terça-feira, 22 de outubro de 2013

Hipocrisia – O teatro da vida sem Deus.



Hipocrisia.

Definição: (Do grego; hypocrisia   e do latim: hypocrise + sufixo ia) “demonstração de uma virtude, dum sentimento louvável, que não se tem. Impostura, fingimento, simulação, falsidade. Falsa devoção.”

Novo dicionário Aurélio da língua Portuguesa, Edição revista e ampliada, pág. 899 – Editora Nova Fronteira. No passado, havia uma conotação diferente do significado da palavra, cujo resultado era: Um apresentador de sonhos; Um orador; Um recitador de Poemas ou Um ator”. Desta última definição, redundou no significado da Palavra como a temos nos dias de hoje.

Significado: Aquele que demonstra hipocrisia, qualidade do hipócrita, ação contrária àquilo que o agente prega, acredita ou pensa.

Sinônimos: Fingimento, dissimulação falsidade.

O que significa a palavra hipócrita?
O hipócrita é um ator que representa um papel diferente daquilo que é na vida real. Ele faz o papel de outra pessoa. Ele apresenta-se como uma pessoa totalmente distinta da sua verdadeira personalidade. O hipócrita é o homem que faz com que sua luz brilhe de tal forma diante dos outros que eles não possam saber o que está acontecendo por detrás dela. O hipócrita vive de aparências. Ele se protege atrás de máscaras. Vive uma mentira, uma farsa. Ele faz da vida uma peça de teatro e olha os demais como uma plateia que precisa entreter, e sob os efeitos das luzes artificiais, representa um papel comovente destinado a arrancar os aplausos de seus admiradores.
Na antiguidade os atores usavam máscaras (alegria e tristeza) quando atuavam. Os hipócritas são mascarados.

Nos dias de Jesus os religiosos fizeram jus a esta prática, porque haviam muitos fariseus e hipócritas entre o povo.

Fariseu – Era formado por um grupo religioso, político e social. Estes exerciam na época do Senhor Jesus uma grande influência. Eles eram os “piedosos” da religião. Toda esta capa aparente de servidores piedosos e inquiridores da lei, não passava de uma fachada hipócrita.

Jesus em seu discurso, chama-os diretamente de: Escribas, Fariseus e Hipócritas. Dizia o Senhor acerca da atitude deles em fechar aos homens o direito ao Reino dos céus, pois nem eles entravam e nem permitiam que os outros entrassem.

Observemos (Mateus 23.13-29) - O senhor apresenta na sua tese, a diferença entre o ser verdadeiramente e o dizer que é. O hipócrita faz o discurso mas não tem a prática. Maiores detalhes dos aspectos de como funciona, opera e atua a hipocrisia no meio da congregação.  Busquemos uma compreensão mais profunda do problema pois o Senhor tem colocado os seus olhos sobre a igreja, a fim de que isto não venha a se tornar uma doença crônica na congregação.

Como se manifesta a hipocrisia
Quando lemos a Palavra de Deus, claramente entendemos que este mal vem se manifestando desde os dias do Senhor entre nós. Não é algo novo que tenha surgido agora, mas algo tão velho quanto a história e o homem. 

A hipocrisia é manifestada no meio da congregação pelo homem que publicamente se apresenta como bondoso, como salvador, aquele que tem a solução pra o problema. Na realidade quer que todos saibam que ele está ajudando ou dando esmolas (Mateus 6.2).

Também se manifesta através de atitudes de uma falsa consagração ou jejuam o que é feito não para Deus mas para que os outros lhes dê louvor. (Mateus 6.16).

A Hipocrisia, se manifesta também na vida de pessoas que usam o nome da religião e o nome de Deus para esconder sua própria fraqueza. É aquele que se nega em ajudar ao seu semelhante e até a seus próprios pais dizendo que já está com seus bens comprometido com Deus e por esta razão já não pode ajudar (Marcos 7.10-13).

