europeu, especialmente em países como a Inglaterra, Itália e França, onde o design de calçados estava intimamente associado ao design de moda. A indústria calçadista parisiense foi fundada pelo inglês Charles Worth, em 1858. Worth foi o mais destacado estilista do mundo da moda na época, a ponto de ter sido ele o responsável por vestir toda a realeza da Europa.

Em torno de Worth outros estilistas surgiram, como por exemplo, Paquin, Chernit e Doucet, o que transformou Paris na capital mundial da moda. Alguns estilistas que trabalhavam para estes estilistas, com o tempo foram se tornando independentes. Dentre estes podemos citar Pinet que chegou em Paris em 1855 para trabalhar para Worth e que acabou criando o salto que leva seu nome: o salto Pinet, que é mais fino e mais reto que o popular salto Louis.

Outro importante designer de renome a época foi Pietro Yanturni que se auto-denominava “o mais caro estilista de calçados do mundo”, com uma clientela exclusiva de apenas 20 clientes e cujos sapatos atualmente se encontram expostos no Metropolitan Museum of Art de Nova York. André Perugia seguiu os passos de Yanturni: seus sapatos estão no Musee de La Chaussure, em Romans, França.

Em 1900, ainda havia resquícios de proibição do século anterior. Muitas pessoas consideravam indecentes mulheres que mostrassem suas extremidades desnudas, por isso, o conforto prevaleceu em detrimento do estilo, que ficava relegado à privacidade doméstica. Em público, botas e botinas apertadas e abotoadas prevaleciam.

A história mudou após a Primeira Guerra Mundial. Com o desenvolvimento da economia, os calçados de tiras entraram em cena: pontudos e com saltos altos modelo Louis. Havia uma verdadeira profusão de cores e os saltos eram até mesmo utilizados para dançar.

A história continua
Mas os anos 30 trouxeram a Grande Depressão e isto teve repercussões na moda. Os saltos se tornaram mais baixos e mais largos.

Nessa época muitas mulheres condenavam os saltos altos, mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial que os saltos passaram por uma fase de verdadeiro desprezo devido ao racionamento do couro, mas o designer italiano Salvatore Ferragamo encontrou a solução ao desenvolver um modelo de calçado com salto anabela em cortiça. Após a guerra esse modelo tornou-se moda, quando muitos estilistas passaram a copiá-lo.  

Em 1914, Ferragamo já exportava calçados femininos feitos à mão para os Estados Unidos, onde ficou conhecido como o estilista dos calçados das estrelas do cinema. O inglês David Evins, durante os anos 40, continuou o trabalho de Ferragamo criando coleções para os mais famosos designers de Nova York (Bill Blass, Oscar de la Renta).

Por exemplo, no Japão o imperador Hirohito foi coroado, em 1926, calçando sapatos com plataforma de 30 cm de altura.

Ferragamo, André Perugia e Charles Jourdan competiam entre si para desenvolver o mais refinado e elegante salto, mas, no processo de produção não podiam utilizar materiais frágeis como madeira que poderia não suportar o peso de uma mulher. Muitos designers projetaram saltos em forma de pino de aço recobertos com material plástico, buscando solucionar os problemas de resistência dos saltos. Os italianos Del Co e Albanese criaram uma sandália para noite com duas minúsculas tiras e um salto baixo sob o arco do pé. Roger Vivier, que então trabalhava para Christian Dior, em Paris, aperfeiçoou este salto, dando-lhe a forma de uma vírgula e acabou por receber todo crédito pela invenção do salto stiletto, em 1955.

Contudo, enquanto os franceses, de fato, não tinham competidores à altura no que diz respeito a moda de vestuário, os italianos, por sua vez, eram os mestres da produção em massa da moda calçadista. Graças aos contatos de Ferragamo em Hollywood, esses calçados italianos se tornaram muito populares entre as estrelas hollywoodianas nos anos 50 (Jane Mansfield tinha mais de 200 pares). O salto stiletto era, então, sinônimo de “sex appeal”.

v  Sex appealé uma expressão em inglês que quer dizer "apelo sexual", na tradução literal para a língua portuguesa. A palavra sex appeal é utilizada para definir o poder de atração que um indivíduo possui, o seu charme e sensualidade. As pessoas com sex appeal são consideradas não apenas bonitas, mas também atrativas, despertando interesse ou desejo sexual em outras pessoas, seja do mesmo sexo ou do oposto.

Enquanto isso, os médicos responsabilizavam os sapatos de salto alto por todos os tipos de problemas. E não só quanto à saúde da mulher. Muitos atribuíam o crescimento da delinquência juvenil aos saltos altos.

