sábado, 12 de outubro de 2013

Homicídio - O aborrecer mortal.

Homicídios!
Quando se fala em homicídio, a maioria das pessoas ficam horrorizadas com a notícia; e dependendo o grau do caso, causa até espanto e náusea. 

Homicídio é um crime, vem do latim "hominis excidium", e consiste no ato de uma pessoa matar outra. É tido como um crime universal, sendo punido em praticamente todas as culturas (Deuteronômio 5.17).

Quais os tipos de homicídios? Existem dois tipos que são:
a)      Homicídio culposo: O que é cometido sem a intenção de causar a morte, mas por negligência, imprudência ou imperícia.
b)      Homicídio doloso: O que é cometido voluntariamente, caracterizando assim o assassinato ou assassínio.

A aplicação de penas tem três principais finalidades, de acordo com o sistema penal brasileiro:
a)      Punir o criminoso e ressocializá-lo, ou seja, dar condições para que ele retome o convívio com a sociedade;
b)      Impedir a prática de outros crimes;
c)      Dar uma resposta à sociedade e, mais diretamente, aos parentes de vítimas.

Homicídio no Antigo Testamento!
No Antigo Testamento, a justiça entre os judeus podia ser resumida como “sangue por sangue”. (Êxodo 21.23-25) mostra bem o que acontecia em caso de assassinato: vida por vida. Não havia fiança. O homicida intencional também seria morto pelo “vingador do sangue” – no caso, o familiar masculino mais próximo da vítima.

Entretanto, havia uma exceção quando o crime não era intencional. Se alguém tirasse a vida de outrem por acidente, ou por legítima defesa, podia se valer das chamadas “cidades de refúgio”, onde encontrava proteção contra o vingador do sangue, que não poderia levantar mão contra ele. As tais cidades eram em número de seis: Bezer, Ramote, Golã, Hebrom, Siquém e Quedes. As três primeiras ficavam no território ocupado pelo povo de Deus antes de eles atravessarem o Jordão, e foram instituídas por Moisés. A segunda metade se localizava após o rio, designadas por Josué. Essas cidades foram estabelecidas segundo uma ordem do próprio Deus, conforme os termos estabelecidos por Ele em (Números 35.9) em diante.

Ao chegar ao portão da cidade de refúgio, o autor do que chamamos na justiça brasileira de “homicídio culposo” (sem intenção) expunha o caso aos anciãos, que via de regra o recebiam de modo hospitaleiro. Os sábios julgavam a questão e, sendo o réu inocente, estava livre do vingador, desde que permanecesse na cidade de refúgio pelo resto da vida, ou até a morte do sumo-sacerdote local. Morto o sacerdote, o autor da morte podia retornar à sua morada anterior. Porém, antes da morte do sacerdote, se o autor saísse dos limites da cidade, podia ser morto pelo vingador.

Uma vez que um vingador adentrasse os muros da cidade para matar o homicida acidental, pagaria com a própria vida. De outro modo, caso o réu fosse considerado culpado – se fosse provado que o homicídio fora realizado deliberadamente – era entregue ao vingador, que tinha o direito de matá-lo.

Também podiam apelar às cidades de refúgio aqueles que fossem acusados falsamente de um homicídio, até que fosse provada sua inocência.

Jurisdição!
As cidades de refúgio estavam distribuídas de modo a cobrir todas as regiões habitadas pelo povo judeu. Ficavam perto de onde se estabeleceram as tribos de Israel, de modo a facilitar a fuga, sem que o autor da morte acidental fosse alcançado pelo vingador. Essa preocupação era tão forte, que o acesso às cidades era facilitado: as estradas deviam estar sempre em ótimas condições e bem sinalizadas. Havia até mesmo uma figura comum nessas vias: a de um atleta bem treinado, um corredor profissional, contratado pelos anciãos, que ajudava os fugitivos.

Nos tempos de Moisés, Bezer tinha jurisdição sobre o território da tribo de Rubem, Ramote era reservada para Gade, e Golã, para Manassés (Deuteronômio 4.43). Na época de Josué, Quedes cobria o território de Neftali, na Galileia, enquanto Siquém era para Efraim e Hebrom para Judá (Josué 20.7). O próprio povo da cidade de refúgio tinha o dever de defender o réu, caso o vingador do sangue tentasse pegá-lo.