É aquele que quebra a lei de Deus e a sua Palavra, pois está escrito que: “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Quantos deixam de ajudar um enfermo ou seu próximo por causa do descanso (sábado) julgando que isto agrada a Deus. É aquele que faz sua própria religião ao invés da religião de Deus (Lucas 13.5).

É a pessoa que esconde os seus verdadeiros sentimentos sob a máscara do fingimento. São iguais a aqueles que procuraram Jesus para embaraça-lo inquirindo-o sobre o tributo. A resposta do Senhor é imediata (Marcos 12.15-17 e Mateus 22.18).

É o homem mau escondido sob a máscara da piedade e Jesus condenando o fingimento ou a hipocrisia (Mateus 23.27-28).

O Hipócrita torna-se um cego em seus próprios desatinos. Tentou enganar aos outros e acabou sendo por si mesmo enganado. Caiu na própria cilada. Deus mostra o hipócrita debaixo da condenação (Mateus 24.50-51).

O Poder e a Hipocrisia.
Além de corromper, o poder também aumenta a hipocrisia. É o que aponta uma pesquisa da Tilburg University, nos Estados Unidos.

O trabalho, publicado no periódico Psychological Science, pretendia descobrir se o poder está diretamente ligado à falsidade e ao jogo-duplo por parte de presidentes de empresas. O resultado não foi animador.

Os estudiosos concluíram que autoridade e influência estão realmente relacionados à hipocrisia, na qual os poderosos se encaixam no clichê "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" para com seus liderados.

O experimento envolveu mais de 300 pessoas de diferentes níveis dentro das organizações. Os participantes foram submetidos a diferentes tipos de dilemas morais, como, por exemplo, a validade de burlar as leis de trânsito quando se está atrasado.

Dois pesos
Os executivos que tinham um cargo mais alto tendiam a avaliar as transgressões de subalternos de forma muito dura, mas consideravam que essas regras eram mais maleáveis consigo mesmos. Eles também condenavam severamente quem praticava traições, mas eles próprios também assumiram trair.

Assim, os estudiosos perceberam que, quanto maior o cargo, mais os participantes se sentiam no direito de quebrar as regras, principalmente pela sensação de que seu posto assim permitia e pela garantia de impunidade. Mas, de acordo com os pesquisadores, esse caminho tem volta.

Nos casos em que o líder não se sente mais merecedor ou capaz de preencher a posição que ocupa, a tendência é que ele se iguale aos outros níveis e se auto avalie de forma parecida. E os pesquisadores alertam: se o líder não tem essa consciência, seus subordinados podem colocar sua reputação em risco, com fofocas e desrespeito, ao expor suas falhas de caráter.

Características dos hipócritas no Velho Testamento!
Sua esperança perecerá (Jó 8.13);

Não terá salvação (Jó 13.16);

Seus intentos não prosperarão (Jó 15.34);

Momentânea será sua alegria (Jó 20.5);

Sem esperança na morte (Jó 27.8);

Levantam-se contra os ungidos de Deus (Salmos 35.16);

São armas de destruição para o próximo (Provérbios 11.9);

Contaminam toda uma nação (Isaías 9.17);

Deixa as pessoas famintas de Deus (Isaías 32.6) – O hipócrita se alimenta da glória pessoal, muitas vezes para conseguir o prestigio que deseja, precisa bajular e dizer sim para a injustiça. Um ato injusto é como uma pedra atirada em um lago, suas ondas de consequências atingem lugares e pessoas que não imaginamos. Por não ter o que dar da parte de Deus, deixa as pessoas famintas e decepcionadas;

Características dos hipócritas no Novo Testamento!
São famintos por glória (Mateus 6.2);

Fazem questão de mostrar uma espiritualidade que não possuem (Mateus 6.5);

Como celebridades, querem que saibam que jejuam e sacrificam (Mateus 6.16);

Amam apontar o erro do próximo (Mateus 7.5);

Demonstram com palavras, mas não vivem (Mateus 15.7-8);

São mestres no que não edifica, mas néscios quanto a vontade de Deus (Mateus 16.3);

Gostam de experimentar o próximo (Mateus 22.18);

Tentam aparentar o que não são (Mateus 23.5) - Os fariseus, para terem uma aparência de santidade, usavam roupas compridas e tampavam o rosto das mulheres. Os “fariseus” de hoje são líderes também, que se preocupam mais com sua reputação de que com uma realidade vivida na presença de Deus.