Nos anos 60, teve início a transferência da moda de Paris para Londres e a moda das ruas ditava o que era para ser usado. Com o preço do couro em alta, os materiais sintéticos entraram em cena. Vivier, Herbert Levine e Miller foram os pioneiros na história da utilização de material plástico transparente.

No início dos anos 70 as plataformas retornaram por um breve período na história, especialmente aquelas botas extravagantes de cano alto. Muitas destas botas tinham designs psicodélicos. Era o estilo andrógino do “Glam Rock”.

v  O Glam rock (abreviação de Glamour Rock) é um gênero musical criado na Inglaterra, conhecido também como glitter rock. O Glam foi marcado pelos trajes e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas músicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual. A ênfase lírica abordava a "revolução adolescente" (T. Rex - “Children of the Revolution “, Sweet - “Teenage Rampage “) assim como uma ampla notoriedade na direção de temas heterossexuais, sobre a decadência e fama.

v  Os cantores de Glam freqüentemente vestem-se de forma andrógina, com maquiagem vistosas, trajes extravagantes não diferentes ao que Liberace vestia quando tocava em cabarés. Exemplos como Alice Cooper, Avril Lavigne, David Bowie, Elton John, Nina Hagen, Queen, The Stooges, dentre outros.

Foi o designer Terry de Havilland quem as popularizou e encontrou adeptos não apenas entre as mulheres, mas também entre gays e lésbicas.

Nos anos 80, mulheres executivas passaram a adotar o salto stiletto como um complemento aos seus vestuários para projetarem uma imagem de eficiência e autoridade a la Manolo Blahnik. Os saltos altos simbolizavam glamour e extravagância, além de um modo de expressar feminilidade nunca antes vista na história dos saltos altos.

Na última década do século XX, as plataformas reapareceram pelas mãos de Vivienne Westwood e Jean-Paul Gaultier. Nos anos 90, conceitos antigos foram reciclados. Assim como os estilistas de moda, os estilistas de calçados femininos passaram a ser estrelas do mundo fashion, com Manolo Blahnik sendo, então, o seu maior expoente. Como na década anterior, o nome de marca era a coisa mais importante. Ao lado, sandálias de Blahnik.

Nascido em Santa Cruz de la Palma, nas Ilhas Canárias, em 1942, Manolo Blahnik foi criado lá na plantação de banana pertencente a seu pai checo e mãe espanhola. Ele e sua irmã mais nova, Evangelina, foram educados em casa ao invés de ser mandado para a escola. “Nossa propriedade não tinha vizinhos além da casa do meu avô”, lembrou. “Foi apenas bananas, o mar e nós …. uma espécie de paraíso.” A família muitas vezes viajou para Paris e Madrid, onde seus pais ordenaram roupas de costureiros favoritos de sua mãe, como Cristobal Balenciaga e adaptar seu pai. 

Uma vez sua mãe convenceu sapateiro para lhe ensinar como fazer alpercatas catalã a partir de fitas e rendas. Manolo gostava de vê-la fazendo-os. “Tenho certeza de que eu adquiri o meu interesse em sapatos geneticamente ou pelo menos através dos meus dedos, quando eu estava autorizado a tocá-los como eles foram feitos”, ele afirmou mais tarde. Sua mãe escrevia para revistas de moda, como Vogue EUA, Glamour e Silhuetos.

Quando Carrie Bradshaw, a personagem principal da série da HBO TV Sex And The City, apaixonada por sapatos, tomou um rumo errado depois do almoço no SoHo ela encontrou-se numa das ruas de Nova York cara-a-cara com um assaltante. “Por favor, senhor”, ela implorou. “Você pode levar minha baguette Fendi, você pode tirar o meu anel e meu relógio, mas não tirar meus Manolo Blahnik.”


Infelizmente para Carrie, o assaltante fez exatamente isso e fugiu com seu par favorito de sandálias de tiras. Graças a essa parte de Sex And The City, Manolo Blahnik tornou-se um dos poucos designers cujo nome é sinônimo de seu produto. No caso dele é o seu nome cristão, porque “Manolo” é agora usado como gíria para descrever muito caro, sapatos muito bonitos: mesmo para os milhões de pessoas que nunca realmente tenham visto um par de Manolo Blahnik e não poderia sonhar em gastar $ 300 ou US $ 400 para comprá-los.