Além das cidades!
Não eram só essas cidades que serviam de refúgio para os homicidas por acidente. Os templos e santuários também cumpriam esse papel. Algo parecido foi estabelecido por meio de Moisés (Êxodo 21.12-14).

Tirá-los-á do meu altar é um trecho que não só simboliza o templo ou santuário, mas pode ser interpretado ao pé da letra. Os altares de sacrifício tinham quatro pontas em suas arestas – às vezes, feitas do mesmo material e, em outras, ornadas com chifres de animais, ou na forma deles. O fugitivo agarrava-se a esses chifres e clamava por proteção. Ali, o vingador não podia levantar a mão contra ele, até que fosse julgado. Adonias recorreu a esse artifício (I Reis 1.50-53). Joabe tentou o mesmo, porém não obteve sucesso (I Reis 2.28-29).

Jugos do homicídio!
Hoje, enxergamos pessoas totalmente intoxicadas pelo ódio, a violência e o desejo de vingança que os torna mais mortos do que propriamente vivos (Genesis 27.40).

Essa foi uma palavra muito dura dada por Isaque ao seu filho Esaú, um pouco antes de sua morte, logo após Jacó ter enganado a ele e seu próprio pai. Jacó recebeu a bênção que era ministrada sobre o primogênito e para Esaú não sobrou nada, a não ser o que parecia uma maldição, viver em uma guerra constante e tendo que se defender ao fio da espada e servi a seu irmão, a quem ele odiava de maneira mortal. É interessante perceber que essa maldição tão terrível podia ser quebrada por Esaú a qualquer momento. Isaque sendo usado em uma palavra profética disse: Até te libertares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.

Quando lemos os textos sagrados que contam a trajetória desses dois irmãos é fácil perceber que Esaú jamais serviu a Jacó. Esaú em nenhum momento da história bíblica foi servo ou escravo de Jacó. Na verdade por mais de vinte anos eles não se viram ou se falaram. Então a profecia não se cumpriu? É claro que sim, mais não da forma como pensamos. É preciso entender que o jugo preso no pescoço de Esaú era o seu ódio terrível contra seu irmão e a sede de se vingar dele um dia. E como Esaú serviu a Jacó? É fácil de entender. Esaú passou mais de vinte anos de sua vida alimentado o ódio e a vingança em seu coração. A bíblia diz que ele percorria a terra em busca de Jacó para mata-lo. Esaú passou mais de vinte anos servindo ao ódio e vivendo em função dele.

O ódio, e o rancor são prisões sem muros. Eles levam as pessoas a viveram em função da outra. Você com certeza já ouviu frases como essas: “só vou aquela festa se fulano não for”, “só topo ir nessa viagem se aquela fulaninha não estiver”. Sem falar aqui naquelas que perdem totalmente o seu humor quando veem a pessoa que tanto odeia na rua ou no shopping.
Quantas vezes passam para o outro lado só para não se encontrarem e quando veem que a pessoa odiada está prosperando, até rogam pragas e amaldiçoam.

O que a bíblia está dizendo aqui é que quando existe ódio em nossos corações nós nos tornamos servos dele. Servimos a pessoa que odiamos porque uma vez ou outra, acabamos agindo em função do ódio e do desejo de vingança. Mais como Isaque disse a Esaú, o poder de quebrar o jugo é sempre nosso, e é dever nosso. Se ficarmos esperando pela outra parte para que haja perdão, nunca seremos libertos plenamente.

O jugo que a bíblia fala era um instrumento de madeira muito pesado que era colocado no pescoço do boi ou do jumento quando eles eram colocados para trabalhar no arado. Esse jugo tirava do animal o poder de escolha. O animal não conseguia levantar a cabeça e sua direção era ditada pelas rédeas que estavam nas mãos de seu dono. Quando carregamos o jugo do ódio não conseguimos olhar para cima, ficamos sem perspectiva, sem sonhos próprios, porque vivemos seguindo a vida da pessoa odiada.