São trancas nas portas dos céus (Mateus 23.13);

Instrumentos de engano para os neófitos e necessitados (Mateus 23.14);

Desviam os fiéis na Igreja (Mateus 23.15);

Não valorizam o mais importante (Mateus 23.23);

Preocupam com vãs cerimônias, mas desprezam o real sentido (Mateus 23.25);

Formosos por fora, porém podres por dentro (Mateus 23.27);

Tem a aparência de justo (Mateus 23.28) - Eles se vestem da mesma roupagem do justo, aprendem os mesmos traços característicos e mesmo não possuindo, apresentam uma defesa impar da moralidade e da ética;

Assassinos de profetas (Mateus 23.29-34);

Sua habitação é o inferno (Mateus 24.51);

Não são conhecidos pelos homens (Lucas 11.44);

Jesus adverte seus discípulos quanto a hipocrisia (Lucas 12.1);

Mortos espiritualmente (I Timóteo 4.2) - Um hipócrita não nasce assim, ele é desenvolvido. Começa com pequenos pecados que são submetidos ao perdão de Deus. Depois vem reincidências e mais pedidos de perdão. Até que vira um hábito e necessita ser escondido pela máscara da encenação. Se você perguntar para um hipócrita se ele vai para o céu, ele lembrará de seus erros e pedidos de perdão e responderá que sim. Quando não, visando se beneficiar de uma posição privilegiada (posição junto ao pastor e ministério da igreja, influência e prestígio) faz de tudo: bajula, faz vistas grossas para a verdade e exalta o que não é bíblico ou, quando pode, suborna com presentes e elogios falsos.

A hipocrisia é abominável aos olhos de Deus?
Certamente que o Senhor aborrece e não somente aborrece mas também abomina o pecado da hipocrisia, pois esta; míngua, traumatiza e atrofia a obra que o Senhor deseja realizar entre o seu polvo. O indivíduo que exerce a hipocrisia, por não ser autêntico, também não é real e se não é real, será falso e o falso não tem direito a sentar na mesa do Senhor (Mateus 23.33).

Como desmascarar a hipocrisia?
Muitos crentes são como esses fariseus de quem Jesus falou. São pessoas falsas, fingidas, mentirosas, com o coração cheio de maldade, ódio, inveja, rancor, ressentimento, mas se fazem de pessoas boas, corretas e muitas vezes enganam as pessoas com seu jeito de falar e sua maneira de agir, bajulando, se fazendo de amiga e conselheira. “O hipócrita que odeia esconde o seu ódio atrás da bajulação. Ele pode falar muito bem, mas não acredite no que ele diz porque o seu coração está cheio de ódio. Ele pode disfarçar, mas todos acabarão vendo a sua maldade (provérbios 26.24-26).

Muitos falam de Deus e de Jesus, citam trechos da Bíblia, vão aos cultos, dão o dízimo, fazem parte de ministérios na igreja, saem para evangelizar, fazem um monte de coisas e tudo isso para quê? Para adorar e exaltar o nome de Deus? Não, com certeza não. Muitos fazem essas coisas para se mostrarem para os outros e para se acharem no direito de condenar os outros. 