Atualmente, existe uma nova geração de designers. Requisitados por clientes e por estilistas de moda, os sapatos de salto alto de designers como Joan Halpern, Maud Frizon, Beth e Herbert Levine, Andrea Pfister, Louboutin salto alto Jan Jansen, Patrick Cox e Christian Louboutin.

A tecnologia tem acrescentado novas opções de materiais (microfibras, tecidos elásticos etc) o que otimiza o processo de produção, que parece indicar que os sapatos e sandálias de salto alto continuarão a fazer muito sucesso na história da moda.

Tipos de salto alto
Cone - Um salto redondo que é largo onde se encontra com a sola do sapato e visivelmente mais estreita no ponto de contato com o solo.

Sabrina - Um salto curto e fino com altura máxima com menos de 2 centímetros e diâmetro não superior a 0,4 polegadas no ponto de contato com o solo;

Prisma - Três faces planas que formam um triângulo no ponto de contato com o solo;

Cubano - Calcanhar bloco quadrado de espessura de aproximadamente 2 polegadas de diâmetro e altura;

Carretel - Largo onde se encontra com a sola e no ponto de contato com o solo; visivelmente mais estreita no ponto médio entre os dois;

Agulha - Um salto alto, magro, com altura mínima de 2 polegadas e diâmetro não superior a 0,4 polegadas no ponto de contato com o solo;

Anabela - Ocupa todo o espaço sob o arco e porções calcanhar do pé.

Os Perigos do Salto Alto
As amantes do salto alto devem ficar atentas aos males que esse símbolo da elegância e da sensualidade feminina pode provocar. Dores nos pés causadas por saltos são os primeiros sinais de que problema grave, como lesões ósseas, tendinites, torções, além de calos, estão bem próximos daquelas que preferem passar horas de torturas a descer dos saltos.

O ortopedista Samir Farah, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e especialista em cirurgia do pé e tornozelo, explica que o salto alto é o calçado menos adequado para o dia-a-dia. Ele provoca uma sobrecarga dos tendões e ligamentos dos pés, tornozelos e pernas”, destaca.

Cada um dos pés possui 28 ossos, que formam articulações sustentadas por centenas de ligamentos e dezenas de músculos. Com saltos, a pessoa coloca praticamente todo o peso no ante pé, nome dado à parte da frente do pé e aos dedos.

Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Ao caminhar, aumenta ainda mais a pressão. Ao correr na ponta dos pés, estar forças são multiplicadas várias vezes. Conforme Farah, o ideal é usar salto alto o mínimo possível. O uso excessivo deste sapato pode provocar entorse, ruptura dos ligamentos do tornozelo, calosidades, unhas encravadas, joanetes e problemas sérios de joelho e coluna.

Para evitar que os problemas que o salto alto pode provocar se alastrem pelo corpo todo, o médico recomenda usar calçado com no máximo cinco centímetros de altura e com largura suficiente para dar estabilidade ao calcanhar. Outro cuidado é observar a largura do bico do calçado, que deve ser confortável e não apertar a metade dianteira dos pés.  .
Fonte: Revista Bem-Estar. Ed.11


Salto alto pode ocasionar diversas lesões
O uso de salto alto altera inicialmente nosso eixo de equilíbrio, devido ao posicionamento do pé para frente. Esta má posição, juntamente com o desconforto do próprio sapato cujo bico fino aperta os dedos dos pés, provoca uma série de problemas em seqüência, que podemos descrever de acordo com a anatomia do tornozelo e pé, de distal para proximal.

Dedos - Como o pé fica sempre inclinado, a força e a carga recaem sobre a região anterior do pé e dedos (antigamente chamada de artelhos). Isso pode gerar dor pela compressão, calos e até mesmo úlceras nos pés menos sensíveis (falanges).

Essa pressão também pode causar maiores deformidades, como dedos em garra, martelo, ou botoeira, que podem se tornar rígidas e bastantes desconfortáveis.

Além disso, pode haver alterações ósseas com lesões na cartilagem e nos ossos, como osteocondroses, necroses ósseas e fratura por stress. O salto bico fino é o responsável por outro problema comum entre mulheres que o adotam com alta frequência: como os dedos são comprimidos e ficam sobrepostos um sobre os outros, cria-se o quadro de hálux valgo, popularmente conhecido como joanete. Também pode haver um desgaste, que conhecemos como halux rígidus, formando saliências ósseas e dor na hora de movimentar a articulação.

Metatarso - Essa é aquela área que na hora do impulso, na marcha ou corrida, recebe a maior carga. O pé fica inclinado, a força recai sobre essa região e depois dali sai o impulso que causa a sobrecarga (vide metatarso – figura do pé). Além da dor (metatarsalgia), também podem ocorrer úlceras e diminuição do coxim gorduroso plantar, além da lesão da placa plantar.