Hoje mais do que nunca por causa da tecnologia e das redes sociais isso foi amplificado. Pessoas gastam horas nas redes social escarafunchando a vida das pessoas tentando interpretar frases, fotos e postagens, para alimentar o ódio em seus corações. Essas mesmas pessoas um pouco depois estão em suas igrejas declarando serem adoradoras, mais quando Deus olha para elas vê que elas carregam um jugo de ódio amarado em seu pescoço. E se você dê uma boa olhada vai entender que é satanás quem segura as rédeas do ódio.

Isaque aconselha a seu filho Esaú dizendo: perdoe seu irmão e tenha seu jugo quebrado e a alma liberta. Eu sei, e tenho que concorda que fazer a coisa certa nem sempre é fácil e que a nossa natureza humana e pecaminosa contribui muito para continuarmos odiando e guardando magoas, mais fazer a coisa certa é necessário.

O apóstolo Paulo disse: (Romanos 7.24). Após a análise de diversos textos antigos, pode-se chegar à conclusão de que ele estivesse se referindo a um antigo costume de atar cadáveres a pessoas vivas como forma de suplício e deveria vir de três possíveis fontes, porém tomaremos por base a aplicação ao texto de um notório episódio da história grega em que supostamente os piratas etruscos teriam imposto a seus prisioneiros gregos essa forma de tortura. O corpo ia se decompondo e todas as bactérias e fungos iam tomando posse do corpo do vivo. Era uma forma horrível de suplício. À medida que o morto ia se decompondo o vivo também começava a apodrecer. Os vermes do corpo do morto davam por comer e se alastra no corpo do vivo e a agonia tomava de conta da vida do condenado a carregar o morto.

O defunto apodrecia e o seu odor se apegava a pele daquele que lhe carregava e o resultado era doenças terríveis que o levava ao óbito. Era uma tortura muito angustiante, pois se para os judeus era quase inconcebível tocar em cadáveres, imagine carrega-los amarrados a si. Isto já os deixava completamente sem paz.

Que cena terrível, ver seu próprio corpo apodrecendo aos poucos estando ainda vivo para ver a cena. Devo lembrar que alguns dizem sobre a pessoa que elas odeiam: “Para mim, fulano está morto e enterrado”. Na verdade o tal “Fulano ou fulana” pode até estar morto ou morta para essas pessoas mais com certeza elas não estão enterradas, elas estão na verdade amarradas como um jugo pesado em seu pescoço. Talvez alguém diga: - Ainda bem que essa palavra não é para mim porque eu é que fui ofendido, eu não fiz nada com ele ou ela, ele é que me fez mal.

Porém a Bíblia nos diz: (I João 3.15), se você odeia seu irmão você é um homicida espiritual e vai ter um defunto amarrado ao seu pescoço até que você decida perdoá-lo. Pense em quantas coisas boas nessa vida você já perdeu. Quantas oportunidades de receber bênção de Deus já passaram e você perdeu por causa desse ódio, desse defunto que você arrasta há tantos anos. Esaú arrastou Jacó por longos vinte anos, e você? Aquém você arrasta e por quantos anos? Acho que já está na hora de deixar de arrastar esse defunto antes que você seja ferido por uma doença mortal!

A Absolvição do homicídio!
Para que seja mantida uma comunhão verdadeira e permanente do homem com Deus, foi estabelecida uma condição: o amor entre os irmãos, a fraternidade. Sem o cumprimento desse requisito básico, o contato com Deus é impedido. A verdadeira base da unidade da Igreja de Jesus é o Amor (I Coríntios 13.1-3; 13).

O grande teste para saber quem é nascido de novo ou não é o Amor ao seu próximo (I João 4.20-21) Se não entendermos isso, corremos o risco de passar anos a fio “patinando” sem nunca avançarmos em Deus por ignorar os princípios de Sua palavra.

A palavra, na versão Almeida Revista e Atualizada, por “aborrece” é a hebraica SANE‘, que pode significar também: “odeia”, “detesta”, “tem inimizade.

Se convivemos uns com os outros sem amor, se guardamos mágoas, se fomos injustiçados ou ofendidos e não conseguimos perdoar, se alimentamos amargura, se não aceitamos as perdas, certamente transferimos para Deus os nossos sentimentos de raiva, desprezo e consideramos Deus injusto. Quanto a isto, a Bíblia é categórica (Mateus 5.23-24).