Como pensar que Deus não vê o que estão fazendo? Acreditam que podem enganar as pessoas com sua dissimulação, mas a Deus ninguém engana (Gálatas 6.7a). Ele sabe que o coração está cheio de escuridão e que suas ações são dirigidas pela sua natureza humana má e orgulhosa; que fala que é um servo de Deus, mas julga as pessoas, discrimina, fala mal, ofende dizendo que elas vão para o inferno, que elas não são de Deus porque não estão na igreja. Deus vê os desejos reprimidos que estão dentro do coração e por isso sentem inveja dos outros, mas para que as pessoas não percebam, condenam e falam mal das pessoas que fazem aquilo que gostaria de fazer. 

Muitos se acham corretas e não enxergam quantas coisas erradas fazem e dizem, quantos espíritos maus dominam suas vidas e seus corações. Não admitem para Deus que são pessoas que têm desejos guardados, sentimentos escondidos, que têm todo tipo de sentimento mau dentro delas.  São lobos disfarçados de ovelhas: reparam os outros, mas têm vontade de fazer o que eles fazem; falam mal dos outros, mas no passado cometeram os mesmos erros; ofendem as pessoas e se acham muito boas e caridosas (Mateus 7.15). 
   
Muitos fazem orações hipócritas, pois não dizem a verdade para Deus; não dizem o que realmente estão sentindo, gostam de se exibir para os outros falando palavras difíceis. Lembrem-se do que Jesus disse (Mateus 6.5-6).

Deus não atende essas orações fingidas, pois Ele quer uma oração sincera onde a pessoa não esconda seus sentimentos, seus desejos e suas vontades. 

Muitos desde novos convertidos a líderes atuam como atores, pois pregam doutrinas que não cumpre. Muitos deles fazem o que é errado (adulteram, roubam, mentem, são orgulhosos), mas na igreja agem como se fossem homens corretos e justos. Como dizem as Escrituras Sagradas (II Coríntios 11.13-15).

É por isso que muitos não mudam, não aprendem que para ser um servo de Deus precisam primeiramente se arrepender dos pecados que cometeram e precisam se libertar de toda imundície que existe dentro de seus corações. Ou vocês acham que vão entrar no Reino de Deus se não se arrependerem? Não adianta ir à igreja, dar o dízimo, ofertas, fazer jejum ou campanhas na igreja se você não fizer o que Deus ensina (Lucas 9.23). 

Já foi dito que se o boi soubesse da força que tem jamais se deixaria ser dominado. Infelizmente, o mesmo também tem acontecido com a maioria dos crentes. Não conhecem o tamanho da sua força, quando estão na presença de Deus, caso contrário, o diabo jamais teria vez neste planeta.

Temos visto em todo o mundo, a Igreja do Senhor Jesus sendo escravizada como um boi, sem se dar conta da sua verdadeira condição. É bem verdade que não lhe faltam doutrinas, literatura ou reconhecimentos teológicos; entretanto, tudo isso não tem significado muita coisa, pois, na prática, muitos dos seus membros são oprimidos por espíritos enganadores que, muitas vezes, se apresentam com capa religiosa.

Lembre-se de quem você era antes de conhecer a Jesus, o que você fazia com os outros e de quantas pessoas já fez sofrer por causa de sua ignorância. Lembre-se dos erros que você cometeu e não se ache no direito de apontar o erro dos outros. 

Alguns dizem: “Nós somos de Jesus e não podemos nos comparar aos pecadores”. Agindo desse jeito você se torna pior do que eles, porque você diz que é um servo de Deus, mas age com hipocrisia, maldade, orgulho e envergonha o nome de Deus. Mas sabem por que vocês agem assim? Por que não sabem de nada, não leem a Bíblia, não sabem o significado de suas mensagens, não têm sabedoria divina e não conhecem a Deus (Mateus 22.29).
    
Todas as pessoas, crentes e não crentes, já cometeram muitos erros. Não há nenhum justo, não há ninguém que faça sempre o que é certo. O grande problema é que as pessoas cometem erros, mas quando entram para a igreja ou conseguem mudar de vida, abrem a boca para falar dos outros que cometem os mesmos erros que elas cometeram no passado. Meu irmão, se você errou, como pode querer condenar os outros? “Não importa quem você seja, não tem desculpa de jeito nenhum. Porque, quando julga os outros e faz as mesmas coisas que eles fazem, você está condenando a você mesmo (Romanos 2.1).