Além disso, o aumento da pressão na cabeça do metatarso poderá gerar lesões ósseas, como necroses e artroses; das partes moles (tendinopatias e lesões ligamentares) e o conhecido Neuroma de Morton.

Mediopé e retropé - Essas regiões localizadas no meio e na porção posterior do pé recebem menos carga e ficam encurtadas. Essa inclinação pode gerar um impacto na região posterior, causando dor devido a proximidade do calcâneo, talus e tíbia, que podemos verificar neste Raio X.

Tornozelo e perna - Como o pé fica constantemente inclinado, essa posição força a panturrilha, predispondo as tendinopatias do Aquiles, encurtamentos, síndrome de haglung, além de câimbras e lesões musculares.

Acredita-se erroneamente que o uso do salto alto fortalece a panturrilha, dando mais firmeza e beleza à batata da perna. Isso na verdade é uma contratura as custas do encurtamento e tensão constantes e não fortalecimento. Este deve ser feito de forma orientada e na musculação ou corrida.

Os problemas não ficam apenas nos pés, eles podem atingir também os joelhos, coluna e até mesmo a circulação. Para qualquer um desses problemas e mais orientações, vale sempre a pena procurar um especialista!
Fonte: www.webrun.com.br

Compressão dos dedos pode causar lesões
Não é de hoje que os saltos estão na moda. Na corte de Luís XIV, marco do absolutismo francês, o charme era calçar chamativos sapatos com saltos vermelhos. Por muito tempo, os calçados com salto foram privilégio da nobreza, e importante marca de status.

Infelizmente, muitas vezes o uso frequente do salto traz alguns problemas. Nem toda mulher que usa salto alto, porém, os terá. Mas muitas poderão sofrer dores nos pés, tendinites, joanetes e dores na região lombar. Não se trata de condenar ou defender o uso do salto alto. Ele é uma realidade dos nossos dias, um fator estético. A mulher se sente mais bonita quando usa salto alto numa festa. E muitas necessitam do seu uso por causa do trabalho.

Cada um dos pés possui 28 ossos, que formam várias articulações sustentadas por centenas de ligamentos e dezenas de músculos. Se a pessoa está descalça, o peso do corpo é distribuído por toda essa estrutura. Mas se calça sapatos com saltos, ela coloca praticamente todo o peso no ante pé, nome dado à parte da frente do pé e aos dedos. Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Ao caminhar, aumenta ainda mais a pressão. Ao correr na ponta dos pés então, estas forças são multiplicadas várias vezes. A pressão é imensa.

Daí, surgirem dores nos pés ou doenças como o neuroma de Morton, inflamação dos nervos da planta do pé. A reação inflamatória é pior no sapato de bico fino. A compressão dos dedos favorece ainda mais o surgimento de problemas. Exemplo típico é o joanete, desvio angular do hállux (dedão), que, de tão comprimido, desvia sobre os outros.

Se por um lado a pressão é grande na ponta do pé, falta a mobilidade adequada da parte de trás da perna. Com o calcanhar nas alturas, o tendão de Aquiles fica encurtado. Habituado com a retração, pode surgir a tendinite. Os principais sintomas básicos são a dor e a dificuldade para andar descalça.

Os problemas não param nos pés. Podem comprometer até os joelhos que, por causa do salto, são flexionados o tempo todo. Um caso habitual é a condromalácia patelar, dor nos joelhos causada pelo desgaste articular provocado pela posição. Muitas vezes, os problemas também alcançam a região lombar.

Ao alterar o centro da gravidade corporal, o salto também aumenta a lordose. O mesmo efeito que faz com que o salto empine o bumbum pode tornar-se gatilho de crises de problemas na coluna, caso extremo com o aparecimento das hérnias de disco.

Mas, como já disse acima, não é o caso de abandonar os saltos. Não se pode mudar uma sociedade. Mas é possível modificar o uso. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum as mulheres irem ao trabalho de tênis e calçar os saltos só no escritório. Aqui no Brasil, é comum observar que, nas festas, as jovens simplesmente tiram os sapatos de salto e se divertem.

* André Pedrinelli é cirurgião ortopedista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, e especialista em medicina esportiva
Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/307/saude/

Danos à saúde da mulher
Danos do salto alto: danos à coluna, problemas no joelho e até o encurtamento dos músculos da panturrilha. O uso do salto aumenta a lordose e, com isso, a dor nas costas e nos pés, as varizes, que são veias dilatadas, podendo provocar dores insuportáveis, cansaço, inchaço, entre outras coisas.