A Lei de Deus contém um princípio harmônico: Deus em tudo e em todos. O Espírito Santo é o agente unificador que atrai tudo e todos para Deus. Quanto à doação de Deus todos os homens são iguais; quanto às suas escolhas, os homens tornam-se diferentes (I João 2.9-11).

O Amor de Jesus!
Jesus nos ensina a amar a Deus de uma forma total, Deus é o nosso pai e como um filho ama o pai devemos amá-lo. Não podemos servir a Deus e ao mundo ou amamos um ou outro a tendência de que quer os dois é de agradar a um e desagradar a outro.

Amar a Deus de maneira total, de todo o coração sentimentos, emoções, embora a fé não é baseada em emoções, o evangelho é emocionante, quem resiste ao ver o poder de Deus se manifestar, e não se emocionar? até o mais duro dos corações se derrete. Temos que usar esta emoção para servir a Deus.

Amar a Deus de todo o entendimento e servir a Deus com o nosso intelecto, o apostolo Paulo nos ensina em Romanos 12 que o nosso culto é racional, inteligível, não é um devaneio uma ilusão, um estado de alucinação como em algumas seitas mais sim um culto racional pensável, logico e mentalmente saudável.

Amar a Deus de toda a alma é ama-lo com tudo que existe em você. Amar a Deus com suas forças e não medir sacrifícios para servi-lo, muitas vezes vamos a igreja para ver o que Deus pode fazer por nós, e nunca perguntamos o que Deus que que façamos por ele. Jesus nos ensina como agradar e amar a Deus (Marcos 12.33).


O Amor ao próximo!
Amar ao próximo é um dos mandamentos de cristo que nos leva a ter uma atitude, para cumpri, enquanto o amor a Deus exercemos em nós, o amor ao próximo exige a atitude de estender a mão para alguém. O próximo é aquele que está ao nosso lado, aqueles que conhecemos e temos contato, fazer o bem a estas pessoas é o nosso dever.

Amar o próximo na mesma medida que você ama a você mesmo, não mais ou menos como, porque eu digo isso, porque algumas pessoas não entendendo este mandamento amam mais o próximo do que a si prejudicando a sua própria vida em nome de um amor que não e verdadeiro, e uma obsessão (I João 4.11).

O padrão de Jesus é maior do que o do mundo, no natural a reação nossa quando identificamos algum inimigo em nossa vida é de repelir, destruir, se vingar daqueles que nos fazem mal ou a quem nós amamos, este é o carnal natural, mais Jesus nos manda amar os nosso inimigos, fazer o bem a quem nos odeia (Lucas 6.27), bendizer os que o maldizem, orar pelos que os maltratam e perseguem (Mateus 5.44), e ainda coloca isto como condição para sermos filhos de Deus (Lucas 6.35).

Amar a Deus, amar ao próximo! Seria fácil amar aqueles que nos fazem o bem, mais que valor teria isso? Seriamos comuns porque todo mundo pratica estas coisas, mas amar é demonstrar amor por quem quer a nossa destruição e provar ser Cristão.

Além do amor Jesus também ensina sobre o perdão. O perdão é a base da salvação, pois se não fosse o perdão de Deus através do sacrifício de Cristo não teríamos direito a ela. Jesus, em sua passagem pela terra perdoa a várias pessoas que a sociedade judaica da época queria condenar, um exemplo e a prostituta pega no ato de adultério (João 8.3-11). Jesus nos dá uma lição e exemplificado quando ele mostra amor aos inimigos como já citado acima e libera o perdão aos seus malfeitores. A palavra se torna vida (Lucas 23.34).

O perdão que damos recebemos! quando oramos o pai nosso dizemos a Deus para perdoar nos da mesma maneira que estamos perdoando, ou seja se nós não perdoarmos, Deus também não precisa nos perdoar (Mateus 6.12-14).

Os ensinamentos de Jesus, praticados, fazem a diferença na vida do homem, quantas brigas, divórcios, mortes, assassinatos poderiam ser evitados se as pessoas que se envolveram em tais situações, praticassem o amor ou o perdão (Mateus 18.21-22). Sempre existe uma esperança, o amor e o perdão devem ser um hábito na vida daquele que se diz servo do senhor. Nem uma situação por mais difícil que seja fica do mesmo jeito quando olhamos com o olhos de Jesus.

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