Todos estão completamente cegos e enganados a respeito do que é ser um servo de Deus. A maioria dos crentes não o ama nem o respeita. Deveriam ser exemplos para os descrentes, mas são maus exemplos por causa do orgulho que tomou conta dos corações. Na presença dos descrentes sentem melhores do que eles e dizem com orgulho que são de Jesus. Limpem esses corações, sejam humildes, respeitem e amem a todos como Jesus ensinou. Lembrem-se do que Ele disse (Mateus 15.13).

Estes não amam ao Pai, porque se amassem, amariam seus irmãos. As partes das Escrituras Sagradas que deveriam colocar em prática não colocam, mas usam trechos da Bíblia para julgar e condenar os outros (I João 4.21).

Infelizmente muitos crentes são orgulhosos e se acham puros demais. A conduta de muitos que se dizem servos de Deus é vergonhosa, pois trazem vergonha ao nome de Deus, e por isso muitas pessoas que não conhecem a Palavra, não querem nem ouvir falar de Deus (Mateus 23.13). 
Jesus pregou a bondade, a misericórdia, a humildade e o amor. Hoje muitos pregam o orgulho, a discriminação e a cobiça. 

Jesus resumiu toda a Lei e os Profetas em apenas dois mandamentos, e os dois se resumem em uma palavra o amor , amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. O amor é algo esquecido pelos fariseus, já que como os fariseus dos tempos de Jesus, estão preocupados apenas em receber status e louvores humanos, trabalham para isto e vivem disto, contentando com o louvor terreno.

Os hipócritas estão longe de estar no centro da vontade de Deus, muito pelo contrário Deus os abomina. Temem aos homens que que não tem poder nenhum sobre suas almas, mas aborrecem ao Senhor, as escondidas praticam pecado onde não tem homem olhando (Mateus 10.28).

A rebelião contra a hipocrisia
Três homens rebelam-se contra a hipocrisia, mas diferem grandemente em suas reações.
O primeiro homem se volta para o total abandono moral. Ele se livra de todas as rédeas quando se entrega ao cumprimento de todo desejo carnal. Faz de "si mesmo" o seu deus. Ele se endurece à vista das lágrimas de sua família quando parte para fazer o que quer. Sua "justificativa" para sua conduta vergonhosa: "Pelo menos não sou hipócrita!"

O segundo homem vai a um extremo oposto. Ele está cheio das fraquezas e hipocrisia que vê em todas as igrejas, e não quer ser como tais pessoas. Ele se tornará um cristão e desde o começo "ele vai vivê-lo". Ele será um exemplo do que um cristão realmente deveria ser. Para ele, a cura para a hipocrisia é a perfeição.

O terceiro homem quer evitar a hipocrisia em sua vida, mas ao mesmo tempo, tem um profundo senso de sua própria imperfeição. Por isso ele não se dá ares de infalibilidade, mas parte para ser genuíno. Sua autenticidade logo se torna visível para os outros. Ele não declara sua perfeição, mas luta pela perfeição. Quando adora a Deus, ele não se declara ser perfeito como adorador, mas quando os cânticos começam, ele dá o seu coração ao que está fazendo; quando a oração é dirigida, ele ouve e faz dela a sua oração; durante a ceia ele medita no sofrimento de seu Senhor; e através de todo o sermão ele participa do estudo da palavra de Deus; se seu pensamento se dispersa, ele o traz de volta; e quando o período de adoração termina ele pede a Deus para perdoá-lo por seu fracasso e para aceitar sua adoração apesar de sua imperfeição.

Quando vai para o seu trabalho, ele não declara sua perfeição entre seus companheiros de trabalho, mas eles sabem que ele tentará dar oito horas de trabalho por oito horas de pagamento; que ele é confiável; que ele é puro no falar e no viver; e que se ele cair em tentação pelas pressões à sua volta para pecar, ele humildemente pedirá desculpas às pessoas ofendidas.