Um estudo da Universidade do Iowa, nos Estados Unidos, indica que o uso de sapatos de salto alto pode causar danos à saúde da mulher. Segundo o estudo, os sapatos colocam muita pressão sobre o joelho, aumentando o risco de degeneração articular e artrose.

"Todo mundo sabe que o salto alto é ruim", afirma Danielle Barkema–, biomecânica responsável pelo estudo. "Mas quanto maior o salto, maior é o risco de desenvolvimento de artrose", afirmou a cientista, citada pelo site Discovery News.

Quando comparado a andar sem sapatos, a pesquisa apontou que as mulheres que usam salto sofrem uma maior compressão no interior do joelho. Na pesquisa de Barkema, foram usados sapatos com saltos de 5 cm e 7,5 cm. No laboratório, os pesquisadores usaram sensores, câmeras e outros equipamentos para medir as forças e ondas de choque nos pés das mulheres, com idades entre 18 anos e 40 anos, enquanto elas caminhavam em cada tipo de sapato.

Entre os resultados, foi constatado que caminhar com salto alto altera a postura das mulheres, causando a inclinação do tornozelo para dentro e desestabilizando a articulação. Houve também carga significativamente maior no joelho, especialmente quando o salto de 7,5 centímetros era testado.

Em outro estudo, publicado em junho no Journal of Experimental Biology, cientistas do Reino Unido constataram que mulheres que usavam salto alto pelo menos cinco vezes por semana tinham os músculos da panturrilha 13% menores que as mulheres que usavam sapatos baixos ou tênis. Os cientistas também notaram que o tendão de Aquiles das mulheres que usavam salto era mais rígido e grosso que o das mulheres que não usavam.

O autor do estudo britânico, o cientista Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, afirma que os resultados explicam o motivo pelo qual mulheres que usam salto sentem dor na panturrilha quando tentam caminhar sem sapatos. O uso regular de salto alto, diz Narici, pode deixar a mulher "menos eficiente em atividades que requerem sapatos planos.


Causador da doença de Xuxa
Um boletim médico divulgado na última segunda-feira confirmou que a apresentadora Xuxa precisa se afastar da televisão para tratar uma doença que atinge o seu pé esquerdo, a sesamoidite, causada principalmente pelo uso prolongado de sapatos de salto alto. A recuperação, que será de no mínimo seis meses, inclui repouso e interdição do calçado.

O caso de Xuxa chama a atenção para um fato muitas vezes ignorado pelas mulheres: os prejuízos do salto alto à saúde. Os potenciais danos vão dos pés à coluna, passando pela panturrilha e joelhos. Optar por modelos mais confortáveis e manter um bom alongamento são formas de evitar ou atenuar problemas sem abdicar do salto alto.

Um dos motivos pelos quais esse calçado ameaça a saúde é o fato de ele mudar o centro de gravidade do corpo. O peso de uma pessoa se concentra na parte de trás do pé. Com o salto alto, essa carga é transferida para a frente. Quanto maior a inclinação do pé sobre o sapato, maior o dano. Como forma de compensar esse desequilíbrio, joelhos e colunas ficam sobrecarregados, havendo um risco de desgaste da cartilagem nessas regiões.

Doença de Xuxa – A sobrecarga causada pelo salto alto pode desencadear sesamoidite, a doença de Xuxa, que é uma inflamação nos sesamoides, dois ossos localizados na sola de cada pé, próximos ao dedão. "Esses ossos, com cerca de 1 centímetro de diâmetro cada um, acabam tendo de trabalhar sob uma pressão muito maior do que aguentam", diz Marcos Sakaki, ortopedista especialista em pés do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.

Os sintomas da sesamoidite incluem dores na sola e na dianteira do pé, além de formação de calos e inchaço na área. Fases avançadas da doença podem levar à necrose do sesamoides – ou seja, o osso morre por falta de circulação sanguínea. De acordo com Sakaki, se não houve necrose, é possível reverter a doença. Os tratamentos iniciais consistem em abordagens que protegem o pé, diminuindo a pressão sobre eles. Isso pode ser feito com a suspensão do salto alto, o uso de botas ortopédicas que imobilizem os pés ou de tipos específicos de palmilha. Se os resultados não forem positivos, ou se houver necrose dos ossos, recomenda-se a cirurgia.

Outro problema provocado pelo uso de salto alto é o encurtamento da musculatura posterior das pernas. Uma pessoa com o problema pode sentir dores ao andar descalça ou usar um sapato baixo, já que o músculo da perna terá de esticar muito. "Isso gera um desequilíbrio e aumenta as chances de tendinite do tendão de Aquiles", diz o ortopedista Fabiano Nunes Filho, do Hospital Beneficência Portuguesa. Segundo o médico, fazer alongamentos pode aliviar a dor causada por esse encurtamento da musculatura e evitar lesões. O ortopedista lembra que sapatos de salto alto e modelo bico fino elevam o risco de joanetes e deformidade dos dedos.

Cautela — Nem todas as mulheres que usam sapatos de salto alto terão sesamoidite ou outro problema relacionado ao calçado, mas tomar providências para evitar essas complicações é recomendado para todas. A forma mais eficaz de prevenir dores e lesões causadas pelo salto alto é, obviamente, deixar de usá-los. Outra maneira é usar saltos de até 3 centímetros, evitar saltos muito finos e optar por modelos em que o pé não fique tão inclinado, como plataformas e anabela.

Ø  "Um ortopedista nunca inventaria o salto alto", diz Sakaki. "Mas as mulheres podem usá-lo desde que estejam atentas ao seu corpo. Se sentir dores, é hora de deixá-los de lado." Segundo Nunes Filho, mulheres que precisam trabalhar de salto alto podem minimizar os prejuízos alongando a perna e ficando descalças sempre que possível, como quando estão sentadas.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/causador-da-doenca-da-xuxa-uso-de-salto-alto-exige-atencao


Problemas causados por tipos de salto alto
Salto Agulha - A área de apoio dos calcanhares é muito pequena, o que provoca desequilíbrio e pode levar à torção dos pés e queda. Além disso, o peso do corpo, que deveria se concentrar na traseira dos pés, é transferida para a frente, elevando o risco de sesamoidite e de lesões nos joelhos e na coluna. As chances desses problemas são mais elevadas quanto maior for o salto. Além disso, saltos muito altos podem levar ao encurtamento da musculatura posterior das pernas e problemas como tendinite no tendão de Aquiles.

Salto alto e bico fino - Esse modelo, além de apresentar todos os riscos de um salto alto – como lesão nos pés, joelhos e coluna —, também pode provocar outros problemas relacionados ao bico fino. Com os pés pressionados pelo calçado, uma pessoa pode ter joanetes e deformações nos dedos, que entortam.


Plataforma - O salto está presente em todo o solado deste sapato, de modo que a inclinação dos pés não é tão grande — e a sobrecarga na parte da frente do pé, pequena. Por esse motivo, esse tipo de salto apresenta um menor risco de lesões como a sesamoidite, de dores e problemas nos joelhos e coluna, além de tendinite no tendão de Aquiles. O salto plataforma também é mais estável do que um salto fino. Ele dá mais estabilidade e diminui - mas não elimina - as chances de torção ou de queda.

Anabela - Assim como a plataforma, esse tipo de sapato também dá mais estabilidade porque a área de apoio é maior, o que reduz o risco de torção ou de quedas. No entanto, a frente da planta do pé fica mais perto do chão, o que aumenta a sobrecarga nessa região e eleva o risco de lesões como sesamoidite e problemas no joelho e na coluna.


Salto Quadrado - Embora o salto não esteja presente em todo o solado, ele dá certa estabilidade, pois a área de apoio dos calcanhares é maior do que a de um salto fino. Isso diminui o risco de desequilíbrio, torção dos pés e queda. A intensidade da sobrecarga do peso do corpo sobre a parte da frente dos pés, joelhos e coluna dependerá da altura do salto: quanto maior, mais intenso o dano.

Sapatos completamente planos — as chamadas rasteirinhas — e sem nenhum tipo de amortecimento também podem ser prejudiciais em alguns casos. Algumas pessoas apresentam um encurtamento da musculatura anterior das pernas, principalmente mulheres que usaram muito salto alto ou que cresceram rápido, fazendo com que o músculo não acompanhasse o crescimento dos ossos. Nesses casos, andar descalço ou usar sapatos sem salto faz com que a musculatura da perna estique muito, causando dores e aumentando o risco de problemas como tendinite no tendão de Aquiles. Por isso, recomenda-se que essas pessoas usem saltos pequenos, de preferência até 3 centímetros de altura, que também podem ajudar a atenuar dores de mulheres que sofrem com varizes, segundo Pedro Pablo Komlós, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

A intenção do salto alto
Subir no salto já deixa qualquer mulher com o ar mais provocante. Das alturas, elas ficam mais sensuais e os pés, dependendo do modelo escolhido, ainda mais sexy.