Ele é o mesmo no lar. Sua família respeita-o porque ele é genuíno e não declara ter força e bondade além da realidade. Sua família vê suas faltas, mas uma qualidade que lhe permite manter o respeito deles é sua capacidade de dizer, "Desculpe". Em todas as áreas de sua vida ele anda humildemente diante de Deus e de seus companheiros. Nosso terceiro homem encontrou a verdadeira cura para a hipocrisia.

O primeiro homem, se não se arrepender, um dia será um mísero infeliz, sua vida completamente destruída. O segundo homem está a caminho da desilusão. Suas metas são irreais; sua perspectiva é totalmente errada. Mas o homem que "anda humildemente com seu Deus" e é totalmente livre de malícia é verdadeiramente um homem abençoado. Ele é na vida e na atitude o que Deus deseja que ele seja, e vive na esperança do céu.

É possível a libertação?
Deus tem interesse em livrar o seu povo, a sua Igreja, desta praga que como a traça, parece inofensiva, mas é devastadora entre o povo de Deus.  Quantas pessoas, tiveram suas vidas serem levadas ou engano pela vangloria dos homens, desprezando a glória do grande Deus. O Desejo do Senhor, é que tenhamos entre nós pessoas que estejam atentas para servir com retidão, com singeleza e com pureza diante do Senhor. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. Observemos a oração de Davi (I Crônicas 29.17).

Não nos apressemos ao mal, não corramos para a prática da hipocrisia. Ao abrirmos as nossas bocas, falemos o que é bom e reto perante o Senhor. A vida do cristão, deve ser de louvor e gratidão ao Senhor. Fujamos urgentemente dessa praga denominada “hipocrisia”, falemos a verdade uns com os outros e assim seremos verdadeiros, autênticos e fieis servos do nosso Deus (Hebreus 10.22).

Conclusão
Jesus foi mais duro em suas palavras com os hipócritas do que com os ladrões e prostitutas. Esses tinham consciência de que eram desprezíveis. Aqueles também o eram, mas procuravam impressionar com qualidades que não possuíam. Uma prostituta maquiada é menos perigosa do que um hipócrita disfarçado.

Somos quem somos, não o que apresentamos ser, mas na realidade, nos admiram e amam pelo que aparentamos. Não é nossa personalidade que é amada, mas a máscara que a encobre. O personagem que representamos no palco da vida, com os cosméticos da vaidade e sob as luzes da auto glorificação, é diferente do “eu” que existe no recesso da intimidade, sem as máscaras da hipocrisia. Nossa verdadeira identidade surge quando estamos sozinhos, longe de casa, dos amigos, da igreja, da vigilância.

Nada há pior que sermos por fora aquilo que não somos por dentro.

No intuito de surpreender Jesus em algum erro, fariseus e herodianos questionaram a Cristo sobre o pagamento ou não de tributos ao Império Romano.

Percebendo o intuito presente no coração daqueles homens, a Bíblia registra que Jesus observou a hipocrisia por trás daquele ato.

Os atores gregos faziam apresentações teatrais para multidões de diversas nações naquela época, algumas apresentações reuniam até 4 mil pessoas num grande teatro. Jesus toma emprestado o nome dado aqueles atores para definir os fingidos religiosos da sua época.

O mal não reside nos atos em si, mas naquilo que é a motivação para estes atos: tomar para si a glória! Como os atores gregos, os fariseus apenas representavam o papel de religiosos. A intenção que estava por trás das atitudes daqueles homens era a de serem admirados, respeitados, honrados pelos cidadãos da sua época.

Há um ditado secular que diz “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Creio eu que este ditado deveria ser usado numa faixa na testa de muitas pessoas que se dizem cristãs.