A designer da marca Guapa Loca, Janaína Gradvohl, explica que o poder de deixar a mulher mais sexy não é invenção das adoradoras de Prada. “Quanto mais alto, mais os músculos da perna ficam contraídos, deixando as pernas mais torneadas e sexy aos olhos”.
Fonte: http://vilamulher.com.br/moda/estilo-e-tendencias/de-salto-bem-sexy-14-1-32-221.html


O que diz as Sagradas Escrituras
Todo aquele que viola os preceitos de Deus, prepara o caminho para violar as reivindicações de Deus com respeito a interesses eternos. Nosso corpo não nos pertence. Deus requer que cuidemos da habitação que nos deu, a fim de que possamos apresentar nosso corpo a Ele, como sacrifício vivo, santo e agradável.

Nosso corpo pertence Àquele que o fez, e temos o dever de obter um conhecimento acerca da melhor maneira de preservá-lo. Se entregarmos o corpo pela fraqueza de nossos sentimentos, e voltar-nos a indumentária prejudicial a fim de estar em harmonia com o mundo (moda, movimentos), tornamo-nos inimigos de Deus.

Ø  (I Coríntios 6.20) - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

A sensualidade produzida pelo salto alto
Pode-se dizer que o apogeu da sensualidade veio nos anos 50, quando Roger Vivian desenhou o salto agulha para Christian Dior. O resultado: bumbum empinado e seios para frente. Elegância e sensualidade combinadas.

Significado de Sensual - adj. Relativo aos sentidos. Que satisfaz os sentidos: prazeres sensuais. Voluptuoso, lascivo, lúbrico: vida sensual.s.m. e s.f. Pessoa sensual, libertina.

O salto alto é supostamente o responsável por uma postura positiva e sensual esse é slogan principal dos sapatos de salto alto; A Sensualidade, pois o salto alto levantam as nádegas (bumbum) e os seios fazendo assim a mulher ser mais sensual.

Ø  (Gálatas 5.19) - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia.

A palavra lascívia sempre aparece na Bíblia referindo-se a pecados na área da sexualidade.

Lascívia - Significa sensualidade, libidinagem, luxúria. É uma característica de quem tem despudor, quem tem modos libertinos, libidinosos, quem tem propensão para a sensualidade.

Ø  (Ezequiel 16.15) - Mas confiaste na tua formosura e te entregaste à lascívia, graças à tua fama; e te ofereceste a todo o que passava, para seres dele.

É importante lembrar aqui que Deus fez a sensualidade do homem e da mulher. Deus fez todas as suas áreas erógenas. Porém, Deus criou o tempo e o modo para o uso da sexualidade. Ele criou a estrutura onde homem e mulher poderiam desfrutar do sexo e suas nuances e chamou de casamento. Na essência sexo não é pecado se desfrutado segundo a vontade de Deus.

O ser humano, porém, como em todas as áreas da vida humana, com suas mãos cheias de mal e pecado, deturpou a sexualidade. Inventou a traição, o adultério, a provocação, a sensualidade desenfreada, a pornografia, o ficar, a cultura da exploração sexual, a malícia, e coisas semelhantes.

Ø  (Isaías 3.16) - Diz ainda mais o Senhor: Porquanto as filhas de Sião se exaltam, e andam com o pescoço erguido, lançando olhares impudentes; e quando andam, caminham afetadamente, fazendo um tilintar com os seus pés;

O uso do salto alto, como já vimos e por sua criação e finalidade, induz o homem ao adultério, pois chama a atenção para o corpo, ao exibi-lo no rebolado de suas nádegas levantadas e os seios empinados de forma voluptuosa e assim o desejo de possuir no sexo ou pelo menos através da masturbação (que também não agrada a Deus).

Ø  (Mateus 5.28) - Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
A deturpação daquilo que Deus fez puro é que é pecado e, diga-se de passagem, um pecado odioso aos olhos de Deus. Vemos claramente isso pela quantidade de textos condenando as práticas lascivas. E mesmo com toda essa condenação de Deus, é um pecado muito presente em nossa sociedade.

(Gálatas 5.21b) - Como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

O templo do Espírito Santo
Nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26). Somos feitura sua, criados para o louvor da sua glória. Deus colocou em nós o fôlego de vida e fomos criados para sermos sua habitação. Ele fez tudo isso para vir morar dentro de nós. Portanto, nosso corpo deve refletir a santidade d'Ele. Para isso acontecer temos que cuidar de nosso corpo com zelo.

Ø  (I Coríntios 3.16-17) - Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.

A Bíblia diz que, Deus não habita em templo feito por mão de homem, (Atos 7.48). Todavia, pelo que lemos o Altíssimo não rejeita habitar no próprio homem; isto é, porque o homem é feitura das suas mãos. O apóstolo estava assim doutrinando os crentes da igreja de Corínto para que eles soubessem analisar o que eram eles em relação a Deus.

Os Coríntios antes de serem cristãos tinham sido da religião pagã. No paganismo os deuses eram adorados através de imagens que não tem espírito nem vida; mas Jesus disse: “Deus é Espírito”, portanto o apóstolo estava dizendo aos Coríntios que eles podiam ser morada de Deus em Espírito. Esta morada fazia referência à existência da presença contínua de Deus na vida dos membros da igreja.

Você tem vivido para os homens ou para Deus? Para chamar a atenção dos homens ou a de Deus? Para agradar aos homens ou a Deus?

Não é certo fazer propaganda de algo que não está a venda. O nosso corpo não é nosso, mas sim de Deus; por isso precisamos cuidar bem dele, pois não é nosso. Quando alguém te empresta algo, você faz todo o possível para cuidar desse algo, e devolve-lo no mesmo estado quando te foi emprestado; isso porque esse algo não pertence a você, mas a outra pessoa. Assim também temos de ser nós com o nosso corpo, pois ele não pertence a nós, mas ao Espírito Santo!

Jesus Cristo nos comprou, não com dinheiro, mas com o seu precioso sangue, e se ele nos comprou pertencemos exclusivamente a Ele.

A nossa maneira de viver deve ser santa. Não digo apenas uma parte do nosso viver que deve ser santificada, mas todas! O nosso andar deve ser santo, o falar, o modo de vestir, dentre outros, etc. Temos que glorificar a Deus com a nossa vida.

Conclusão
Concluímos diante do exposto que o uso do salto não agrada a Deus, sendo portanto reprovado por Sua Santa Palavra por vários motivos, como a lascívia (sensualidade), masturbação, adultério e danos à saúde, uma vez que é feita de forma voluntária e rebelde.

Pois mesmo conhecendo a verdade se recusa a ser liberto por Ela, assumindo assim o princípio de autonomia do faça você mesmo como o movimento do Glam Rock, do Potro Punk ou Glam Punk e rebelando-se contra Deus.

Ø  (I Samuel 15.23) -  Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.

Você pode estar se perguntando “então não posso usar nem quando estiver de vestido longo em um evento de gala?”

Vejamos que o intuito do salto é sensualizar, mas podemos verificar sandálias e sapatos que não produz o efeito do rebolado e empinar de nádegas e seios descrito em Isaías 3.16, como por exemplo os “saltos” que medem 3 centímetros.

Claro que devemos considerar a nossa consciência para com Deus e não nos entregarmos a liberdade do mundo e perder com a visão deturpada o discernimento do certo e o errado, do santo e do profano, do justo e do ímpio.
Paulo nos passa essa acepção da palavra quando escreve: 

Ø  (Efésios 4.19) – Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza.

São aqueles que perderam a capacidade de "sentir" o grau da gravidade de seu pecado.  O pecado deles não os incomoda mais, e pouco lhes importa quem tome conhecimento. 

Claramente, a pessoa não está pensando com clareza.  O discernimento entre o certo e o errado ficou escurecido e o pensamento enganoso tomou o comando.  

Isso no fim resultará na incapacidade de enxergar o erro. Parecerá que está bem, e aceitável ­ “afinal de contas, todo o mundo faz! A igreja fulana permite e não tem nenhum problema”.

A palavra carrega a noção de "licença". Ela transmite a idéia de que uma pessoa dissoluta é alguém que crê ter o direito de fazer o que faz. Paulo levanta a questão da liberdade.

Ø  (Gálatas 5.1) – Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.

Mas ele ainda adverte:

Ø  (Gálatas 5.13) – Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.

Liberdade não é devassidão, não é perversão. Liberdade implica em vigilância, onde viveremos restringindo-nos, controlando-nos, dominando-nos, negando-nos e assim seguiremos a Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, mesmo em um mundo dominado pelo maligno.



Jairzinho Viana
Apologista cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.

Contato para agendas:
redencaodasalmas@gmail.com


Referências:
Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida (Corrigida e Fiel).
http://emdefesadasadoutrina.blogspot.com.br/2011/09/desca-do-salto-alto.html
http://www.esbocandoideias.com/2011/07/o-que-significa-lascivia-lasciva.html
http://www.estudosdabiblia.net/a11_4.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salto-alto

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