Ao longo da caminhada aprendi que a vida cristã é transparente. O verdadeiro cristão não precisa ficar escondendo os seus defeitos por trás das cortinas do fingimento, vendendo uma imagem de infalível e acusando severamente os que incorrem em erros.

Devemos separar o pecado do pecador e não sair atirando pedras sobre pessoas porque elas estavam erradas. Sei também, ao ler a Bíblia e enxergar a vida de Cristo, que posso discordar de idéias, condenar o erro, mas amar as pessoas que defendem pensamentos errôneos.

Há pessoas no meio secular que dizem que a vida é um grande teatro, em que Deus é o diretor e os homens apenas representam. Fingem-se de bons, de religiosos, de caridosos, mas no fundo querem honra e glória pra si.

A Igreja é o lugar no mundo que deveria ser livre de tais procedimentos por que a Cabeça do Corpo que é Cristo nunca deixou de ser transparente, independentemente do lugar onde estava, das pessoas com quem conversa, Ele era justamente aquilo que dizia ser. E se andarmos como Cristo andou não faremos propaganda enganosa daquilo que não somos.

Há hoje a preocupação em se consertar a boca do crente, diz-se que ele tem que falar coisas boas, positivas e declarar somente o bem. É verdade, deveria ser assim o comportamento cristão, no entanto, não é com a preocupação com a boca do cristão que chegaremos a este estágio.

A Bíblia diz que “a boca fala do que o coração está cheio”, então o foco correto é o coração que, passando pelo conserto do Evangelho, produzirá lábios que falem coisas boas. Consertar só as palavras que falamos e, porém, continuar com o coração impregnado de maldade e pecaminosidade nos levará somente a uma vida hipócrita.

O fato de fazermos parte de uma igreja que freqüentamos regularmente não assegura a ninguém o nome de cristão, assegura sim o título de religioso, mas isso não basta. Religiosos também foram os saduceus, os essênios, os fariseus, todos eles muito preocupados em buscar manter a boa imagem, em promover os partidos judaicos a que pertenciam, entretanto, sem nenhuma intimidade com Deus, amavam mais os títulos do que as vidas que precisavam do Senhor.

Uma coisa bem presente na vida daqueles homens era o fato de colocar sobre os outros cargas que nem eles mesmos podiam carregar. Apressavam-se, em nome da religião, em fechar as portas do céu para que pessoas consideradas pecadoras não entrassem.

A vida do Cristo provocou em todos eles arrepios diante de um homem que dizia ser o Filho de Deus, mas andava com pecadores, com prostituas e cobradores de impostos (na época, considerados uma péssima raça). É que o Amor do qual as Escrituras falavam, e que eles propagam com incrível retórica, tinha saído dos papiros e dos rolos dos escritos de Moisés e dos profetas e havia encarnado.

Em Cristo, nenhuma sombra de hipocrisia. A Verdade deixou de ser apenas uma tese da teologia judaica para tomar forma na vida daquele Galileu.

Como está a nossa vida hoje, como reagiríamos se vivêssemos na mesma época dos fariseus? Será que não rejeitaríamos também, em nome da tradição e da religião, o Filho de Deus?

Seria a nossa vida verdadeiramente compromissada com o Evangelho ou apenas dizemos que é? Será que sou o mesmo em casa que sou na igreja? Ou apenas represento um papel semelhante ao que faziam os atores gregos e os religiosos judeus?

Cristianismo é muito mais que palavras, cristianismo é vida, vida que revela o Filho de Deus, a Verdade encarnada (II Reis 16.7).

Fonte: Bíblia Sagrada e pesquisa virtual.
 



 
Jairzinho Viana
Apologista cristão, Ministro, Líder fundador da Igreja Pentecostal da Anunciação (IPA) na Cidade de Parauapebas e Presidente da Mesa Diretora.


1 comentário:

  1. muitas vezes achamos que pelo fato de sermos ouvintes ou cumpridores parciais, somos superiores aos outros, mais tiago 1-26 nos repreende.
    uma benção este estudo!

    ResponderEliminar